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História Cruel Summer - Fever dream high in the quiet of the night - História escrita por CarolStar2600 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Cruel Summer - Fever dream high in the quiet of the night


Escrita por: CarolStar2600

Notas do Autor


Olá pessoal, sejam bem vindos para mais um cap!

Finalmente, depois de anos terem se passado, Bem e Rey voltam a se reencontrar. Mas vocês vão ver que nem tudo parece o mesmo...

Bem, espero que vocês gostem. Não deixem de comentar o que gostaram e o que estão achando da história!
Bjs,e boa leitura!!

Capítulo 2 - Fever dream high in the quiet of the night


Rey corria pelas ruas da movimentada Coruscant. Ela sabia que com a sorte dela aquilo ia acontecer.

 

Ela e suas amigas estavam comprando laços na loja da Senhora D’Acy para jovens moças, uma vez que a temporada social estava por vir.

A menina no entanto, não tão interessada no que as suas amigas estavam vendo, avisou que iria dar uma olhada na loja de bugigangas do Senhor Yoda, que ficava a algumas ruas de distância de onde elas estavam. O senhor Yoda era um velho maluco da região, mas que vendia os melhores e mais curiosos artefatos que Rey poderia comprar e consertar ela mesma.

Porém, para o seu azar, quando tinha acabado de sair da loja, uma chuva torrencial caiu, deixando-a ensopada em meros segundos e manchando seus sapatos. E mesmo não sendo uma longa caminhada até onde as meninas estavam, ela estaria arruinada se andasse naquela chuva, e por mais que ela não ligasse tanto, Lady Shaara iria pirar se sua filha ficasse sendo o mais novo alvo de chacota da cidade.

 

Já bastava todas as fofocas a respeito do paradeiro de seu irmão.

 

 

Rey tentou voltar para o estabelecimento, mas o senhor Yoda a impediu. Algo como “Muito molhada a senhorita está, minha loja suja deixar  não vou”, assim a barrando para o lado de fora.

"Aff, velho maluco" pensou Rey voltando a encarar a rua movimentada, com todos desesperados para achar um abrigo.

Ela já estava se conformando sobre o fato de ter que esperar embaixo de alguma marquise encharcada, quando ela ouviu seu nome ser chamado.

 

-Rey? Reyanna Dameron?! – perguntou a voz, que vinha de uma enorme e pomposa carruagem, e uma figura familiar que gritava da janela

-Ben? – perguntou a garota incrédula, não o via há muito tempo– Você não devia estar em Tatooine? – perguntou a menina, ainda surpresa de encontra-lo ali.

 

Desde o que aconteceu com Poe, Ben decidiu que após terminar o restante de seus estudos, iria focar nos assuntos da família, se retirando para sua enorme residência em Tatooine. Rose mencionou que ele só voltava algumas vezes, mas para ver a mãe, ou pelo menos, era disso que ela sabia.

 

-Tive que voltar, não é só de um ducado que um homem vive – disse sarcástico – Mas eu posso explicar depois, por favor entre!

-Não precisa se preocupar comigo, Vossa Graça. Eu tenho certeza que daqui a alguns minutos essa chuva vai passar- disse Rey relutante

-Rey, pelo o que eu estou vendo, essa chuva não vai embora tão cedo. Por favor, deixe de ser teimosa e venha. Não vou deixar você molhada na rua, com o risco de pegar alguma doença – falou Ben, sem abertura para discussão. E por mais que fosse impróprio uma jovem solteira embarcar numa carruagem com um homem igualmente solteiro, principalmente um como Ben Solo,  ela não era boba de ficar debaixo daquela chuva sem motivo

-Tudo bem – disse, e o próprio lorde desceu da carruagem para ajuda-la a entrar e ofereceu sua jaqueta para que impedisse uma friagem.

-Mas...- Rey tentou impedir, porém, teimoso como sempre, ela sabia que ele não ia aceitar a peça de volta até que ele se certificasse que ela estava totalmente aquecida. –Então, você estava sumido...- tentou a menina sem graça – Desde o...acontecido...E ah! Você ainda me deve a história de como você veio parar em plena Coruscant no vapor da temporada social! – disse a menina, ao mesmo curiosa e caçoando o mais velho, como o de costume.  

-Negócios aqui me forçaram a voltar para a mansão Solo. Além disso, minha mãe talvez recrutasse a tropa inglesa inteira caso eu não viesse visita-la – falou Solo. A dama ainda achou evasivo, porém, não era mais uma garotinha para ficar mexendo em assuntos pelos quais ela não era chamada..

-Ah sim - "Lady Solo faria algo assim com certeza"  pensou a garota com humor – Fui visitá-la alguns dias atrás na Mansão, logo depois que voltei. Parece que ela nem mudou desde o dia que estive lá pela primeira vez – recordou-se

-Alguém como a minha mãe é difícil de sossegar. Você não sabe o quão torturante foi fazê-la se mudar definitivamente para a Mansão e parar de viajar com tanta frequência...Mas, Rey- falou, mudando totalmente o assunto -o que você faz aqui, não só em Coruscant, mas também no meio da rua e...desacompanhada?

