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História Crônicas de Althunrain - O Caçador e a Raposa - O Resgate do Presente - História escrita por Tulyan - Spirit Fanfics e Histórias
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História Crônicas de Althunrain - O Caçador e a Raposa - O Resgate do Presente


Escrita por: Tulyan

Notas do Autor


Estamos chegando em um ápice legal, tretas vão rolar!

Capítulo 32 - O Resgate do Presente


Fanfic / Fanfiction Crônicas de Althunrain - O Caçador e a Raposa - O Resgate do Presente

Estava seguindo o corredor com as palavras do Nanci na minha mente, nunca achei que um escravo se aproximaria de mim assim, mas, se algum dia o Navoc apresentar... não, ele é um rapaz direito, aquele Nanci é diferente, eu o criei desde menorzinho, quando ainda era muito jovem para andar sozinho, o que não é muito claro, é impressionante o quão rápido eles amadurecem, em poucos meses de vida, um Nanci já anda, com um ano e meio, ele já falava, rusticamente claro, porém, hoje, com seus dez anos, ele é essencialmente um Nanci adulto com o corpo pequenino. Não sou um especialista em Nancis, e duvido que exista um, mas, gostaria de saber quando eles afloram os desejos sexuais, seria ai que daria mais atenção a ele, que o supervisionaria mais de perto para evitar que ele se torne algo como o Sini, claro, o rapaz não teve instrução ou escolha, entretanto, o que ele se tornou hoje é algo deplorável e triste. Sini é hoje um tipo de chamariz, por mais terrível que seja, ele é uma ferramenta dentre todos os escravos, Simek uma vez comentou comigo, a jovem raposa é necessária para aliviar a tensão dentre todos, ele é vítima de uma realidade cruel, ele é o total oposto daquilo que quero para o Navoc.

Aquele lobo será um exemplo, com ele vou mostrar ao Simek que os Nancis podem ser mais que escravos, mais que mão de obra. No fundo, sei que meu amigo não pensa assim, ele, da mesma forma que eu, entende os motivos de fazermos isso, mas, como mestre e dono dos escravos, tenho ciência de que ele precisa recuperar o dinheiro gasto e ter lucro, e no fim, alforriar um escravo é trabalhoso e cansativo demais para valer a pena. Amaria um dia dar esse prazer ao Navoc, quando ele for adulto, quando fizer seu vigésimo aniversário eu darei esse presente a ele, basta que cumpra as exigências que nunca revelei ao lobo, se seguir firme, farei de tudo para libertá-lo, afinal, mesmo que o Simek tenha alugado o Nanci, ele ainda é meu.

— Vamos seguir hoje a tar-

— Enon... – me apresento ao homem que bate continência, acompanhando-o, duas servas e quatro soldados. – Está tudo pronto?

— Sim senhor! Vi lhe avisar, está tudo pronto, a caravana aguarda o senhor e sua irmã apenas. – suspiro pesado dando fim as ideias de agora.

— Ela estava com o Simek, no terceiro andar. – aponto para cima. – Vou só buscar minha espada e já irei de encontro a vocês. – assentindo, os servos de Simek e meus subordinados passam por mim e seguem o caminho que disse, digo, apenas Enon o faz, os outros tomam rumos diferentes do dele, assim como eu.

 

Por mais estranho que pareça, nada ocorreu fora do planejado durante o trajeto até a Fhae’llo, nossa pequena caravana era dotada de duas carruagens e uma carroça, na primeira carruagem, estava eu e minha irmã junto ao líder de uma congregação que veio de Ezthel, o fascínio deles perante a nossa muda, destaque da praça central da cidade, claro, aquela árvore arcana é muito, mas muito mais fraca do que a sua mãe. Na verdade, dizem que há mais de dez Fhae’llos nessa floresta, eu pessoalmente só vi quatro, então não posso dizer se isso é verdade, mas, é realmente muito provável.

— Ela é realmente grande como falam? – o jovem de vestes brancas aperta o símbolo sagrado em seu peito, minha irmã estava cordial o suficiente para lhe responder.

— É uma das maiores, senhor, verá quando chegarmos. – mas eu sei que, na verdade, ela adoraria o mandar calar a boca, porém, por ser alguém importante, para Simek, claro, a mulher se contenta em fazer um rosto bonito e contente.

— Por muitas vezes ouvi falar as Fhae’llos desta região, mas nunca tive a chance de vê-las pessoalmente. – o rapaz realmente não parecia ser um líder de congregação, mas, ouvi dizerem dele que é capaz de usar magia secundária, o que para sua idade é algo a se respeitar.

