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História Da cor da lua (kacchako) - Principio de paz - História escrita por AlainaM1r14n - Spirit Fanfics e Histórias
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História Da cor da lua (kacchako) - Principio de paz


Escrita por: AlainaM1r14n

Notas do Autor


olá pessoal, tudo bem? este é o primeiro cap da fanfic, eu espero conseguir terminar essa kkkkk
espero que vocês gostem
hates serão denunciados com gosto, aqui é a terra do shipp liberado e respeito todo mundo gosta
boa leitura s2.

Capítulo 1 - Principio de paz


  Essa história começa em um mundo repleto de seres que vão além de tudo que o ser humano já tenha visto. Seres que se alimentavam da magia que fluia sobre toda a terra. Por anos guerras foram travadas em busca do domínio do lugar mais poderoso de todo continente, de onde toda magia nascia. Aquele que tivesse o controle sobre Mubek, controlaria tudo.

Muitas foram as batalhas travadas entre os mais diversos tipos de criaturas pela liderança dessas terras, porém, a maior de todas ocorrera a quinhentos anos. Ghouls e bruxas derramaram seu sangue, traíram e foram traídos até que finalmente fosse assinado um tratado de paz. Nesse tratado, Mubek seria protegida e não controlada, para que a magia permanecesse em harmonia e fosse bem distribuída entre todas as criaturas. No Grande Dia, como foi chamado, com sangue eles selaram o acordo, e a partir daí todos os anos nesse mesmo dia criaturas de todo continente se reuniram nas proximidades de Mubek para se alimentar e festejar a abundância e a paz.

Esse ano o evento seria especial. A primeira filha do clã das bruxas finalmente alcançara a maioridade e seria introduzida às festividades. Uraraka Ochako não estava acostumada a ficar em meio a uma grande diversidade de criaturas e sua família sempre a incentivara a não confiar nelas, principalmente em ghouls.

_ Você vai adorar. são tantas danças e tantas pessoas diferentes _ Hagakure, um espírito da floresta, passeava para lá e para cá no quarto da garota.

_ Você diz isso porque já está acostumada. Mal sei me portar perto de tantas criaturas _ Ochako estava de braços cruzados olhando fixamente para o vestido que lhe haviam escolhido para a festividade. parecia um pouco… oferecido demais.

_ Mas você só vai se acostumar se participar _ o espírito “sentou-se” na beirada da cama.

_ Ocha, posso entrar? _ alguém batia na porta.

_ Entre, Momo _ deu  permissão e logo sua amiga abriu a porta e entrou.

Momo era a guerreira responsável por proteger Ochako, não que ela acreditasse que a amiga precisava de qualquer proteção _ nós viajaremos em três dias, majestade.

_ Não me chame assim _ disse enquanto bufava _ nós somos amigas, não precisa de formalidade.

_ Sei disso senhora, mas acredito que vamos precisar estabelecer alguma formalidade ao chegarmos em Mubek. Eles não devem esperar que a futura líder a renovar o tratado seja tão gentil com seus subordinados.

_ Eles não precisam esperar nada de mim. Eu me basto e não será um Ghoul que irá definir meu valor _ disse virando-se para a amiga 

Momo deu um sorriso orgulhoso _ Sim senhora.

_ E corta essa de senhora, eu só tenho 118 anos _ Ocha devolveu o sorriso. Por muitos anos seus superiores a trataram como frágil e digna de pena. Nascera prematura e sua mãe partira para a outra vida depois de seu parto. então ela começou a treinar severamente todos os dias sem descanso, aprimorando sua magia, aprendendo truques e até mesmo jogando sujo. Ela não permitiria que a honra de renovar os votos do tratado fosse cedida a sua prima. 

_ O que houve? Há algo errado com o vestido? _ Momo perguntou a notar o silêncio súbito de sua amiga.

_ Ela acha que ele está muito “revelador” _ Hagakure se pronunciou ainda sentada na cama.

_ Mas está! _ disse estendendo os braços em direção à grande saia preta e seu corpete vermelho e laranja acompanhado de mangas verdes escuras, tomara-que-caia, que iam até a altura de seu cotovelo _ parece que ele está levando uma placa de “eu me ofereço como sua fonte de prazer”

_ Não se preocupe, querida. Todos estarão vestidos nesse nível… ou até mesmo pior _ o espírito deu risinhos.

Uraraka respirou fundo _ será que não posso ir apenas para a cerimônia de assinatura? _ disse com seu olhar de cachorro pidão voltado para sua guarda-costas.

_ Seria uma ofensa não comparecer ao Grande Dia,  definitivamente fora de questão _ a morena cruzou os braços e balançou a cabeça em uma negativa.

Se dando por vencida, Ocha empurrou as roupas para o canto e se jogou na cama olhando para o teto _ quem mais vai com a gente?

_ Vamos eu, você, Hagakure (claro), Tsuyu e Iida _ a morena contou com os dedos _ os demais vão por conta própria.

_ Midoriya não vai conosco? _ perguntou agora de olhos fechados.

_ Ele ficou responsável por ir antes e preparar sua chegada.

_ Certo… Me acorde daqui três dias _ disse virando-se para o lado e se cobrindo até a cabeça.

_ Amanhã cedo estarei aqui _ Momo riu e se retirou junto com Hagakure.

Então Midoriya não a acompanharia durante a viagem, ela esperava ter seu melhor amigo ao seu lado naquele momento. 

