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História Dangerous life - Paulicia (2 temporada) - Emily - História escrita por belieberbizzlem - Spirit Fanfics e Histórias
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História Dangerous life - Paulicia (2 temporada) - Emily


Escrita por: belieberbizzlem

Notas do Autor


Emily é interpretada por Giovanna Chaves ❤️‍🔥

Boa leitura 💜

Capítulo 3 - Emily


Fanfic / Fanfiction Dangerous life - Paulicia (2 temporada) - Emily

Uns vinte minutos depois Paulo chegou ao quarto com o Pietro. Ele soltou Pietro no chão e me olhou desconfiado, tava escrito na testa dele “Eu sei que você está aprontando”, dei um risinho de lado e ajudei Pietro a subir na cama que logo se deitou em cima de mim, enrolando seus dedinhos em meus cabelos e brincando.

- Vou sair com os caras, volto à noite. – Paulo avisou.

- Tá bom. – respondi com desdém.

Ele caminhou para o banheiro, e logo depois ouvi o chuveiro sendo ligado. Fiquei brincando com o Pietro, meu celular começou a tocar. Era Valéria, ela me ama tanto que não consegue ficar uns minutos sem ouvir minha voz, já que pelo visto não sabe mandar mensagem de texto.

- O que é? – perguntei assim que atendi.

- Como você é amável. – ela ironizou. – Então vadia, vamos ao shopping? Dei uma olhada no meu closet e todos os meus vestidos eu já usei.

- Usa de novo, ué! – disse segurando a risada.

- Fala sério, é claro que não. Principalmente para o aniversário do Robson que vão várias pessoas importantes.

- Claro que vão. Tipo eu, queridinha. – dei um riso, ouvi Valéria bufar.

- É sério. Vamos? Eu ligo rapidinho pra Marce.

- Ah Valéria, não estou muito a fim de sair de casa. Ir ao shopping me cansa mesmo que seja pra fazer compras para mim. – suspirei.

- Porra, Alícia. Por acaso você tem roupa pra ir?

- Sei lá, devo ter. - dei de ombros. Pietro me olhava prestando atenção na conversa.

- Eu vou dá na sua cara vadia, por favor, preciso de compras. – ela suplicou e ri.

- Sabia que roupas são reutilizáveis? Você pode usar uma vez e usar tantas vezes quiser, deixa disso. – disse tentando ficar séria. Impossível. Adoro tirar onda com a cara da Valéria.

- Ah vá tomar no seu cu, vou chamar a Marce. – ela disse aborrecida e dei risada.

- Valéria, por que você não liga para aquela loja que nós fomos mais cedo, manda separarem vestidos e peça pra alguém vir aqui nos mostrar. Não estou afim de ir pra porra de shopping.

- Até que não é má ideia. Será que vão vir?

- É só você dizer pra quem é, meu bem. Vão ter que vir.

- Vou fazer isso. Tchau, vadiazinha. – desligou.

Nem tive tempo de revidar.

- Sua tia Val é louca, bebê. – disse para o Pietro enquanto apertava suas bochechas, ele fez careta e riu depois.

- Tia Val é gotosa, mamãe. – ele disse normalmente. Arregalei os olhos.

- Pietro, isso é coisa que se fale? – disse o repreendendo. – Está aprendendo isso com quem?

- Comigo, é claro. – Paulo disse saindo do banheiro enxugando o cabelo com uma toalha.

- Só podia ser. – revirei os olhos. – Ótimo exemplo que você está dando. – ironizei.

- Pietro vai ser que nem o papai aqui quando for maior. Ele tem que se espelhar em mim, o garoto vai fazer sucesso com as gatinhas, Alícia. – Paulo disse bagunçando os cabelos de Pietro que riu.

- Me poupe. Não é pra ficar ensinando essas coisas para ele, Paulo. Ele é um bebê ainda.

- Ah que besteira, Alícia. – foi a vez de Paulo revirar os olhos e ir para o closet.

- E você... Vou cortar sua língua se continuar falando isso. – disse para Pietro que colocou as mãos na boca rindo.

Tô vendo que esse menino não vai prestar mesmo. Cínico igual o pai. Minutos depois Paulo saiu do closet já arrumado. Ele usava uma bermuda que parecia mais uma calça, quase chegando aos pés. Uma camiseta vermelha colada no seu corpo. Tênis da adidas, topete impecável e um óculos escuro. Vi ele passar perfume e logo depois se despediu de mim e do Pietro.

- Mamãe. – Pietro me chamou, desviei minha atenção da TV e o olhei. – O que é fudê?

- Pietro! – briguei e ele deu risada da minha cara.

(...)

- Que tal? – Marce perguntou fazendo pose. Perdi as contas de quantos vestidos ela e Valéria experimentaram.

