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História (Des)Encontros - Para você eu sou apenas Jongin - História escrita por HANA_NIM - Spirit Fanfics e Histórias
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História (Des)Encontros - Para você eu sou apenas Jongin


Escrita por: HANA_NIM

Notas do Autor


Feliz ano novo, moçada! Mais um ano se encerrando e eu venho fechá-lo com uma fic que há dois anos novos eu venho planejando postar. Haha

Esse ano foi bem hard e cheio de mudanças em todos os sentidos, mas se tem algo que me orgulho é o jeito como minha escrita rendeu esse ano e minhas fics evoluíram para, bem, o que é hoje em dia.

Espero que vocês gostem tanto da fic como eu gosto desse plot. <3 (é minha primeira mpreg, eita)(e ah, ela é longfic também, vai ter em torno de 12 capítulos)

Aliás, esse capítulo está escrito de forma não linear porque achei que ia ficar menos cansativo e clichê, então ele não está organizado em passagens de tempo linear e ah, leiam que vocês vão entender.

E ah, obrigada @centric pela capa linda, tu arrasa demais, mana. <3

Feliz ano novo, juízo e boa leitura!

Capítulo 1 - Para você eu sou apenas Jongin


 

 

 

31 de Dezembro de 2014

 

A temperatura estava congelante naquela noite de ano novo na capital sul coreana, porém Kyungsoo não sentia os efeitos do inverno rigoroso quando seu corpo suava sob os toques firmes das mãos fortes que tocavam sua pele com tanto atrevimento e confiança. Respirar se parecia uma tarefa muito difícil quando os beijos úmidos depositados em seu pescoço lhe roubavam o fôlego e a linha dos pensamentos. 

Com certeza não estava em sua mente certa.

Do Kyungsoo em seu estado normal não agiria daquela maneira, tão inconsequente. Contudo, enquanto tinha aquele quase desconhecido o tocando em todos os pontos certos e o beijando daquela maneira irresistível, estar se agarrando com ele no elevador sob a mira das câmeras de segurança não se parecia com um ato assim tão irresponsável. 

Kyungsoo estava muito quente, e as mãos que o tocavam debaixo de sua camisa deslizavam com facilidade em sua pele já orvalhada de suor em uma reação natural de seu corpo aos toques do moreno que o tocava com uma invejável habilidade.

A boca dele, de lábios fartos, macios, estavam por toda a parte. Em seu pescoço, na clavícula, no rosto, em sua boca. 

E Do Kyungsoo nem mesmo queria saber se o fato de todo o seu equilíbrio ter lhe abandonado e ter de se apoiar inteiramente no corpo forte e mais alto que o prensava contra a parede do elevador era devido a todo o álcool que havia ingerido até então ou a toda aquela excitação latente que corria em suas veias. Provavelmente uma mistura dos dois.

E era inevitável ficar daquela maneira. 

Porque Kyungsoo já sentia seu membro duro apenas com aquelas carícias, e não conseguia entender como um simples beijo conseguira deixá-lo excitado tão rápido. 

Entretanto, bastou o moreno dar uma pausa no beijo profundo e encarar-lhe por alguns milésimos de segundos que Kyungsoo compreendeu. 

Jongin. Aquele era o nome do bonito desconhecido.

E bastava olhar dentro de seus olhos castanhos amendoados para saber que seu atual estado não era uma coincidência do acaso ou um efeito do álcool em seu corpo desregulando seu sistema nervoso. Aquele era o efeito de Jongin e todas as intenções perversas contidas em seu olhar escuro de pupilas dilatadas em puro desejo. 

E ainda tinham aqueles lábios de pura tentação. O queixo anguloso. A pele quente, bronzeada. Aquele sorriso de lado que ele abria como se pudesse ler seus pensamentos através de seu olhar fixo. 

E Kyungsoo realmente sentia-se nu perante seus olhos. Não que a ideia de realmente se ver despido perante o moreno lhe fosse de todo desagradável.

Na verdade, era exatamente aquela sua intenção ao dirigir-se tão urgentemente para o andar do quarto na qual Jongin estava hospedado. Realizar cada uma daquelas obscenidades silenciosamente prometidas e encerradas nos olhos escuros que o fitavam com tanta fome. 