↠↞

Enquanto isso, na Cidade dos Ghouls, Katsuki Bakugou olhava seriamente para seu amigo dragão, que ele insistia em dizer que era apenas um subordinado, enquanto ele falava e falava sobre o quão animado estava para a festa. Ao contrário de Uraraka, Bakugou já frequentava o festival a três anos, para os Ghouls, a maioridade era alcançada aos 116 anos. 

_ Cala a boca, cabelo de merda. Vai ser a mesma ladainha de sempre _ disse se esparramando mais em sua grande cadeira _ só uma desculpa pra esses extras beberem e da minha fonte de magia.

_ A fonte não é sua, bro. Essa festa é justamente para te lembrar disso _ Kirishima sorriu.

_ Tsc, malditas bruxas. Eu deveria- 

_ ‘’Queimá-las na fogueira, como se fazia nos bons tempos’’ já sei, já sei. Mas não vai me dizer que você não está nenhum pouco interessado na filha mais velha do clã? dizem que ela é uma peça rara, não só em beleza, mas no campo de batalha também.

_ Só mais uma maldita bruxa pra ficar no meu pé a noite toda.

Kirishima revirou os olhos suspirando quando viu uma criatura rosada passar pela entrada da sala de jantar onde eles estavam _ Mina! 

_ Oi garotos, animados para a festa? _ ela sorriu sentando-se sobre a mesa, próximo ao dragão de cabelos vermelhos.

_ Eu sim, como sempre. Mas para a surpresa de ninguém, Katsuki continua com sua birra com bruxas.

_ Não é como se elas gostassem de você, Bakugou _ Mina riu recebendo um rosnado como resposta _ Na verdade é bem fácil encontrar uma ou outra revirando os olhos e te olhando com desdém. Mal posso esperar para ver sua cara quando conhecer a futura líder delas.

_ Você já viu ela? _ KIrishima voltou seu olhar interessado para a garota rosa.

_ Daquela vez que tive que ir a cidade das bruxas levar alguns documentos. Já fazem… dois anos. Eu vi ela durante um treinamento, eles provavelmente me levaram para ver apenas para lembrar que eles também podem chutar nossa bunda.

_ Seria bom se ela ficasse mais tempo, poderíamos nos conhecer _ Kirishima apoiou o queixo na mão esquerda _ Três dias é muito pouco.

_ Não diga idiotices, quanto mais rápido essas bruxas saírem das nossas terras, melhor _ Bakugou se levantou e começou a sair. A cidade dos Ghouls era mais próxima à Mubek e servia de estadia para todas as criaturas que iam ao festival anual _ e mais uma coisa, não existe, em hipótese alguma, a chance de uma bruxa chamar minha atenção. 

_ Eu não teria tanta certeza _ disse a rosada, que se levantou junto com kirishima e seguiu o Ghoul rabugento até a saída _ mesmo sendo um carrancudo, você ainda é homem, vai acabar se encantando pela beleza dela.

_ Impossível, eu tenho horror a pele acinzentada deles, parece que estão mortas _ bufou seguindo para porta que dava ao jardim no centro do casarão. 

_ Mortas? para mim elas parecem pedaços da lua _ disse Kirishima pensando em todas as vezes que quis tocar aquela pele só por curiosidade _ elas praticamente brilham.

_ Exatamente _ Mina concordou _ espere e verá.

Bakugou continuou seu caminho ignorando as criaturas tagarelas atrás dele.

 

↭↭↭

 

Três longos dias se passaram e todos na cidade das bruxas saudavam a caravana de Uraraka enquanto ela passava pelos grandes portões.

_ Chegaremos em quanto tempo? _ perguntou a jovem se encostando no banco de sua carruagem.

_ Provavelmente chegaremos lá logo após o pôr do sol _ Tsu, também amiga de Ochaco, disse sentada ao lado dela _ está enjoada? Posso fazer um feitiço para relaxar 

_ Não precisa, é apenas cansaço.

_ Se minha senhora se sentir muito cansada posso sair, Tsuyu pode sentar no meu lugar e eu vou com os demais lá fora, assim você pode deitar no banco e dormir _ Iida ofereceu já se levantando, mas uraraka o parou com um gesto de mão .

_ Não precisa Iida. eu vou ficar bem.

_ Ela deve estar ansiosa _ disse o espírito de Hagakure pairando sobre eles.

_ E por que ela estaria ansiosa? _ Perguntou Momo sentada ao lado de Iida.

_ Por que ela vai conhecer o futuro líder dos Ghouls, Katsuki Bakugou.

_ Não vejo por que eu ficaria ansiosa por isso _ ela fez uma careta.

_ Como não _ Hagakure passou através dela _ ele é um dos homens mais bonitos do mundo. A pele dele é como o sol e seus cabelos como lava.

_ Já passei da fase de ficar ansiosa para ver um homem bonito, ainda mais se esse homem for um Ghoul.

_ Ele tem fama de ser rabugento e intolerante _ disse Momo.

_ Sim, as nossas irmãs bruxas sempre comentam como ele sequer se levanta para dançar, e que sempre carrega uma aura de superioridade _ Tsu concordou com a cabeça.

_ Isso é verdade, ele não falou sequer com uma bruxa nos últimos três anos de que participou das comemorações _ Hagakure respondeu levemente desanimada.

_ Isso é bom, dessa forma nós não precisaremos lidar com ele _ Ochako cruzou os braços já irritada com o futuro aliado de seu povo.

_ Midoriya enviou uma mensagem, disse que a líder dos Ghouls insistiu que ficassemos no casarão _ Iida segurou a pequena pedra que servia como comunicador e a  colocou no bolso _ imagino como a líder deles deve ser. Dizem que é uma mulher forte e que não demonstra desprezo por nosso povo, diferente do filho.

