Seus pés descalços tocaram a grama de uma forma que fez com que sentisse paz com os matinhos pontudos em seus dedos, como areia de uma praia. Ele se alongou, esticando os braços, fazendo com que sua camisa se levantasse um pouco. Sua pele se arrepiou devido ao frio e ele rapidamente abaixou a camisa, se sentou na grama e abraçou as próprias pernas, com seus joelhos tocando seu peitoral.
Observou o pôr do sol ao longe, se escondendo por trás das grandes montanhas. O vento balançava os delicados dentes-de-leão, e até seu cabelo, que agora estava um pouco maior do que no mês passado.
Há cinco meses, ele não estaria ali e sim, nos Estados Unidos, completando seus estudos e se formando médico, assim como seu pai. Mas o destino nunca segue o roteiro da vida das pessoas.
Eren sofreu um acidente enquanto ia em direção ao aeroporto, e foi tudo culpa daquele motorista bêbado que bateu em seu carro. Os médicos e policiais disseram que foi por sorte... sorte?
Pois bem, aquele demônio abusado que vivia entrando em seu quarto até que serviu de alguma coisa, salvou sua vida sem querer nada em troca, somente queria que ele estivesse bem e vivo. Eren estranhou esse tipo de fala vindo dele e ficou extremamente desconfiado, estava sempre de olho aberto.
Levi era a criatura que sempre aparecia para Eren, tanto em sonhos ─ para irritá-lo ou afastar pesadelos ─ quanto fisicamente, desde que sua mãe morreu. Ele achava que Levi era como uma representação do espírito da sua mãe, mas quando perguntou isso ao demônio, ele caiu para trás de tanto rir.
A resposta que veio depois que ele se recuperou da crise deixou a criança em choque: "Não, não sou sua mãe e ainda bem, imagina parir um mero humano como você? E ainda por cima, é feio. Sou Levi Ackerman, parece que estou aqui para te proteger e para te impedir de se foder na vida. É um prazer, pirralho."
Depois desse encontro, Levi passou a acompanhar Eren para onde ele ia, até mesmo no banheiro, ("Privacidade? Conhece essa palavra?"). Da escola à faculdade, Levi sempre estava lá, o observando de longe como uma sombra que fazia comentários sarcásticos e ficava zuando quando uma garota o rejeitava.
Ah, sim, Eren foi muito rejeitado na sua adolescência. E tanto humano quanto demônio ficavam indignados com isso, já que Eren tinha uma beleza incomum e todas as garotas poderiam rastejar aos seus pés, porém, ele não queria uma menina que ficasse ao seu lado apenas pela beleza e sim, pela personalidade e pelo jeito de ser, mas...Eren não era fácil de lidar e ninguém gostaria de namorar alguém que às vezes surta do nada e fica de cara emburrada por um mês.
Levi também aguentava os choros de madrugada sempre que ele era rejeitado por uma garota que gostava, e como não sabia lidar com pessoas e seus sentimentos, ele ficava no canto da cama e com uma cara tipo: "engole o choro ou juro que vou enfiar esse travesseiro em outro lugar."
O demônio de estimação ─ digamos assim ─ nem sempre estava com Eren, ele tinha coisas para fazer, como perturbar outras pessoas e ter relações com humanos, apenas por diversão. Por isso, Eren às vezes se perdia do controle.
Como da última vez que ele foi pego fumando e bebendo em uma festa com uns amigos da escola, inclusive com um monte de vadias em cima dele. Eren nunca viu Levi ficar tão puto como naquele dia.
"Você tem merda na cabeça?! Eu não vou aguentar ficar com um fumante, pegador e alcoólatra debaixo do mesmo teto. Não tenho psicológico para isso. Vou embora."
Ele sempre falava que ia sumir de vez, mas voltava para ver se Eren tomou banho ou se comeu.
Levi se transformou no verdadeiro amigo de Eren, mesmo que às vezes fosse estranho ver seus olhos cinzas como a neblina, totalmente diferente dos humanos normais. Eren gostava disso. Do seu jeito diferente e único.
Ao completar 21 anos, Levi se afastou um pouco, pois Eren já era um adulto formado e não iria cometer tantas burradas. Quando aconteceu o acidente, ele se culpou por ter se afastado e deixado Eren quase de frente com a morte. Foi uma sorte que já estivesse conectado com o jovem, se não fosse por isso, ele já estaria em um caixão.
Agora, ainda na Alemanha e olhando a íngreme descida, Eren se recuperava do seu quadril quebrado, o curativo em sua testa deixava ele irritado por lembrá-lo daquele acidente e do filho da puta que quase o matou. Ele ainda não havia se conformado por seu pai não ter deixado ir para os Estados Unidos e se recuperado lá.
