Jinyoung dirigia, focando totalmente na rua à sua frente, tentando não prestar atenção em como o japonês comia e cantava no banco de trás, enquanto ainda fazia dancinhas estranhas, ou em como Doyoung descia e subia a mão sobre sua coxa, acariciando e cravando as unhas na intenção de provocar a si. Era muito informação para uma pessoa só, mas havia se responsabilizado pelos dois mais novos assim que os viu no mercado, Yuta segurando uma quantidade um pouco exagerada de salgadinhos e Doyoung cheirando velas de lavanda enquanto rias das mesmas, ambos com olhos avermelhados e totalmente chapados, e mesmo que tentassem esconder isso de Jinyoung, o mais velho poderia notar de longe o quão drogados os mais novos estavam, além de conhecer Doyoung como a palma de sua própria mão, uma pequena alteração e o mesmo já notaria a diferença.
Já não era novidade o fato de Yuta parecer como uma criança quando comparado aos outros amigos, seja pelas atitudes inocentes ou o jeito divertido e sincero, e mesmo que Jinyoung não fosse tão próximo ao japonês, o adorava, e vê-lo daquela forma era preocupante mas mesmo assim, era hilário, Yuta brincava com os salgadinho, as vezes afinando a voz e dizendo "por favor, Nakamoto, tenha piedade" na tentativa de imitar o mesmo, mas logo o enfiava na boca enquanto ria consigo mesmo. Também não era novidade para si o quão safado Doyoung poderia ser, e mesmo que Yuta estivesse ali, não é como se Doyoung fosse se controlar, fazia questão de arranhar as coxas do mais velho, cobertas pelo jeans skinny, acabando com o pouco de sanidade e dignidade que ainda lhe restava, o fazendo morder os lábios para que não soltasse qualquer tipo de som, não na frente de Yuta, mas era quase impossível, mas ainda sim, tinha que manter o foco nas ruas, além de que ainda sentia-se responsável pelos outros dois ali.
– Hyungs.... – Uma careta era visível no rosto de Nakamoto, que por mais drogado que estivesse, ainda pode notar a mão de Doyoung sobre o colo de Jinyoung, além das expressões que o mesmo fazia – Será que vocês poderiam me deixar lá no Tae?
– Claro, Yuta! – Sorriu para o japonês e logo virou à esquerda, indo até o apartamento que já conhecia, devido às outras vezes que deu carona para Doyoung, o levando até lá.
Não demoraram em chegar e logo Yuta pegou o restante dos salgadinhos e pulou para fora do carro, dizendo uma "boa noite e se cuidem", sabia que se dependesse de Doyoung, a noite seria longa. Correu até a portaria, onde desejou boa noite a Minho e logo teve passagem liberada, afinal, já era conhecido por ali, vivia mais no apartamento de Taeyong do que em seu próprio dormitório, ao menos precisava avisar que estava indo, então apenas ia e rezava para que Taeyong estivesse por lá para que não precisasse ficar sozinho, esperando pelo mesmo no grande apartamento, já que também já tinha cópia das chaves.
Bastou que Yuta saísse do carro que Doyoung não tardou em começar a beijar o pescoço pálido de Jinyoung, já imaginando os tons entre vermelho e roxo que o mesmo ganharia, mas antes que pudesse ir mais afundo, foi repreendido por Jinyoung.
– Estou dirigindo, sério... E você está chapado! – Viu o mais novo se afastar e cruzar os braços, fazendo uma careta em seguida.
– Chato! – Desviou o olhar, não era acostumado a ser negado, muito menos por Jinyoung. Mas antes que pudesse pensar em realmente ficar irritado com o outro, sentiu o mesmo começar a lhe cutucar, o causando risos bobos.
– Vamos, converse comigo! – Parou ao ouvir o mais novo ficar sem ar de tanto rir – E seu irmão? Eu vi que ele vai ser protagonista de um novo drama, não é?