_ Midoriya está bem? _ Perguntou Uraraka, ignorando o comentário do amigo _ nós não deveríamos tê-lo enviado sozinho.

_ Está sim, disse que além dos comuns olhares tortos, nada aconteceu.

_ Até porque, se eles fizessem alguma coisa seria um estopim para uma guerra _ Momo cruzou as pernas e olhou para a janela _ Não é isso que queremos.

_ Tem razão _ suspirou a jovem líder.

_ Estaria, nossa querida senhora, apaixonada por Midoriya? _ O espírito girou ao redor dela animado.

_ Estar preocupada com a segurança de um amigo, não me faz apaixonada por ele, Haga.

O restante da viagem se manteve em silêncio. Com seus amigos dormindo, Uraraka tinha mais facilidade em se concentrar nos próprios pensamentos barulhentos. Finalmente havia chegado o momento em que assumiria oficialmente seu lugar de direito no comando de seu povo, nada poderia dar errado. Treinara a vida inteira para aquele momento. “seja gentil, mesmo eles não sendo confiáveis ainda são seus aliados”, “não demonstre fraqueza, se precisar lutar, que lute”, “saiba que seu valor só pode ser definido por você mesma”. Repetia essas palavras para si mesma como um mantra, uma lista de afazeres da qual precisava lembrar.

_ Festejar, assinar o tratado e voltar para casa _ sussurrou _ é só isso que precisa fazer _ fechou os olhos se permitindo cochilar.

Para sua infelicidade o cochilo durou menos que o esperado. O barulho da recepção dos Ghouls já podia ser ouvido. Eles passaram pelo grande portão da cidade e acordaram assustados com todo o alvoroço.

_ Chegamos _ declarou Momo olhando pela janela as grandes folhas de carinça - árvore que representava força e prosperidade - sendo balançadas pelos habitantes locais em direção a eles.

_ Olhem! o céu _ Iida estava boquiaberto olhando por sua janela.

Ochaco, que ainda tentava sair do transe do sono, logo acordou ao ver, pela primeira vez, dragões. Eles subiam e desciam pelo céu escuro soltando bolas de fogo.

_ Temos que admitir, eles sabem fazer uma boa recepção _ Tsuyu sorriu para Ochako.

Em alguns instantes eles foram levados pelas ruas até o Grande casarão, onde a “família real” os receberia pelos próximos três dias. A porta da carruagem se abriu dando espaço para um Ghoul de pele clara e cabelos pretos, ele estendeu a mão para Uraraka oferecendo ajuda para descer.

_ Sou Sero, irei acompanhá-los até a sala principal. Minha Senhora os espera _ ele deu um largo sorriso.

Um pouco relutante, Uraraka segurou a mão dele e desceu sendo seguida por seus companheiros.

_ Ochako! _ a voz de Midoriya a fez levantar a cabeça para encontrar o amigo diante dela.

_ Midoriya!_ Ela deu seu melhor sorriso e abraçou o amigo _ Você não me mandou nenhum sinal de que estava vivo, sabe o quanto me preocupei? _ ela se afastou dando um tapa leve em seu ombro.

_ Não tive tempo, não parei um só momento desde que cheguei aqui _ ele coçou a nuca _ Eles tem uma maneira… diferente de organizar festividades.

_ Eles te forçaram a algo? _ Iida foi o segundo a falar.

_ Não, não! _ ele riu nervoso _ na verdade eles são apenas muito dedicados com o que se propõem a fazer.

_ Peço que me sigam, por favor _ Sero chamou a atenção dos forasteiros enquanto o cocheiro era guiado para guardar a carruagem.

Eles subiram as escadas do lugar e as portas foram abertas para recebê-los. O lugar era rústico, enfeitado com peles de animais e as janelas alcançavam o teto de madeira escura. Sero os levou pelos corredores até uma grande porta que também se abriu para eles passarem, logo adiante um salão se estendia todo iluminado por pequenas rochas de lava que flutuavam sobre eles.

_ Finalmente chegaram _ Mitsuki, líder de seus aliados, se aproximou de braços abertos. Seus olhos vermelhos e pele de bronze a faziam parecer uma das estátuas que Uraraka costumava admirar no salão de sua falecida mãe _ sejam muito bem-vindos.

_ É uma honra finalmente conhecê-la, madame _ Ochako fez uma reverência sendo seguida por seus colegas.

_ Isso não é necessário, por favor.

_ Tsc. _ os olhos da jovem bruxa se ergueram seguindo o som de desdém que vinha logo atrás de Mitsuki.

_ Ah, sinto muito, quase me esqueci de apresentar-lhes meu filho _ ela foi um pouco para o lado dando espaço a uma montanha de bronze tão amedrontadora quanto ela _ diga olá, querido.

O homem olhou de canto para sua mãe, provavelmente estranhando o “querido”, em seguida seus olhos caíram sobre Uraraka, quentes como lava. Por um instante ela realmente esquecera de respirar, mas não se permitiu baixar os olhos, erguendo uma sobrancelha apenas para informar, sem palavras, que sabia exatamente o incômodo de sua presença, e como isso não a entristecia nenhum pouco.

Bakugou ergueu o queixo e desceu os olhos pela garota a sua frente. Mina estava certa, não que ele deixaria ela ter o prazer de saber disso, mas aquela maldita bruxinha tinha uma beleza sufocante. Olhos grandes e castanhos que não se abaixavam diante dele e uma boca atrativa tanto quanto seu corpo repleto de curvas que ela parecia querer esconder atrás daquele vestido folgado. E a pele… pela primeira vez não o lembrava de um morto vivo.