Recuperar o fôlego curto já estava difícil, mas se mostrou uma tarefa impossível quando o moreno, tentado a terminar com qualquer parcela de sanidade que ainda lhe restava, escorregou uma das palmas até o volume nada discreto entre suas pernas fazendo sua voz soar sôfrega em um gemido estrangulado que ecoou pelo cubículo metálico. 

– Você já está tão duro... – ele constatou com a voz grave causando arrepios no mais baixo. 

Pelo modo como o sorriso que pairava nos olhos do moreno se alargou, o menor soube como ele ficou satisfeito com sua reação que não poderia ser outra. Não quando ele fez questão de colar o corpo contra o seu, ainda massageando sua ereção daquele modo precário, e recostando o próprio quadril contra sua coxa, fazendo-lhe sentir o próprio volume duro, respirando forte contra sua pele. 

Aquela era a forma dele dizer que também estava excitado. Por sua causa. 

E quando a campainha do elevador tocou anunciando que haviam chegado ao andar selecionado um sentimento de alívio junto de ansiedade se apossaram de Kyungsoo. Alívio por terem chegado ao seu destino e ansiedade por finalmente poder fazer cada uma daquelas coisas que a excitação em suas veias o comandava a fazer com aquele moreno tentador. 

E Jongin pareceu ter lido sua mente, puxando-o para fora do elevador com pressa, sem se preocupar em encontrar alguém pelos corredores, voltando a colar a boca na sua com urgência, as mãos voltando a se cravar em seu quadril e os passos trôpegos e cegos os conduzindo até seu quarto. 

Se lhe perguntassem, Kyungsoo não saberia responder qual o trajeto até ali, afinal a boca macia sobre sua e a língua habilidosa que se entrelaçava com a sua se pareciam muito mais interessantes. 

Foi contra a porta do quarto de Jongin que Kyungsoo sentiu-se perto do ápice pela primeira vez, com o quadril dele colado com o seu novamente, em uma fricção lenta de vai e vem, de movimentos lúdicos e que deixavam pouco para sua imaginação. Porra, ele estava quase gozando só com aquilo.

– Jongin... – chamou no que mais se pareceu um gemido. 

– Hm – ele respondeu de volta. Marcar seu pescoço com mordidas, aparentemente era mais interessante do que buscar pela chave do próprio quarto. 

– A chave – lembrou com a respiração entrecortada, mais perto demais do ápice do que gostaria. 

Jongin pareceu acordar de seu transe momentâneo e separou-se de si para buscar o cartão no bolso traseiro para abrir a porta do quarto, não fazendo cerimônias antes de empurrar o mais baixo para dentro e voltar a buscar pelos lábios dele ao fechar a porta atrás de si com um baque alto. 

E agora eram apenas os dois. Sem câmeras de segurança, sem ameaças de interrupção, sem empecilhos de realizarem aquilo que os corpos de ambos clamavam. Um pelo outro.

 

 

***

 

 

– Baekhyun, eu já te falei que não estou com disposição nenhuma de sair de casa hoje – Kyungsoo argumentou com enfado para o amigo que já começava a lhe irritar com aquele mesmo convite insistente.

– A questão não é estar disposto ou não, você vai sair da sua toca hoje nem que seja a força, Do Kyungsoo – o baixinho de cabelos castanhos rebateu com real irritação.

Odiava ver Kyungsoo naquele desânimo que ele demonstrava há meses e o pior, não fazia nada para mudar o próprio estado de espírito. E era exatamente por isso que insistia tanto para ele lhe acompanhar naquela de festa virada de ano. 

Tudo bem, Baekhyun entendia que superar o término de um namoro de cinco anos era algo complicado e demandava tempo, contudo, Kyungsoo não parecia tomar nenhuma atitude para superar aquele ex-namorado playboy e pilantra que havia lhe dado um pé na bunda. 

Do Kyungsoo era melhor do que aquilo e Joonmyeon sequer merecia que ele ficasse se remoendo por um relacionamento que, na opinião de Baekhyun, havia durado até mais do que deveria. 