- Ficou ótimo, Marce. Assim como todos os outros. – disse entediada deitada na cama vendo o desfile das duas pelo quarto.

Pra completar Pietro também estava com a gente. Fazia parte do júri, e assim como eu ele gostava de todos os vestidos, mesmo assim elas não se decidiam. Eu já havia escolhido o meu vestido, trinta minutos atrás. Coitada da mulher que veio nos mostrar os vestidos, ela estava mais entediada do que eu.

- Vocês não vão se decidir? Estou ficando com fome. – reclamei.

- Ai como você é chata. – Valéria reclamou se olhando no espelho.

- Chata vai ficar a cara de vocês duas se não escolherem a porra do vestido logo. – bufei.

- Ei calminha, Sra. Estressada. – Marce disse sorrindo.

Minutos depois finalmente as duas se decidiram, pagamos a atendente e rapidamente ela deu o pé. Acho que ela nunca mais vai querer vir aqui. E dou toda razão a ela.

- Será que vai ter muitos gatinhos? – Valéria perguntou empolgada enquanto devorávamos deliciosos sanduíches que Rose havia feito.

- Qual é, Val. Acho que vai ter muitos velhotes como o Robson. O cara deve estar fazendo 100 anos já. – disse e demos risada.

- O Davi sabe que você está interessada em gatinhos, Valéria? – Marce a provocou.

A mesma revirou os olhos e deu de ombros. Eu realmente não entendo a relação desses dois. Se gostam, mas não negam ter interesse em outras pessoas. Valéria diz que é um “relacionamento aberto”, Davi propôs e ela aceitou. Deus me livre, se Paulo sugere isso leva um tiro no meio da testa.

- Como se ele não estivesse pensando nas vadias que estarão lá. – Valéria se defendeu.

- E você não sente ciúmes? – perguntei.

- Mas é claro que não! – ela respondeu. Mas sua resposta não me convenceu. 

- Aham, e eu acredito em fada dos dentes. – Marce disse.

- E eu em Papai Noel. – disse e rimos.

- Cachorras, é sério. Eu fico com quem eu quiser, e Davi fica com as vadias dele. – Valéria disse. Acho que senti, em.

- Está sentindo isso, Marce? – perguntei olhando para ela.

- Estou, está sentindo, Lícia? – Marce perguntou entrando na brincadeira.

- Sentindo o quê? – Valéria perguntou confusa.

- Ciúmes! – eu e Marce falamos juntas e demos risadas.

Valéria nos fuzilou com os olhos, em seguida ouvimos xingamentos de sua parte. Só ríamos, Pietro apareceu na cozinha reclamando de fome. Antes ele estava na sala brincando.

- Mas falando sério, amiga. – tomei um gole de suco de laranja e continuei. – Davi é um partidão, se eu fosse você botava uma coleira nele.

- Davi não quer se prender a ninguém, ele quer viver como o Jaime. Livre, leve e solto. – Valéria disse nos olhando. Vi seu olhar triste.

- Paulo também queria viver assim, mas nada que uma boa transa não resolva. – disse e gargalhamos.

- Alícia tem razão. – Marce disse. Eu e a Valéria a olhamos com as sobrancelhas arqueadas.

- Quer dizer que você prendeu o Mário assim? – Valéria perguntou.

- Talvez! – ela respondeu e rimos.

Mudamos o assunto, porque Pietro estava lá devorando meu sanduíche. Ele é esperto demais e pega tudo no ar. Mais palavras sujas no seu vocabulário não daria certo. Às seis horas da noite, Val e Marce foram embora, voltei para meu quarto com Pietro, liguei o macbook já que não tinha muito que fazer. Pietro não dormiu a tarde, e estava quase cochilando do meu lado. Me levantei e fui dar banho nele, vesti seu pijama de carrinhos e voltamos a deitar na cama. Rose veio deixar me entregar o convite que Mário havia mandado, rapidamente mandei entregarem para a Emily.

(...)

Paulo chegou em casa por volta das 9:30 da noite, eu ainda estava mofando em cima da cama olhando para a TV. Ele deitou-se perto do Pietro e ficou me olhando.

- O que foi? – perguntei o encarando.

- Quem é essa sua amiga que vai para o aniversário do Robson? – ele perguntou, estava nítida a sua curiosidade.

- Uma amiga, ué. – dei de ombros não querendo prolongar a conversa.

- Pensei que você só tivesse duas amigas, Valéria e Marce.

- Pensou errado.

- Você a conheceu aonde?

- Meu Deus, pra quê esse interrogatório todo?

- Só quero saber, não pode?

- Aff. – bufei. – Conheci no shopping. – menti descaradamente.

- Hum. – ele respondeu, sei que ele não engoliu essa historia.