Ele esboçou um sorriso debochado com o canto da boca _ Espero que aproveitem a estadia _ Talvez, e apenas TALVEZ, aquela ocasião poderia se tornar mais interessante, pensou consigo mesmo.

_ As festividades se iniciarão amanhã após o pôr do sol, vocês devem estar cansados da viagem, por favor acompanhem Mina, ela os levará a seus aposentos _ Mitsuki estendeu a mão até a Ghoul rosada atrás deles, que sorriu assim que fora percebida. 

_ Venham comigo, Midoriya pode nos acompanhar _ disse seguindo para a saída do salão.

_ Uraraka! _ Mitsuki a chamou antes que pudesse seguir com os demais _ Fique, precisamos resolver algumas coisas, vou pedir para trazerem comida para nós.

A bruxa concordou com a cabeça e seguiu a rainha e seu filho até a mesa redonda posta no centro do salão onde eles se sentaram. Mitsuki pediu a um servo que trouxesse o jantar.

_ Espero que nossa comida não lhe seja estranha _ a mulher sorriu _ Como sabe depois de amanhã nós assinaremos a renovação do tratado de paz _ disse recebendo um aceno positivo da bruxa _ esperei esse dia desde que dei a luz a esse pestinha aqui _ olhou para o filho _ mas acredito que nós podemos fortalecer ainda mais essa aliança.

Bakugou ergueu a sobrancelha e virou-se para a mãe _ como assim “Fortalecer” _ disse em tom desconfiado.

_ Um casamento, porque não? _ a velha disse em tom animado.

_ Você só pode estar bêbada se acredita que me casarei com uma bruxa! _ eles começaram a discutir.

_ Com licença _ a voz de Uraraka os fez parar _ sinto muito, mas também demonstro repulsa a essa ideia. Não sei o que você quer insinuar com isso, mas posso garantir que não há nada a ser “fortalecido” durante minha liderança _ disse se levantando ao mesmo tempo que os servos traziam a comida _ Se duvida de minha competência apenas diga, não seria a primeira nem a última.

_ Eu não _ MItsuki se levantou.

_ Gostaria de ir aos meus aposentos, por favor _ a bruxa dirigiu a palavra a um dos empregados, esse olhou para sua líder e recebeu um aceno positivo.

_ Por aqui, minha senhora _ disse levando a presença ofendida de Uraraka pela porta.

_ Cheguei, Cheguei! _ disse Kirishima entrando pela porta dos empregados _ perdi alguma coisa?

_ A velha conseguiu ofender a princesa com menos de cinco minutos de conversa _ Bakugou riu enquanto Kirishima apenas pairava o olhar confuso entre os dois.

_ Ora, cale-se. Não foi minha intenção ofendê-la. Como eu saberia que a sugestão de um casamento causaria esse efeito?

_ CASAMENTO? _ Kirishima pulou no lugar _ Você vai casar??? _ disse olhando para Bakugou.

_ Claro que não, idiota, foi a velha que deu essa ideia ridícula.

_ A princesa bruxa não aceitou?

_ Aceitar? Ela literalmente declarou repulsa à ideia _ Mitsuki voltou a sentar _ Talvez o problema seja você _ olhou para Bakugou.

_ Eu? Ela deixou bem claro que sua oferta representou uma insinuação de fraqueza para ela.

_ Mas não era isso que eu estava tentando dizer! Só achei interessante a ideia de unir nossos povos de uma vez, já fazem quinhentos anos e as únicas relações não diplomáticas entre nós e as bruxas não passam de rumores. Nossa relação é superficial.

_ Aí você teve a mágica ideia de propor casamento entre duas pessoas que sequer se conhecem, isso só tornaria nossa relação mais superficial ainda _ o príncipe se levantou.

_ Não me lembro de você ter idade suficiente para me dar sermão.

_ Vou pro meu quarto. Preciso economizar energia pra ficar cercado dessas bruxas amanhã _ disse saindo do salão.

_ Kirishima _ Mitsuki o chamou _ dê um jeito de estender a estadia de nossos visitantes. Se eles precisam de tempo, eu darei tempo a eles

 

↭↭↭

 

_ Ela disse o que??? _ Hagakure, Momo e Tsuyu disseram juntas.

_ Ela propôs um casamento para “fortalecer” nossas relações _ Disse Uraraka, pela segunda vez, enquanto trocava seu vestido por uma camisola. as garotas haviam ido até seu quarto para saber o que tinha acontecido

_ E o que você disse? _ Hagakure perguntou.

_ Eu disse não, é claro.

_ Como assim não?? Você se casaria com o homem mais gostoso de todo continente.

_ Já disse que isso não faz parte dos meus planos. E ele também não gostou da ideia _ disse já vestida em sua camisola _ acredito que ela não comentou isso com ele.

_ Você fez certo, como poderia se casar com quem mal conhece? ainda mais um Ghoul! _ Momo cruzou os braços irritada.

Uraraka respirou fundo _ Tudo bem meninas, já passou. Vamos pra cama, estou exausta.

_ Boa noite _ Disseram juntas e cada uma foi para seu respectivo quarto.

No dia seguinte, Uraraka foi acordada por batidas na porta. Se levantou da cama ainda com sono e foi atender.

_ Está muito cedo, Momo, me acorde mais tarde _ disse coçando os olhos.

_ Eu não sou Momo _ a voz grave fez Uraraka olhar para cima de supetão dando de encontro com o rosto nenhum pouco amigável de Bakugou. Oh céus ele estava olhando para ela… OH CÉUS ela ainda estava de camisola!!!! 