Levi havia ficado sumido por um mês e isso deixou Eren preocupado, ele estava ali o esperando, já que aquele era como um lugar somente deles, onde poderia discutir sobre nada ou ficar fofocando sobre as pessoas da redondeza.
E foi pensando nisso que sentiu o ar gelado em sua nuca e aquele arrepio percorrer por todo seu corpo, anunciando que ele estava lá, do seu lado. Ele sempre estava lá.
─ Seu pai não disse para ficar em casa, descansando? ─ ele perguntou depois que Eren se recuperou do susto. Não entendia o porquê desse medo todo sendo que ambos estavam juntos desde que ele tinha 7 anos. ─ Seu quadril está melhor?
─ Sim, está muito melhor. Só estou mancando um pouco. ─ sorriu vendo Levi se sentando do seu lado. ─ E você? Por onde andou?
─ Sentiu saudades?
─ Talvez, você sempre esteve comigo desde pequeno, sumir assim do nada não é algo normal. ─ seu tom de voz soou estranho, como se estivesse segurando sua preocupação dentro do coração.
Levi se virou para Eren, arqueando as sobrancelhas.
─ Você já tem 21 anos, e está indo para os 22. Não tem necessidade de ficar sempre no seu pé. E você já tem seus amigos.
─ Eu não tenho amigos, Levi. ─ seu sorriso anterior morreu. O outro se mexeu desconfortável na grama. ─ Eu apenas tenho você e o papai, as pessoas que dizem ser meu amigos não gostam de mim de verdade.
─ Isso não é verdade.
─ É sim e você sabe disso. ─ disse, não se arrependendo se sua fala acabou saindo rude. ─ Você sabe como aqueles rapazes só ficavam comigo pela minha inteligência ou dinheiro, você sabe que as garotas só conversavam comigo porque eu sou bonito, todo mundo de lá só está comigo por algum interesse e se eu percebi isso, você também percebeu.
Um longo silêncio se fez, ambos apenas olhando para as montanhas e para o céu já escurecendo. E foi então, com um suspiro audível que Eren quebrou aquele silêncio desconfortável.
─ Você vai me abandonar, não é? Como a mamãe?
A pergunta pegou Levi desprevenido e Eren percebeu isso quando ele tirou sua atenção das montanhas e lhe olhou com os olhos arregalados.
─ Eu...
─ Se for, é melhor falar logo, assim eu não fico com ansiedade de noite esperando você aparecer. ─ deu um sorriso triste. ─ Toda noite eu espero você aparecer pela janela e...isso nem sempre acontece.
Seus olhos estavam fixados nos do demônio, de uma forma inexplicável e quase sufocante. Levi engoliu em seco, sentindo um pingo de suor descer pela sua testa. Nunca se sentiu tão nervoso e ansioso na sua vida medíocre, mas era assim que se sentia quando estava perto dele
Eren era sua adrenalina e o motivo por ele ter que medir as palavras várias vezes antes de falar.
─ Desculpa. ─ foi a única coisa que saiu da sua boca e pela expressão de Eren, não era isso que ele esperava como resposta. ─ Eu só precisava de um tempo para organizar meus pensamentos.
─ Não sabia que demônios precisavam disso. ─ provocou. ─ Mas eu entendo, às vezes precisamos de um tempo sozinho. Você teve o seu e eu só estou sendo um pé no saco. Eu que peço desculpas.
─ Está tudo bem. É... ─ disse hesitante e depois voltou olhar para as estrelas que começaram aparecer. ─ Posso te contar algo, Eren? Tipo, algo que nunca contei para ninguém.
─ Pelo o que sei, você só tem eu para contar alguma coisa.
─ Pode calar a boca e me deixar falar? ─ Eren assentiu, fazendo uma espécie de "chavinha" com a boca ─ Bom, eu fiquei meio sumido porque estava pensando em você. ─ ele sabia que o jovem ao seu lado estaria agora confuso e assustado. ─ E no jeito que você anda mexendo comigo depois de um tempo. Isso é estranho. Eu praticamente cuidei de você desde pequeno, não deveria me sentir assim. ─ Ele riu de nervoso, sentindo suas mãos suarem frias e seu coração bater rápido. Levi pensou que iria infartar a qualquer momento.
Eren sorriu e se aproximou mais de Levi. Suas pernas se tocaram, ambos sentiram um arrepio e souberam que odiaram a sensação por ser tão boa.
─ Também me sinto assim, Levi. ─ sussurrou, encostando sua cabeça no ombro do demônio e percebendo que este não se afastou, sorriu mais ainda. ─ Acho que só comecei sentir algo por ti quando já estava ficando mais velho.
─ Lógico, você não iria gostar de mim quando tinha 10 anos.
─ Mas eu gostava. ─ Levi lhe lançou um olhar confuso e logo ele acrescentou rapidamente: ─ Não desse jeito! Gostar de gostar, não gostar...esse gostar. ─ esperou que ele entendesse e segurou um suspiro de alívio quando Levi parou de encarar daquela forma.
