História Daddy ; jaeyong - Mensagens, fofocas e faculdade

A velocidade da luz se encontrava com inveja do quão rápido Taeyong foi capaz de se trocar, nesse momento estava no elevador colocando o tênis e já preparando para sair correndo, apenas se um milagre acontecesse, ele chegaria a tempo na faculdade.

Quando terminou de amarrar o cadarço, a porta se abriu e pode ter a visão completa do saguão luxuoso de seu prédio, todo em amarelo e dourado. Segurou firme a sua mochila enquanto tirava o celular do bolso e então começou a correr, parou apenas para se certificar de dar bom dia a um dos porteiros.

– Muito bonita a sua cueca de hoje, Sr. Lee! – o porteiro disse abrindo a porta para Taeyong passar ou simplesmente para ele não bater a cara ali, pela velocidade pela qual estava vindo.

– Minho, você nem se atreva... – passou pela gigantesca porta. – A gente conversa mais tarde. – saiu e deixou Minho rindo.

Com seu celular já na mão entrou no grupo com seus melhores amigos, precisava contar para alguém tudo que havia acontecido.

[ bonde das gostosas ]

oi viados

acabei de fazer a maior 
merda da minha vida

maconhazinha
            ??????????????

putayoung
            cagou no pau ?

não literalmente mas sIM

maconhazinha
            o que você fez ?

talvez, apenas talvez,
eu tenha transado com um
homem casado

putayoung 
            depois eu sou a puta né

maconhazinha
             doyoung, você continua sendo a puta.

MEU DEUS NAO ME  FALA QUE FOI COM QUEM EU TO PENSANDO

eu transei com o Jaehyun

putayoung
           KKKKKKKKKKSABIA

eu acordei e senti um 
negócio gelado, mano a 
aliança dele tava brilhando

me senti um lixo

maconhazinha
            tae...

eu só consigo pensar
na esposa dele mano

puta que pariu O QUE EU FIZ ?

putayoung
            cara, por essas e outras
            eu continuo seguindo meu lema:

solteiro me deito, sem chifres me levanto

* »»——⍟——««*

A vida de Jaehyun não era nenhum tipo de romance onde ele acordaria com o sol iluminado e canto dos pássaros, talvez fosse uma espécie de romance mas não daquele tipo, ele acostumava acordar com o som estrondeante de seu despertador, já que tinha um sono pesado e aquela era a melhor forma para que despertasse de uma longa noite de sono, e naquela manhã não foi diferente, em partes, afinal, algo ali estava diferente.

Ao abrir os olhos, pode perceber que algo faltava ali, e quando se deu conta do que faltava, quando tudo lhe retornou a mente, cada palavra, cada suspiro, cada gemido, cada sensação, seu coração doeu, a sensação vazia lhe preencheu em cheio, desde sua cama até seus sentimentos, pensou no desejo descomunal que sentia por Taeyong e concluiu que o rapaz não sentia o mesmo, que estava arrependido da noite que tiveram, até então aquela fora a única opção cogitada por sua cabeça.

Não sentia-se arrependido, de forma alguma, naquele momento onde relembrava de cada pequeno detalhe, percebeu que seu desejo por Lee Taeyong só havia aumentado, e que aquilo havia sido somente uma amostra do que poderia ter, e de fato, ele queria mais. Sua mente vagava por lugares escuros, onde perguntava-se o que havia feito de errado, qual seria o motivo por simplesmente acordar e não ter mais Taeyong em seus braços, da forma que havia aprendido a gostar mesmo que em pouquíssimo tempo, queria mais, queria o corpo de Lee contra o seu.

Enquanto coçava os olhos na tentativa de fazer com que seus olhos se acostumassem com a luz, e mexesse nos fios desgrenhados, pode perceber que um feixe de luz atravessava sua janela, refletindo exatamente em sua aliança, seu coração pesou ainda mais.

"Droga!"

Por mais que seu casamento tivesse acabado há anos, por mais que tivesse plena e total consciência de que Seulgi gostaria de que seguisse a vida normalmente, o que de fato era o certo a se fazer, ainda era muito difícil seguir daquela forma, afinal, o fim daquele casamento não havia sido escolha de nenhum, não foi algo que puderam decidir ou conversar, simplesmente aconteceu e contra a vontade de ambos, então para si ainda era uma situação delicada, algo que ainda era frustrante, algo sem respostas concretas, sem a resposta que queria, algo havia sido tirado de si e ainda era difícil de aceitar. Muitas vezes ainda se perguntava o porquê de ainda usar a aliança, nunca conseguia obter uma resposta clara.

