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História Dear Captain - Jungkook (especial 1K) - III - Help - História escrita por Madsweetie - Spirit Fanfics e Histórias
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História Dear Captain - Jungkook (especial 1K) - III - Help


Escrita por: Madsweetie

Notas do Autor


❤️Se não tiver Juju enrolada com os comentários, não é história da Juliana... MAS EU VOU RESPONDER! Por favor, não desistam de mim! É que já é mais de meia-noite e revisar isso demora!

💜Muito obrigada pelo apoio de vocês inclusive, mesmo que seja uma fic pequena como essa... Eu amo vocês!

💕Boa leitura.

Capítulo 3 - III - Help


Fanfic / Fanfiction Dear Captain - Jungkook (especial 1K) - III - Help

'Um dia, quando a caça às baleias acabar; vamos nos despedir e voltar para casa"

Nathan Evans - Wellerman


EU NÃO TINHA o objetivo de ir contra os meus princípios ou de simplesmente ignorar tudo o que eles fizeram com a minha família; mas Jungkook tinha razão quanto a culpá-lo pela morte do meu pai.

A verdade é que eu me culpava pelo que aconteceu, porque eu tinha insistido para sairmos em uma expedição nada planejada para eu poder comemorar meus insignificantes dezoitos anos; e eu tenho ciência de que se não tivesse feito isso meu pai estaria comigo até hoje, me ajudando a liderar as expedições e furtando a coroa comigo. Mas eu não queria ter que lidar com isso, não queria ter que dormir me sentindo culpada e ter pesadelos dele dizendo que me amava enquanto morria por minha causa; até porque era muito mais fácil jogar a culpa total na equipe rival.

Era errado, antiético; mas que se foda. Eles também eram culpados, fora um grupo de rebeldes que naufragou nosso navio e matou o meu pai; e eu tinha certeza de que o capitão — na época, o pai de Jungkook —; tinha permitido aquilo e não tinha punido nenhum deles por ir ao extremo ao matar meu pai na minha frente.

Então sim, que se foda o que pensam de mim; eu tinha ódio de Jeon porque ele era filho do homem que destruiu minha família, eu não conseguia perdoar isso.

E eu não podia perdoar, porque se eu deixasse de culpá-lo eu iria passar todo esse peso para mim; e eu seria incapaz de suportar a dor de ser a assassina do meu próprio pai.

Foi uma surpresa para os dois Kim’s ali presentes quando eu agarrei a mão de Jeon e o puxei com tudo de volta para o navio; em seguida, eu apoiei minhas pernas na barreira de segurança que ficava nas laterais e o segurei com as duas mãos, fazendo força o suficiente para puxá-lo para cima e fazer Jeon conseguir alcançar o convés com seus pés. Quando ele finalmente conseguiu, eu o puxei com mais força até que seu corpo estivesse totalmente sobre o navio; mas fiz tanto esforço nisso que quando suas mãos escaparam das minhas meu corpo se impulsionou um pouco para trás.

Os tripulantes do navio ao lado do nosso relaxaram, mas continuaram com as armas apontadas na nossa direção; prontos para reagirem a qualquer movimento que pudesse arriscar a vida do seu capitão. Jungkook ficou jogado no convés por alguns segundos, parecendo ainda aceitar o fato de que tinha quase morrido e também recuperar o fôlego perdido por conta disso.

— Obrigado… — Murmurou, apoiando um dos cotovelos na madeira e tentando se erguer; mas eu agi mais rápido.

Puxei minha espada e avancei em sua direção, empurrando seu peito contra o chão e tocando a parte debaixo do seu queixo com a minha espada; forçando-o a continuar quieto no lugar. Me coloquei sobre o seu corpo, sentada em seu quadril, e puxei sua espada para poder jogá-la longe o suficiente para Jeon não conseguir pensar em pegá-la para poder se defender.

Como eu esperava, um de seus amigos reagiu; mas eu estava bem atenta ao que estava acontecendo, então antes de ele atirar eu me inclinei na direção de Jungkook; fazendo meu cabelo cair pelo lado esquerdo da minha cabeça e meu rosto ficar tão próximo do seu que sua respiração se encontrou com a minha boca. Ele soltou um sorriso malicioso e eu pude sentir o tiro passar por cima da minha coluna, me causando calafrios.

