handporn.net
História Crônicas Gélidas da Menina e da Mulher - Único; memórias congeladas - História escrita por nolanboy - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Crônicas Gélidas da Menina e da Mulher >
  3. Único; memórias congeladas

História Crônicas Gélidas da Menina e da Mulher - Único; memórias congeladas


Escrita por: nolanboy

Notas do Autor


Escrevi o rascunho desse conto durante a quarentena, que foi quando eu comecei a maratonar “Acampados”. Eu queria muito saber como estavam as crianças Ross depois do final de “Jessie” e acabei me apaixonando pelos outros personagens do acampamento haha.

Com isso, surgiu essa ideia de criar algo com foco na Hazel, mesmo sabendo que ela era um tipo de "vilã" e não muito querida por todos, porém eu dava risada com a personagem e isso me fez querer contar uma história desenvolvendo os sentimentos dela.

O tema do desafio Spirit deste mês casou com o que eu queria mostrar, só precisei fazer alguns ajustes e enfim, finalmente decidi mostrar esse conto pro mundo, perdoem qualquer erro e boa leitura :)

Capítulo 1 - Único; memórias congeladas


Fanfic / Fanfiction Crônicas Gélidas da Menina e da Mulher - Único; memórias congeladas

No meio de uma paisagem coberta de branco, um pequeno toque de vermelho metálico chamava atenção: era o carro de Hazel Swearengen, que dirigia com cuidado pelas sinuosas estradas cobertas de neve no Maine. O volante aquecido em suas mãos contrastava com o frio lá fora, enquanto os flocos de neve dançavam diante do para-brisa. A jovem adulta estava em suas férias de inverno, afastando-se temporariamente das obrigações do trabalho e buscando uma pausa para reavivar suas energias. O destino escolhido era o lugar que a preenchia de sentimentos ambíguos: o Acampamento Kikiwaka, onde passara suas inesquecíveis férias de verão na infância.

O acampamento, agora tranquilo e adormecido sob o inverno, a chamava de volta com uma atração inexplicável. Enquanto dirigia por estradas familiares, as lembranças de infância começaram a emergir, como raios de sol atravessando as nuvens escuras de inverno. Ela recordou os dias ensolarados de verão, as noites estreladas em volta da fogueira, as gargalhadas compartilhadas e as amizades que forjara com um sentimento de pertencimento.

Mas o inverno trouxe consigo também um peso em seu coração. A jornada até o acampamento evocava reflexões sobre o desafio de crescer e se tornar adulta. As responsabilidades e pressões da vida cotidiana a afastaram das alegrias descomplicadas da infância, e ela se viu perdida em um mar de incertezas.

No entanto, a busca por respostas e a esperança de encontrar conforto no passado a impulsionaram adiante. Hazel ansiava por um momento de reencontro consigo mesma, para compreender melhor quem era e para onde estava indo.

Finalmente, após algumas horas de viagem, ela avistou a placa gasta do Acampamento Kikiwaka, meio escondida pela neve que a rodeava. Com o coração cheio de emoção, ela estacionou o carro e abriu a porta sentindo o frio vir ao seu encontro, colocou os pés para fora e ao tocar suas botas no chão coberto de neve, seguiu o caminho familiar até a cabana de madeira, que agora estava silenciosa em meio à brancura do inverno.

— Uma vez Fuinha, sempre Fuinha…

Foi o que a garota disse ao ler a placa de sua antiga cabana, a Cabana da Fuinha. Ao abrir a porta do chalé, o aroma de madeira e a sensação de nostalgia a abraçaram como um velho amigo. As memórias, há tanto tempo adormecidas, ressurgiram vivas e coloridas, preenchendo o lugar com a magia dos dias de verão, quando Hazel constantemente se envolvia em esquemas e truques, fosse para atormentar Emma ou para chamar a atenção de seu primeiro crush Xander.

— Dá pra acreditar que eu já ateei fogo nessas cabanas?

Hazel Swearengen era naquela época o que se pode chamar de antagonista, contudo não se pode negar o quanto ela era uma adição interessante à dinâmica do acampamento, por vezes até mesmo se envolvia amigavelmente com os mocinhos, como quando jogou um roleplay com Ravi e Tiffany ou quando meio que adotou Zuri como sua "monitora em treinamento".