Poderia jurar que Taeyong viu a aliança, seria muito tolo de sua parte pensar que não, que em meio aos lençóis macios, Taeyong não viu o objeto frio e reluzente como aquele, sentiu-se frustrado, culpado, nunca foi sua intenção magoar ou confundir Taeyong.

Levantou-se e caminhou até seu banheiro, onde tomou um banho frio, tanto por estar frustrado quanto por querer afastar Lee e a bendita aliança de sua cabeça, afinal, ainda teria um dia cansativo de trabalho então não poderia se dar ao luxo de perder seu tempo com tais pensamentos. Quando já estava devidamente pronto em seu uniforme social branco e fios devidamente organizados e bem arrumados, pegou o que precisava e saiu de seu apartamento, indo para mais um dia de trabalho.

Ao estacionar seu carro e adentrar a clínica, Jaehyun pode ver que uma mulher saia da mesma enquanto Johnny tinha uma Arara sobre seu ombro, um sorriso e um sentimento de preocupação logo lhe invadiram em cheio, tanto por ser um animal adorável quanto por temer que o mesmo estivesse ali por um motivo ruim.

– Uma ave? – Sorriu aproximando-se do melhor amigo, mantendo o olhar focado na ave colorida – O que ela tem?

– Exames de rotina e um suspeita gravidez... – Deu de ombros, olhando Jaehyun com uma expressão sugestiva – Logo iremos descobrir.

Enquanto Johnny levava a ave até um local específico onde seria preparada para os exames, Jaehyun o seguia enquanto mantinha uma expressão um tanto quanto estranha, o homem estava nitidamente frustrado e não é como se isso realmente tivesse passado despercebido por Seo, conhecia bem o amigo que tinha.

– Preciso te contar uma coisa! – Encarou Johnny forçar uma expressão como se estivesse surpreso por algo – Estou falando sério.

– Te conheço, quando está incomodado com algo você fica me rodeando e me seguindo por aí até me contar o que está acontecendo... – Sorriu, deixando a ave na gaiola enquanto fazia sinal para que um dos funcionários viesse a olhar para que os exames começassem – Vamos para a minha sala!

Quando já estavam sentados frente ao outro, Jaehyun apoiava a palma das mãos sobre os joelhos, encolhendo os ombros enquanto evitava o olhar do melhor amigo, a situação era tão constrangedora, sabia que Johnny jamais o julgaria, mas a situação não deixava de ser estranha.

– Fiquei com Taeyong... Tipo, fiquei mesmo, nós transamos Johnny! – Tapou o rosto com as mãos – Você sabe que eu não transo há uns três anos... E eu transei com um cara, um cara que é babá do meu filho!

– Certo... Então você é tipo bissexual? – Riu do quão desesperado Jaehyun parecia naquele momento – É, você transou com o babá do seu filho!

– Isso não é nem o pior, ele é lindo e foi bom mas o pior disso tudo, é que quando eu acordei, ele não estava mais lá... Ele basicamente fugiu... – Passou a mão pelos fios, tentando processar toda a informação – Será que eu perdi a prática disso? Ele deve ter odiado!

– Por deus, Jaehyun, cala a boca! – Colocou as mãos sobre os ombros do amigo – Foi apenas sexo casual, pessoas da nossa idade costumam fazer isso, por incrível que lhe pareça!

– Johnny, eu acho que ele viu minha aliança... – Arregalou os olhos, suspirando – Eu tenho certeza!

– Fica calmo, você pode explicar a situação para ele... – Fez com que Jaehyun o olhasse – Não surta!

– Eu gostei, como eu gostei... Johnny, foi tão...

– Me poupe dos detalhes, agora você é um homem com uma vida sexual ativa novamente! – Zombou – O primeiro passo é criar uma conta num site de relacionamentos! Com fotos suas de preferência.

– O que quer dizer com isso? – Jaehyun não percebia mas sua vida social havia apenas decaída, suas redes sociais eram apenas fotos de Mark e animais, não que aquilo fosse um problema para si, mas quem estivesse interessado em vem uma foto de Jung, apenas acharia fotos de Mark brincando e comendo ou cachorros alegres.