— Que visão maravilhosa… não quer reproduzir isso de outro jeito não?! — Provocou, cafajeste como sempre.

— Manda eles abaixarem as armas ou eu mato você na frente de todos eles. E ainda te jogo como comida para os tubarões; assim… como um bônus.

— Não vai me matar. Você ter me salvado só prova que a minha teoria estava certa.

Rosnei.

— Posso ter te salvado para não me culpar por uma morte acidental, Jungkook; mas consigo convencer facilmente meu cérebro de que eu te matei para seus amiguinhos não assassinarem nenhum dos meus tripulantes. Então, ou você manda eles abaixarem as armas, ou eu corto sua cabeça fora!

Eu conseguia ver o garoto de antes mirando em mim novamente, com certa dificuldade por conta da distância e por conta do movimento do navio, causado pela água; mas era um tiro razoavelmente fácil, a probabilidade de ele errar era tão pequena que eu estava começando a ficar com medo.

Virei a espada, pressionando a lâmina na horizontal contra o seu pescoço e empurrando com mais força; o suficiente para assustá-lo e colocar um pouco mais de pressão em sua mente, tentando forçá-lo a tomar uma decisão mais rápido.

— Agora, Jungkook!

— Abaixem as armas! — Afirmou, alto o suficiente para seus tripulantes escutarem.

Quase suspirei aliviada assim que notei eles pararem de mirar em minha direção; mas não diminuí o aperto contra o seu pescoço, apenas forcei o Jeon a voltar a me encarar. Minha expressão se tornou séria mais uma vez, e eu segurei seu rosto para ter certeza de que ele não iria tentar olhar para outro ponto — coisa que ele fazia sempre que tentava fugir de alguma pergunta ou de uma encruzilhada —.

— Que acordo?

— A gente não pode discutir isso no seu quarto, não?! Eu achei que iríamos ter um pouco de disciplina.

— Olha pra mim, Jungkook! Eu não sou como as garotinhas indefesas e delicadas que você fode; então disciplina definitivamente não é algo que eu tenho. — Respondi, irônica e irritada. — Fala logo.

— Quero te ajudar, só isso. — Respondeu, tentando respirar fundo.

— E o que você ganharia com isso?

— Uma aliança? — Propôs, inseguro.

Soltei uma risada alta, saindo de cima do seu corpo em seguida. Ainda gargalhando — tanto que eu tive que apoiar o braço na barriga —; eu movi as mãos para ele poder se levantar, e pedi um instante com a mão em seguida, para poder tentar me recuperar da crise de risos.

— Sem chance. Agora saia daqui antes que eu perca a paciência. — Respondi, séria apesar de limpar a lágrima que escorreu pelo canto do meu olho.

— Porra, Teach! Por que você tem que dificultar tanto as coisas?! Por que a gente não pode tentar uma vez, só para ver se funcionamos bem juntos?! — Insistiu, mas se levantou para poder voltar para o próprio navio.

— Ah, sim. Eu vou te ceder parcialmente o controle de tudo; aí depois você enfia uma espada no meu peito e vocês terminam o que começaram, não é?!

Foi a primeira vez que eu o vi realmente furioso, e Jungkook veio na minha direção em passos rápidos. Seus dedos compridos agarram meu rosto e o puxaram para mais perto do seu; havia fúria em seus olhos, mas também havia mágoa e insegurança. Essa era a nossa principal diferença, ele deixava seus outros sentimentos à mostra, enquanto eu sufocava os meus dentro do peito e demonstrava apenas o ódio.

— Pare de me culpar por algo que eu não fiz! Qual o sentido dessa briga idiota?!

— Briga idiota?! — Me estressei, segurando sua mão e a torcendo para o lado. — Você acha que é idiota eu ficar com raiva de uma família que me obrigou a assistir meu pai sendo morto?!