— São tão incríveis e intensas quanto dizem, se focar-se bem, conseguirá ouvi-la. – e assim o rapaz explode de empolgação, seus olhos brilham cada vez mais entusiasmado.

— T-tem Fhae’llos adultos aqui?

— Sim, dois adultos, bom, até onde sei.

— Fantástico... isso é muito, muito raro de encontrar, elas levam milênios para adquirir consciência. – não que eu não saiba disso, mas, este rapaz me parece muito interessado em Fhae’llos, não só no sentido de culto.

— Desculpe a pergunta, mas, o senhor é estudioso dessas árvores? – fazer tal pergunta parece abrir ainda mais o entusiasmo do rapaz.

— Sim sou, sou um biólogo credenciado pela academia arcana de Nostradam, e se engana se acha que elas são apenas árvores, são sencientes e arcanas, algumas, mais sábias do que muitos mestres, detêm saberes tão antigos quanto as Eras, eu mesmo tive a chance de ingressar-me no ramo acadêmico com o professor Crystan, ele é o maior especialista em Fhae’llos de Althunrain, ele diz que certa vez teve contato com uma delas, e foi revelado segredos tão profundos da magia, que ele aprendeu a manusear elementos que nunca antes pode, além de terra, a Fhae’llo o ensinou a associar este elemento com o que meu mestre já era perito, água, assim conseguiu utilizar um elemento extraordinário, cristal.

— E... você também consegue não é?

— O quê?

— Usar magia extraordinária...

— Ahh não. – seu riso é breve. – Eu uso magia secundária, olha, é fácil confundir, mas, magia secundária é a evolução de um dos sete elementos, é quando o mago aprimora-se com uso do arcano puro, magia extraordinária, também conhecida como magia mestiça, é a junção entre os quatro elementos, ar, água, fogo e terra, eu mesmo amaria poder ter o elemento cristal, mas, uso... – ele retira a luva branca em sua mão direita, e ela assim fica translúcida, como se sua carne se tornasse vidro.

— E-eteriedade? – Oshure estava pasma.

— Sim, mas isso não vem ao caso. – o homem fecha a mão que retoma a cor da vida e devolve a luva a ela com calma. – Bom, vem um pouco, meu mestre vem pesquisando sobre uma possível anomalia, um evento muito raro e peculiar que as Fhae’llos podem fazer. – o rapaz escora-se no assento branco da carruagem e apoia um braço pela sua janela. – Suas consciências assumem uma forma humana ou animal, assim, em teoria, eu posso regular a minha frequência arcana por ter acesso a esse tipo de magia, se os deuses e a Fhae’llo desejar, entrarei em contato com ela, e talvez seja digno de um vislumbre de sua sabedoria imensa.

Agora é minha vez de ter o interesse extrapolado, ele é uma pessoa fantástica, sem dúvidas. – Isso é possível? Falar com o espírito de uma Fhae’llo?

— Mas é claro, há muitos relatos de pessoas que interagem com elas, porém, é extremamente raro que ela permita e se mostre assim, em questão de poderes... – ele já emenda mais de seu conhecimento. – Estudos sugerem que a árvore é quem promove essa belíssima floresta, ela sustenta a vida como poucas coisas podem, porém, necessita de locais com alta intensidade arcana para crescer e manter influência sobre a terra.

— É por isso que um fruto... – Oshure estava bem interessada agora, dinheiro é um dos vícios dela.

— Um fruto delas é muito poderoso, se colocar em um deserto, e alimentar com magia regularmente, claro, ela faz uma floresta inteira crescer ali, logo, quando for adulta, o equilíbrio arcano dela a sustentará eternamente. – o brilho nos olhos azuis dele é quase tão intenso quanto nos de minha irmã. – Por isso um fruto vale, sei lá... aquilo vale... daria para comprar Episte três vezes, e sobraria muito ainda.

Minha boca quase cai, tudo isso por um fruto? Bom, pela raridade e as maravilhas que ele relatou, o preço alto é o mínimo que esperava. – M-mas ela dá frutos quantas vezes? – o rapaz responde com os ombros.

— Não existe estudos para isso ainda, mas seguindo o conhecimento popular, elas só criam frutos em ocasiões especiais, como não conseguem dispersar as sementes longe o suficiente, dizem que confiam a pessoas específicas para que façam o serviço, quem possuir uma nunca revelaria ter, mesmo que custasse sua vida.

— Coma sabe? Como ela tem certeza de que a pessoa não venderia?