O sorrio alegre que Doyoung esboçava se desfez rapidamente, fazendo os lábios formarem um bico enquanto o mesmo cruzava os braços novamente, em poucos segundos o humor do garoto havia mudado completamente, tornando obsoleta a maconha, que já não funcionava mais no quesito em deixá-lo feliz. Tal atitude foi notada por Jinyoung, que automaticamente sentiu o coração pesar ao ver como o garoto ao seu lado parecia mais triste.
– Donnie? – Parou ao ver o sinal vermelho e apoiou a mão sobre a coxa do outro – O que foi?
– Nada... – Aumentou o som do rádio, fechando os olhos, logo ouvindo o som parar.
– Claro que aconteceu alguma coisa, por que ficou assim do nada? Estava rindo e fechou a cara... – Subiu a mão até a orelha do mais novo e a acariciou, vendo o mesmo desviar o olhar – Não vai me falar?
– Não gosto de falar sobre ele! – Sentiu os olhos esquentarem e os fechou rapidamente.
Jinyoung assentiu e dirigiu o mais rápido que lhe era permitido, fazendo o possível para que chegassem logo na faculdade, onde levaria Doyoung para seu quarto e o mimaria, e mesmo que a relação dos dois fosse somente baseada em sexo, uma amizade havia crescido ali, mas naquele momento, não sabia ao certo se queria cuidar de Doyoung apenas por serem amigos ou porque algo crescia em si, algo que não deveria mas não era como se pudesse controlar.
Quando já estavam no quarto organizado e limpo do mais velho, Doyoung ainda evitava dizer qualquer coisa, mas Jinyoung já desconfiava que fosse algo sobre o irmão do mais novo, mas não disse uma palavra sequer, apenas sentou-se na cama e deixou com que Doyoung ficasse entre suas pernas e assim entrelaçaram seus dedos, se abraçando e ficando num silêncio completo.
Jinyoung não ousou soltar a mão de Doyoung por um segundo sequer, ainda mais quando percebeu que o mesmo tremia, poderia jurar que Doyoung se segurava para não chorar.
– Donnie... Você tem certeza de que não me contar nada? – Acariciou os fios do mesmo.
– Por que você tinha que ter falado sobre ele? Tudo é sobre ele, sempre sobre ele! – Falou com raiva, passando as mãos pelos olhos e logo se desvencilhando dos braços de Jinyoung, começando a retirar suas peças de roupa – Só preciso que venha aqui e faça o que tem que fazer, certo?
Doyoung já começava a se exibir de certa forma para Jinyoung, e por mais o mais velho pudesse jurar paras as estrelas que Doyoung fosse a pessoa mais bonita que já teve o prazer de apreciar e tocar, naquele momento, o corpo do garoto não era seu foco, pode vê-lo por dentro, ver o quão machucado o mesmo estava, então o sexo não era o mais importante ali, só queria poder cuidar de Doyoung, entendê-lo, ajudá-lo e protegê-lo.
– Donnie.... Não! – Levantou-se e procurou por um pijama quente e macio, logo o vestindo no mais novo, deitou-se na cama em frente ao mesmo e assim ficaram um de frente para o outro – Me conta, por que não gosta que eu fale do seu irmão?
– Jinyoung... Você não entenderia, você é filho único, nunca teve que passar por isso! – Tentava a todo custo desviar do assunto mas naquele momento, sentia que precisava desabafar mais do que qualquer coisa.
– Posso não entender, mas quero tentar, quero tentar compreender e te ajudar! – Acariciou as bochechas macias do mais novo.
– Ele é perfeito, em tudo! É ridículo, ele é inteligente, é bonito, talentoso, educado, carismático! Ele sempre teve toda a atenção para si, tudo sempre foi para ele, sempre tudo se tratou sobre ele... – Sentia os olhos encherem de lágrimas cada vez mais – Eu sempre fui a sombra dele, bom mas não como ele, nunca o suficiente!
– Sempre foi assim, desde pequeno ele tirava as melhores notas, ganhavam inúmeros cartões de dia dos namorados de todas as garotas, nossos pais sempre preferiram ele, ele era o prodígio, a atenção sempre foi pra ele... E o que sobrava para mim? Ser reconhecido como irmão dele? É isso o que eu sou? A sombra dele? Nunca vou ser tão bom quanto ele, Jinyoung?