Seus olhos se arregalaram por um segundo, até que ele finalmente se deu conta do que tinha dito. O arrependimento presente nas íris escuras quase me fez recuar e aceitar o possível pedido de desculpas; mas ele tinha me ofendido absurdamente agora.

— N-não foi isso que eu quis dizer… — O soltei com brutalidade, empurrando-o para longe de mim em seguida.

— Vá embora. — Ordenei, já me virando de costas para ele e seguindo até o lado oposto do navio.

— S/n… eu não quis dar a entender que...

— Vá. Embora. — Repeti, agora pausadamente.

Era estranho pensar que aquilo tinha me magoado realmente, apesar de eu não saber ao certo o motivo disso ter acontecido. Certo, era horrível pensar na morte de papai, não tinha sido nada agradável presenciar ele se afogando e congelando; mas eu sentia que havia algo além disso, era um sentimento diferente que queimava dentro de mim.

Eu estava chateada por conta do jeito como Jungkook se dirigiu a mim? Impossível, eu nunca fiquei abalada pela forma como ele me tratava.

Talvez porque ele nunca me tratou assim.

Nós brigávamos muito, ameaçávamos e provocávamos um ao outro todos dias, sempre que a oportunidade aparecia; mas apesar dos discursos de ódio e das ameaças, Jeon nunca tinha feito desfeita da morte do meu pai antes. Na realidade, ele nunca tocou no assunto se não para se defender; nunca tratou minha mágoa como uma coisa desnecessária. Talvez seja por isso que tenha machucado.

— Pode ao menos ouvir a minha proposta? — Eu pude ouvir ele pegando a espada jogada no convés.

— Você ainda está aqui? Perdeu o medo da morte? — Perguntei de volta.

Jungkook me ignorou e se colocou ao meu lado, passando a observar o oceano ao nosso redor junto a mim. Eu não fiz nada, apesar de estar morrendo de vontade de deformar aquele rosto bonito com socos e chutes; mas também não retribuí quando Jeon passou a me encarar. Fixei meus olhos no lado oposto, concentrada nas águas azul escuro; e pude escutar um suspiro ao meu lado.

— Você tem que dividir seus tripulantes quando chegam lá. Metade rouba os percentes enquanto a outra metade fica vigiando para o caso de alguém aparecer. Com isso, você pega cerca de um terço do que poderíamos pegar juntos.

— Não seria metade? — Retruquei, virando de costas e seguindo em direção ao meu quarto.

Jungkook veio comigo.

— Não. Com mais cinco ou seis tripulantes na defesa também, eles podem lutar perfeitamente bem sozinhos enquanto nós temos mais tempo para pegar os suprimentos. Além disso, os ataques contra outras embarcações serão dez vezes mais eficientes; a chance de perdermos algum tripulante será bem menor! — Entrei no meu quarto, ele continuou me seguindo. — Só você não quer ver o quão eficiente isso seria. As dificuldades na vila iriam acabar.

— Não vou fazer um acordo contigo.

— Urgh! Como você é irritante! Por que não tentamos uma vez? Aproveitamos que eu e meus amigos estamos aqui!

— Porque eu não quero sua ajuda. — Respondi, me virando para ele em fim. — Não quero ajuda de alguém que despreza a morte do homem que salvou todos vocês.

— Eu não queria dizer aquilo!

— Mas você disse! — Rebati, o encarando de perto mais uma vez. — E veio até aqui porque você quis! Sabia que eu não iria aceitar!

— Tem razão. Perdi meu tempo vindo até aqui. — Jogou as mãos para cima, desistindo. — Devia ter percebido antes que você é só uma mimada do caralho, que usa essa rivalidade imbecil para odiar todos que iam contra os ensinos do Barba Negra. Sinto muito pelo que aconteceu com o seu pai, Teach; mas usar a morte dele como desculpa para não evoluir nunca não te torna uma pessoa melhor ou mais forte.

Ele olhou diretamente nos meus olhos. O momento me pareceu mais intenso do que provavelmente foi.

— Se continuar sendo egoísta desse jeito, não só vai destruir tudo o que seu pai criou; como vai acabar destruindo a vila inteira por não tentar acabar com essa rivalidade ridícula.