Depois Paulo desceu para comer alguma coisa. Peguei Pietro e o levei para seu quarto, depois aproveitei e fui tomar logo meu banho. Passei uma meia hora no banheiro, lavei meu cabelo, fiz minhas higienes, esfoliação de pele e essas coisas todas. Me enrolei no roupão e saí do banheiro, Paulo estava jogado na cama sem blusa.

- Pensei que tivesse descido pelo ralo. – ele disse debochado.

- Rá rá rá, muito engraçadinho. – revirou os olhos, ele levantou-se rindo e veio até a mim.

- Eu sei que você está aprontando, Alícia Guerra– ele sussurrou contra meu rosto, dei um sorriso sacana e Paulo me deu um selinho demorado.

- Claro que não, amorzinho. – me defendi, ele riu dando um tapa na minha bunda e indo para o banheiro.

Fui rindo para o closet. Vesti uma calcinha e um sutiã sem alças, passei creme na minha pele deixando macia e cheirosa, peguei o secador e fui secar meus cabelos. Ainda estava secando meus cabelos quando Paulo apareceu no closet, sentia inveja das gotas de água escorrendo pelo seu corpo. Ele deu um sorriso safado aproximando-se de mim.

- Acho que não me importaria de perder a festa daquele velho... – ele pegou em minha cintura com brutalidade, colando nossos corpos, distanciei o secador do meu cabelo.

- Mas eu me importaria, então cai fora. – disse o empurrando e rindo.

Ele balançou a cabeça negativamente e afastou-se de mim indo procurar uma roupa para vestir. De cabelo seco, peguei meu vestido preto e vesti. Fui até a penteadeira e comecei a me maquiar, optei por uma maquiagem rápida, estava sem paciência pra fazer uma maquiagem descente. Marquei bem meus olhos castanhos com lápis de olho preto, passei bastante rímel deixando meus cílios com volume, não passei sombra. Passei um batom vermelho, destacando meus lábios. Penteei meu cabelo o jogando para o lado, coloquei minhas jóias – colar, anel e brincos – Paulo que havia me dado, não ligo muito pra essas coisas de compras jóias. Por fim, borrifei meu perfume em meu pescoço e pulsos. Vi Paulo sair do closet, ele estava tão lindo e gostoso. Usava uma calça de couro preta, blusa branca e uma jaqueta de couro preta e é um tênis vermelho.

- Finalmente você resolveu me ouvir e escolheu um vestido descente. – ele implicou parando em frente a penteadeira onde pegou gel e começou a passar em seu topete.

- Não escolhi esse vestido por causa de você, foi porque eu achei bonito. – disse pra ele parar de achar que ele manda nas minhas roupas.

Ele nem ligou para o que eu disse e concentrou-se em seu cabelo. Procurei alguma bolsinha que combinasse com o meu vestido, coloquei meu celular dentro da mesma e outras coisas. Peguei meu salto preto e calcei. Pronto. Agora só esperar a princesa terminar de se arrumar. Demora mais que eu. As horas haviam passado rápido, faltava 10 minutos para 11:00 da noite.

- Eu vou descer, tenho que falar algumas coisas com a Jack. – o avisei me levantando.

- Ok. – ele respondeu.

Desci e me direcionei até a cozinha. Encontrei apenas Rose fazendo café.

- Você está tão linda, menina. – Rose disse me fazendo sorrir. Ela sempre tão amorosa comigo.

- Ah, obrigada Rose. Onde está Jack? – perguntei à ela.

- Ela está em seu quarto, senhora. Quer que eu vá chamá-la? – assenti com a cabeça.

Tomei água, logo Jack apareceu já vestida para dormir.

- Sim, senhora. – ela disse me olhando.

- Então Jack, eu vou sair e não sei que horas eu volto. Pietro dormiu cedo, e nem jantou. Talvez ele acorde na madrugada com fome, durma no quarto dele e apronte algo para ele comer.

- Posso fazer mingau. – Rose se ofereceu.

- Ótimo. – respondi. – Era só isso mesmo.

- Ok. – Jack respondeu e sentou-se esperando Rose fazer o mingau.

- Boa noite pra vocês. – disse e elas desejaram o mesmo.

Saí da cozinha e subi as escadas, vou ver se a noiva está pronta. Entrei no quarto e Paulo colocava seus cordões de puro ouro.

- Será que a noiva terminou de se arrumar? – perguntei me sentando na cama.

- Ainda bem que você não é humorista, porque ia morrer de fome. – Paulo disse borrifando seu perfume, que é forte e bom pra caralho. Aonde ele chega dá pra sentir de longe. – Vamos, o cuzão do Jaime já me ligou enchendo o saco.