_ O-O que você está fazendo aqui??? _ ela tentou se esconder atrás da porta.

“tarde demais” pensou o bronzeado _ Para a infelicidade de nós dois sou responsável por te mostrar nosso castelo_ ergueu uma sobrancelha enquanto observava a bagunça nos cabelo da garota a sua frente. 

_ P-porque eu deveria ir com você? 

_ Vamos logo, não me diga que está com medo _ ele abaixou a cabeça até a altura dela.

_ De forma alguma _ disse se pondo ereta e acabou saindo da proteção da porta. ele sorriu nasalado enquanto ela voltava rapidamente para trás de sua proteção.

_ Vista alguma coisa, não me faça esperar, cara redonda.

_ Como é? _ ela cerrou os olhos _ você me chamou de que ?

_ Cara redonda.

_ Meu nome é Uraraka Ochako! 

_ Eu sei, tenho cara de idiota?

Uraraka riu _ quer mesmo que te responda?

Bakugou inflou de raiva _ vai se vestir ou não, cara redonda?

_ É Ura.

_ Já sei, já sei. vai se vestir ou não?

_ E se eu não for?

_ Então te levarei nessa camisola nenhum pouco reveladora _ ele se aproximou e sussurrou no ouvido dela.

Automaticamente ela fechou a porta _ eu saio em um instante _ Não muito tempo depois a porta se abriu novamente. Ela esbanjava um vestido azul de passeio… folgado _ vamos? 

Bakugou a olhou de cima a baixo e bufando virou-se e começou a andar. 

_ Onde vai me levar? Não é melhor eu avisar meus amigos? Talvez eu devesse chamar um acompanhante. 

_ Seus amigos já foram avisados por aquele cabelo de brócolis. E não precisa de acompanhante, não pretendo tocar em uma bruxa. _ disse ainda andando da frente dela. 

Ela acompanhou seus passos _ É uma honra ter esse privilégio. 

_ Muito atrevida para uma bruxa num ninho de Ghouls _ ele a olhou de escanteio. 

_ Não é como se eu não precisasse mostrar ousadia no ninho de bruxas também _ ela deu de ombros _ meu atrevimento me levou a o que sou hoje. 

Eles andaram pelo casarão e Uraraka conhecera da sala do trono até os estábulos. Ela não achava aquilo necessário, mas suspeitou que seu guia queria apenas cansá-la. 

O último lugar que foram foi o jardim interno. Parecia uma grande cúpula recheada de plantas raras e flores exóticas.

Uraraka olhou ao redor e encontrou um banco, onde decidiu sentar-se independente do que a montanha de homem que estava guiando-a dissesse. 

_ já cansou princesa? _ perguntou a tal montanha. 

_ Não tenho uma noite decente de sono a dois dias e você ainda me acordou para rodar por um castelo inteiro _ ela cruzou os braços _ achei que sua mãe tinha dito que deveríamos descansar para festa.

_ Por falar na minha mãe, não se preocupe com o que ela disse ontem _ ela voltou os olhos pra ele _ eu nunca me casaria com uma bruxa. 

_ Hum, eu deveria me sentir ofendida? Pra sua informação é melhor morrer sozinha que me casar com você. 

_ Ótimo, nosso desdém é mútuo. 

Ela se levantou _ mais mútuo impossível. Agora se me der licença pretendo voltar ao sono que você me roubou. 

_ Ótimo.

_ Ótimo! _ disse a bruxa marchando para longe da presença insuportável de Bakugou, que seguiu por outro caminho até a cozinha. 

_ Bruxinha insolente _ murmurou consigo mesmo. 

_ Algum problema, Bakugou? _ Mina perguntou comendo uma maçã. 

_ AQUELA BRUXINHA DEVE ACHAR QUE ESTÁ EM CASA

_ O que aconteceu? _ ela revirou os olhos. 

_ Ela não quis casar com ele _ Disse Kirishima ao entrar na cozinha. 

_ Casar? Se apaixonou tão facilmente nosso querido baku? 

_ Claro que não! A ideia de casamento arranjado foi da velha! 

_ Então por que o incômodo? _ Mina deu outra mordida em sua maçã.

_ Ele teve que levar ela pra conhecer os arredores hoje.

_ Você está me vigiando ou o que, cabelo de merda?

_ Não é difícil perceber você andando pra lá e pra cá carregando a bruxinha.

_ Deixa eu adivinhar, ela não engoliu sua merda calada? _ Mina sorriu com o canto da boca ao ver a expressão irritada ficar pior _ eu disse que ela ia mexer com você.

_ Eu não sei do que você está falando.

_ Não faz nenhum dia que ela chegou e você já está soltando fogo por causa dela _ Kirishima riu.

_ Admita, Bakugou. Eu vi o jeito que a olhou quando chegou _ a rosa colocou o braço ao redor do pescoço de Kirishima, que corou.

_ Conte-me _ o dragão pediu.

_ Você só pode estar louca _ Bakugou tentou interromper.

_ Quando ela chegou ele olhou como se fosse engoli-la ali mesmo _ ela continuou.

_ Waaah, nosso garoto está crescendo.

_ Sim, sim dava pra sentir a energia queimando ao redor deles. Ele examinou cada curva dela  nem disfarçou.

_ Cala a boca. Não tem energia nenhuma, não tem porra nenhuma. Tá pra nascer o dia que estarei louco o bastante pra deixar uma criatura daquelas chamar minha atenção.

_ Sinto muito, mas acho que esse dia já chegou _ Kirishima cutucou o braço do amigo que rangeu os dentes de raiva.

_ É melhor vocês CORREREM!