– Eu já disse que não vou. Para começo de conversa quem gosta desse tipo de festa é você – Kyungsoo falou com sinceridade. 

A verdade é que realmente havia passado tanto tempo comprometido em um relacionamento morno que nem sabia mais como era frequentar uma festa ou sequer como era a sensação de divertir-se realmente. 

Tanto tempo se privando das coisas, trocando um happy hour por um filme com o namorado, uma balada por um jantar, e como Joonmyeon lhe recompensava? Com um término e uma declaração de que no final "não havia se esforçava para fazer as coisas darem certo". 

– Ah não! Você não vai passar a noite de ano novo se remoendo por aquele babaca, mas não vai mesmo! – Baekhyun exclamou.– O tempo perdido não volta mais, mas eu não vou deixar você desperdiçar nem mais um minuto da sua vida por causa dele. Vamos, levanta dessa droga de sofá agora!

E o pior era que... No final Baekhyun estava certo. 

Os anos que havia passado levando com a barriga um relacionamento que fracassara não podiam ser recuperados, entretanto aquilo não significava que ainda não tinha um futuro pela frente. Um para fazer tudo totalmente diferente do que fizera até então. 

Seu ânimo naquele dia de 31 de Dezembro era o pior possível, acabara de passar pelo primeiro natal solteiro em anos e a sensação não fora exatamente a melhor, no entanto, já estava na hora de mudar aquela situação. 

– Você tem certeza? – Kyungsoo quis se certificar, levantando do sofá sem confiança alguma.– Eu vou ser uma péssima companhia pra você. 

Baekhyun, contudo, animou-se com o primeiro ato de coragem que ele em mostrava em semanas. 

– É claro que tenho certeza! Um pouco de vodka no sangue e você volta a ser o melhor amigo que eu conheço, – brincou.– Agora vamos tentar disfarçar essa sua cara horrorosa de enterro e se tivermos sorte você pode arranjar até uma foda de ano novo, – zombou, empurrando o mais novo em direção ao quarto.

E quando Kyungsoo riu em escárnio da piada do amigo ele sequer podia imaginar o quanto aquelas palavras estavam certas. 

 

 

***

 

 

As luzes sequer foram acesas no processo, os dois entraram de forma atrapalhada no cômodo iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela panorâmica do quarto e abajures ao lado da cama, e aquilo se parecia o suficiente para lhes guiar, uma vez que as pálpebras pareciam pesadas demais para serem abertas em primeiro lugar. 

De olhos fechados e com seus lábios colados, era daquela maneira que a exploração se dava e a única maneira que desejavam que fosse. 

Mas ali, por trás da porta fechada eles não tinham mais de se conter e as mãos de Kyungsoo se dirigiram certeiras para a camisa branca que recobria o tronco do moreno que lhe roubava o fôlego e a sanidade com seus beijos úmidos descendo pela extensão de seu pescoço. Um arrepio subiu pela espinha do mais alto ao sentir as unhas curtas de Kyungsoo deslizando pela extensão de suas costas, lentamente, de cima a baixo, e aquela reação natural de seu corpo não podia ser mais positiva. 

Separar-se de Kyungsoo foi quase um sacrilégio, mas ainda sim Jongin o fez, distanciando-se do corpo mais baixo apenas por alguns centímetros, mantendo, entretanto, contato visual a todo instante, não querendo perder nada, nenhuma reação ou expressão do outro enquanto dirigia os dedos de forma apressada até os botões de sua camisa, retirando-os com rapidez e livrando-se do tecido com agilidade. 

E o corpo exposto do moreno não podia ser mais delicioso. 
Kyungsoo pouco se importou se cada uma de suas expressões lhe denunciavam e não fez questão de esconder a luxúria presente em seu olhar ao fitar do corpo do moreno descaradamente, comprovando aquilo que já desconfiava desde quando botara os olhos sobre ele. Que ele era gostoso pra caralho. 

E Jongin sorriu com satisfação entre o beijo que voltou a trocar com o mais baixo, gostando da forma meio desesperada que as mãos dele deslizavam por seu tronco desnudo, querendo tocá-lo por completo, deixando para trás uma trilha ardente e de arrepios com seu toque bruto do jeito certo. E com o moreno não era diferente. 