─ Você é estranho.
Ele riu, se aconchegando mais em Levi e depois de um tempo, acabou adormecendo, debaixo das estrelas e ao lado daquele que sempre estava contigo, em todos os momentos.
(...)
Mesmo sendo um demônio com uma força sobrenatural, Levi desceu a colina toda reclamando do peso de Eren em suas costas, o amaldiçoando por ter dormido no meio do mato. E com todo balanço proposital e xingamentos, Eren acordou e ficou confuso por uns 3 minutos, tentando lembrar onde estava, quem era ele e quem estava o carregando. E ao ter as respostas dadas pelo seu cérebro, ele se assustou e caiu para trás.
Levi, ao invés de ir ajudá-lo, ficou rindo na mesma posição que estava e quando percebeu que Eren chorava de dor, ele correu para ajudá-lo. Havia se esquecido que ele ainda se recuperava do acidente, mas era culpa dele, quem acorda daquele jeito e cai de bunda no chão?
E novamente eles desceram a colina em silêncio. Mesmo que Levi reclamasse do peso, ofereceu de novo para ser feito de jumento e carregou Eren até o calor e conforto da sua casa.
Ao chegarem, Levi mandou que Eren fosse tomar um banho e ir dormir, já que estava tarde. Ele apenas olhou para Levi como se estivesse vendo a coisa mais absurda do mundo e subiu as escadas, se perguntando se o demônio realmente era uma representação da sua mãe.
Em poucos minutos, Eren já estava na cama, limpo e confortável, do jeito que Levi gostava. Antigamente, ele lia histórias para Eren toda noite, em um tom baixo para o pai do rapaz não ouvir do outro quarto, e mesmo odiando essa parte do seu "trabalho", ele gostava do jeito que Eren arregalava os olhinhos quando chegava na parte que o lobo comia a avó da chapeuzinho vermelho ─ era sempre a mesma história, ninguém o fazia trocar.
Agora ele ficava sentado no sofá que tinha perto do guarda-roupa, observando Eren cair em seus sonhos profundos e depois, ele saia novamente para ficar a noite acordado em boates e com mulheres em seu colo. Ele achava desnecessário dormir, mas as olheiras em seus olhos diziam o contrário.
Desta vez seria diferente. Ele iria ficar com Eren até que o sol surgisse no amanhã.
Se aproximou da cama com cautela e apoiou o rosto em seus braços que estavam no cobertor, observando a pele macia e perfeitamente cuidada. Tão lindo, Levi pensou esboçando um pequeno sorriso. Ele passou sua mão pelas bochechas, fazendo um singelo carinho e depois tirou uma mecha castanha intrometida que estava grudada em sua testa.
Observando assim, mais perto do que nunca, Levi ficou um pouco sem ar. O jeito que Eren apenas existia era perfeito, mesmo que às vezes dava um tropeço ali ou aqui, porém ele sempre se erguia e seguia com seu jeito diferente e divertido de viver. Levi o admirava como ninguém e em todos esses anos que passou com ele, desejou que se tornasse um ser melhor. Melhor para o seu amado.
Ele passou décadas sem sentir o toque carinhoso de alguém, ou ao menos, afeto e respeito. Claro, nasceu como anjo, recebeu carinho de seu Criador, mas não era aquele tipo de amor que ele procurava.
Levi prestou atenção em vários tipos de amores ao vagar pelo mundo. O de Adão e Eva, José e Maria, de Jesus com as pessoas...Mas não era aquilo que ele procurava. Esse tipo de amor sempre acabava de uma forma trágica e ele não queria isso para nenhum dos lados.
Foi então que ele achou que tinha achado esse amor. Alguém para que ele pudesse expressar aquilo que guardou em seu peito, alguém para fazê-lo se sentir amado.
Essa pessoa era apenas uma farsa.
Aquela bela garota apenas partiu seu coração que, naquela época, era amável e puro.
Levi sentiu tantos sentimentos estranhos por causa dela. Paixão, desejo, ciúmes, ódio, tristeza e rejeição.
Ele nunca iria perdoar o fato de ter seu coração conquistado pela primeira pessoa que amou e logo em seguida, esmagado como se não fosse nada. Era assim que funciona o amor? De forma tão dolorosa e angustiante?
Depois da sua primeira paixão, Levi decidiu abandonar o Céu. Ele não escutava nada e não queria ouvir nada, apenas se sentia um intruso no lugar onde lhe ensinaram o que era amor.
Mesmo que tenha doído ver como seus outros amigos ficaram com os olhos cheios de pena ou de repulsa, por ter traído aqueles que estavam ao seu lado. Levi não se sentiu nem um pouco incomodado, ele parou de sentir qualquer coisa depois dela.