Dito isso, Jeon me deu as costas e saiu do meu quarto, provavelmente para voltar para o seu navio.


[...]


— Estão todos em posição, você também está pronta? — Jin perguntou, parando ao meu lado no convés.

Eu concordei com a cabeça uma única vez, ainda pensativa no que eu tinha escutado dias atrás. Confesso que Jungkook tinha conseguido fazer suas palavras ficarem em minha mente, e isso andava mexendo comigo desde que ele voltou para o próprio navio. Não é como se, de repente, a ideia de uma aliança começasse a me parecer realmente inteligente; mas o fato do egoísmo realmente ficou na minha cabeça.

Eu era realmente egoísta? Todos sempre diziam concordar comigo, que eu tinha motivos para guardar rancor daquela família e do grupo que fez aquilo; mas qual era a probabilidade de alguém pensar o oposto disso mas nunca me dizer, já que eu era a capitã?

— Jin… você acha que eu sou egoísta por não querer nenhum tipo de aliança? — Perguntei, me apoiando na barreira e lançando um olhar para o maior. — Pode ser sincero, não vou te expulsar do navio por isso.

Seok-jin soltou uma risada fraca.

— Acho que você tem seus motivos. Não consigo me imaginar passando pelo que você passou, presenciar a morte do próprio pai, da única pessoa que te criou; não deve ser nada fácil. — Começou, pensando um pouco antes de voltar a falar. — Não acho que é egoísmo da sua parte, você tem motivos para ter mágoa guardada; e é nítido que você se dobra ao meio para poder conseguir o melhor para o nosso grupo. Mesmo assim, eu confesso que fico me perguntando como seriam as coisas se essa rixa entre você e Jungkook chegasse ao fim. 

— Acha que eu deveria aceitar a proposta do Jungkook? — Tornei a perguntar.

— Não sei. Não sei as intenções de Jungkook e não sei como vão funcionar as divisões ou coisas assim. — Sua mão alcançou minhas costas, em um carinho um pouco torto. — Mas eu confio nas suas escolhas; assim como a tripulação inteira confia. Qualquer que seja a sua decisão, nós vamos te apoiar… capitã.

Soltei um sorriso e o abracei rapidamente antes saltar para fora do navio. Iríamos roubar as reservas de alimento e de minerais espanholas, e apesar de normalmente nós tentarmos tomar os navios em alto mar — para ainda levarmos o próprio navio, para o caso de ser necessário —; desta vez tínhamos chegado nas proximidades do continente europeu e iríamos pegar as cargas antes que ela fossem para a viagem. Se déssemos muita sorte, ninguém além dos encarregados de levar e vigiar os suprimentos iriam nos ver, e assim todos iriam acreditar que as coisas estavam perfeitamente bem — pelo menos até algum morador passar por aqui —.

Ajeitei a bandeira amarrada na minha cintura e puxei minha arma antes de acompanhar meu grupo em direção ao navio espanhol, que estava prestes a zarpar. Cinco de nós foram pela direita e outros cinco pela esquerda — porque assim as coisas ficariam mais fáceis —; e nos posicionamos com as mãos nas cordas presentes nas laterais, prontos para escalar. Contei até cinco, e lancei um olhar para meus amigos apenas para ter certeza de que eles estavam prontos; para então subir tudo e cair no convés enorme.

Girei a arma entre os dedos e apontei na direção do homem que veio até nós; atirando em sua perna antes que ele pudesse nos alcançar — e consequentemente gastando minha única munição —. A equipe que entrou pela esquerda era ordenada por Taehyung; e eles ficaram responsáveis por render todos os presentes enquanto nós pegávamos todo o conteúdo do navio.

Descemos até o convés inferior, e por sorte os espanhóis eram idiotas o suficiente para usarem escadas ao invés de cordas pelo lado de dentro; o que facilitou em dez vezes para a gente. Um trabalho em equipe se iniciou, eu e Jennie levávamos a maior quantidade de suprimentos possível até a escada, depois outra pessoa levava para o convés superior e duas outras pessoas carregavam tudo para o nosso navio. Ataques feitos tão perto das costas do continente eram mais arriscados, mas definitivamente valiam mais a pena; porque os recursos eram realmente novos — tirando o fato de que aquele perigo do mar não existia aqui —.

