Um Uchiha malicioso
Por mim: Katara Uchiha
– Sei que não gosta de mim desse jeito, mas não precisa fazer essa cara de nojo, Yasu – ainda impactada com o que acabará de acontecer, ela não conseguia responder, a provocação do Uchiha, na verdade queria muito responder que sim.
– Acho ótimo na verdade, por que demorou tanto para perguntar?
Ele correu direto para ela, a puxando para o seu colo e encostando o corpo da garota violentamente na parede, fazendo que ela sentir o forte impacto. O Uchiha apoiou as duas mãos no traseiro da menina, e beijou seu pescoço sentindo o seu cheiro e ela só desejava morrer com aquilo. Subindo uma trilha de beijos de forma persistente ele parou apenas alguns centímetros dos lábios dela e ela pode sentir o desejo crescente entre eles.
Isso teria sido fantástico, se fosse a realidade, contudo, tudo no quarto continuava do mesmo modo a não ser por um Obito preocupado que chamava pelo seu nome, e foi nesse momento que Yasu, previu que deveria voltar para a realidade e deixar os pensamentos eróticos de lado.
– Yasu, está me ouvindo? Você entendeu o que eu disse? – perguntava um Obito risonho.
– Ah me desculpe querido eu viajei – disse com o rosto vermelho – o que você disse mesmo?
– O que acha do meu plano? – ah então havia sido isso.
– Acho que é uma das suas piores ideias e quando nossos parentes descobrirem tudo, estaremos bem fritos.
– Não vai acontecer, quando eu passar na prova, e depois da sua fugida para ver as Sakuras, você vai subitamente descobrir que sou um péssimo namorado e que não te mereço, e terminará comigo me deixando de luto de pelo menos uns 3 meses.
– Você só pode estar brincando, sua mãe vai descobrir, tenho certeza.
– Falando nela, escute – ao longe era possível ouvir a voz de Sakura chamando os filhos para jantar – então vamos?
– Bem não tem outro jeito – ele ofereceu a mão para a menina, que aceitou receosamente – juro Obito, se isso der muito errado eu mesma mato você...
– Não sei como já que não sabe manusear uma única kunai – disse o ninja com um sorriso bobo no rosto.
– Pois fique sabendo, que não é só de flores que se faz meu conhecimento, eu também conheço muitas ervas, e não só as que matam, mas as que deixam impotente também.
– Xeque – os dois desceram as escadas de mãos dadas, e ele pediu que esperasse um momento fora da sala de jantar que logo viria busca-la – espere aqui está bem? – Dando um beijo na testa dela ele entrou na sala.
Na mesa, sua mãe sentava na cabeceira, como sempre, seu pai ocupava a cadeira a direita de Sakura, de cabeça abaixada Sasuke não era alguém que estava disposto a ser encantador com a visita. Hideki sentava-se ao lado de seu pai, do lado esquerdo de Sakura haviam dois lugares postos, os quais deveriam ser ocupados por Obito e por Yasu.
– Sakura, pai, eu trouxe alguém que quero que vocês recebam como se fosse da família.
– Claro filho – Sakura disse abrindo um de seus belos sorrisos – estou ansiosa.
– Hm – disse o pai, ou pelo menos Obito pensou ter ouvido isso.
Obito saiu da sala, retornando logo depois como uma Yasu bem sem graça e constrangida com toda aquela situação, tudo o que mais a menina queria naquele momento era sair daquela casa e esconder-se.
– Yasu! – Sakura exclamou de surpresa – quando Obito disse que traria alguém, nunca imaginaria que seria você, mas sim tudo faz muito sentido agora. Venha querida não precisa ficar tímida sabe que é de casa. Eu fiz um jantar modesto, não repare, se Obito tivesse me avisado antes teria feito um bom banquete.
– Obrigada senhora Uchiha – Yasu disse timidamente.
– Não precisa me chamar assim, pode me chamar de Tia Sakura, ou de mãe.
– Sakuraaa – disse Obito levemente constrangido.
Todos sentaram-se envolta da mesa, e o “simples” jantar de Sakura, provou-se ser um grande banquete com 2 ou 3 opções para cada prato do jantar, a mãe pediu para Obito contar como ambos resolveram começar o relacionamento, e o Uchiha começou a contar uma grande tragédia digna de Shakespeare sobre uma das plantas de Yasu estar morrendo e ele ter bravamente salvado a vida da pobre plantinha e com isso Yasu teria visto que ele era o homem da sua vida.
Se Yasu não estivesse tão envergonhada ou embasbacada com a mentira do Uchiha, que julgava não fazer menor sentido, ela teria rido de toda a situação, mas como não era aquela situação, ela apenas acenava com a cabeça concordando com tudo o que Obito obviamente inventava para os pais.
