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História Dark Wings - Velório - História escrita por _full2moon - Spirit Fanfics e Histórias
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História Dark Wings - Velório


Escrita por: _full2moon e cameliabranca

Notas do Autor


Oi gente!!!
Espero que gostem!

Capítulo 21 - Velório


Fanfic / Fanfiction Dark Wings - Velório

*POV JARED*

 

                Ela estava arrasada. Quase não falava mais com ninguém. Até comigo ela estava diferente. Eu respeito, afinal, elas eram muito amigas. E esta amizade não durou só o período em que eu as ajudei, namorei e casei com ela. Foi desde quando eu era só o professor.

                Já fazia uma semana. O corpo teve de ser levado até o Céu para que Phil fosse julgado. Eu e Vi também fomos, só que foi o lado de baixo que nos julgou. E o chefe sabia que tinha sido apenas em legítima defesa. Agora, estávamos de volta à Sword and Cross, só que, agora, como marido e mulher. Ninguém perguntou nada, e nos respeitaram por causa do luto. Kristen e Priscila vieram junto, largando Tom de lado. Ele se viraria apenas para não morrer.

                Eu andava pelos corredores da escola, indo em direção ao meu quarto, onde ela me esperava. Abri a porta lentamente, e a vi colocando uma pequena pérola em cada orelha. Ela olhava com aqueles olhos inchados para o espelho da penteadeira, completamente focada. Quando eu entrei, ela se levantou. Droga. Vitória ficava bonita até de luto. Ela estava com um vestido preto de manga ¾ curto. Um scarpin preto altíssimo, os brincos e uma corrente com um pingente de folha. Agora, em suas mãos, havia um óculos de sol preto, que ela havia comprado em Sofia. O cabelo preso caía em cachos em suas costas, aquele cabelo macio que eu adoro agarrar. Afastei estes pensamentos. Ela está triste. Devo dar apoio à ela.

                -Está bom assim? – Ela perguntou, em voz baixa.

                -Você está linda. Como sempre.

                -Não preciso estar linda. Vou a um velório. – Os olhos dela se encheram de lágrimas. Fui até ela e a abracei forte. Ela encostou o rosto no meu peito, e as lágrimas caíam lentamente.

                -Não se martirize. – Peguei seu rosto em minhas mãos. – Não foi culpa sua.

                -Eu não estava protegendo ela quando Phil chegou.

                -Psiu. Não foi culpa sua. É triste, mas não foi culpa sua. Venha cá. – A abracei de novo. – Vamos, nós temos que ir agora.

                Ela saiu do meu abraço e nós andamos em silêncio pelo corredor. Víamos alguns alunos, até Debbie, que com certeza olhou feio para Vi. Mas ela nem notou. Eu, por outro lado, lembrei de quando Vi deu um chacoalhão nela. Ri internamente.

                Não estou chorando. Será que ela pensa que eu não tenho coração? Não. Ela deve saber que eu já aceitei a morte da Isa. É muito triste, eu gostava muito dela. Mas eu não derramei nenhuma lágrima.

                Chegamos ao jardim e eu saí de meus devaneios. Pri apareceu e deu um abraço forte em Vi. Elas estavam chorando ao fim do abraço. O caixão chegou um pouco depois disso, e foi para uma cova a alguns metros de um lugar que estava vazio desde que um anjo caiu dali. Me pergunto por que alguém iria querer perder aquilo. Todos nos reunimos em volta do caixão, alguns chorando, alguns apenas de cabeça baixa, alguns olhando para o céu, e a minha Vitória estática ao meu lado, apenas levando a mão direita aos olhos para secar as lágrimas que caíam. O caixão foi posicionado, com uma coroa de flores vinda de Shoreline em cima. Depois de seguro, ele foi descendo devagar, levando algumas pessoas a colocar uma flor em cima. Eram peônias e rosas negras. Vi, que mesmo em um momento desses continuou com seus gostos, pegou uma rosa negra e a colocou onde estava o rosto de Isa. Quando o caixão já estava lá em baixo, cada um pegou um pouco de terra e jogou no buraco. E os que faziam isto saíam. Eu joguei e esperei pela minha esposa. Vi foi uma das últimas. Saiu andando de mãos dadas comigo, e nós voltamos para dentro da escola, onde havia café.

 

*POV VITÓRIA*

 

                Eu não queria café. Eu não queria bolachas. Eu não queria bolo. Não queria nem o aconchego dos braços do meu marido. Não queria nada. Eu estava de luto, e parece que este vestido preto que com certeza Jared acha que me deixa gostosa piora tudo. Parece que os velórios são feitos para nós nos sentirmos piores do que já estamos com a morte de alguém. É isso que está fazendo comigo.

                Levantei-me e esperei para ver se Jared vinha comigo. Ele apenas me olhou e deu um sorriso amarelo. Saí da escola e voltei ao cemitério. Andei por alguns túmulos e achei o da garota enterrada ao lado do pai. Me comovi por ela. Também morreu jovem. Quando cheguei ao túmulo de Isabela, que carregava as flores frescas e ainda totalmente brancas, vi Theo olhando para o chão, provavelmente pensando em algo.

                -É difícil, não é?

                -É. – Ele não olhou para mim.

                -Me sinto culpada.

                -Você é tão culpada quanto eu. Era pra ser eu aí dentro.

                -Não. Ainda seria ela. Você estaria preso no Inferno.

                -Acha que Lúcifer me prenderia lá?

                -Na verdade, não sei mais o que pensar de Lúcifer. Ele não é mais o anjo que eu conheci, parece que mudou até comigo.

                -Você acha que ele me aceitaria?