Ele disse e pegou sua arma checando se estava carregava, em seguida prendeu em sua calça. Finalmente saímos do quarto, chegando à garagem Paulo escolheu sua Ferrari vermelha, linda pra caralho. Babo nos carros do Paulo. Entramos, Paulo manobrou saindo da garagem e pisou fundo até chegar ao portão. Ele falou algumas coisas com os seguranças e finalmente saímos dali. Como esperado, Paulo pisou fundo no acelerador, já nem me importava mais, mas acho que ele deveria andar de jato, porque praticamente voa nessa Ferrari. Peguei meu celular e entrei no whats. Resolvi fazer um grupo com nós quatro: Eu, Valéria, Marce e Emily. Valéria mudou o nome do grupo para: Vadias da máfia. Eu ri pra caralho, só podia ser a Valéria mesmo.

A: Onde estão? Estou saindo de casa agora. 

M: Estou quase chegando à casa do Robson com o Mário. 

V: Saindo de casa agora, Davi demorou pra se arrumar. Jaime está aqui com a gente. 

E: Já estou no uber. Espero que cheguem logo à festa, vou me sentir perdida se eu chegar primeiro. 

A: Vou chegar rápido lá, do jeito que Paulo está correndo. Não se preocupe Emily, vai sair tudo como planejamos.

- Com quem você tanto fala? – Paulo perguntou me olhando depois olhando para a estrada.

- Com as meninas. – respondi dando de ombros.

Ele não disse nada e voltou a prestar atenção na estrada.

M: Chegamos! Parece que lá dentro está bombando. Depois nos falamos, beijos.

A: Até a festa meninas. Emily sem ficar nervosa pelo amor de Deus, qualquer coisa vamos estar por lá, observando você.

E: Tudo bem. 

V: Isso mesmo Emily, está tudo combinado. É só fazer o que falamos pra você e pronto, tudo certo. 

Fiquei conversando besteira com elas enquanto não chegava à casa de Robson. Paulo virou a esquina e logo ouvi o som alto. Estrondando. Paulo estacionou o carro na rua mesmo, assim como os carros dos outros convidados estavam estacionados, seguranças de Robson ficavam ali vigiando. Mesmo sua mansão sendo grande, não caberia todos os carros lá dentro. Peguei minha bolsa e os convites, descemos do carro. Paulo segurou em minha mão e caminhamos até o portão, onde havia dois seguranças recebendo os convidados e os convites, é claro. Paulo entregou e entramos. Algumas pessoas nos pararam para nos cumprimentar. Não fazia idéia de quem eram, mas tentava ao máximo ser simpática, pelo visto Paulo conhece quase todo São Paulo. As pessoas me olhavam como se eu fosse o centro das atenções, e eu odiava isso. Paulo adora porque distribuía sorrisos de deixar as mulheres que ali se encontravam, de calcinha molhada. Já os homens, via de longe a inveja em seus olhos. Isso era engraçado. Mas fazer o quê, era Paulo Guerra que estava ali. 

Entramos na mansão, tinha muitas pessoas ali dentro também, o som estava bem alto, tocava uma música eletrônica, garçons andavam para lá e para cá servindo bebidas. Passou um por nós, Paulo pegou um copo de Whisk, peguei um copo de Tequila. Se eu contar vocês nem imaginam o que eu descobri sobre a Tequila. Dizem que mulheres que tomam Tequila sentem mais vontade de transar. Não sei se é verdade, mas também não vou exagerar pra saber. Ri dos meus pensamentos enquanto Paulo bebericava sua bebida. Tomei um gole da minha fazendo careta, fazia tempo que não bebia isso, Paulo riu do meu lado.

- Mário já chegou com a Marce. – disse para ele.

- Vamos ver se os encontramos. – Paulo disse e pegou em minha mão enquanto andávamos entre as pessoas.

Não foi difícil de achá-los, encontravam-se no barzinho que havia ali. Os dois conversavam e riam.

- Eae viado! – Paulo disse, Mário virou o olhando e os dois rapidamente fizeram “o toque dos mano”. Nunca vou aprender isso.

- Eae cuzão! – Mário respondeu.

Cumprimentei Marce como gente descente, nos abraçamos. Fiquei conversando baixinho com ela sobre Emily, enquanto Paulo e Mário conversavam sobre outras coisas. Valéria, Davi e Jaime chegaram logo depois, nos cumprimentamos e ficamos jogando conversa pro ar. A festa estava boa, mas Emily não havia chegado ainda. Ela precisa aparecer pra festa ficar melhor. Ouvi os garotos parabenizando alguém, só podia ser o velho Robson, me virei junto com as meninas e fomos parabenizá-lo também. Não gosto muito dele, na primeira festa que viemos aqui ele confundiu eu e a Valéria com prostitutas.