O corpo mais baixo era todo proporcional, perfeito em cada medida, com aquela pele alva e lisa se parecendo o encaixe perfeito para suas mãos que não tinham um rumo certo naquele corpo tão sensível. Cada toque, na nuca, na cintura, nos quadris, lhe rendiam ofegos e gemidos mal contidos pelo beijo. 

A cama era seu destino, porém antes Jongin queria mais. Aqueles toques limitados pelo tecido das roupas que cobriam o corpo curvilíneo do mais baixo não pareciam o suficiente e eram um incômodo que queria se livrar o mais rápido possível. Desde quando colocara os olhos sob aquele baixinho de olhos lindos e lábios irresistíveis, para ser mais exato. 

– Tira isso – falou para o menor, sinalizando pela camisa que ele ainda trajava.– Eu quero te ver também. 

E Kyungsoo não precisou ouvir mais nada para obedecer o moreno de lábios tão macios e que o beijava tão fodidamente bem. Afastar seus lábios dos dele não eram uma alternativa, entretanto, enquanto ainda se ocupava com a língua atrevida dele se brincando com a sua, suas mãos tratavam de arrancar com pressa cada botão de sua casa, algo que nunca lhe pareceu tão inconveniente antes. As mãos de Jongin tentavam o ajudar de alguma maneira, e a forma como as mãos acabavam se esbarrando no ato acabava mais dificultando do que facilitando o processo. 

Porém, quando finalmente se viu livre daquela peça o sentimento que lhe tomou foi de quase alívio e uma satisfação que fez sua excitação arder e queimar nas veias ao sentir a pele de Jongin contra a sua, quente e suada, denunciando a necessidade dele que transparecia ser tão grande quanto à sua. 

A cama estava a alguns passos de distância, mas, de repente, estar com o corpo de Jongin o prensando na parede novamente se pareceu mais interessante do que procurar uma superfície macia. Pele com pele, boca com boca, os quadris se roçando, tudo aquilo lhes tirava o raciocínio e buscava atender o lado urgente do alívio que seus corpos clamavam. E quando Kyungsoo tinha as mãos grandes de Jongin o provocando e o tocando com tanta habilidade, agarrando seu quadril com força, uma parede fria se parecia com o lugar mais confortável que conseguia imaginar. 

– Você não entendeu – Jongin cortou sua linha de pensamentos, contudo, separando-se de seu corpo mais uma vez.– Tira tudo. Eu quero te ver por completo, Kyungsoo.

E então o moreno sentou-se na beirada da cama, com os olhos inquisitivos e pesados sobre o mais baixo com seu desejo estampado nos olhos escuros. 

Jongin não estava nem mesmo o tocando e Kyungsoo sentiu um arrepio correr por sua espinha, tanto por aquelas palavras quanto pelo olhar pesado sobre si. 

Um frio na barriga de ansiedade se fez presente, nunca havia se despido daquele jeito, quase um strip tease, nem mesmo na frente de Joonmyeon depois de anos de relacionamento, mas estranhamente não se sentia tão tímido assim de fazer aquilo na frente daquele moreno gostoso que não escondia seu agrado, muito menos sua excitação com a cena à sua frente. 

Talvez Kyungsoo tivesse finalmente cedido à loucura e esquecido completamente de seus próprios princípios, porque quando retirou o resto da peças de roupa que cobriam seu corpo, incluindo aquela calça branca apertada infame que Baekhyun o havia emprestado, ver-se nu e excitado em frente à um quase estranho não o intimidou, mas sim excitou-o ainda mais, se é que aquilo era possível. 

Kyungsoo gostou do olhar de admiração de Jongin sobre seu corpo e em como ele desceu analítico por cada parte agora desnuda com satisfação, não perdendo a forma como o moreno mordeu o lábio inferior durante sua rápida observação. Aquilo foi como uma massagem em seu ego. E o mais baixo não conseguiu se segurar ao caminhar até o moreno e sentar-se sobre seu colo de forma quase felina, com cada coxa grossa de um lado de seu quadril. 

