História Criminal - Capítulo 4

Pov - Caterine Morgan
18/Outubro/2019 Sexta Feira

Não sabia que horas eram, só sabia que tinha acabado de acordar, sonhei que estava em casa, com minha família, meus amigos, mais agora, acordei e vi a realidade bater na minha cara, to parecendo aquelas atrizes de novela que eu odeio, aquelas que só vivem chorando sabe, mais o que mais eu posso fazer, não sei onde estou, só sei que estou nas mãos de um traficante super perigoso que pode fazer o que quiser comigo, estou longe dos meus pais, das minhas melhores amigas, que saudades deles, escutei o barulho de porta ser destrancada e meu coração começou a bater mais forte pela possibilidade de ser Bieber e ele vir terminar o que queria comigo, mais na verdade era um mulher, Já devia ter uns 40 anos pelas marcas em seu rosto, mais não deixava de ser bonita.
- bom dia menina, - ela disse me dando um sorriso triste, com certeza sabia o que estava acontecendo - você precisa se alimentar
Ela disse colocando sobre a cama uma bandeja que continha suco, iorgute, frutas, pães e frios, parecia estar tudo gostoso mais não conseguia pensar em comer nada .
- que horas são isso?
Disse a primeira coisa que veio na minha mente, ela se aproximou e me mostrou o relógio em seu pulso e pude ver que faltavam 5 minutos para dar 10 horas, quando ela ia retirar o braço eu o puxei e ela me olhou assustada.
- ME ajuda por favor, me tira daqui
Ela me olhou e pude ver um pouco de remorso em seus olhos e tristeza.
- menina, Eu queria muito poder te ajudar, mais se eu tentar, seremos nós duas mortas, o senhor Bieber nunca ia perdoar, ele te escolheu - ela suspira e continua falando - sei que vou parecer horrível falando isso, Mais se você quiser continuar viva, e proteger sua família, apenas aceite, se você tentar sair, os seguranças que estão la fora estão autorizados a lhe matarem.
Ela diz e sinto meu sangue gelar dentro de mim
- vamos Judite
Um dos armários que ficam na porta do quarto em que estou a chama e a mulher apenas me olha mais uma vez e diz que logo vai vir buscar a bandeja e sai.
Agora sim perdi todas as minhas esperanças, Não tenho mais o que fazer, estou perdida, respiro fundo tentando criar coragem pra encarar aquilo tudo, talvez depois que ele me usa-se e se cansasse ele iria me deixar ir embora, voltar pra minha casa.
Sinto minha barriga doer de fome e resolvo comer, meu plano era comer apenas uma coisinha mais quando dei por mim já tinha acabado com toda a comida, logo Judite voltou pra pegar a bandeja, ela nem me olhou, parecia tensa, será que tinha acontecido alguma coisa ? Resolvi não pensar nisso por enquanto, melhor focar no que eu tinha que fazer pra sair dali, sim, iria me entregar pra aquele monstro, qual outra saida eu teria ? Ele podia me matar, ou pior, matar alguém da minha família, passo horas pensando no quão horrível isso vai ser, e com certeza eu vou me sentir mau pro resto da minha vida.

Quebra de tempo
Já tinha se passado algum tempo, na hora do almoço Judite trouxe ele pra mim, Judite era uma cozinheira de mão cheia, agora eu estava sozinha como sempre, fui até o banheiro que tinha ali no quarto e encarei meu reflexo no espelho, parecia outra pessoa, meus olhos antes cheios de vida agora estava vermelhos de tanto chorar, resolvi tomar um banho, tirei toda minha roupa e entrei debaixo daquela água maravilhosa, pensei no que eu estava prestes a fazer, Não queria aquilo, estava com nojo de mim mesma, me sentia uma prostituta da mais baixa classe, resolvi sair do banheiro e me enrolei em uma toalha que estava la, quando fui de volta para o quarto, me deparei com O Bieber, ele tinha acabado de entrar e estava trancando a porta, se aproximou mais de mim, e pude ver o brilho em seus olhos, mais não era nada bom, era uma brilho quase maligno, ele tocou em meus braços e me arrepiei toda sentindo a repulsa tomar conta de mim.
- tira a toalha
Ele ordenou e por alguns segundos eu fiquei imovel, apenas olhando pra ele, Mais quando vi em seu rosto que ele estava começando a se irritar eu a tirei jogando no chão perto de mim, senti minhas bochechas arderam ao ter seu olhar de forma tão íntima sobre meu corpo, em um piscar de olhos ele me jogou sobre a cama e começou a tirar sua própria roupa, não o olhei, fiquei apenas encarando o teto, assim que escutei o barulho de algo ser rasgado imaginei ser o pacote da camisinha, logo ele se deitou sobre mim e eu apenas fechei os olhos, em apenas uma investida ele entrou em mim, senti tudo em mim doer, uma dor insuportável, as lágrimas saiam descontroladas pelo meu rosto, Mais ele não se importou, e continuou a investida constante dele, em um movimento rápido ele me colocou de quatro na cama e continuou metendo, seus gemidos eram uma tortura, como ele pode sentir prazer me machucando dessa forma, quando estava prestes a desmaiar pela dor ele deu uma última estocada e gemeu rouco, logo senti ele sair de mim, me joguei na cama sentindo tudo em mim arder, mais nada se compara a dor no meu coração, fechei os olhos e o ouvi dizer
- da próxima vez vê se faz melhor
Dito isso e saiu, agora meu choro era incontrolável, ele tinha acabado de me roubar a coisa mais valiosa que eu tinha, e ainda diz isso, estou me sentindo suja, imunda na verdade, me levantei fazendo um esforço enorme por conta da dor absurda que tomava conta de mim, e caminhei até o banheiro, liguei a ducha e deixei a água cair sobre meu corpo, comecei a me esfregar freneticamente, queria tirar qualquer resquício daquele homem do meu corpo, quando terminei me olhei no espelho e minha pele estava toda vermelha e irritada, fui até o guarda roupa que havia no quarto e me surpreendi ao vê que tinha várias peças de roupa nele, peguei uma calcinha que ainda estava com a etiqueta, na verdade todas as roupas ali estavam com a etiqueta ainda, peguei também uma blusa grande que ficaria um vestido em mim, dito e certo, ficou parecendo um vestido, me deitei devagar na cama e me cobrir com os lençóis.
Algum tempo depois ouço a porta se aberta novamente, fingi que estava dormindo
- vamos menina você tem que comer, - ouço a voz calma de Judite mais mesmo assim prefiro não responder , - dios santo - ela diz quase em um grito - eu sinto muito pequena, sinto muito pelo o que ele fez - Ela diz com a voz embargada, acho que ela viu o lençol com sangue no chão, mais preferi continuar calada, assim que escutei o barulho da porta sendo trancada novamente, respiro pesado sentindo as dores assim que me viro na cama, agora eu era uma mulher, mais tinha sido a pior coisa que já aconteceu na minha vida, eu tava com tanto nojo de mim, dele, eu o odeio com toda a minha força, eu nunca mais ia ser á mesma, eu sei disso, mais eu ia suportar, apenas pela minha família, somente por eles.