- Não que seja da sua conta, mas eu não estava desacompanhada coisa nenhuma! – disse se defendendo, mas Ben só fez rir, o que deixou ela mais irada ainda – Estava com as meninas. Acho que você se lembra delas, as irmãs Tico, senhorita Pava e senhorita Lintra. Elas vieram algumas vezes conosco durante as férias- tentou explicar Rey

-Acho que me recordo, sim – falou Ben, dando continuidade para ela continuar

-Então, precisávamos de fitas novas, e uma consulta com o alfaiate. Com os convites dos bailes quase formando montes, tivemos que pedir quase um guarda –roupa inteiro de roupas de festa, mas enfim, essa parte não lhe é interessante.- disse, da mesma forma que sua mãe fazia -Enquanto elas terminavam de olhar as fitas, fui a loja do senhor Yoda, ver as...

-Bugigangas... – completou o lorde – Você não muda nunca mesmo, catadora –falou, deixando Rey ruborizada sem ela própria entender a razão. Mas ela não poderia se dar o luxo, conhecia Ben...e o pior, a sua mais nova reputação.

-Sim...bem- falou, cortando o clima - voltando, quando eu tinha acabado de sair da loja, essa chuva começou a cair, e o senhor Yoda me negou abrigo – e agora ela se aproximou do amigo, como se fosse para contar uma fofoca escandalosa – Você sabe como ele é – e fez um gestos circulares com a mão perto da cabeça, insinuando loucura.

-Aquele velho sempre foi maluco mesmo

-Ben! Não fale assim! –falou a menina, fingindo estar horrorizada, e os dois se acompanharam na risada, as custas do idoso comerciante

-Tudo bem, tudo bem – falou o duque se recuperando – E quando foi que você voltou? Andou fugindo do colégio, por acaso? – perguntou Ben com um sorriso de lado, mas ela sabia que não podia confiar nisso, nem nele...;

 

A verdade era que Rey, para não manchar a sua reputação após o fiasco do irmão, foi mandada para um colégio interno para a educação de jovens damas. Era grande, ríspido e o melhor de tudo, bem longe do alcance de fofocas. E assim, a menina passou anos sendo rigorosamente educada, praticamente sem direito a férias e mal viu sua família. Aliás, quase havia perdido o casamento de D-O! Felizmente, ao completar a maioridade, tudo aquilo acabou, e agora ela estava de volta em casa.

 

-Não foi necessário, meu aniversário foi mês passado, e com isso atingi finalmente a maioridade. Mas não é como você se importasse  com isso – disse ácida. Ela não entedia esse súbito interesse do duque com a vida dela, nunca foi assim. O lorde por outro lado, ficou um tanto sentido com a afirmação da garota. Sim, sempre foram antagonistas, mas não é como se não quisessem o bem um do outro, né?

 

Rey iria começar outra conversa, quando de súbito, Ben se virou para falar com o cocheiro

-Artoo! Siga para a Mansão Dameron, por favor! Lady Dameron precisa chegar lá antes que fique doente - e com um simples sinal de positivo vindo do criado, a carruagem tornou a andar pelas movimentadas ruas do centro

-Ben, você não precisa fazer isso! Minhas amigas devem estar me procurando de qualquer maneira. Exijo que me deixe saltar em frente a loja de laços e dali seguiremos juntas – disse a menina, irritada com o jeito de sempre do amigo.

-Exijo? – disse o homem rindo – Nem parece que quem é a autoridade máxima por aqui sou eu – disse com uma cara que não dava para entender se ele estava irritado ou encantado com a situação.

-Você sabe que pra mim, seu título não possuí valor nenhum para mim! Nos conhecemos desde sempre, oras! – replicou – E além disso, elas devem estar preocupadas com meu paradeiro, eu realmente preciso retornar para a loja da senhora D’Acy!

-E como você pretende voltar? Andando na chuva? Pra ficar num estado pior no qual a senhorita já se encontra?! – falou exasperado, tentando trazer algum senso para a amiga teimosa. Mas que só rendeu um plano para a mais nova

-Já que me quer tanto na sua carruagem, Vossa Graça, então peço que leve minhas amigas para casa também. E não se preocupe! – vendo a expressão que Ben fazia de receber mais 4 jovens em seu veículo – Todas estão indo em direção a minha casa, será um único destino! – terminou  garota, e vendo que ele não teria nenhum sucesso em fazê-la desistir da ideia, o lorde teve que ceder.  E mesmo sem olhar para ela, ele sabia que Rey carregava um olhar triunfante ao ver ele se virando para o cocheiro para ir em direção a loja de laços antes de retornar a casa da Lady.

 

 

E assim foi  como Ben terminou a viagem, espremido ao lado de Rey e mais 4 garotas eufóricas, que para seu pesadelo, eram mais escandalosas do que a conhecida quando jovem.