— Ela observa a vida do mesmo em um vislumbre de sua alma, meu mestre Crystan teve essa honra, e perdeu uma das pernas por ela, e do tanto que ele é narcisista, acho que a Fhae’llo sabia o que fazia... – o humor na voz dele tem muito respeito envolvido, bom, sempre que ele fala em seu mestre, o rapaz olha para as mãos e sorri como se ele fosse alguém muito especial para o mesmo.

E ai, minha irmã faz algo que pouco vi até hoje. Ela coloca uma das mãos no ombro do rapaz e sorri a ele com real apego. – Teremos sucesso na tua jornada All’toban, Nyr estará nos protegendo.

— Nyr? Ah... eu nasci no mês de Alfra’Jol, mas agradeço ainda assim a benção. – olho brevemente a mata que cerca a estrada adjacente que pegamos, a maior parte do caminho pode ser feita com carruagens por ser acesso ao Poço do Fluxo Exterior, depois dele, somente andando, pois, a mata se torna densa demais, e cortar uma árvore de uma Floresta Fhae’llo é quase um crime, então, ou você decora o caminho, ou faz uma trilha simples, sem cortar nada, pois, a floresta é quase tão importante quanto a própria Fhae’llo.

— Chegamos... – bato no teto da carruagem sinalizando ao cocheiro que nos levava, assim, sua voz ecoa a todos lá fora.

Trouxe um seleto grupo de soldados comigo. Apenas os melhores e mais competentes soldados de Episte vieram aqui, claro, deixo a cidade, mas, mantenho um plano de patrulha e guarda ainda mais intenso, além do mais, o índice de estrangeiros visitando-nos para o Festival de Fhae’llo é muito alto, tanto que as casas, tabernas e mansões lotam as reservas semanas ou meses antes, é com certeza um evento muito rico.

 

Este grupo de pesquisadores, entusiastas e seguidores da deusa mãe, Avony, são um bando de gente animada, eles falam o nome de tudo que passa por nós, eles dizem coisas sobre as plantas que parecem outra língua para mim, debatem coisas incompreensíveis para mim, falam de vegetação pioneira, algo chamado “meristema apical”, que aliás é algo que dizem muito. Bom, a minha conversa é a espada que carrego, com ela não tem argumento algum que desconsidere seu fio...

Ao redor destes homens de letras, meus soldados caminham atenciosos com esta floresta traiçoeira, afinal, além dos animais, temos aqueles loucos fanáticos para lidar. Sou um dos poucos que conhece o caminho exato, mesmo que seja uma árvore imensa e destacada pela folhagem vermelha, a própria floresta defende a Fhae’llo com sua densidade, é muito fácil se perder aqui onde tudo é igual, sem boas habilidades de rastreamento, muitos homens já morreram a poucos metros da estrada, mas se ignorar esse perigo, a mata é um lugar muito agradável e bonito, toda vez que faço esse caminho, me atento a duas coisas, a uma grande rocha que cresce dentre a mata e sobre ela, flores vingam em multicores, a outra coisa, é esse som gentil que soa baixo no fundo da minha mente...

Sempre que coloco os pés nessa floresta, sinto esse sussurro, um cantarolar amistoso de alguma música desconhecida, essas duas coisas são o indicativo de que estamos bem perto, e graças aos deuses, toda a caminhada até ela foi pacifica e segura.

A Fhae’llo aparece, sua altura imponente era colossal, seu tronco branco reluz como prata a luz do sol, lembro-me da primeira vez que vim aqui, esta bela árvore me deixou revê-lo, meu pequenino, ele e sua mãe, pude vê-los e tocá-los como se estivessem aqui comigo, porém, assim como ela disse em meus sonhos, isso era um veneno, eu precisava e sim, hoje eu os deixei ir, no entanto, ainda amo-os como se estivessem vivos, pois estão, no meu coração...

 

 

 

 

 

Após o almoço, os guardas abriram os portões da senzala e levaram-nos para trabalhar, por sorte, os deuses atenderam as minhas súplicas e pude retornar ao mesmo lugar de antes, Nayda estava mais séria, focada, assim como eu, apesar de tentar, Sini mal fez-nos conversar, não era momento... O ar estava pesado, o cheiro dos produtos era nauseante, sem a energia e alegria de antes, aqui parecia um cemitério.

Nem mesmo nosso descanso ao Sol da tarde era recompensador, não que seja por Nayda ter ficado conosco, mas, por que não havia motivos para conversarmos agora, Sini estava mais quieto, seus joguinhos cessaram, pois, agora que tenho a gaiola de castidade, creio que ele se lembre de quando era tentado, mas, não podia se juntar a fornicação. Afinal, depois que usei esse metal para minha contenção, me sinto até melhor, mais leve, mais seguro de mim mesmo, tanto que, por mais me meus olhos vão as patas dos outros escravos contra a minha vontade, não me sinto excitado como antes, não tinto aquele calor de antes, só, uma mistura de vergonha e repreendimento a mim mesmo. É difícil negar esse desejo tão intenso, mas, é necessário, graças aos deuses, Sini não tentou nada em nenhum momento, meu corpo não tentou nada a momento algum.