– Donnie, eu não fazia ideia...
– As pessoas só falam comigo por ser irmão dele, as pessoas só vem me contar sobre como ele é talentoso, bonito... Eu só queria que me notassem por eu ser quem eu sou, pelo meu trabalho, não por ser irmão dele, eu só estou cansado de viver na sombra dele, só quero ser bom o suficiente, hyung... – As lágrimas já molhavam o rosto de Doyoung, o mesmo abraçava o travesseiro fofo enquanto tinha o corpo aninhado e abraçado por Jinyoung, sentia-se protegido.
– Donnie, eu não posso mudar isso, mas saiba que eu te admiro e valorizo exatamente por ser quem você é... E que você sempre será meu Kim número um! – Riu baixo, vendo o garoto sorrir – Não importa o que digam, Kim Doyoung é o garoto mais talentoso e bonito do mundo inteiro, agora quero que diga em voz alta o quão incrível você é!
– Isso é ridículo, Jinyoung! – Sorriu, desviando o olhar.
– Diga! – Ficou sobre o garoto, o atacando com cócegas, o fazendo se contorcer por baixo de si em meio a risos desesperados – Anda! Diga que é o garoto mais lindo do mundo, o mais talentoso, o mais inteligente!
– Jin-Jinyoung! Eu tô... T-ô sem ar! – O mais novo ria alto, tentando se soltar dos braços fortes do mais velho – Está b-bem! Eu s-sou, s-ou o garoto mais incrível! Eu sou!
– Diga que é o Kim número um! – Riu junto ao mais novo, enfiando as mãos por baixo do moletom do mesmo e intensificou as cócegas.
– S-sou o Kim... Núme-ro um! – Soltou um grito, respirando ofegante ao sentir o outro o soltar.
– Me prometa que vai olhar no espelho todos os dias e dizer o quão incrível você é!
– Isso é tão ridículo... – Viu o outro o encarar sério – Está bem!
Riram juntos, naquele momento Jinyoung desejou que Doyoung pudesse ver a si mesmo com seus olhos, queria que Doyoung pudesse ver o quanto o mais velho o admirava, não era algo exterior, Doyoung era muito mais que aquilo, o garoto era tão talentoso, tirava as maiores notas da sala, Doyoung tinha uma visão tão única do mundo e apenas com fotografias conseguia transmitir aquilo, Doyoung era intenso, excêntrico, único.
*»»——⍟——««*
Taeyong adentrava a escolinha, havia chego mais cedo do que o comum, afinal, não tinha o que fazer e odiava esperar pelas coisas, e naquele dia em especial estava sentindo falta do pequeno, então quando saiu da faculdade já foi direto até a escola, mesmo que tivesse alguns bons minutos livres. Caminhava pelo local, vendo as paredes coloridas e alguns desenhos expostos feitos pelas crianças, o que o fez sorrir, a cada dia mais se pegava a Mark e até mesmo havia começado a gostar de crianças de uma forma mais geral, não era o pesadelo como as pessoas da sua idade costumavam dizer, era trabalhoso e havia muita responsabilidade, mas só de ver o sorriso alegre de Mark, tudo vali a pena.
Enquanto prestava atenção num desenho colorido de dinossauros, Taeyong sentiu um pequeno cutucão em seu ombro, o fazendo virar-se rapidamente.
– Olá, me desculpa incomodar, sou mãe da Yeji, que estuda junto ao seu filho! Qual seu nome? – Uma mulher o perguntou, a mesma parecia jovem mesmo que tivesse uma expressão cansada.
– Me chamo, Taeyong! – Fez uma breve referência – Mas eu não sou o p-.
– Nós temos um grupo com as mães das crianças, e bom, gostaríamos que participasse! – A mesma o interrompeu antes que pudesse terminar de explicar que era apenas um baba, Taeyong não sabia bem o que dizer então apenas passou o número para a mulher, talvez diria para Jaehyun se encarregar com aquilo, ou ele mesmo participaria do grupo das mães, afinal, ele também cuidava de Mark.