Agora a moça olhava pela janela do chalé de madeira, observando a paisagem nevada que cercava o Acampamento Kikiwaka. O acampamento que costumava ser seu lar durante as férias de verão, agora estava fechado durante o rigoroso inverno do Maine. A neve cobria as trilhas, as árvores se curvavam sob o peso branco e o lago que costumava ser refrescante e vibrante estava agora congelado, imóvel, como se estivesse guardando todas as memórias que testemunhou.

Enquanto Hazel estava sentada em frente à lareira, as chamas lançavam sombras dançantes pelas paredes do chalé. Cada crepitar do fogo trazia consigo uma onda de nostalgia, levando-a de volta à infância, quando o acampamento ganhava vida durante o verão. Lembrou-se das risadas ao redor da fogueira, das histórias contadas sob as estrelas e até das piadas que o pequeno Jorge contava.

Era sua primeira vez visitando o acampamento no inverno, e a solidão parecia envolvê-la. As vozes alegres das crianças foram substituídas pelo silêncio gelado, e os sorrisos brilhantes foram congelados na memória. Ela havia crescido desde então, e suas responsabilidades adultas haviam afastado-a do lugar que tanto amava.

Decidida a reviver um pouco daquela magia de outrora, Hazel decidiu explorar para ver o que tinha mudado no acampamento. Vestiu seu casaco mais quente, calçou suas botas e saiu para o mundo branco lá fora. Cada passo criava uma trilha na neve fresca, como se ela estivesse deixando uma marca de sua jornada de autodescoberta.

Enquanto caminhava pelas trilhas cobertas de neve, Hazel encontrou um velho carvalho onde havia entalhado na madeira um coração com as iniciais “H X”. Ela tinha feito aquilo aos 12 anos, no auge de seus devaneios amorosos por Xander McCormick.

— Ai como eu era boba! — disse para si mesma e deu risada enquanto tocava a gravura na árvore.

Depois de observar bem, ela notou um buraco debaixo das raízes do carvalho e pensou “não é possível que ainda esteja aqui”. A loira se agachou e enfiou a mão lá, puxando um velho caderno enfeitado com marias-chiquinhas feitas de lã.

— Meu diário de férias…

Era como se o diário estivesse esperando por ela, enterrado sob a neve, para relembrá-la das aventuras que teve ali. Folheando as páginas desgastadas, ela se deparou com suas próprias palavras de esperança, felicidade e crescimento.

A neve começou a cair novamente, envolvendo Hazel em um abraço frio e suave. Ela se viu voltando à cabana do refeitório, onde se aqueceu com uma xícara de chocolate quente. Sentada em uma das mesas próximas à lareira, Hazel começou a escrever em seu diário, capturando suas reflexões e as lembranças preciosas que a cercavam, notando o contraste entre sua caligrafia de antes e agora adulta.

Hazel mergulhou nas recordações do passado, revivendo cada riso, cada desafio superado e cada pegadinha aprontada. O Acampamento Kikiwaka, uma vez frio e quieto, parecia ganhar vida novamente, graças às lembranças calorosas que Hazel trouxera consigo.

Em uma noite estrelada, nossa heroína teve uma ideia: ela convidaria alguns de seus amigos mais próximos da infância para se reunirem no acampamento na próxima temporada de verão. Seria um momento de reencontro, compartilhando suas histórias de vida, rindo e criando novas memórias para guardar no coração.

— Chamarei até mesmo a Emma! — disse, lembrando da rivalidade que tinham na adolescência, mas que tinha ficado no passado e agora rendia boas gargalhadas.

A menina Swearengen pegou o celular e começou a deslizar pela barra de contatos até encontrar quem estava procurando, então iniciou uma chamada e esperava ansiosa por uma resposta, até que seu coração se aqueceu quando a voz do outro lado da linha finalmente surgiu:

— Oi Lou… — falou Hazel, com um sorriso no rosto — Sou eu, que bom ouvir sua voz de novo!

Com essa decisão, Hazel sentiu que as férias de inverno não eram mais uma estação de melancolia, mas uma oportunidade de resgatar o passado e moldar o futuro com base nas preciosas lembranças do Acampamento Kikiwaka. 

E assim, enquanto a neve continuava a cair lá fora, Hazel sabia que os laços que ela formou com o acampamento e suas memórias congeladas seriam para sempre a chama que aqueceria seu coração, independentemente de sua idade ou da estação do ano.


Notas Finais


Quem aí também sente vontade de voltar no tempo naquela época em que a gente era criança e só passava série boa no Disney Channel?

✋✋✋✋✋

Espero que tenham gostado de verdade, agora vou me retirar pra chorar em posição fetal em razão de uma crise de nostalgia, boa noite!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...