E assim, depois de ter se unido ao Inferno, onde encontrou outros tipos de sentimentos. Inveja, solidão, medo, raiva, angústia, desprezo, vingança. Ele encontrava todas essas coisas ruins apenas olhando nos olhos daqueles que um dia foram seus irmãos do Céu. Eles também estavam ali por uma boa causa, Levi sabia e compreendia. Lá ele não se sentia um intruso.
Ele passou anos andando pelos lados. Vivendo como um humano comum, no meio de pessoas comuns. Ainda sentia aquela constante dor em seu peito, somente para lembrá-lo do seu coração partido.
Ainda via somente o cinza na vida, aquela cor sem graça e totalmente desprezível. A cor dos seus olhos sem vida e que todos achavam estranhos.
E foi aí que ele o encontrou. Aquele garotinho que estava sentado na calçada de cabeça baixa chamou sua atenção. Seus olhos verdes pintaram sua vida com várias cores vivas e alegres, como se fosse uma aquarela tocando em um papel branco pela primeira vez. Levi amou a sensação de se sentir vivo novamente.
Ele seguia aquele garoto dia e noite, sabendo que não seria visto e foi em uma desses dias que descobriu sobre a mãe da criança. Descobriu o motivo que Eren chorava todos os dias quando ia dormir, abraçando um cachorrinho de pelúcia.
Levi sentiu sua própria dor e tristeza.
Alguns meses se passaram e ele finalmente mostrou sua verdadeira forma para Eren, se apresentando de uma forma que não demonstrasse sua ansiedade. Para sua surpresa, ele apenas respondeu : "Você é uma representação da mamãe? Mas mamãe era menina!".
Aquelas simples palavras fizeram seu coração dar pulinhos. Aquela criança seria sua primeira amiga de verdade, depois de muito tempo.
Mas os anos foram se passando e os sentimentos congelados passaram a se mover, causando desespero e medo de ter seu coração como brinquedo igual da última vez.
Eren estava cada vez mais próximo e mais íntimo, e foi a gota d'água quando ele se trocou em sua frente. Levi nunca imaginou que iria se sentir atraído por aquele corpo, se sentia confuso e errado por ter praticamente o criado, porém, seu coração recusava acreditar que era errado e afirmava que precisava de Eren, o mais perto possível.
Levi o amava tanto que chegava a doer. Era uma dor boa.
Eren se mexeu minimamente e só esse simples movimento fez um Levi distraído em seus pensamentos dar um pulo para trás.
─ Levi? ─ perguntou sonolento abrindo os olhos lentamente, revelando as orbes verdes. ─ O que estava fazendo tão próximo?
─ Você pergunta demais. Vai dormir. ─ ordenou se sentindo meio desnorteado, uma mão quentinha segurou a sua quando ia se afastando.
─ Onde vai?
─ Eu disse para ir dormir, Eren.
─ Dorme comigo? ─ Levi franziu as sobrancelhas. Eren fez sua melhor cara de pidão. ─ Por favor.
Vendo Eren daquela forma, usando apenas uma camisa branca e um short azul, deixando seu corpo ainda mais atraente do que com as calças jeans que usa durante o dia. Os cabelos estavam bagunçados e as bochechas levemente coradas, era impossível recusar com aquele olhar sobre si.
Mas Levi consegue resistir a coisas grandes como aquela, mesmo que tenha sentido vontade de morrer quando disse:
─ Não. Você já é bem grandinho para dormir sozinho.
O outro arregalou os olhos e abriu a boca algumas vezes quando ele voltou a se sentar no sofá, longe de si. Quase ninguém conseguia negar um pedido seu, ainda mais aquele, como Levi teve a audácia de dizer "não"?
Com esse pensamento, ele se levantou da cama, tropeçando no edredom e foi na direção do demônio.
─ O qu...? ─ Levi indagou, totalmente surpreso quando Eren sentou em seu colo e colocou as mãos em seu rosto. Seus olhos verdes faiscavam de uma raiva incomum.
─ Já que você não entende o que quero...terei que mostrar. ─ sorriu e beijou os lábios que passou a desejar por alguns anos.
Era um toque carinhoso e doce, transbordava de paixão e afeto que ambos guardavam em seus corações, e que agora poderiam deixar sair e passar por entre suas bocas, corpos e almas.
Eren passou a língua no lábio inferior de Levi, este que não pensou duas vezes antes de dar passagem. Agora poderiam sentir e explorar melhor, além de descobrir o que poderiam fazer depois daquele acesso.
O demônio ficou insatisfeito com a forma que Eren estava dominando, por isso o ergueu, e no impulso, ele circulou suas pernas na cintura de Levi e arfou, com as mãos frias dentro da sua camisa, deixando um arrepio por onde passava.