Sakura ouvia tudo verdadeiramente animada, e parecia acreditar em todos os absurdos que seu filho dizia, enquanto Hideki, prestava atenção e parecia tomar nota para aprender a como lidar com uma mulher. Obito possuía um obvio talento para contador de história. Contudo, os momentos felizes duraram pouco, pois Sasuke já farto de todo o circo que se armava em sua mesa de jantar, levantou-se dizendo:
– Chega Obito, eu sempre soube que você não dava importância necessária a sua vida ninja, mas parece que está se transformando em um palhaço também – O Uchiha mais velho olhou diretamente para o filho – Se não quiser continuar na carreira, como fez Fugaku seja homem e assuma sua realidade, caso contrário, deveria pensar em namorar menos e concentrar-se mais na sua prova.
– Você acha que sabe tudo não é pai? Você sempre gostou mais de Fugaku, e sempre preocupou-se com Itachi e o que restou para mim além de suas cobranças?
– Sakura suba depois quero conversar com você – Sasuke deixou a mesa dando as costas para o filho.
– Obito leve Yasu, vai ser um prazer ter você na família, mas agora preciso conversar com o meu marido idiota – Sakura deu um beijo na cabeça de Hideki e lhe disse: – sobrou para você querido, limpe tudo antes de subir.
– Isso é tão injusto mamãe!
– A vida é injusta, não quero nada fora do lugar.
O menino aceitou seu destino abaixando a cabeça para a mesa completamente suja. Obito e Yasu, foram andando para a residência Sarutobe, Yasu sabia o quanto aquela conversa afetava o amigo.
A noite estava iluminada, e o Uchiha continuava a caminhada em completo silêncio, quando chegaram em frente à residência de Yasu Obito disse:
– Entende o porquê de eu precisar fazer isso?
– Sim, eu sempre vou estar com você, sabes disso né?
– Né? – e riu – boa noite Yasu.
E partiu correndo de volta para casa.
– Boa noite amor.
Na residência Uchiha, Sasuke tomava banho enquanto Sakura entrava no banheiro. O Uchiha estava na banheira, em um estado pensativo quando percebeu a esposa no recinto.
– Quer entrar aqui comigo? – a esposa riu da pergunta, não acreditava que ele estava a convidando depois do papelão que ele fez na sala de jantar.
– Acho que você não está merecendo nem um pouco – disse enquanto tirava peça por peça de roupa.
– Esse seu jutsu, é muito injusto, pois você não envelheceu nenhum dia depois que o adquiriu.
– Cada um tem seus próprios truques. Eu tenho o byakugou e você, bem você é Sasuke Uchiha – riu ao entrar na banheira com o marido, que a acomodou em seu colo.
Sasuke estava muito ereto e não podia mais suportar não entrar na ninja, por isso já se acomodava para penetra-la, quando Sakura se levantou em um rompante.
– Nada disso para você hoje – com os sharingans ativados em frustração ele começou a dizer – Só pode estar de brincadeira comigo.
– Pois não estou, e se você quiser qualquer coisa comigo trate de fazer as pazes com seu filho, sem falar Sasuke, que pelo amor de Kami, cada filho que temos é diferente, e se Obito não for excelente é tão ruim assim? Deixe o menino, já fico feliz que ele esteja com Yasu, fazia anos que sei que ela o ama, só faltava o tapado compreender isso também, mas essa lentidão deve ser de família.
Sakura, deixou o recinto deixando um Sasuke, estupidamente frustrado e desejoso, mas principalmente, pensando se realmente teria pegado pesado com o filho. Entretanto, o que mais queria era que Obito compromete-se com seus estudos, e esforçar-se, pois não queria que ele frustra-se por não ter tentado de verdade. Bem, era uma coisa que teria que resolver, ou Sakura o deixaria completamente louco.
...
Alguns dias depois todos em Konoha sabiam do novo casal, e milhares de corações foram quebrados, as moças olhavam para Yasu com uma certa frustração e admiração ao mesmo tempo, sem dúvida todos repercutiam sobre sua vida.
Mas a pessoas mais frustrada por demorar ter conhecimento do relacionamento da irmã foi Konohamaru, que só aceitou a situação depois que a própria esposa o obrigou a lidar da melhor forma possível, Hanabi estava irritada já.
De um modo geral, o plano de Obito estava funcionando e ele passou a conseguir treinar pesado e de forma concentrada, até mesmo seu pai passou a lhe ajudar com os treinos. Os dias foram passando sem muita interferência, e enquanto não estava treinando estava com Yasu, que passou a ficar mais tempo com Sakura, elas se davam muito bem; porém, a menina ainda ficava com peso na consciência de pensar que estava enganando a todos.
E logo passou-se os dias até o festival de Sakura, que seria no próximo dia, por isso Obito e Yasu viajaram para um vilareijo não muito distante de Konoha onde aconteceria o festival das Sakuras.
– Nem acredito que chegamos!
– Nem eu.
– Por que está tão ranzinza?
– Não queria sair de Konoha.
– A vamos logo para o hotel, para conseguirmos desfazer as malas e aproveitar o festival amanhã.
– Tem outro jeito?
– Não!
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