Focamos nos minerais primeiro. Não havia tanto ouro em barra, mas as moedas vieram aos montes; e quando eu terminei de carregar todas moedas de prata e ouro passei a procurar pelos barris de comida e até mesmo pelas munições — que era algo que nós precisávamos bastante —; quando, de repente, alguém saltou para dentro do convés inferior, causando um barulho assustadoramente alto. Agindo rápido, eu puxei minha espada e apontei em sua direção; soltando um rosnado de ódio quando reconheci a figura masculina.

Caminhei até Jungkook em passos rápidos, lhe dando um empurrão em seguida.

— Que porra você está fazendo aqui? Eu disse que não queria a sua ajuda! — Exclamei, lhe empurrando novamente.

Me pegando de surpresa, Jeon agarrou meus dois pulsos e me empurrou contra a espécie de pilastra de maneira que sustentava o navio; me encarando com raiva e determinação.

— Sou como você, me fazer mudar de ideia é algo realmente difícil. — Soltou um sorriso malicioso. — Me desculpe por ter dito aquilo tudo a você, eu estava irritado por conta do seu jeito. Não queria te ofender, de verdade. Mas agora para de ser teimosa assim, meus amigos estão aqui e vão ajudar a carregar as coisas até o seu navio.

Jungkook pedir desculpas foi um choque tão grande para mim que eu fiquei paralisada por alguns segundos.

— Como vocês….? — Ele soltou uma risada, parecendo entender o que eu queria dizer mesmo que eu não tivesse terminado.

— Viemos em um barco pequeno e mantivemos distância. Vocês não nos veriam nem se suspeitassem que estávamos atrás. — Se afastou, mantendo uma distância segura do meu corpo. — Vamos nos dividir. Seis pegam as comidas e seis pegam as munições; vamos acabar logo com isso.

Eu concordei com a cabeça, porque já que ele estava aqui não faria mal algum  aceitar sua ajuda; e disparei até onde os suprimentos ficavam em seguida. Quanto antes acabássemos esse saque, mais rápidos poderíamos voltar para casa; e era apenas isso que importava neste momento. Por um momento, nossa rivalidade fugiu da minha mente, e a ajuda de Jeon fora realmente eficiente, porque enquanto ele coletava a maior quantidade de balas,  eu Jennie puxamos até as escadas o máximo de comida que conseguimos.

Demorei para perceber que a comida era, na verdade, apenas para a viagem — talvez um pouco mais do que o necessário para uma viagem —; e que esse navio era, na realidade, para carregar os minerais que seriam levados até as colônias. Saqueamos o navio inteiro, sem deixar nada trás; e quando terminamos subimos correndo para o convés superior novamente, felizes por tudo ter dado certo e pela quantidade de itens pegos.

Verificamos se não havia ninguém ao redor, mas eu percebi que Taehyung tinha sido eficiente em pegar qualquer um que passasse por ali — para não correr o risco de alguém acabar nos entregando —; e quando eu cheguei no quarto de quem seria o “capitão” daquele navio, encontrei umas doze pessoas amarradas e sentadas no chão.

— Vamos, Tae. Terminamos por aqui. — O chamei, sorrindo animadamente. Ele concordou, e lançou um sorriso debochado para todos os presentes antes de caminhar comigo para fora daquele navio.

Saltamos para o lado de fora e voltamos para perto da nossa embarcação comemorando. Era o primeiro saque feito perto do continente que dava tão certo: ninguém morto ou ferido e uma quantidade absurda de suprimentos. Era realmente um motivo gigantesco para uma comemoração que durasse um dia inteiro.

— Nos vemos na vila. — Jungkook disse, sorrindo e guardando as armas.

Soltei um suspiro.

— Você tem razão; funcionamos bem juntos. Mas isso não quer dizer que eu aceitei sua proposta. — Afirmei, tirando qualquer esperança dele. Eu ainda não sabia se conseguiria fazer isso. — Nos ajudou hoje, e quando chegarmos na vila tudo será repartido igualmente; mas isso também não quer dizer que nos tornamos melhores amigos.