– Tae! – Logo o foco de Taeyong foi desviado para o pequeno, que sorria animado, segurando uma folha em mãos. – Olha o que eu fiz!
– Mark! – O pegou no colo, sentindo os pequenos braços em volta de seu pescoço, o fazendo sorrir. Quando percebeu, a mulher já não estava mais perto de si, então apenas caminhou com Mark em seu colo para fora da escolinha – Isso aí é um desenho? Pode me mostrar?
– Esse é o Mark! O papai, você.. E o pololo! – Mostrou animado o desenho onde os quatro ali davam as mãos, Taeyong a princípio ficou feliz em saber que o pequeno havia o desenhado, aquilo significava muito para si, significava que fazia parte da vida de Mark e que o pequeno reconhecia isso, mas ao ver novamente o desenho, pode sentir o rosto queimar, pareciam uma família e aquilo apavorava Lee, Jaehyun o apavorava.
Logo haviam chego ao apartamento, quando Taeyong abriu a porta, pode sentir um cheiro de comida caseira invadir suas narinas, o fazendo sorrir, mas logo estranhou, afinal, naquele horário era comum que só fossem Taeyong e Mark em casa.
– Papai? – Mark inalou o cheiro e começou a caminhar pela casa, se Jaehyun estivesse mesmo ali, Taeyong começaria a desconfiar sobre o pequeno ter um sexto sentido para encontrar o pai.
– Tem alguém aí? – Olhou para os lados, logo pegando um vaso comprido de porcelana, não era a melhor defesa mas já era de ajuda.
Em paços lentos, Taeyong aproximou-se da cozinha, logo vendo Jaehyun sair da mesma, usando um avental colorido enquanto segurava uma colher, o mesmo tinha um sorriso sereno e os cabelos um pouco desorganizados. A primeira reação de Taeyong foi dar um pulo para trás, a de Mark foi agarrar o pai, e a de Jaehyun foi de fazer uma expressão confusa, não entendendo o motivo de Taeyong estar segurando um vaso e por ter levado tamanho susto.
– Vocês já chegaram? Oi, meu amor! – Abaixou-se para abraçar o pequeno, que foi para seu colo na mesma hora.
– A gente veio no horário de sempre, você que é o errado aqui! – Isso foi o que Taeyong quis falar, mas estava assustado demais, não sabia se era pela beleza absurda de Jaehyun ou por realmente não estar esperando pelo outro ali.
Quando o mesmo se recompôs, colocando o vaso novamente eu seu lugar, se deu conta de que estava evitando Jaehyun, e que ao menos queria olhar na cara do homem, mas era tarde demais, Jaehyun estava ali, mais bonito como sempre.
– Você quer ficar para almoçar com a gente? – Convidou, não sabia bem se era por educação ou apenas por desejar ter o outro por perto, mesmo que a situação não fosse uma das melhores.
– Eu acho que eu já vou indo... – Forçou um sorriso, apenas queria fugir dali, fugir de Jaehyun.
– Será que pode ficar mais um pouco? Ainda estou olhando as panelas e Mark é um tanto... Hiperativo! – Ambos riram e Taeyong acenou.
– Vamos lá, pequeno! Que tal um banho antes de comer? – Taeyong viu Mark o encarar com certo desdém.
– Mas eu tô limpinho, Tae! – Fez uma careta, mas logo seguiu até o baba e segurou sua mão, então assim subiram as escadas.
Taeyong foi rápido em dar banho em Mark, havia criado prática naquilo então fazia tudo com rapidez, e o fato de Mark já conseguir fazer boa parte do trabalho sozinho, já o poupava de muita coisa. Então quando o pequeno terminou, apenas o vestiu e penteou os fios com cuidado, no final, já começava a fazer as coisas mais a maior lerdeza que pode, queria que tudo durasse o máximo de tempo possível, apenas para que não tivesse de encarar Jaehyun tão cedo.