Levi o levou até a cama, deitou sobre seu corpo e continuou a beijá-lo. Ele mordiscou o lábio inferior, sentindo percorrer um prazer por todo seu corpo quando um gemido manhoso alcançou seus ouvidos. Ele aproveitou para passar suas mãos por todos os lugares possíveis, causando uma avalanche de sensações em Eren.
Ele separou o beijo pela falta de ar e encarou Eren. Os lábios estavam vermelhos e inchados, os cabelos bagunçados, a respiração agitada e os olhos semicerrados estavam confusos, ansiosos e curiosos. Era tanto sentimento naquele olhar que Levi se sentiu um pouco tonto e um completo tesão só de encará-los.
Quando ia perguntar o que havia acontecido, Levi foi mais rápido e encostou seu rosto no pescoço, sentindo o cheiro doce que tanto lhe atraía. Passou sua boca por aquele local macio, deixando mordidas e chupões vermelhos, às vezes beijava com carinho quando sentia Eren estremecer embaixo do seu corpo e quando gemia sempre que seu pescoço era novamente atacado pelos lábios de Levi.
Os beijos de Levi eram rápidos, como se fossem urgentes e que precisasse marcar cada cantinho, porém, era delicado, a boca deslizava com suavidade, deixando um rastro molhado para trás. Eren arfava e prendia seus dedos no cabelo do outro.
Suas mãos foram até a camisa que Eren usava, e começou subir devagar, mas o outro já se sentia quente e tirou ele mesmo com uma pressa absurda.
─ Tão impaciente. ─ Levi comentou, observando os mamilos rosados do peito alheio.
─ Não enche, tá? Ah! ─ logo aquela face emburrada se desfez quando Levi se abaixou, sugando e deixando que a língua mexesse com aquele ponto, mordia de leve e voltava a chupar novamente. Eren gemeu seu nome como resposta.
─ Não sabia que era sensível aqui. ─ disse Levi, enquanto beliscava levemente um dos mamilos durinhos e olhava o outro que ficou ainda mais vermelho depois que o chupou.
─ Nem e-eu...
O demônio sorriu,achando graça do rubor em seu rosto e se aproximou novamente, desta vez para deixar beijos pelas bochechas e pela testa.
Estranhando todo esse carinho que nunca havia recebido, Eren se sentiu acolhido e amado. Levi até era um pouco bruto às vezes, mas sempre o tratava com amor (do jeito dele, claro). Foram anos que ele desejava ter aquelas mãos em seu corpo, lhe causando um calor diferente e uma sensação que era somente deles. Assim, Eren acharia que finalmente havia encontrado alguém que não estava com ele apenas pela aparência, ele sabia que Levi não ligava nem para sua raça e depois daqueles beijos em seu rosto, ele se sentiu a pessoa mais sortuda que alguma vez já pisou na Terra por ter um amor verdadeiro. Parece até algo de um filme clichê.
Ele sorriu e o beijou. Mesmo surpreendido novamente pelo mais novo, Levi retribuiu da mesma intensidade.
Uma das suas mãos desceram para dentro do short azul e não ficou surpreso ao encontrar somente aquela peça. Sabia que Eren odiava dormir com muita roupa e foi muitas vezes que Levi chegou pela manhã depois de uma noite em uma boate e encontrou ele dormindo pelado.
O outro se contorceu na cama quando Levi começou a fazer movimentos para cima e para baixo no membro já duro. Sentiu satisfação ao ver como ele ficava com aquele simples toque.
Sua mão apertava apenas o suficiente e cansado da tortura, Eren começou se masturbar junto com Levi, acelerando um pouco os movimentos.
─ Deveria ter mais calma.
─ Ah...não quero.
Levi riu baixo. Eren sentiu tantas coisas somente com aquela risada, nunca havia visto ele rir daquela forma e ainda por algo que disse.
─ Mas temos que ir com calma. Você nunca fez com um homem, certo? Queria que você se lembrasse dessa noite pelo resto da sua vida. ─ disse em um sussurro próximo ao ouvido, sentindo a mão de Eren tremer sobre a sua.
─ Você já está transformando… hm, isso especial só de estar comigo. ─ gemeu quando sentiu sua glande ser apertada um pouco forte.
─ Sério? Estou me sentindo até privilegiado. ─ sorriu antes de se afastar de Eren. Se apoiou nos joelhos e tirou suas roupas sem muito trabalho, e o rapaz fez o mesmo com o restante das suas, suspirando quando o short estranhamente desconfortável saiu.
Quando a ereção de Levi finalmente se libertou da calça jeans, Eren arregalou os olhos, olhando assustado para a virilha. Seu próprio comprimento não era lá tão pequeno, mas aquele era assustador!
─ Dá tempo de desistir? ─ deu um risinho de nervoso e perante o rosto confuso de Levi, ele ruborizou. ─ Já senti até a dor...
─ Tsc, pare de drama. ─ resmungou ─ Irei tentar ir devagar para não te machucar.
─ "Tentar"?