 

↭↭↭

 

Uraraka fechou a porta de seu quarto com mais força que o necessário _ Urgh! Não acredito que tive meu sono interrompido só pra ter que lidar com aquele… aquele idiota de marca maior, sem noção e insuportavel! _ ela bufou _ Não se casaria com uma bruxa??? quem ia querer se casar com um Ghoul??? ainda mais ele com essa boca imunda e esse temperamento ridículo! _ ela marchou de um lado para o outro dentro do quarto _ Ele vai ver o que está perdendo.

_ Ocha? posso entrar _ batidas na porta viram acompanhadas pela voz de Momo.

_ Pode _ ela declarou ainda com a voz irritada.

_ Pediram pra informar que o café já está pronto… tá tudo bem?

_Sim. Eu vou me trocar, me espere aí fora, por favor.

Pouco tempo depois ela já estava pronta e acompanhou a amiga até a sala de jantar. Estava faminta, não comera nada na noite anterior e passada manhã com aquele brutamontes só aumentou sua fome. Ao chegar seus amigos já estavam sentados à sua espera, assim como a rainha e seu filho. Seu primeiro reflexo foi sentar-se ao lado de Midoriya, porém quando já estava puxando a cadeira para sentar-se, a rainha, que estava sentada na outra ponta da mesa, chamou sua atenção.

_ Sente-se aqui, querida _ pediu apontando para a cadeira ao lado de Bakugou _ Não se preocupe, não irei falar sobre casamentos.

Uraraka respirou fundo e olhou o amigo de cabelos verdes, que a deu um sorriso encorajador, em seguida foi relutante e se sentou ao lado daquele que planejava ignorar antes mesmo de chegar naquela cidade. O café da manhã correu tranquilamente, apenas alguns cochichos, entre os que comiam, menos Uraraka, que permaneceu quieta e apenas comia. quando terminou de comer ela se levantou sendo acompanhada pelos seus.

_ Irei me retirar por agora, madame.

_ Antes de ir, a senhorita e seus amigos, não gostariam de um passeio de dragão? _ Mitsuki ofereceu.

Os olhos da bruxa brilharam inconscientemente e ela se virou para seus amigos, que pareciam igualmente animados com a ideia _ Nós gostaríamos sim, por favor _ disse por fim recebendo um sorriso vitorioso por parte da rainha.

_ Maravilhoso! Krishima _ ela chamou o rapaz de cabelos vermelhos, que entrou pela porta dos funcionários _ Este é nosso dragão chefe, ele vai guiá-los até o local do passeio.

_ Venha comigo, minha senhora _ ele estendeu a mão para que ela passasse na frente junto dos demais e seguiu.

_ Levanta _ disse Mitsuki.

_ O que? _ Bakugou a olhou confuso.

_ Levanta e vai, criatura! 

_ Porque eu deveria?

_ Porque você gostando ou não ela será nossa aliada, então é melhor você criar uma boa relação com ela… Vai, vai, vai. _ ela o empurrou para acompanhar os outros.

Em pouco tempo ele alcançou Kirishima 

_ Mina estava certa _ declarou o de cabelos vermelhos.

_ Sobre o que?

_ A princesa bruxa, ela é muito linda.

_ Vocês são dois idiotas.

_ Ah Qual é? olha bem pra ela e me diz que ela não é a uma das mulheres mais lindas que você já viu? o cabelo curtinho deixando o pescoço a mostra, a pele parece brilhar, cara. E tu sabe muito bem que por baixo desses vestidos folgados tem um corpo que te esquentaria até nas noites mais frias.

_ Eu não sinto frio _ disse ignorando a memória muito recente dela naquela camisola de seda

_ Você entendeu o que eu quis dizer. Não to mandando você ir e casar com ela.

_ Tsc, então cuida dos teus problemas, cabelo de merda.

_ Pode deixar _ ele riu.

Pouco tempo depois eles chegaram a um campo aberto onde dois dragões enormes os esperavam.

_ Olááá _ Mina sorriu correndo até eles _ aaaah finalmente posso te ver _ disse abraçando Uraraka, que ficou sem reação assim como seus amigos.

_ Ela é assim mesmo _ sussurrou Midoriya enquanto os outros clareavam suas expressões  com um “aaaah” 

_ Desculpe, seu nome? _ Uraraka sorriu levemente desconfortável.

_ OH, sinto muito esqueci de me apresentar ontem. Sou Mina Ashido, visitei seu reino dois anos atrás com algumas documentações e tive o prazer de ver seu treinamento, não acho que você tenha me visto.

_ Ooh, eu lembro agora, é um Prazer Mina _ dessa vez ela sorriu amigavelmente.

_ Aww, você está mais fofa do que quando te vi a primeira vez _ a rosada sorriu segurando as mãos da bruxa _ Eu disse a Bakugou que você era maravilhosa, mas ele não quis acreditar em mim _ disse fazendo a garota rir nervosa.

_ Vocês estão muito dispostos a morrer hoje pelo que vejo _ a voz grave de Bakugou se direcionou a Mina e Kirishima.

Ignorando completamente seu superior, Mina continuou _ Bem, vamos dividir vocês em grupos. vão dois em cada dragão e eu irei sozinha por ter mais experiência, a senhorita Hagakure é um espírito então ela pode ir onde quiser. Deixa eu ver… você bruxo de cabelo azul, você vai com o Midoriya, você, a guerreira, vai com a bruxa de cabelo verde  e nossa princesa vai com Bakugou.

_ O que?? Porque? _ os dois perguntaram em unissom se olhando irritados em seguida.

_ Ele é a melhor opção para protegê-la _ Mina sorriu

_ Com licença! 

