História Crossed destinies - Seven

Anteriormente em Crossed destinies 

- Como eu não me lembraria de você? Você é tão... tão... única, duvido que eu não me lembraria de uma mulher como você. Você sabe de mais alguma coisa? Por favor, Regina eu lhe imploro para me contar a verdade, eu sinto que te conheço e também que você foi uma grande parte da minha vida... — eu queria chorar, queria bater em mim mesma por não conseguir lembrar daquela mulher maravilhosa que estava na minha frente.

- Emma... — meu nome sai de uma maneira tão melodiosa — Você... v-ocê... era... — e no mesmo instante o telefone toca a tirando de todos os pensamentos — Você foi apenas uma amiga — limpa a garganta.


 

No mesmo dia

Eu não conseguia entender como e o porque de ter essas memórias e não me lembrar das mesmas. Esses 17 anos eu passei sentido todas as dores possíveis, sentindo um vazio enorme dentro de mim, era como se um pedaço grande de mim fosse retomado e eu me sinto muito estranha.

Desde que encontrei Regina sinto essa sensação, aqueles olhos transpareciam uma dor toda vez que eram direcionados a mim, apesar de não sermos próximas senti afinidade com Regina assim que cheguei em Storybrooke. Loucura? Talvez.

E aqui estou eu sentada nessa mesa, esperando um telefonema ou algo que ocupe minha cabeça mas não conseguia ficar um instante sem pensar naquela morena. Pelo o que eu me lembro nunca havia me relacionado com uma mulher e desde que vi Regina algo mudou dentro de mim, era como se eu chegasse ao inferno de tão emocionada que eu ficava em vê-la e depois a realidade dura caía em minha cara com uma justificativa de "Regina era casada e havia duas filhas".

Talvez fosse muita loucura dizer que eu estava apaixonada por ela mas poderia ser uma das possibilidades. Senti aquele tão conhecido perfume e consegui ver Regina perfeitamente em pé me olhando do outro lado da mesa como se tivesse que falar alguma coisa.

- Emma — me surpreende usando meu primeiro nome — Precisamos conversar... — Confirmo calada e me levanto a seguindo para sua sala.

- Então? — pergunto ansiosa.

- Sabe, eu não poderia te explicar em palavras... — ela chega perto o suficiente para os nossos lábios ficarem a mínimos centímetros de distância  — Emma Nolan Swan, eu não consigo me manter distante de você...  — então em um simples ato, ela juntou nossas bocas em um beijo e então senti a confusão se transformar em emoção.
 

- O que você está fazendo? — Depois de uma brincadeira inútil de Regina, tentando pegar meu diário, eu caí em cima da mesma e em um ato desesperado juntei nossas bocas.
 

- Eu sempre quis fazer isso...
 

...
 

- Emma Nolan Swan, aceita ser a minha namorada? — Regina pergunta ajoelhada em uma escada, depois de termos uma festa de despedidas da escola.  Ela decidiu firmar nosso relacionamento em um compromisso real e bastante vivo.

- Depois de todos esses meses aguentando sua chatice, claro que eu aceito — falo emocionada e lágrimas já caíam.

- Eu te amo — Regina fala com a voz rouca que eu tanto amava.

- Eu também te amo — limpo as lágrimas da morena em minha frente — Regina Mills, irei te fazer a mulher mais feliz desse planeta — ela ri do meu exagero mas logo junta nossas bocas novamente.

...
 

-  Você irá continuar falando que ele não quer nada com você? — Daniel estava conseguindo o que queria, que era me manter distante da Regina.

- Ele pode até querer mas eu não quero, desde o primeiro dia em que te vi você foi a única pessoa que pensei... — ela chorava tentando inutilmente me convencer que o beijo entre ela e Daniel não foi nada.

- Chega! Você sabe que, eu nunca, nunca perdoaria uma traição e ainda mais vindo de você que é o amor da minha vida... — seguro a vontade de chorar e então saio correndo dali sem deixar ela se explicar.
 

Dirigi o fusca amarelo para a saída de Storybrooke e era só isso o que eu queria, me manter o mais distante possível da Regina. Então eu paro o carro, estava muito nervosa para dirigir. Percebi uma carta em meio as minhas coisas e rapidamente abro.
 

  "O amor, quando se revela,
                Não se sabe revelar.
                Sabe bem olhar p'ra ela,
                Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
            Não sabe o que há de dizer.
           Fala: parece que mente...
          Cala: parece esquecer...

 Ah, mas se ela adivinhasse,
            Se pudesse ouvir o olhar, 
               E se um olhar lhe bastasse
              P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
            Quem quer dizer quanto sente
            Fica sem alma nem fala,
           Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
            O que não lhe ouso contar,
           Já não terei que falar-lhe
         Porque lhe estou a falar...  

Lembra dessas frases Emma? Foi as mesmas que me disse quando contou que gostava de mim e como não sou burra eu já sabia a muito tempo.

Eu fico agradecida que você falou primeiro que eu, porque tenho uma única certeza que amo você. Desde o primeiro dia que vi você sentada naquele banco e como seus olhos ficavam tão iluminados quando me via.

Eu não acredito em um final feliz porque nunca tive um mas você me proporciona imaginar milhares de possibilidades e eu sei que você foi e continua sendo minha salvadora.