─ Sim.
Eren respirou fundo, já esperava que não iria sair daquele quarto andando, ainda mais com seu quadril que não estava 100% recuperado, e ao pensar em outra hipótese, seu cérebro ficou em alerta.
─ Não temos lubrificante, Levi. ─ avisou, esboçando um sorrisinho amarelo quando o outro fechou os olhos por alguns segundos, como se estivesse sentindo sua paciência sair lentamente com a sua hesitação.
Levi, sem dizer uma única palavra, juntou suas mãos e esfregou uma na outra, um pequeno e rápido brilho negro apareceu por entre elas e quando ele as separou, tinha um potinho em sua mão.
─ Pronto, problema resolvido. ─ quando percebeu que Eren iria falar algo, ele acrescentou: ─ Agora deita e abre bem as pernas.
Não gostava de fazer aquele tipo de "truque", ainda mais na frente de outras pessoas, mas era para que o outro não sentisse tanta dor na sua primeira vez com um homem. Provavelmente, Eren não se lembrava, mas seus carrinhos de brinquedos apareciam do nada na sua cama por causa de Levi e pela paciência que ele tinha para fazer esse tipo de coisa.
Eren fez o pedido obedientemente, mesmo constrangido por estar tão exposto daquela forma. E quando foi perguntar o que Levi iria fazer, deixou um gemido escapar quando foi tomado pela boca do demônio.
Ele colocou as mãos em seus cabelos, tombando a cabeça para trás, sua respiração estava falha e ele sentiu como se tivesse borboletas em seu estômago. A boca molhada o engolia profundamente com habilidade, ia até o final e depois voltava para a ponta. Suas mãos acariciavam e apertavam as coxas fartas, capaz de deixar marcas avermelhadas.
Ele chupava com vontade, sem se importar quando Eren começou a movimentar o quadril e quando a ponta do membro tocava sua garganta várias vezes. Eren sentiu sua mente nublar, ele não pensava em mais nada e muito menos na dor de seu quadril ao se mover tão rápido daquela forma, ele só queria continuar naquele aperto quente que o envolvia todo.
Ele sentiu que iria desabar a qualquer momento quando olhou para baixo. Levi o encarava com as pupilas em um tom leve de escarlate, uma das sobrancelhas estavam erguidas, como se desafiasse a fazer algo. Suas pernas tremeram, ondulações percorreram por todo seu corpo, avisando que ele iria alcançar aquele limite de prazer.
E com um gemido, ele liberou os jatos esbranquiçados, sendo engolidos pelo outro sem nem um esforço. A textura viscosa se desmanchava graças a saliva, o gosto era adocicado e isso fez com que Levi passasse a língua nos lábios, limpando com o dedo o cantinho que havia ficado sujo.
─ Seu gosto é bom. ─ Eren ficou extremamente corado com aquele comentário, virou o rosto para não encarar o sorriso sarcástico. Desde que eles começaram com aquilo, Levi quase nunca parava de sorrir, se sentia feliz por ter seu amado somente seu e de mais ninguém.
Ele o beijou. As peles úmidas pelo suor encostavam uma na outra, causando arrepios a cada toque. Se esfregavam incessantemente. Eren ainda sensível com o recente orgasmo, gemia e arfava contra a boca de Levi. Isso fez com que seu membro rígido latejar, desejando mais atenção.
Ao se separarem, Levi se posicionou entre as pernas do mais novo e pegou o lubrificante que estava na cômoda, onde ele havia colocado minutos atrás. O som do pote se abrindo fez Eren ficar em alerta e ao mesmo tempo tenso.
Ele confiava em Levi, claro, confiava mais do que tudo e seria a mentira mais ridícula se ele falasse o contrário, mas aquele momento era estranho para ele que sempre se considerou hétero até começar ter sentimentos por Levi. Ele se sentia bem ao lado dele e desejava que fosse assim até toda a eternidade.
Parando de prestar atenção aos seus pensamentos, Eren focou sua visão nos dedos de Levi que agora se lambuzavam com o lubrificante. Depois ele o olhou como se pedisse permissão para continuar o que queria fazer, Eren apenas assentiu.
Quando o primeiro dedo foi entrando lentamente, ele abafou um gemido. Era estranho. Muito estranho.
─ Te machuquei?
─ Não, mas é...estranho ─ ele respondeu em um gemido.
Levi mexeu lentamente, não aguentando sua ansiedade de ter Eren se apertando em torno dele. Ele começou a se mover um pouco mais rápido, enquanto o outro se contorcia e gemia a cada movimento. Percebendo que ele estava aos poucos se acostumando com a sensação, ele introduziu um segundo dígito. Seus dedos saiam e entravam de um modo indecente.