– Porra – o moreno xingou, dirigindo as mãos até as coxas roliças no mesmo instante, fartando os dedos na carne farta e muito provavelmente deixando a marca de seus dígitos ali na pele alva. 

– É como você imaginava? – Kyungsoo provocou, louco, ébrio pela própria excitação. 

– É muito melhor – confessou Jongin, maravilhado com aquele lado do rapaz sobre seu colo. 

– Tira tudo, então – Kyungsoo o parafraseou.– Eu quero ver se posso dizer o mesmo sobre você. 

 

 

***

 

 

Kyungsoo já havia percebido, lógico. 

Havia passado séculos sem frequentar uma festa naquele estilo, barulhenta e abarrotada de gente, mas tinha de admitir o bom gosto de Baekhyun. Aquela boate ficava em um dos hotéis mais caros da cidade e deveria imaginar que o amigo não iria querer passar a virada do ano de alguma outra maneira do que em um ambiente luxuoso e, principalmente, em uma companhia diferente do que os chabeols ricos que ali se faziam presente. 

No final das contas acompanhá-lo havia sido uma boa decisão, mesmo que Baekhyun tenha sumido misteriosamente – o que não era tão surpreendentemente assim – nos primeiros minutos, pelo menos tinha um open bar e bebidas caras que depois não cairiam na fatura de seu cartão à sua disposição.

Entretanto, logo outra coisa captou a atenção de Kyungsoo além da bebida forte em seu copo. Mais exatamente, alguém.

Do outro lado do bar, em meio às sombras, alguém não parava de lhe fitar desde que se sentara ali e, de repente, Kyungsoo não tinha vontade de se retirar dali. Dançar na pista de dança abarrotada de gente não era exatamente uma opção tão atraente enquanto podia se manter naquele flerte silencioso com aquele estranho pouco discreto. 

Kyungsoo conseguia sentir o olhar pesado do estranho em si, fixo, como se ele quisesse realmente lhe chamar atenção, contudo, o que lhe incomodava era como não conseguia ter uma visão clara das feições do tal desconhecido. 

Problema esse que foi solucionado assim que virou-se no balcão para pedir uma nova bebida. 

– Eu percebi que você está sozinho, – uma voz rouca e aveludada falou ao pé de seu ouvido, lhe surpreendendo.– Mas sabe, ninguém deveria passar esse tipo de data sozinho. 

Um sorriso de lado se delineou nos lábios de Kyungsoo ao ouvir aquelas palavras. Não precisava realmente se virar para saber de quem se tratava, mas ainda sim virou-se, apenas para tirar a prova e solucionar a curiosidade que havia lhe ocorrido ao ter um olhar tão fixo sobre si. 

E Kyungsoo não podia ficar mais impressionado.

Ao virar-se para fitar o desconhecido ao seu lado, sentiu-se instantaneamente atraído. Cada um dos traços do rosto tão perto do seu do rapaz que era mais alto que a si pareciam ter sido caprichosamente esculpidos. Desde os olhos pequenos e amendoados, intensos, até a boca carnuda e o maxilar bem definido. E o sorriso de lado que ele abriu então, porra, Kyungsoo sentiu-se momentaneamente com as pernas fracas. 

Aquele cara gostoso estava mesmo flertando descaradamente consigo?

– Você também não parece tão acompanhado, – respondeu de volta com um tom brincalhão. Seus olhos não conseguiam se desviar do olhar fixo do desconhecido galanteador a seu lado. 

– Mas eu poderia estar – foi a resposta do desconhecido. O sorriso de lado, estonteante, ainda estava lá, em riste, brincando com a sanidade de Kyungsoo.  

– E por que não está? – Kyungsoo se viu tentado a perguntar, tomando um gole da bebida forte em mãos apenas para dissolver o frio na barriga que se instalou assim que percebeu as reais intenções daquele desconhecido. 

O olhar dele se dirigindo tão descaradamente até seus lábios não deixava margem para dúvidas. 

E Kyungsoo percebeu que também queria aquilo. 

– Você ainda não aceitou me fazer companhia – o até então desconhecido rebateu. 

Oh. 

– Você é sempre assim tão direto? – Kyungsoo perguntou. Não que aquela característica o incomodasse ao todo. 