Desculpe se um dia eu desistir e simplesmente começar a agir feito uma filha da mãe. Porque é isso que eu faço geralmente com as pessoas mas você consegue extrair o melhor de mim com o simples "Gina"...

Você é um amor,
             Meu amor."

E então tudo foi muito rápido, eu vi uma luz forte vindo em minha direção e uma pancada forte acabou dando um ponto final naquilo tudo que eu havia construído com a Regina.
 

E como um passo de mágica senti meus olhos começarem a soltar lágrimas e retribuo o beijo da Regina rapidamente. Tentando entender como consegui ficar tanto tempo sem aquela mulher perto de mim.

- Gina - Minha voz sai baixa mas a morena havia escutado.

- Emma? Você se lembra? - Eu consegui enxergar esperança ali.

- Eu lembro de tudo! - Sinto as emoções tomarem conta de mim e Regina me tomar em seus braços.
 

POV - Camila

Já sentiram a sensação de estar perdendo a noção do que está sentindo? Eu estava assim em relação a Lauren. Não sabia como surgiu esse sentimento porém eu sentia ele crescer a cada dia.

Lauren eu te odeio - "não odeia nada"
             minha consciência gritou e eu sabia que era verdade.

E estou aqui sentada em uma das cafeterias de Storybrooke, brincando com minha xícara entre os dedos e observando as pessoas que passavam na rua.

Ai você me questiona, o porque de estar em uma cafeteria e eu simplesmente dou uma única explicação, eu precisava colocar meus pensamentos no lugar mas longe da escola e bem mais longe daqueles perigosos olhos verdes.

Entrei no meu twitter e fiz questão de postar um tweet: "show me all your demons" — Mostre-me todos os seus demônios.

 Larguei meu celular em cima da mesa e o mesmo me assusta com um novo tweet de Lauren "Look into my eyes, It’s where my demons hide" — Olhe nos meus olhos, é onde meus demônios se escondem.

Essa menina é abusada mesmo, ri com meu pensamento. E parece que por uma irônia do destino ou não, Jade aparece com uma menina ruiva na cafeteria. Quando a mesma me vê, vem em direção a mim com um sorriso no rosto.

- Lauren me pediu para te entregar isso — olhei curiosa para a caixa de presente — Como está Tori? — Sorri da sua curiosidade, elas formavam um casal bonito.

- Tori está na aula de canto dela... que falando nisso, ela irá sair daqui uns vinte minutos — olhei para a hora na tela do celular — ela combinou comigo que iria vir para cá depois... se você quiser ficar e esperar ela... — ela ficou alguns segundos pensando.

- Tá bom, só vou pedir nossos cafés — olhou para a menina ruiva e a mesma sorrio tímida.

- Senta aqui — dou espaço para ela do meu lado e ela senta um tanto acanhada.

- Você é a Camila não é? — Confirmo com um aceno de cabeça — Eu sou a Cat, prazer — estende a mão e eu rapidamente seguro.

- Conheço você... você é aquela menina que perdeu a voz uma vez, não é? — me seguro para não rir porque ela ficou andando com um tipo de robô para se comunicar com as pessoas.

- Foi horrível — faz bico e eu acho super fofo — Você e a irmã da Jade são namoradas? — Eu me engasgo com o cappuccino que estava tomando.

- Somente... amigas — falo desapontada.

- Mas você gosta dela, não é? — Fico pensando se contava ou não, antes de poder responder Jade volta com os dois copos de café.

- Ainda não abriu o presente? — Agora me lembro da caixa que estava em minhas mãos.

- Cheguei! — Tori cantarolava mas parou assim que viu Jade. — Oi — falou tímida se sentando ao lado da Jade que não tirava os olhos dela.

- Vou abrir! — Anunciei fazendo todas se assustarem.

- Abre logo! — Tori parecia que já sabia de quem era.

Desfiz o laço do presente e lentamente abri a caixa me deparando com um laço preto de bolinhas e uma gravata do mesmo jeito. No fundo da caixa tinha um bilhete.

"Acho que essa é a minha deixa,

Avistei isso quando fui no shopping e na hora lembrei de você..."

Sorri boba e rapidamente peguei o celular e mandei uma mensagem para ela no whatsapp.

Camz: Adorei o presente, muito obrigada!

Lauren: Não precisa agradecer... na verdade, se você quiser, poderíamos sair...

Camz: Claro! Para onde?

Lauren: Surpresa, te pego as oito no sábado...

Camz: Okay!

Fui para o grupo onde tinha a Ally, Normani e Dinah.

Camz: Lauren me chamou para sair!!!

Dinah: Não acreditooo

Mani: Para onde?

Camz: Ela diz que é surpresa...

Ally: Tomara que ela te leve para a igreja e te converta! — Ri alto lendo isso.

Dinah: A única igreja que a Lauren vai converter a Camila é a igreja do couro...

Mani: Me fala! Vai que ela leva nossa Camilinha para o motel, vocês já pensaram?

Ally: Camila ainda é inexperiente com os dedos ia ter que ser passivona!

Dinah: Se bem que a Camila já tem cara de bem passivona...

Camz: Ei! Eu não sou passiva me respeitem e acho que Lauren não seria tão abusada a esse ponto...

Dinah: Camren is real

Mani: Camila passiva is real

Ally: Deus me defenderay! 

Ri e bloquiei a tela do celular só conseguindo pensar na onde Lauren iria me levar.