 

-Meninas, vocês não estão animadas? Será que alguma de nós vai terminar noiva depois dessa temporada? – perguntou uma menina de vestido verde, que Rey tinha dito ser a senhorita Jessika Pava

-Eu espero! – disse a mais velha das irmãs Tico, Paige – Já está na hora de arrumar um pretendente! Queria fosse agora, logo no baile de Lady Holdo... – terminou a menina sem esperanças

-Claro que irá, Paige. Mamãe fará de tudo para que todos os cavalheiros da festa se encantem por você – falou, apertando a mão enluvada da mais velha. Depois, virou-se para o duque – E você, Vossa Graça? Irá comparecer ao baile de Lady Holdo também? – perguntou. Porém, antes que Ben pudesse simular uma resposta, Rey disse

-Vossa Graça não costuma ir a bailes. Ah não ser que seja forçado a ir, e em situações extremamente irrefutáveis – respondeu a amiga

-Poxa, que pena! – respondeu Rose, e agora voltava a encarar o jovem Solo – Iria ser uma companhia extremante agradável, não é mesmo?

-Creio em desapontá-la na sua análise, Lady Dameron – disse Ben, em seu tom grosso e baixo, sempre sombrio, agora retornando sua atenção para Rey – Mas irei sim ao baile de Lady Holdo, aliás, não poderia fazer essa desfeita com uma grande amiga de minha família – respondeu caloroso, como sabia  que a havia pegado de surpresa com essa.

-Que maravilha! – responderam as meninas

-Vai certamente ser uma honra tê-lo conosco, Vossa graça – respondeu Paige, com um olhar sincero...sincero até demais – Espero que traga seus companheiros do ducado de Tatooine. Certamente, novas visitas serão um refresco para a região – respondeu a menina de forma educada

-Estou conversando com antigos amigos da época da universidade. Se eles concordarem, certamente terei de levá-los a todos os eventos sociais da região – disse Ben meio sem jeito devido a atenção mal desejada das meninas, e  pegando novamente Rey de surpresa

 

“Que novos amigos eram esses?” Até onde ela sabia, seu único verdadeiro amigo era Poe...e ele estava longe de voltar para casa. Mas ela ficou sem ver ele por 4 anos...ela teria que se acostumar com o fato que já não o conhecia tão bem assim mais.

 

-Vai ser um enorme deleite recebe-los em nossa residência em Takodana, mas caso estejam muito ocupados, teremos diversos eventos onde podemos nos apresentar – disse a senhorita Lintra

 

E a conversa foi fluindo de maneira desconfortável, onde após a confirmação sobre seus convidados, as meninas o encheram de perguntas inoportunas e ávidas, fazendo Rey se intrometer várias das vezes para faze-las sossegar.

 

E com isso, finalmente haviam chegado a Mansão Dameron, e para o alívio de Ben Solo.

 

 

 

 

 

 

-Ben? –perguntou Rey vendo-o sair da carruagem

-Anh?

-Por que você está descendo? Não disse que estava indo visitar sua mãe? Até onde eu sei, Lady Solo mora um pouquinho mais ao sul – disse a garota

-Ah, eu sei – respondeu – Mas preciso falar com sua mãe, assuntos urgentes chegaram até mim e serão de grande interesse dela – falou

-São sobre Poe, não são? – perguntou desconfiada

-Sim – disse quase num suspiro – são sobre ele, sim

-E posso saber por quê você não quer me contar, já que diz respeito a meu irmão? – falou a menina, teimosa

-Rey – falou em tom de alerta. Ambos sabiam que a fuga de Poe tinha que ter sido a mais discreta possível. Qualquer detalhe que fosse muito divulgado poderia entregar sua localização, e aí a cabeça do seu irmão iria ser entregue num prato.

-Eu sei, eu sei, é tem que se ter o mais discreto possível mas...já se passaram 4 anos, Ben...eu estava lá, eu vi com meus próprios olhos o que aconteceu, você não precisa esconder de mim essas coisas! Eu só quero saber alguma coisa, qualquer coisa sobre ele...é pedir demais?! - disse, com os olhos marejando. Desde da fuga, ela tentara ser forte, precisava ser, aliás, todas as suas irmãs estavam casadas, e agora ela tinha  finalmente ter voltado para cuidar da mãe depois de todo aquele tempo no internato. Ela tinha que se manter forte, por ela. Mas ainda assim...

-Me desculpe, Rey... – falou, disse tristonho, de algum modo tentando consola-la, mostrar para ela que não era como se ele não quisesse contar. Ele realmente não podia. 

-Sei...é o que o Poe quer, não é mesmo?...- e depois de uma leve pausa, ela se voltou para Ben novamente – Mesmo depois desses anos todos, você continua  um bom amigo, Lorde Solo – falou, sabendo que ele odiava quando ela falava caçoando assim

-Você – disse apontando para a dama - é impossível, já falei isso? Insuportável – mas sorriu, o que foi estranho...ela esperava um reação mais explosiva vindo dele. No final, ela decidiu por não pressiona-lo mais, sabia que isso era o máximo que ia conseguir dele.

 

E ao fim, os dois adentraram a mansão. Juntos. 

 

 


Notas Finais


Pra quem tá perdido na linha temporal deixa eu explicar:

-1811: Ben e Poe se conhecem
-1819: o incidente acontece
-1823 em diante: o resto da história


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