- Fico feliz em tê-los aqui em minha humilde casa. Não é em qualquer lugar que Paulo Guerra e sua turma andam, não é mesmo? – disse o velho puxando o saco.

- Isso mesmo, Robson. – Paulo respondeu com desdém.

- Queria poder conversar mais com vocês, mas tenho que falar com os outros convidados, sintam-se em casa. – Robson disse sorrindo. Se eu não me engano, vi até dente de ouro na boca dele. Mas o velho é escroto mesmo.

- Relaxa, vá lá. – Mário respondeu.

Logo chegou outros homens conversando com os garotos. Eu e as meninas demos as costas para eles enquanto tentávamos conversar baixo, já que com aquela música não dava pra se ouvir muita coisa. Mandei uma mensagem para Emily perguntando onde ela estava, a mesma respondeu que já estava entrando na mansão, suspirei aliviada.

- Ela já está entrando. – disse para as meninas que assentiram com a cabeça.

Ficamos olhando para a entrada. Logo vimos algumas pessoas pararem o que estavam fazendo olhando para a entrada, vi Emily entrar. Ela me pareceu nervosa, caralho não dá bandeira. Ela estava realmente bonita, era impossível não atrair olhares. Ela se recompôs e voltou a sua pose, de mulher poderosa. Olhei para os rapazes que babavam olhando para Emily. Até Paulo a olhava. Senti uma pitada de ciúmes, uma pitada não. Senti ciúmes mesmo.

- O que você está olhando, Paulo? – chamei sua atenção com raiva.

Tudo bem que a Emily é bonita, mas ele não precisa ficar comendo a menina com os olhos.

- Ahn, nada, ué. – ele respondeu me olhando. O fuzilei com olhos, ele sabia que estava errado.

- Caralho, que gostosa. – Jaime disse.

- Verdade bro, nunca vi essa gatinha por aqui. – Davi comentou, eles ainda a olhava sem vergonha nenhuma na cara. Vi Valéria bufar do meu lado.

- Davi, quer ficar sem seus lindos olhos verdes? – Valéria o ameaçou, dei risada e Davi se encolheu.

Vi Emily caminhando devagar no meio daquelas pessoas. Tratei de pegar logo meu celular, mandei uma mensagem para ela.

A: Está indo muito bem, Emily. Conseguiu até roubar olhares dos garotos aqui. 

E: Desculpe. 

A: Relaxa. Age naturalmente. Se solte um pouco. Estou procurando nosso alvo. 

E: Ok. 

Peguei meu copo em cima do balcão e tomei a última dose sentindo minha garganta queimar. Isso é bom demais. Eu e as meninas estávamos comentando das vadias que passavam por ali, ríamos descaradamente delas. Quem mandar ser tão vadias? Até que tinha uns homens gatinhos, que pena que eu não posso me aproveitar de nenhum. Dei uma boa olhada naquelas pessoas, meu olhar parou exatamente na entrada. Renan acabara de chegar se achando o dono do pedaço, do seu lado estava outro cara, não faço idéia de quem era. Sentia uma vontade louca de ir lá e dá uns tapas na cara desse retardado. Vi que os garotos também viram ele chegar.

- Olha lá quem chegou, o merdinha se achando o tal. – Paulo comentou e bebericou sua bebida. Os garotos riram junto com o Paulo.

- Esse cara tá folgado demais, quero só ver ele vacilar. – Mário disse.

Não prestei mais atenção no resto da conversa. Peguei meu celular novamente.

A: Achei seu alvo. Venha para o bar, vamos nos falar sem que ninguém perceba. Quando chegar aqui peça uma bebida e fique sentada por alguns minutos. 

E: Estou indo. 

Vi Emily se aproximar. E novamente os garotos pararam o que estavam fazendo para olhá-la, aquilo estava me irritando. O que me irritava era Paulo a olhando e mordendo os lábios, como se eu não estivesse ali. Filho da puta, vai se ver comigo depois. Ela passou por eles, jogando seu charme, só ouvi os assobios de Jaime. Acho que Paulo, Davi e Mário não assobiaram porque eu, Valéria e Marce os olhávamos mortalmente. Emily sentou-se perto de onde nós estávamos como não queria nada e chamou o garçom pedindo água. Fala sério. Me sentei do seu lado, Marce e Valéria estavam nas nossas frentes, impedindo dos garotos ver qualquer conversa entre eu e Emily.

- Não, me dê dois copos de Tequila. – disse para o garçom. – Você tem que se soltar mais, Emily. – sussurrei. Ou tentei.

- Estou tentando. – ela respondeu, o garçom entregou nossas bebidas. Ela tomou um gole e fez careta.

- Depois você se acostuma. – a avisei. – Bom, o Renan está sentado em um dos sofás ali na sala. Quero que olhe disfarçadamente para lá.