_ Muito bem, vamos logo. ainda temos uma festa hoje _ A Ghoul virou de costas indo em direção aos dragões e ignorando completamente o protesto da bruxa. 

Se olhando mais uma vez, eles bufaram e seguiram a rosada.

_ … É impressão minha ou algo está acontecendo aqui? _ Momo olhou desconfiada.

_ Sim, algo está muito suspeito _ Iida concordou andando com os demais.

_ Acho que esta estadia será muito divertida _ Hagakure flutuou sobre eles animada.

_ O que você acha sobre isso, Midoriya? _ Momo virou-se para o bruxo.

_ Pelo tempo que passei aqui, Kacchan não é alguém que conversa com bruxos tão facilmente, mas parece que com Uraraka ele está muito falante _ ele falou e começou a murmurar, coisa que fazia sempre que sua mente o fazia mergulhar em uma análise da situação.

_ Kacchan? _ Perguntou a guerreira.

_ Midoriya passou alguns anos da infância aqui com os pais a negócio  _ respondeu Iida enquanto o amigo ainda murmurava _ é o apelido que ele deu ao príncipe, quando pequenos. 

_ Vocês vem ou não??? _ Mina acenou e eles apertaram o passo se aproximando do primeiro dragão, enorme e imponente.

_ Iida e Midoriya, podem subir _ ela indicou uma escada colocada ao lado da criatura _ Não se preocupem, eles são uns amores.

Kirishima se transformou em dragão trazendo olhares surpresos dos demais. Mina montou nele e encorajou os demais a montarem, cada dupla, em um dos três dragões. Bakugou tomou a dianteira subindo com facilidade na criatura esverdeada. Uraraka revirou os olhos e começou a subir a escada, mas em alguns instantes duas mãos grandes e ásperas a seguraram pela cintura erguendo-a e sentando-a na frente dele

_ Muito devagar, bochechas _ declarou o impaciente Bakugou ainda com as mãos segurando-a.

_ Muito devagar ou você queria uma desculpa pra me segurar, príncipe?  _ ela o olhou por cima do ombro e ele a largou instantaneamente.

Com um solavanco, o dragão saiu do chão, fazendo a Bruxa gritar surpresa e animada. A criatura subia e descia pelos céus e ela não podia evitar de levantar os braços e sentir o vento forte enquanto ria alto e comemorava a sensação de adrenalina que subia em seu estômago. Em uma subida brusca, Uraraka se desequilibrou, mas antes que seu corpo pulasse em queda livre Bakugou a puxou pelo braço e a segurou em seu colo de frente para ele. Eles se encararam por um momento que pareceu ser longo demais.

_ Flutuar _ disse ela.

ele piscou e fez uma careta confusa _ Que?

_ Eu consigo flutuar, você não precisa me segurar… assim _ disse ela voltando os olhos para a situação deles.

Então Bakugou a soltou bruscamente _ Então por que não avisa, cara redonda?

_ Não pensei que fosse necessário. E não é cara redonda, é Uraraka!

O passeio acabou, eles precisavam se preparar para a grande festa. Quando estava no céu, Uraraka percebeu a movimentação de diversas, senão milhares, de criaturas pela cidade. Que seus ancestrais a protegessem, pensou consigo mesma.

 

↭↭↭

 

_ Apertem Maaaais _ ordenou Hagakure enquanto momo e Tsuyu puxavam o corpete vermelho de Uraraka em seu corpo.

_ Não há mais o que apertaaaar _ a princesa reclamou _ Como vocês pretendem que eu respire??

_ Eu acho que já está ótimo _ Momo deu o laço final no topo do decote nada comportado e passando a mão pela saia preta para arrumá-la. 

_ Você está maravilhosa, Ocha _ Tsuyu sorriu.

Até ela precisava admitir, aquela roupa fazia seu corpo aparentemente frágil parecer bonito e desejável _ Vocês também estão estonteantes.

Momo vestia uma seda branca longa que marcava nos lugares certos, enquanto Tsuyu  vestia calças de couro preto e uma blusa branca e larga que se apertava da cintura por seu espartilho verde.

_ Precisamos correr, os meninos já estão nos esperando _ declarou Momo.

Depois de mais uma longa olhada no espelho, Uraraka acompanhou as amigas até a saída do casarão, onde uma carruagem as esperava com Midoriya e Iida já dentro. Eles se dirigiram até os limites de Mubek, onde tudo aconteceria. Quanto mais perto chegavam mais se era possível sentir a magia entrar por seus poros causando arrepios por toda a pele exposta.

_ Huuum, posso me acostumar com isso _ disse Tsuyu se deleitando.

O caminho começou a se iluminar e a música alta já era ouvida ao longe. A floresta brilha, cintilava, era possível dizer que estava viva respirando e os recebendo de braços abertos com uma chuva de vagalumes.

_ É lindo _ Uraraka ficou sem fôlego. As decorações começavam a aparecer abóboras iluminadas e lanternas de papel por toda parte.

_ Eu disse que você iria adorar _ Hagakure sorriu.

Quando chegaram de fato ao local da festa, a carruagem parou e eles desceram, a primeira coisa que Ochako percebeu foi a grande fogueira no centro de tudo, onde todos dançavam ao redor. A música era uma batida animada e rítmica. E por fim as criaturas de todas as espécies e raças dançavam juntas sem restrições… com exceção das bruxas e ghouls, que mal trocavam uma palavra enquanto faziam sua própria diversão. Uraraka estranhou, sabia que não eram os melhores amigos,  mas não passou por sua cabeça que sequer interagiam.