Retornamos a senzala sem trocar uma palavra que não fosse necessária ao serviço, e tal foco nos proporcionou benefícios, voltamos mais cedo do que a maioria dos escravos e por isso, posso me deitar mais cedo também, simplesmente estou muito cansado para continuar assim, não é ruim, eu sei que existem dezenas de Nancis aqui que gostariam de ter o meu trabalho, mas, tenho certeza que eu gostaria de ter a mente como a deles, despreocupada quanto a si mesmo.

Retiro o braie de mim e já vejo a gaiola prateada, constantemente tento tirá-la, não com essa intenção, mas, com o medo dela afrouxar ou sair, para prevenir, apertei ao máximo que consegui, sinto a pressão intensa dela, mesmo que não me machuque, sei que está muito bem apertada. Sini entra logo depois, por minha culpa, ele também foi afetado por isso, deve ter aguardado tanto para “brincar” comigo, e agora eu não quero, nem posso, o rapaz nem sequer pede as minhas patas, conversa comigo sobre outras coisas, sobre como são os outros sugares da mansão, da plantação de trigo, uva e cevada a sudoeste, daqui, de como a cidade fica quando neva... nosso assunto é divertido até, porém, é assombrado por aquilo, é notório que o Nanci está se esforçando para não tocar no assunto, nem usar palavras que remetam a isso. Pela primeira vez, somos uma dupla comum, não dois amantes do sexo descontrolados como antes... Somos alimentados em um horário específico, os guardas trazem as porções de cada um, levam até o segundo portão, e dele, o escravo busca e depois devolve o prato, foi o que fizemos, a comida é sempre muito boa, o que me cativa, pois, normalmente é de se pensar que receberíamos restos, fico feliz que Simek tenha essa consideração toda por nós, mesmo que não seja sua obrigação, por tal eu o agradeço ainda mais.

Temos até um chuveiro particular no banheiro de pedra, a água é quente e muito boa, como mais velho, todo banho primeiro, bom, Sini entra sem pedir e toma junto a mim, por mais incrível que pareça, não acontece nada demais, e como ele mesmo disse, isso é apenas para não desperdiçar água... sei bem...

Nos secamos com toalhas felpudas dadas a nós, uma inclusive que lembro de tê-la lavado ontem, e por fim, agora limpos, vamos fazer como a maioria dos outros e dormir, Sini me explica que o botão na parede é o acionador da luz, e se apertá-lo de novo, a luz extinguirá. O jovem sobre para a sua cama, assim como eu, depois deste banho, as coisas se confirmaram, eu estou firme, ele também, nós estamos juntos nessa...

Sento em minha cama, ela era muito boa se comparada à que dormi por anos com meus outros mestres, tudo aqui é um luxo, porém, é muito mais difícil de suportar, a falta dele fica cada vez mais intensa, mais poderosa, minha garganta amarga sempre que lembro-me dele, porém, uma olhada em meu tornozelo torna tudo mais simples, tenho sua lembrança comigo, de um modo ou de outro, ele sempre estará perto de mim... mesmo que figuradamente. Sini estava como eu, só que acima de mim, sentado em sua cama, ele tombava as patas a cada lado da minha cabeça, usa as garras dos dedos para tocar as minhas orelhas, apoia-as na minha cabeça e aperta-as puxando o meu pêlo junto. – O que é?

— Mesmo que você não faça mais sexo... se lembra do que me prometeu né? – sorrio para o nada e seguro sua pata direita, aperto-a contra o rosto sentindo as almofadas contra o meu focinho. – Ei, esse trabalho é meu! -  a animação dele é muito bem-vinda.

Ele salta à minha frente e já se vira levanto a mão ao meu peito, me deixo levar por ele, confio que será apenas o que penso, por mais que vá ser excitante, levarei isso como uma punição, terei de me segurar, não poderei fazer o que minha mente irá desejar e... cumprirei a minha promessa aos dois... o jovem Nanci vai até o pé da minha cama e puxa as minhas patas para si, fica de joelhos e, começa a minha tortura.


Notas Finais


Espalhem, disseminem, compartilhem! Logo vocês farão parte de um joguinho meu MWAHAHAHHAHAHA!!!


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