Na verdade, havia acabado de descobrir que gostava daquilo. 

– Só com caras tão bonitos quanto você – foi a resposta da vez do outro e o sorriso no rosto de Kyungsoo se alargou. 

Definitivamente gostava de sua sinceridade. 

– Direto e galanteador – observou. 

– E você gosta? – ele quis saber. 

E havia algo a respeito dele que atraía Kyungsoo de uma forma louca. 

Se dissessem ao mais baixo algumas horas antes que ele estaria flertando descaradamente com um desconhecido bonito no bar de uma boate ele não acreditaria, entretanto, ali estava ele considerando seriamente as investidas daquele rapaz de sorriso bonito e olhar penetrante. 

Talvez fosse algo a respeito de sua aura confiante ou as palavras diretas, ou ainda aquele rosto digno de uma capa de revista, mas Kyungsoo não se via introvertido ou constrangido ao todo com aquele tipo de situação apesar de sua falta de costume. Ficara preso no mesmo relacionamento tempo demais, mas, aparentemente, sua capacidade de flerte estava intacta. 

– Eu acho que sim – falou, sentindo-se momentaneamente mais confiante do que havia sentido-se em meses. 

– Eu posso saber o seu nome? – perguntou o desconhecido, inclinando-se em sua direção de forma quase imperceptível, quebrando a distância.

– Kyungsoo, Do Kyungsoo – o mais baixo apresentou-se. 

– Eu posso te beijar, Do Kyungsoo? – o desconhecido perguntou. Mais direto impossível. 

E em seu interior Kyungsoo descobriu que sim, que aquele desconhecido tinha toda a autorização de quebrar a distância e colar os lábios carnudos nos seus. 

– Eu ainda não sei seu nome – lembrou, apesar da forma como apoiou uma mão no cotovelo do mais alto denunciar sua resposta positiva. 

– Kim Jongin – foi a vez dele se apresentar, terminando de diminuir a distância, não colando seus lábios por poucos milímetros. 

– Eu odeio seu sobrenome – Kyungsoo não conseguiu não observar, fazendo uma careta inconsciente que se desfez assim que sentiu uma das mãos do mais alto pousando em sua cintura. Lhe mostrando que, definitivamente, aquilo não era momento para pensar no seu ex. 

– Não tem problema – ele o respondeu.– Para você eu sou apenas Jongin, então. 

E a forma como ele colou a boca sobre a sua calou qualquer outro pensamento bobo que pudesse lhe distrair naquele instante. 

 

 

***

 

 

Kyungsoo não conseguiu envergonhar-se do gemido que escapou dos seus lábios ao ter uma visão tão privilegiada quanto à sua naquele momento. Jongin ainda conseguia lhe surpreender positivamente de outras maneiras. 

Ele havia realmente ouvido seu pedido e se despido perante seus olhos, estes que o devoravam sem qualquer pudor, e não havia nenhum sinal de constrangimento também a respeito dos atos do moreno que despiu seu corpo que possuía um bonito tom bronzeado e uma definição de músculos sutis na frente de Kyungsoo com uma lentidão apreciada e ao mesmo tempo agonizante. Ele parecia gostar de provocar e Kyungsoo descobriu que gostava de ser provocado. 

O que se pareceu com nada quando o moreno voltou para cima da cama com o mesmo olhar pecaminoso de antes e tocou seu membro ereto pela primeira vez, arrancando de Kyungsoo um gemido muito mais manhoso e necessitado do que ele gostaria de soar. O toque do moreno era firme e exigente e o mais baixo não poderia querer que fosse de outra maneira. Fazia muito tempo que não era tocado tão intimamente e talvez fosse por esse motivo que Kyungsoo se sentia especialmente sensível. 

Como um predador o moreno pairava acima do seu corpo, trajando no olhar as intenções mais perversas que ele tinha em mente. E Kyungsoo voltou a gemer. Dessa vez com todos os motivos do mundo. 

Um deles era a boca do moreno que deslizava por seu pescoço em mordidas fracas, outro era a masturbação lenta em seu membro excitado e o derradeiro era o corpo quente e definido dele contra o seu, lhe passando calor e fazendo aumentar aquela sensação de combustão que o tomava de dentro para fora. Sentir o membro duro dele em sua coxa só tornava tudo um pouco mais intenso, lhe dando a certeza que ele sentia toda aquela confusão de sensações na mesma intensidade. 