Emily virou-se dando uma mexida no cabelo, e olhou para Renan que conversava animadamente com o amigo que veio o acompanhando.

- O vi. – ela disse.

- Ótimo, agora é só você ir lá e fazer o que eu e as meninas te dissemos. Você está linda e não vai demorar muito pra ele cair em seus encantos. – ela suspirou e tomou uma dose grande levantando-se.

- Tudo bem, vou lá. – ela disse e saiu caminhando em direção a Renan.

Aproveite e fui tirar satisfações com o Paulo. Ele estava sentado no banco do bar. Me aproximei e me encostei de lado, colocando minhas duas mãos em seu ombro.

- Apreciou muito a vista? – sussurrei em seu ouvido.

- Qual? – ele perguntou desentendido.

- Ora qual! Você comeu a... – quase deixei escapar o nome de Emily, hesitei e continuei. - Aquela garota com os olhos.

- Deixa de paranóia, Alícia. Não foi nada disso. – ela se defendeu olhando para as outras pessoas que dançavam.

- Não é paranóia minha. Eu vi muito bem, Paulo. Se olhar mais uma vez para aquela garota, você vai se ver comigo.

- Quer dizer que não posso olhar mais pra ninguém? Faça-me o favor. Não vejo problema nenhum em olhá-la, ela é gostosa. – ele disse aquilo normalmente e deu de ombros.

O olhei incrédula. É sério que ele disse isso? Tirei rapidamente minhas mãos de seus ombros e desencostei dele.

- Nem sei por que você casou comigo, está nítido que você quer a sua vida antiga. Que saia, pegava todas. Que fazia o que queria. – disse com raiva o olhando.

- Para de falar essas merdas e vai fofocar com as suas amigas, que porra. – ele disse irritado. Bufei e saí de perto de Paulo antes que eu desse um tapa nele ali na frente de todos.

Cheguei perto das meninas e as puxei para a pista, não queria ficar perto de Paulo e também tínhamos que ver como Emily estava se saindo.

- Às vezes me dá uma vontade de dar na cara daquele filho da puta. – reclamei enquanto caminhávamos entre as pessoas.

- O que foi dessa vez? – Marce perguntou. Paramos em um local onde dava para ver perfeitamente Emily puxando conversa com Renan.

- Ele disse na minha cara que Emily é gostosa, acreditam nisso? E que não via problema algum em olhá-la. – bufei passando a mão entre meus cabelos.

- Ele disse isso pra te fazer ciúmes, Lice. – Valéria disse.

- Não me pareceu que era isso. – respondi. – Ah foda-se o Paulo. – dei de ombros. Não vale a pena eu me estressar com ele.

- Então, acho que ela está se saindo bem. – Marce disse. Viramos discretamente, Emily era só sorrisos com o Renan.

Renan a convidou para sentar no sofá junto com ele. Seu amigo havia saído. Minutos depois vi Renan passando sua mão desocupada na perna de Emily. Eu disse, homens são fáceis demais.

- Um brinde a nós. – propus, as meninas riram e brindamos, em seguida tomando um gole de nossas bebidas.

Já que estava tudo correndo bem, resolvemos nos soltar. Começamos a dançar enquanto conversava, ninguém ali queria ficar bêbada. Tinha Emily para vigiar. Estava adorando o fato de Renan não ter me visto, não queria perder minha noite por causa dele. Um homem muito bonito, e quando digo muito, eu não estava exagerando, aproximou-se de nós com um sorriso nos lábios. Acho que abriram a porta do céu sem querer e deixaram um anjo escapar. Seu sorriso torto era um tanto provocante, e seus olhos azuis apertados complementavam. Cutuquei as meninas disfarçadamente, as duas babaram assim como eu.

- Olá, garotas. – ele disse gentil.

- Oi. – respondemos.

- Posso ficar alguns minutos aqui com vocês? – ele perguntou nos fitando.

- Claro. – Valéria respondeu rapidamente. Acho que essa vadia não tem medo de morrer.

- Desculpem-me, nem me apresentei. Me chamo Ezra Muniz.

- Oi, Ezra. – foi minha vez de falar. – Me chamo Alícia.

- Valéria.

- Marcelina.

Nos apresentamos e ele fez questão de beijar nossas mãos. Onde compra um desses? Eu e as meninas quase nos derretemos ali mesmo. Ezra era um cara legal e engraçado. De vez e outra dava uma olhada para onde Emily estava, e eles ainda continuavam conversando.

- Lícia, vamos ao banheiro? Acho que exagerei na bebida. – Marce sussurrou para mim, dei risada.

- Já voltamos. – disse para Valéria e Ravi, eles assentiram com a cabeça.