— Bem, não ser um inimigo seu já me parece bom. — Revirei os olhos ao ver seu sorriso cafajeste.

— Vem logo, antes que mude de ideia. — O chamei com a mão também, indo em direção ao meu navio em seguida. Escalei até chegar no convés, me sentando ali e encarando o garoto; que ainda estava parado no lugar. — Você não vem?

Jeon pareceu acordar para a realidade de repente, e deu a ordem para os seus amigos irem no pequeno navio enquanto ele e mais um vieram conosco; os ajudei a subir enquanto meus tripulantes abriam as velas para podermos voltar para a viagem. Estendi minha mão para o seu amigo primeiro, puxando-o para o lado de dentro antes de fazer o mesmo com Jungkook; afirmando para todos os meus amigos que eles estavam em paz e não iriam machucar ninguém.

Pude ver os guardas reais se aproximando do navio — provavelmente alguém tinha visto e corrido para contar, mas não chegou a tempo —; e eu acenei de forma exagerada antes de puxar a bandeira do meu quadril e balançá-la freneticamente, chamando a atenção. Eu vi arco-flechas e armas, mas antes que qualquer um deles pudesse fazer algo, Hoseok usou o canhão para acertar o navio e a área onde eles estavam; assustando todos os que estavam ali.

Gargalhei, me sentindo viva novamente.

— Leve o fato de eu ter deixado todos os suprimentos aqui como um voto de confiança. — Jungkook comentou, com os braços atrás das costas enquanto se aproximava de mim.

Pendurei a bandeira no meu corpo enquanto dava risada dele.

— Esse ataque era meu, Jungkook. — Respondi, ainda rindo. — Mas eu vou aceitar porque você realmente nos ajudou. Obrigada.

Jeon me lançou um sorriso, e me encarou curioso quando eu segurei uma das cordas soltas das velas e usei de apoio para me lançar para o lado de fora do navio; sentindo vento bater contra o meu rosto e me causar os calafrios que eu adorava.

Segurei a corda com firmeza e deixei meus pés apoiados na parte de madeira que ficava do lado de fora da barra de proteção; sorrindo enquanto abria o outro braço, podendo finalmente aproveitar daquela viagem conturbada.

Sinto sua falta, pai. — Sorri, puxando um pouco mais o objeto.

Pude ver Jeon procurar uma outra corda solta e me imitar, ficando parado do lado de fora da barreira de segurança, bem atrás de mim. Mesmo que o vento fosse bem forte, ele estava tão perto do meu corpo que eu pude sentir perfeitamente bem quando seu hálito quente se encontrou com a parte exposta do meu pescoço.

— Gosta de aventuras, não é?! — Perguntou, com um tom de voz provocativo. — Eu também, Teach.

Dei risada.

— Você não tem medo da morte mesmo.

Foi a vez de Jungkook rir, perto demais do meu ouvido. Seu ato me fez arrepiar, mas eu tentei disfarçar.

— Gosto de te ver irritada, Teach; é divertido. — Virei meu rosto, passando a encará-lo. — Mas nós podemos fazer coisas bem mais divertidas do que brigar, hun?! — Propôs, sugestivo.

Dei um sorriso maldoso, aproximando minha boca da sua em seguida; tão perto que seus lábios roçaram nos meus e me causaram calafrios. Jeon chegou a fechar os olhos, já entregue; quando eu soltei uma risada contra a sua boca.

sonhando, Jeon.

— Você ainda vai ser minha, vai ver…

Gargalhei, saltando para o convés novamente.


— Nos seus melhores sonhos, Jungkook!


Notas Finais


❤️O Jungkook provocando ela é tão bom de se escrever kakakakaksks (só não supera eles em WTTA)
Será que finalmente rola uma amizade (ou mais do que isso), hun?! Rezem pra isso!

💜Vou responder os comentários amanhã, posso demorar, mas eu respondo! Tenho que parar de ser tão enrolada com isso...

🖤No próximo capítulo eles se aproximam ainda mais, viva!

Xoxo, Juju💕


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