_ Vamos, estou vendo Mina _ Hagakure foi na frente guiando os amigos até a ghoul rosada.

Pelo caminho Uraraka foi abordada algumas vezes por suas colegas bruxas que a parabenizaram e abraçaram.

_ Finalmente chegaram! _ Mina saltou e deu um abraço apertado em Ochako, o que gerou alguns olhares incômodos ao redor _ O que achou princesa? _ disse se referindo a festa.

_ Está Maravilhoso _ ela sorriu abertamente.

Não muito longe dali Kirishima avistou o pequeno grupo interagindo _ Bakugou, achei Mina, vamos _ disse arrastando o amigo rabugento pelo braço _ Oi Oi OI _ gritou anunciando sua chegada.

Os olhos de Bakugou caíram novamente sobre certa bruxa e pararam ali, diante da coisa mais bonita de toda a festa. Maldição, ela estava perfeita e ele não era estupido o bastante para negar algo tão óbvio. Ele estava certo quando disse que ela tentava se esconder, pois diante dele aquele corpete parecia abraçá-la e adorá-la, colocando-a para cima enquanto os cabelos acariciavam a pele iluminada pelas luzes da fogueira. Era como a lua, pensou consigo mesmo lembrando-se do que Kirishima havia dito, e ele queria tocá-la. Então os olhos dela caíram sobre os deles, aguçados e desconfiados. Céus, ele queria tocá-la. Eles permaneceram se encarando, aquilo já estava se tornando comum entre eles, e só se passara um mísero dia! 

_ Vampiros! _ exclamou Hagakure cortando o olhar de Uraraka que se voltou para o espírito _ Fazia tempo que não os via.

_ Talvez Todoroki esteja entre eles _ Iida apontou se lembrando do amigo de gerações

_ Vamos até eles! _ Tsuyu declarou _ Vamos apresentar Mina e Momo deve estar ansiosa para vê-lo.

A garota de cabelos pretos começou a gaguejar _ E-Eu?? 

_ Sim, você. Era óbvio que você gostava dele desde o começo _ Uraraka sorriu e se voltou para Midoriya _ Talvez Lisa também esteja lá _ ela sugeriu rindo enquanto seu amigo assumia a face de um morango. 

_ Agora também quero conhecê-los _ Mina pulou e logo todos se dissiparam pela festa.

_ Todoroki! _ Uraraka Chamou atenção do amigo vampiro que se virou para eles.

_ Eu esperava encontrá-los aqui _ O vampiro deu um sorriso pequeno e seus olhos brilharam _ Momo, você também veio _ O sorriso aumentou.

_ O-oi Todoroki-kun _ a garota devolveu o sorriso.

Um silêncio se instalou entre eles enquanto os outros se afastavam de fininho. Midoriya e Iida avistaram Lisa mais a frente e foram falar com ela, Hagakure já havia desaparecido a tempos e só restaram Mina, Tsuyu e Uraraka, que foram até uma barraca de bebidas.

_ Já bebeu antes, princesa? _ Mina perguntou erguendo um copo cheio de um líquido alaranjado.

_ Por favor, me chame de Ochako _ disse pegando o copo e engolindo fazendo uma careta _ wah isso é forte

Mina riu e ao tentar oferecer um copo para Tsuyu percebeu que ela tinha sido arrastada para a dança _ Vamos dançaaaar _ a rosada largou os copos puxando Uraraka, que já estava levemente atordoada. 

Quando elas começaram a dançar, a música mudou para uma valsa típica do povo ghoul. Em pouco tempo, pares foram se formando e Mina fora levada por Krishima para ser seu par. De repente algo puxou Uraraka pelo braço. Um duende de cabelo roxo que não chegava em metade do tamanho dela.

_ Está sozinha? Venha dançar comigo _ ele a puxava para baixo quase como se quisesse que ela caísse nele.

_ Ela não está sozinha _ Outra mão a puxou pela cintura a livrando do duende _ cai fora Mineta _ Bakugou olhou furioso e o baixinho correu.

_ Obrigada _ disse Uraraka virando-se pra ele para agradecer 

_ Tsc _ ele estalou a língua.

_ Quer dançar? _ ela tentou sugerir.

Ele a olhou desconfiado _ e arriscar que você pise no meu pé? 

_ Então porque você ainda está me segurando _ ela perguntou fazendo ele perceber que sua mão ainda estava na cintura dela _ Vamos, “não me diga que está com medo?”

_ Você vai ver quem deveria estar com medo, Bochechas _ ele a trouxe pra mais perto segurando a mão dela com a sua esquerda.

Ela colocou a mão livre sobre o ombro dele e eles começaram a dançar. Logo muitos olhares curiosos se formaram ao redor deles. O príncipe estava dançando? E com uma BRUXA?

Eles não desviavam seus olhares por nenhum momento, era quase uma competição para eles, apenas para não admitirem que gostavam de se olhar.

_ Você não é tão mal quanto parece, bochechas _ ele sorriu sarcástico.

_ Devo admitir, pra alguém tão cabeça dura você sabe alguns passos _ ela respondeu.

Quando a  música parou eles também pararam. Ele estava com os braços ao redor da cintura dela, que estava de costas pra ele o olhando por sobre os ombros, sua mão direita repousada ao lado do rosto dele. E assim ficaram, logo não existia mais mundo, eles eram o mundo.

 


Notas Finais


E por hoje é isso, espero que tenham gostado

A capa da fanfic e qualquer fannart nessa história pertencem a mim e estão disponíveis no meu Instagram @ a.m_draw345. Por favor não usar sem permissão, obrigada 💕


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