Talvez Val fisgue esse peixe, já que Davi fica pescando piranha no lago. Fui até o banheiro com a Marce, ela reclamou que estava bastante apertada. Aproveitei que estava já ali, e fiz xixi também. Levávamos as mãos enquanto nos olhávamos no espelho enorme na parede.

- Nossa, você viu? Que homem é aquele, meu Deus. – Marce disse. Dei risada.

- Ele é lindo mesmo. Viu os sorrisinhos dele? É de inundar calcinhas. – comentei secando minhas mãos.

- Claro que eu vi. Ezra Muniz, eu nunca ouvi falar nesse nome. – Marce disse enquanto saímos do banheiro.

- Nem eu, mas agora não esqueço tão cedo...

Passamos no bar, pedi uma água, não queria beber mais. Marce pediu uma dose de Martini. Já estávamos saindo quando Paulo chegou segurando meu braço.

- Vai pra onde? – ele perguntou, olhei para sua mão que estava em meu braço, e depois o olhei com a testa franzida. Ele soltou percebendo.

- Dar uma volta. – disse com desdém.

- Quem é aquele cara? – ele perguntou, ele só podia estar se referindo ao Ezra Gostoso Muniz.

- Um amigo nosso. – respondi. – Posso ir agora?

- Claro que não. Não quero você fazendo amizades com homens. Ainda mais com aquele que eu nem conheço. – ele disse estúpido me olhando como se ele fosse meu dono.

Não é porque casamos que ele tem que mandar em mim.

- Você não tem o que fazer não, Paulo? Dá licença, né. Vai olhar para as suas vadias gostosas e me deixa em paz.

- Vamos, amiga. – Marce disse e saímos dalí.

Nem dei ouvidos ao que o Paulo disse. Tô pouco me fodendo para ele. Voltamos para onde Valéria e Ezra estavam. Era assunto que não tinha fim. Senti meu celular vibrar, era uma mensagem de Emily. Olhei para onde ela estava, Renan estava levantando-se, Emily fez o mesmo.

E: Ele me convidou para sua casa. Já sabe o que ele quer, né? Amanhã te darei notícias.

Não deixei de sorrir. Renan estava caindo feito um patinho.

A: Perfeito. Ele não desconfiou de nada né?

E: Não. Está tudo sob controle. Como você disse, fácil demais. Deixa comigo. Vou deixar o celular de lado antes que ele perceba. Até amanhã. 

Senti segurança em suas palavras. É assim que eu gosto.

A: Ok, divirta-se. Ou tente. 

Dei um sorriso e guardei o celular entre meus seios. O lugar mais seguro. Descobrimos que Ezra exportava bebidas clandestinamente. Sei que isso dava uma grana preta. Não sei por que nunca pensei nisso antes, mas não vou inventar de fazer isso. Não quero concorrer com o Sr. Bonitão. Estávamos nos divertindo. Valéria estava mais soltinha pro lado de Adam, enquanto eu e Marce ríamos. Vi Val apontando com a cabeça para trás de mim, dei uma virada e vinha Paulo com a cara fechada, bufei. Lá vem ele estranhar minha felicidade.

- Que saco! – murmurei.

- Alícia, dá pra vir aqui? – Paulo disse bravo. Ele deve está puto comigo, mas não mandei ele ficar de gracinhas.

- Já volto. – disse para Marce, Ezra e Valéria.

Vi Paulo metralhar o pobre Ezra com os olhos. Ele foi na frente e o acompanhei, de muito má vontade mas fui. Ele parou em um lugar que não tinha muitas pessoas,lá vem...

- O que eu disse pra você? – ele disse irritado.

- Sei lá, você disse tantas merdas essa noite para mim. – rebati.

- Caralho, você gosta de me afrontar mesmo, né? Eu disse que quero você longe daquele cara. Ele estava dando em cima de você descaradamente.

Onde? Se ele estivesse mesmo, eu seria a primeira a me atirar em cima dele. Paulo exagera nas coisas, bufei e cruzei os braços o olhando.

- Depois a paranóica sou eu. – ri debochada. – Não sei se você viu, mas ele estava tentando ser gentil, coisa que você não é. Ele não estava conversando só comigo, estava conversando com Valéria e Marcelina também.

- Não quero saber. Vem, vamos ficar naquela droga de bar.

- Eu não vou, para com isso!

- Para você com isso. Acha que pega bem uma mulher casada jogando papo pro ar com um cara?

- E o que você acha que pega bem? Você e os garotos chamando cada vadia que passar de gostosa e sei lá mais o quê? Deixa de ser ridículo, Paulo! – disse brava, ele estava conseguindo acabar com o pingo de paciência que eu ainda tinha.