Sua mente estava nublada, porém nela estava em destaque um pensamento muito claro, uma vontade que tomou conta de todos os sentidos de Kyungsoo. 

Jongin estava o fazendo se sentir tão bem, o menor queria retribuí-lo de alguma maneira. Da melhor maneira que conhecia, na verdade.

– Eu quero chupar você – Kyungsoo falou desavergonhado e com a mente tomada de pensamentos malucos. 

E Jongin sentiu-se arrepiar tanto pelo conteúdo daquele pedido quanto pelo gemido contido no tom de voz do outro. Algo entre manhoso e leviano. E não era como se o moreno fosse negar um pedido daqueles. Aquela boca de lábios fartos e avermelhados parecia perfeitamente fodível. 

Quando afastou-se do corpo menor, curvilíneo e excitado foi apenas para se acomodar melhor sobre a cama, sem fazer questão esconder a ansiedade em seu olhar sobre os próximos atos de Kyungsoo. 

E Kyungsoo sentia-se fora de si. Quase como um observador fora de cena assistindo a seu próprio corpo se movimentar sem qualquer controle e sentido lógico. Não fazia sentido sentir-se tão excitado e tão ansioso para sentir o membro duro de Jongin entre seus lábios, contudo, Kyungsoo não procurava sentido naquela situação ao todo. 

E quando deixou seus lábios deslizarem pela primeira vez na glande completamente úmida, o fez de forma quase tímida, apenas testando o território, se reacostumando com a sensação, deixando a ponta da língua experimentar o gosto dele, deslizando de forma brincalhona por aquela área que sabia ser tão sensível e gostando do modo urgente como Jongin agarrou os seus cabelos enquanto mantinha contato visual consigo todo o tempo. Percebera gostar do olhar firme dele sobre si, principalmente quando ele o olhava com aquele brilho de desejo tão visível nas pupilas dilatadas. 

O sabor agridoce tomou conta de seu paladar e instantaneamente Kyungsoo soube que queria mais daquilo. 

Era completamente louco como o olhar ansioso de Jongin apenas o induzia a querer mais, dos seus ofegos, da extensão dele preenchendo sua boca. O menor nunca se considerara um expert em sexo oral ou sequer pensara muito a respeito daquele ato que poderia ser muito desconfortável para quem o realizava, e que costumava fazer de forma quase automática no ex-namorado, contudo, ali com Jongin, Kyungsoo quis fazer diferente. Havia algo a respeito do moreno que o fazia querer dar o melhor de si. O próprio membro duro entre seus dígitos, pulsando entre seus lábios e endurecendo ainda mais contra sua língua era a maior daquelas razões. 

A sensação de saber que excitara alguém a ponto de deixá-lo duro daquela maneira era satisfatória do modo mais perverso que conhecia. 

E foi com esse pensamento em mente que o mais baixo deslizou seus lábios com propriedade sobre a ereção do moreno, deixando sua língua acariciar toda a extensão e delinear as pequenas veias de seu comprimento, sentindo aquele pulsar característico se acentuar conforme foi aumentando a intensidade do vai e vem dos seus lábios. Para cima e para baixo, fazendo questão de deixar sua saliva lambuzar bem toda a extensão e ajudar a facilitar tal ato, causando um barulho característico e vulgar, estalado, que ecoava por todo o ambiente. 
Jongin não tirava os olhos de si em momento algum e parecia hipnotizante para Kyungsoo como também não conseguia tirar os olhos dele. E ainda tinham os gemidos roucos que vez ou outra ele deixava escapar por entre os lábios grossos entreabertos e ofegantes. 

Porra, aquela era uma visão deliciosa. O moreno completamente à sua mercê enquanto o chupava com vigor, observando cada uma de suas reações, desde as mordidas no lábio inferior, o franzir ocasional de sobrancelhas ou o subir e descer desritmado de seu peito por causa da respiração acelerada. 