Eren choramingou, colocando o antebraço no seu rosto, pois sabia que estava mais vermelho do que quando haviam começado. Levi subiu para beijar seu braço e quando este se afastou do seu rosto, ele o beijou, puxando o lábio inferior entre os dentes e chupando levemente. Eren relaxou um pouco, assim os dedos deslizaram com mais facilidade, indo fundo.
Levi curvou os dedos, pressionando contra um ponto com força, Eren gritou quando foi tocado naquele ponto, desejando aquela sensação novamente.
─ Não te machuquei, não é? ─ perguntou Levi, fingindo preocupação. Ele sabia que não tinha machucado e que Eren estava gostando. ─ Quer que eu toque ali de novo? ─ a forma como a resposta veio a seguir quebrou Levi por completo:
─ Não pergunte...ahn, só faça.
Eren nunca falou contigo daquela forma, mesmo que estivesse naquela posição. Ele sorriu e repetiu o mesmo movimento várias vezes, e em todas as vezes que era tocado naquele lugar, Eren gemia e gritava, tentou falar algumas vezes mas só saiam palavras desconexas. Todo o estímulo desde o início fazia seu corpo estremecer, sentia como se todos seus músculos estivessem pegando fogo. Levi fez uma espécie de tesoura com os dedos e continuou com os movimentos rápido e precisos, sempre observando as reações de Eren e ficou satisfeito ao encontrar somente prazer e excitação nos olhos verdes.
Ele retirou seus dedos, causando um murmúrio de descontentamento do outro. Se posicionou novamente, segurando o quadril com delicadeza ─ ele não havia se esquecido do acidente, qualquer movimento em falso poderia causar dor ─ e colocou o membro ereto contra a entrada prontamente preparada.
─ Irei entrar agora. ─ Eren engoliu em seco e tentou não pensar tanto na dor que sentiu quando foi invadido de modo lento e profundo. Ele franziu as sobrancelhas e arfou, mordendo os lábios para não gritar. ─ Você tem que relaxar, Eren. ─ beijou seu rosto e os cantos da boca com suavidade. ─ Será melhor se você relaxar.
─ Fácil falar, não é você que está com uma rola de mais de 30 centímetros dentro do seu... p-puta merda, não se mexe. ─ Levi riu um pouco mais alto e desta vez Eren riu junto, se acalmando quando Levi começou acariciar seu rosto e seu cabelo.
O toque carinhoso fez com que Eren fechasse os olhos por alguns segundos e beijasse a palma da sua mão. Levi se assustou, ninguém nunca havia sido daquele jeito com ele, nem mesmo a garota que se apaixonou anos atrás, ele nunca havia visto alguém olhando para ele daquela forma. Com paixão, confiança e gratidão.
O amor que Eren sentia era como o enorme mar. Levi vivia na ilha, no meio desse mar e somente queria ficar ali, na sua segurança e longe do amor e de suas ondas agressivas. Não queria se afogar como da última vez, não queria novamente ser puxado para baixo como uma âncora, não queria aquela sensação de sufoco de novo. Porém, assim que deixou as ondas baterem em seus pés, ele percebeu que as águas eram calmas e agradáveis. Era assim que ele se sentia em relação a Eren, com ele, Levi poderia se afogar sem medo, pois sabia que não sentiria aquela sensação de sufoco. Ele se sentiria bem. Ele se sente bem.
No instante seguinte, quando Eren começou mexer o quadril devagar contra o seu, ele percebeu que o outro queria mais. As estocadas não eram rápidas, mas eram profundas e fortes o suficiente para Eren ver estrelinhas. Cada investida alcançava aquele ponto e Eren sentiu sua cabeça girar, dando voltas. Suas costas arquearam e ele agarrou os dois braços que estavam apoiados no colchão.
─ Assim está bom? ─ Levi perguntou com a voz baixa. Eren percebeu que ele fazia um esforço para não gemer e não gostou de estar em desvantagem.
Inclinando-se, ele mordeu o pescoço exposto, chupou e lambeu a região, deixando marcas por onde sua boca passava. Os gemidos roucos que Levi deixou escapar era como a mais bela melodia para seus ouvidos.
A partir daí, ambos não sentiram mais vergonha e gemiam sem nenhum arrependimento. Eren percebeu quando os olhos de Levi ficaram novamente vermelhos, talvez fosse por ele ser um demônio, mas não disse nada no momento, somente aproveitou a intensidade que aqueles olhos lhe mostravam. Era tão selvagem e apaixonante.
Levi entrelaçou seus dedos com os de Eren, segurando sua mão com carinho. Eren observou as mãos entrelaçadas e esboçou um pequeno sorriso.
O demônio aumentou o ritmo, esmurrando o ponto sensível com força. A respiração agitada alternava entre rosnados e gemidos. Eren se assustou quando sentiu um choque em sua mão e uma leve dor, o arrepiando por completo. Ele não entendeu aquela sensação de invasão e conforto em todo seu corpo, mas achou que foi coisa da sua cabeça e parou de pensar nisso.