- Cala a boca, Alícia! Sua voz está me irritando. Você vai voltar comigo, agora. Ou eu vou passar por aquele mané, e acidentalmente vou esbarrar né, e você já viu né? Um murro certeiro eu acerto nas fuças dele pra ele saber onde é seu devido lugar. – ele disse cínico e eu nem estava acreditando no que ele estava falando. – Sem querer vai acontecer uma briga, vou ter o maior prazer de socar aquele merdinha atrevido, Robson vai colocá-lo pra fora, e fim! – ele sorriu.

- Não acredito no que eu estou ouvindo. – minha mão coçava pra rodar na cara de Paulo. – Como você é baixo! – tentei não gritar.

- Foda-se! Vamos logo.

Bufei de raiva. Filho da puta, viado. Ele foi à minha frente e o acompanhei. Me sentei de muito mal gosto, enquanto Paulo continuava a conversa com Mário. Davi e Jaime foram vadiar. Peguei meu celular e mandei mensagem para Valéria falando do estresse do viado do Paulo e que inventasse uma desculpa para o Ezra, tadinho. Aquela festa já deu o que tinha que dar, só vim mesmo por causa da Emily. Se não, teria ficado em casa. Eu estava morrendo de tédio, enquanto Marce e Valéria conversavam com o Ezra Lindo Muniz, eu estava aqui, querendo matar Paulo enforcado por ser tão filho da puta.

(...)

Finalmente Paulo resolveu ir embora, dei graças a Deus. Queria mesmo ir pra casa. Me despedi das meninas, e disse que amanhã elas fossem lá em casa para sabermos noticias da Emily. Ainda tinha que comprar o apartamento para ela aqui perto. No caminho para casa, fomos calados. Que bom que Paulo não encheu mais o meu saco, não queria falar coisas que eu não deveria. Chegando ao quarto me desfiz logo dos saltos, fui para o banheiro fechando a porta. Me despi e entrei no chuveiro, tomei um banho rápido, vesti um baby doll e deitei. Paulo entrou no quarto, não disse nada e foi para o banheiro. Me virei e procurei dormir logo, mas Paulo chegou atrapalhando isso.

- Alícia. – ele me chamou.

- Quê? – respondi sem vontade.

- Vai ficar chateada?

- Eu estou chateada. – disse me virando e o olhando.

- Por causa que eu não deixei você ir falar com aquele viadinho do caralho? – ele disse estúpido, bufei.

- Não fale assim do Ezra, você nem o conhece. – disse raivosa.

- Ah então o viadinho tem nome. – Paulo disse debochado.

- Para com isso, Paulo. Tá ficando chato.

- Por que está defendendo ele? Por acaso ficou interessada? – ele rosnou me olhando.

Que merda Paulo tem na cabeça? Poderia falar: Se eu tiver interessada, qual o problema? Mas eu ainda quero viver por muito tempo.

- Pelo menos ele não é um ogro como você! Me deixa dormir, caralho. – disse me virando.

- Não vire as costas enquanto eu estiver falando, porra! – Paulo disse um pouco alto.

Ele quer comprar briga uma hora dessas? Claro que quer.

- Dá pra continuar essa briguinha amanhã? Eu estou cansada e quero dormir. Boa noite.

- Às vezes você pede pra apanhar. – ele murmurou passando a mão nos cabelos. – Não me faça perder a paciência.

- Quer saber? Vai pra merda, Paulo! Vou dormir no quarto do Pietro, já que aqui não dá dando. – disse estressada me levantando.

- Nem se atreva a sair desse quarto, Alícia! – ele disse firme levantando-se também.

O que foi que eu fiz meu Deus, me diz?!

- Então para com essa história ridícula. Aliás, seu ciúmes ridículo.

Vi Paulo suspirar pesado aproximando-se de mim.

- Tá, desculpa. É que eu não suporto ver você trocando sorrisos com homens por aí. – ele segurou em minha cintura me olhando firme.

- Eu também não suporto você comendo cada mulher que passa com os olhos.

- Eu não faço isso! – ele disse cínico. Revirei os olhos. – Você tem que parar com essa mania.

- É que você é muito... Muito insuportável, sabe? Não consigo não revirar os olhos. – disse debochada.

- Olha quem fala. – ele disse e aproximou seu rosto do meu.

Paulo colocou uma mão em meu queixo finalmente colando nossos lábios. Sentir a maciez de seus lábios era tudo o que eu precisava no momento. Paulo me tira do sério, mas também me deixa na santa paz, como agora. Ele passou a língua entre meus lábios, e abri possibilitando sua passagem. Seus lábios moviam-se delicadamente sobre os meus. Coloquei minha mão em sua nuca fazendo carinho, meu corpo estava totalmente colado em seu corpo, não me deixando escapatória. Paulo mordeu meu lábio inferior e foi soltando aos poucos, dei um meio sorriso para ele e fomos finalmente dormir. Ele é muito bipolar.


Notas Finais


Continua?


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