Quando Mark já estava mais do que devidamente pronto, Taeyong não tinha mais com o que enrolar, então apenas segurou na pequena mão de Mark e saíram do quarto, descendo as escadas, quando já estavam por chegar na sala, Taeyong pode ouvir ouvir o barulho da campainha e ficou num canto, observando Jaehyun ir até a porta e atender, era ridículo como Taeyong se escondia apenas para ouvir e ver o que acontecia, mas estava curioso, e quando percebeu que tratava-se de Minho segurando uma caixa, achou tudo ainda mais estranho.
– O Taeyong está aí? – O porteiro tentou espiar dentro do apartamento.
– O Taeyong? Você sabe que o apartamento dele é o do lado, né? – Tombou a cabeça para o lado.
– Eu sei, só que ele vem para cá todo dia, ele mora mais aqui do que na casa dele! – Viu Jaehyun corar.
– Ele tá aqui sim! Eu entrego... Pode deixar! – Pegou a caixa um pouco desconfiado e agradeceu ao porteiro, fechando a porta – Taeyong!
– Oi? – Entrou na sala, fazendo uma expressão inocente, como se não tivesse ouvido nada.
– É para mim, papai? – Mark correu até a caixa e tentou ver o que havia dentro.
– Esse é para o Taeyong, bebê! – Encarou o Lee, vendo o mesmo se aproximar da caixa, fazendo uma pequena careta.
Taeyong sentia as pernas tremerem, conhecia bem o tipo de caixa que recebia e desejava ao deuses para que não fosse o que pensava ser. Com certo receio, abriu a mesma, sentindo os olhos arderem e as pernas vacilarem, com cuidado, retirou um pequeno cartão postal da Califórnia, onde uma pequena mensagem havia sido escrita, e pela assinatura, notou que era de seus pais, a prova concreta de que os mesmos haviam o enviado. Não deu-se ao trabalho de ver tudo o que tinha dentro da caixa, mas pode olhar brevemente algumas caixas de grife e de marcas de eletrônicos, além do cheque nitidamente visível.
Taeyong segurou-se ao máximo, não queria derramar uma lágrima sequer em frente aos outros dois ali, então apenas abriu a porta do apartamento de Jaehyun e fugiu dali, entrando eu seu apartamento e sentando no chão, encolhendo-se num canto, onde se permitiu chorar até que soluçasse, abraçando as pernas. Taeyong assustou-se ao sentir um leve toque sobre sua perna, e quando abriu os olhos não pode evitar em sorrir quando viu que tratava-se de Mark.
– Taetae... Não chora! – Deu um jeitinho de sentar no colo de Taeyong e o abraçou, ouvindo o outro chorar ainda mais. Taeyong abraçou Mark delicadamente e permitiu-se chorar ainda mais.
Por longos minutos, Mark não o soltou, nem ao menos cogitou tal coisa, o que só fez com que Taeyong chorasse ainda mais por se emocionar com a pureza e pelo grande coração que o pequeno tinha, quando abriu os olhos novamente, notou que Jaehyun apoiava-se no batente da porta, observando a situação em silêncio.
– Está tudo bem? – Viu Lee negar e sentou-se ao lado do mesmo – Seus pais?
– Sempre, sempre eles! – Secou os olhos, que logo encharcaram-se novamente. Taeyong mal notou mas suas mãos tremiam, mas só pode perceber isso quando seus dedos foram entrelaçados aos do mais velho – Eu não aguento mais, hyung...
– Vai ficar tudo bem, certo? – Viu o mais novo soluçar, não aguentava ver Taeyong tão sensível, tão machucado, seu coração doeu apenas de ver aquilo e quando os olhares se cruzaram, Jaehyun pode ver com clareza os mesmos transbordando em lágrimas, não hesitou em selar os lábios aos do Lee.
Poucos segundos bastaram para que Lee se acalmasse, e não ousariam beijar-se tão explicitamente em frente ao pequeno, que ainda estava no colo de Lee, e que não demorou em tirar a cabeça da curvatura do pescoço do loiro, logo encarando os dois mais velhos a sua frente, esboçando um sorriso meigo.
– Você 'tá sorrindo, Taetae!
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