Tremeu quando seu orgasmo veio novamente, apertando a mão de Levi e gemendo mais alto. Em seguida, Levi despejou tudo o que estava preso, pressionando o mais fundo possível, para que nada fosse desperdiçado. Depois de controlar as respirações, Levi se moveu e tirou seu membro da entrada, a visão do rastro viscoso saindo foi tentadora, porém ele desviou o olhar e procurou os olhos verdes.
Eren estava de olhos fechados e com a boca entreaberta. Suas mãos ainda estavam juntas, não queriam mais sair do aperto um do outro e Levi ficou feliz por saber que Eren pensava da mesma forma. Ele se inclinou para frente e lhe beijou. Um beijo calmo, transbordando de amor e afeto.
Ao se separarem, Eren disse baixinho:
─ Eu...te amo, Levi. Muito mesmo. ─ O demônio franziu as sobrancelhas e desviou o olhar, Eren percebeu o tom vermelho que cobriu suas bochechas e segurou o riso. Sabia como Levi era difícil em expressar seus sentimentos e ainda mais um "eu te amo", eles já haviam conversado sobre isso. ─ Não precisa me dizer, eu sei que você também sente o mesmo. Eu sei pelo jeito que você me olha.
─ Tsc, pirralho convencido.
(...)
10 anos se passaram desde daquela noite em que Eren confessou seus sentimentos e o amor que tinha por Levi. Ele ainda morava na Alemanha e não iria sair dali tão cedo, pois seu pai ficou traumatizado pelo acidente e como ele estava em uma idade já avançada, Eren não queria arriscar com o coração de Grisha.
Depois daquela noite, Levi e Eren resolveram "oficializar" o relacionamento. Grisha já conhece Levi muito bem, mesmo achando estranho suas habilidades sobrenaturais, mas como Levi sempre responde: "É somente prática."
Agora com 31 anos, Eren trabalha como professor de história em uma escolinha perto da sua casa, ele sempre achou que seu destino era ser médico, porém, ele gosta muito de crianças e de ensinar. Ele ama seu emprego e suas crianças o amam, e isso é o melhor presente que já recebeu.
Já Levi, trabalha em algumas fazendas, cuidando de animais e outras coisas que somente uma pessoa forte pode fazer. Ao contrário de Eren, ele odeia trabalhar e só o faz porque Grisha começou a achar que ele era um encosto para o seu filho.
Estava um dia ensolarado de céu azul, com um vento um pouco irritado que soprava entre as árvores, bagunçando os cabelos castanhos. Sobre cada planalto verde havia pequenas flores amarelas que era como uma noite estrelada e tranquila.
Eren sorriu observando as flores de campo que tinham perto do riacho. Ele correu até lá e se sentou na grama onde não havia tantas flores, apreciando o doce aroma que aquele lugar exalava. Ele se sentia em paz ao estar ali.
Pegou uma margarina e a colocou atrás da orelha, quando foi olhar seu reflexo na água cristalina, seu cenho franziu. Era sempre assim quando ele olhava seu reflexo, não entendia o motivo de estar na casa dos 30 e ainda com o rosto e vivacidade de uma jovem de 20 anos. Ele ─ e as pessoas que moram na redondeza ─ sempre achou estranho isso, mas seu pai havia dito que pode ser algo da genética de família. Eren acreditou, claro, não tinha muita opção além de acreditar mesmo sabendo que seu pai com 30 anos parecia que tinha 50.
Pelo reflexo, Eren percebeu que Levi estava atrás de si fazendo a mesma expressão: sobrancelhas franzidas e com uma cara de interrogação.
─ Está fazendo o que? ─ ele perguntou, ainda de pé.
─ Nada. ─ respondeu simples e sorriu. ─ Estou apenas aproveitando a vida. Não é engraçado que muitas pessoas dizem odiar a vida sendo que não aproveita ela direito? É como se fosse um jogo, as pessoas não sabem jogar e reclamam. ─ Levi o olhava ainda mais confuso. ─ Ainda mais quando se tem uma pessoa para amar, não é? ─ deu uma pausa, sorrindo e sobre aquilo que estava pensando, ele perguntou: ─ Você não acha esquisito que eu não tenha envelhecido, Levi?
─ Por que você está falando tanto? ─ Eren deu de ombros, rindo. ─ Não acho estranho.
─ Por que?
O que veio a seguir quebrou toda aquela atmosfera de calma e tranquilidade, talvez tenha quebrado até mesmo o Eren.
─ Ora, demônios costumam fazer pacto com as pessoas que amam muito, a ponto de não aguentar pensar em presenciar sua morte. Sendo assim, você viverá para sempre. ─ piscou o olho, segurando o riso ao ver o rosto chocado do outro. ─ Amo-te, Eren e espero que fique do meu lado eternamente.
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