                -Por quê? Está pensando em se tornar um demônio?

                -Acho que sim, não tenho mais nada a perder. – Eu abri um sorriso tímido.

                -Você será o meu jovem Padawan. – Ele retribuiu o sorriso. – Só não pegue fogo, use um capacete muito legal e faça-me correr atrás do seu filho num deserto.

                -Sim, mestra. – Agora ele ria, como se isso fosse possível.

                Um silêncio se instaurou por alguns segundos até ele dizer:

                -Eu só queria acabar como Luce e Daniel. Queria que nós ficássemos juntos. Como eles.

                -Você sabe que não poderia ser exatamente como eles, não é?

                -Sei. – Ele refletiu um pouco, e disse: - E se eu tentasse?

                -O quê?

                -E se o Trono permitisse que ela renascesse humana? Sem essa coisa toda de anjos e Guardiões?

                -Está louco. Por que o Trono faria isso?

                -Vou pedir com jeitinho. – Ele começou a andar e eu fui atrás.

                -Theo, aonde você vai?

                -Varsóvia. O túmulo onde ela morreu. Vou até o Trono.

                -E acha que vai sozinho? – Cheguei até ele, que parou. – Nós vamos também.

 

*POV PRISCILA*

 

                Depois de receber a notícia de que iríamos a Vasóvia novamente, fui contar para Kristen, que finalmente tinha ficado sozinha. Talvez pudéssemos conversar.

                -Oi. – Ela disse, ao me ver na porta.

                -Oi. Vamos voltar a Varsóvia. – Ela me olhou com uma sobrancelha levantada. Ela não faz ideia de como eu gosto quando faz isso. – Theo teve uma ideia. – Ela assentiu.

                -Bom, então é melho fazer as malas de novo.

                -Kristen. – Ela se virou. – Podemos conversar?

                -Sim, claro.

                -Sobre o que aconteceu outro dia… - Parecia que fazia anos. – Desculpe-me. Não quis forçar nada. Se não é o que você quer, eu não posso te obrigar.

                -Sabe Pri? O problema é esse: eu quero. Quero muito. O problema é que de onde eu venho, isso é um pecado.

                -Mas o mundo mudou tanto…

                -Eu sei. Mas… ainda tenho medo.

                -Medo do quê?

                -Julgamento, olhares tortos, cochichos.

                -Você não tem que ligar pra nada disso. – Aproximei-me e peguei seu rosto. Ela relutou um pouco, mas acabou cedendo. – Estamos no século XXI. Ainda tem aqueles radicais que não aceitam, mas nós não vivemos no meio deles. Nós vivemos no meio de anjos. EU sou um anjo. Você não tem que ter medo de nada.

                -Mas eu tenho… - Tapei sua boca com um dedo.

                -Escute: nós não temos que esconder nada. Mas se você quiser, até você se sentir segura, nós escondemos, ninguém vai saber o que se passa entre quatro paredes.

                Neste momento, seus olhos brilharam. Senti que os meus também estavam assim. Aliás, eles ficavam assim todas as vezes que eram pousados nela. Me senti na liberdade de beijá-la, e assim o fiz. Toquei meus lábios nos dela, macios e quentes, se encaixando perfeitamente nos meus. Uma corrente elétrica percorreu o meu corpo. Pousei a minha mão na cintura descoberta dela, já que o seu vestido tinha recortes. Depois do beijo, ela me olhou sorrindo e me abraçou, tão forte que achei que eu ia quebrar. Sussurrei no seu ouvido:

                -Nós vamos ficar bem. Nada vai acontecer a você.

                -Eu acredito. – Ela sussurrou de volta.

 

 

                Nós dormimos juntas. Não fizemos nada, só nos abraçamos e não movemos mais nenhum músculo. Esquecemos até de fazer nossas malas. Os pulos que demos ao ouvir as batidas fortes de Vitória na porta seguidas pelos gritos firmes nos confirmaram isso:

                -OH DUAS! SE VOCÊS NÃO ANDAREM LOGO EU ARRANCO AS DUAS DAÍ DE DENTRO SÓ COM AS ROUPAS DO CORPO!

                -Entendi o recado amiga. – Falei com voz de sono. – Ela é sempre delicada.

                -EU OUVI ISSO! – O grito ecoou nos meus ouvidos. Mais batidas. – ANDEM LOGO. VOCÊS TÊM CINCO MINUTOS!

               

                Quando chegamos lá fora, todo mundo esperava por nós, as atrasadas. Vi ainda usava preto, mas pelo menos o vestido rodado tinha faixas de uma estampa com flores rosa. Achei minha camiseta com jeans apropriada para a ocasião. Entramos no carro, fizemos o caminho até o aeroporto, chegamos, esperamos, embarcamos, dormimos, pousamos, esperamos mais um pouco e finalmente conseguimos entrar em um táxi para o hotel. Lá, Vi e Jared ficaram em um quarto, o qual eles escolheram a dedo. Theo pegou um modesto quarto de solteiro, mostrando um semblante triste para a moça do balcão. Eu e Pri pegamos um quarto ao lado do outro casal. Talvez seria uma noite sem muitos barulhos, afinal, eles estavam de luto. Enganei-me amargamente. Mas… não se pode fazer nada sobre eles.

                Não consegui dormir. Não por causa do baulho do quarto vizinho. Não por domir abraçada a alguém quando estou acostumada a dormir sozinha. Estava ansiosa. No dia seguinte, enfrentaríamos o Trono para que uma pessoa renascer. O que poderia acontecer?


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!
Looks da fic: http://uma-salvatore.polyvore.com/
Até semana que vem!


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