– Suas redes sociais... São um desastre! – Olhou sugestivo para Jaehyun, que logo pegou o smartphone em mãos e abriu em qualquer rede social, fazendo uma caretinha em seguida.

– Pense no que vai fazer sobre Taeyong, eu preciso sair... – Levantou-se – E... Eu sempre desconfiei que você também gostasse de homens!

Antes que Jaehyun pudesse dizer algo, Johnny saiu da sala, apenas conferindo se havia pego sua carteira e sua chave, logo indo até o pequeno estacionamento da clínica destinado aos funcionários e clientes, adentrou ao seu carro, um modelo antigo mas em quase que perfeito estado, um Ford Maverick.

Seu destino naquele momento seria a faculdade com quem tinham contrato, afinal, eram os estudantes de lá que estagiavam na clínica, como Sicheng e Jun.

Enquanto dirigia seu carro pelas ruas movimentadas de Seul, Johnny atraia alguns olhares, afinal, o carro que dirigia era um modelo quase que um clássico, atraia olhares de todos, afinal, não era algo comum de se ver todo dias. Ao estacionar na universidade, Johnny sorriu, lembrava de seus anos de faculdade, onde havia conhecido seus melhores amigos e tivera seus melhores anos, havia se esforçado muito para conseguir tudo e não se arrependia, afinal, também havia se divertido muito naqueles anos.

O ar jovial e divertido que a faculdade tinha era quase que único, a maioria ali era bem jovem, cada um mais diferente que o outro, não negaria a grande diversidade que existia ali, era um ambiente agradável e acolhedor, as pessoas o faziam assim. Enquanto caminha pelo campus, Johnny tentava ao máximo relembrar o caminho até a secretaria, o que de fato estava sendo muito difícil, já que não pisava naquele lugar fazia cerca de um ano, apenas ia lá uma vez por ano assinar um contrato, nada mais que isso.

Passava os olhos por todo o local, tentando achar algum tipo de mapa ou planta do local, ou até mesmo alguém conhecido, logo agradecendo aos deuses por achar Jun, o mesmo se vestia de forma adorável, usava um moletom azul com pequenos desenhos coloridos e uma jaqueta amarela uma tanto chamativa mas que lhe caia bem, jeans preto com meias verdes e um all star, eram tantas cores e tantas informações que era quase impossível não reparar no garoto, mas tudo combinava e lhe dava uma harmonia incrível.

– Jun! Jun! – Correu até o garoto, que quase deu um pulo para trás com o susto.

– Senhor pai amado! Leva meu celular mas não atira em mim... – O garoto logo abriu os olhos enquanto mantinha as mãos sobre o coração – Ah, é você, que susto!

– Por que você pensou que alguém te assaltaria a mão armada no meio do campus? – Riu alto, vendo o garoto se recuperar do susto.

– Nunca se sabe, o mundo é insano... – Olhou para os lados – Enfim, o que faz aqui? Se for me cobrar sobre os relatórios, saiba que eu já fiz tudo, Sr. Seo!

– Olha como fala comigo, eu percebo o deboche que você faz quando me chama de Senhor! – Riu baixo, bagunçando os fios do mais novo – Eu estou aqui para resolver o contrato sobre os estágios, você sabe onde a secretaria fica então me leve lá, eu não me lembro!

– Se eu me atrasar, a culpa vai ser todinha sua!

– Se você se atrasar, a culpa continua sendo sua por ter acordado tarde.

Então mesmo que relutante, Jun levou Johnny até a secretaria, que era totalmente fora de mão para si já que a torre de biológicas era para um lado e a secretaria era do outro lado do campus. Não demorou tanto para que chegassem e logo Jun já estava correndo de volta para não se atrasar para seu café da manhã, deixando então Johnny sozinho.

Logo uma mulher o atendeu, assinou alguns papéis referentes ao contrato que tinha com a universidade, era algo simples mas que o havia feito gastar tempo até demais, enquanto caminha para fora da secretaria, pode ver Sicheng com uma cara desagradável ao lado de uma garota, talvez tão animada quanto o chinês, não fazia ideia de quem a mesma era mas havia a achado bonita, pensou em ir até lá falar com Sicheng mas o chinês parecia apressado e também não gostaria de atrapalhar os dois, então apenas sorriu e caminhou para o estacionamento, deixando a faculdade e todo ar jovial para trás.