Paris, France.
21:15 P.M
— Dame Hotel
O barulho do meu salto contra o chão era o único barulho que poderia ser ouvido naquele corredor enorme, meu casaco se movimentava de acordo com a minha pressa de chegar em meu destino e meu cabelo ruivo esvoaçava, fazendo-me sentir um pouco mais... Poderosa.
Lustres luxosos iluminavam toda extensão do corredor, as paredes possuíam um tom pérola dando um ar romântico e ao mesmo tempo luxuoso, o piso era espelhado e continha uma coloração marrom e bem no meio, por onde eu estava andando, um tapete vermelho que me guiava até o último quarto daquele corredor. Era lá.
Enchi meu pulmão de ar assim que parei de frente para aquela porta branca, com o número 415 numa altura um pouco a cima da minha cabeça, soltei o ar rapidamente pelo nariz e dei leve três batidas na porta e aguardei.
Respirei fundo quando ouvi o barulho da maçaneta sendo girado e logo a porta abriu.
— Que bom que chegou cedo. - um sorriso divertido estava vivo em seus lábios.
Sorri da maneira mais sarcástica possível e logo ele abriu um espaço para que eu pudesse entrar, assim fiz.
— Achei que não ia abrir essa porta nunca. - falei, enquanto retirava o casaco e jogava-o em cima de uma mesa que estava próxima.
— Você precisa relaxar mais. - ouvi sua voz um pouco distante. - Tenho a solução dos seus problemas.
A última parte causara uma curiosidade em mim e virei-me para mirá-lo.
— Prossiga. - dei um leve sorriso, mostrando que estava interessada.
— Esses papéis possuem sua solução. - falou, enquanto jogava-se na cama.
— E o que devo fazer agora? - aproximei-me sentando na cama e pegando os papéis de suas mãos.
— Sua vítima. Faça o que vem fazendo durante todos esses anos, que sairemos muito bem disso.
Cada informação contida naquele papel era importante, cada detalhe deveria ser analisado com calma, há muito dinheiro envolvido, pessoas importantes e eu preciso ser esperta.
É o que eu venho fazendo há cinco anos, tornei-me uma profissional nesse lance e não vou falhar. Os papéis em minhas mãos eram como as regras do jogo sendo dadas, seria fácil.
— Vamos ganhar essa. - o olhei e sorri ao imaginar nossa vitória.
— Não existe mulher melhor que você. - seu sorriso malicioso me fez dar uma leve mordida no lábio inferior.
— É o que todos me dizem. - soltamos leves risadas com meu comentário e voltei a encarar os papéis.
— A passagem está comprada. - em meu campo de visão pude vê-lo deitar, mas minha atenção continuava no nome escrito naquele papel.
Levei meus dedos ate a altura da minha boca, onde eu brincava de puxar levemente meu lábio com meu polegar e indicador.
Aquele nome não pode ser esquecido tão cedo. Ele é o próximo, meu foco, meu objetivo e eu vou conseguir.
Desci minha mão rapidamente e soltei os papéis na cama.
— Próxima parada... - dei uma pausa e encarei o homem a minha frente.
— Alemanha. - ele completou.
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