Gostoso pra caralho. Aquela era a única definição para aquele moreno que o guiava com quase delicadeza naquele ato, com uma das mãos bem presa entre seus fios o apoiando naquele vai e vem intenso sobre seu membro completamente úmido àquela altura, às vezes arriscando movimentos com seu quadril, literalmente fodendo a boca que o acomodava tão bem. 

O maxilar de Kyungsoo já começava a latejar pelo esforço, entretanto, ele não se importaria de continuar com seus atos até ter Jongin gozando em sua boca, no entanto, aqueles não eram os planos do moreno em primeiro lugar. 

Com o mesmo toque firme o moreno puxou seus fios de forma quase autoritária, sinalizando a Kyungsoo que estava chegando a seu ápice. Foi uma pena quebrar o contato tão sincronizado que mantinha até então? Com certeza, entretanto, quando a boca de Jongin voltou a procurar pela sua e a língua dele entrelaçou-se com a sua novamente, faminta e exigente, o menor percebeu que talvez ele tivesse planos melhores para si.

As mãos fortes do moreno o tocavam com habilidade, quase como se ele já possuísse um mapa com seus pontos mais sensíveis de antemão, o puxando para seu colo e acabando com qualquer distância incômoda que pudesse haver entre seus corpos. E então era pele contra pele, com as ereções pressionadas entre seus abdomens  e as mãos buscando descontar um no outro toda a descarga de tesão e adrenalina que os tomavam internamente. 

Kyungsoo sentia-se perto de explodir novamente, sentindo seu orgasmo ridiculamente perto apenas com aqueles toques superficiais e os beijos de Jongin. Rebolar em seu colo em busca de mais daquele contato sutil não era nem de perto o que mais precisava naquele momento. Precisava de mais, muito mais. 

E o moreno pareceu ler nas entrelinhas e entender sua linguagem corporal, separando o beijo úmido apenas para conceder aquele que parecia ser o desejo de Kyungsoo, levando três dedos até a própria boca, os sugando de forma completamente erótica e insinuante, sob o olhar quase descrente do menor excitado em seu colo. 

Porra, aquele cara não poderia ser um pouco menos provocador? Aquilo faria bem para a sanidade de Kyungsoo que, naquele instante, não se fazia mais presente, principalmente quando o moreno retirou os dígitos da boca e voltou a descer com os lábios macios por seu pescoço, refazendo o caminho que havia feito anteriormente, deixando os dígitos agora úmidos deslizar até o vão entre suas nádegas.

Um gemido surpreso e completamente entregue deixou os lábios do menor que rebolou ainda mais avidamente de maneira completamente inconsciente ao sentir aquele toque mais íntimo, deixando suas unhas curtas desenharem vergões ardentes nas costas largas do moreno enquanto tentava descontar pelo menos um pouco do que sentia até então. Bom, muito bom. Era apenas um provocação, com Jongin deslizando os dedos ali de leve, sem lhe penetrar realmente, contudo, para Kyungsoo se parecia com um suplício que não era de todo o mal. 

E quando veio o primeiro dígito foi desconfortável, mas ainda assim Kyungsoo gemeu, rebolou, ansioso de uma maneira surpreendente para si mesmo de sentir logo o moreno o invadindo, pulsando da forma como ele o fazia entre os seus corpos, só que dessa vez em seu interior. E então veio o segundo, o terceiro. E só foi ficando melhor. A ardência não parecia mais estar lá, era como se ela nunca estivesse tido ali em primeiro lugar. 

E Kyungsoo nem mesmo tentava conter seus gemidos. Não. Jongin parecia apreciar cada um deles, lhe recompensando com movimentos mais rápidos, mais fundos, conforme gemia o nome do moreno contra seu peitoral, completamente rendido àquele ato e fora de si. 

– Me fode logo, por favor – Kyungsoo implorou. As palavras simplesmente fluíram para fora de sua boca sem sua permissão. 

Mas não era como se elas não fossem completamente sinceras. Porque eram, e muito. Só que Kyungsoo simplesmente não conseguia se reconhecer. Não agindo daquele modo, dizendo aquelas coisas. Talvez fosse o filtro do álcool liberando todas as verdades que guardaria para si em outro instante. 

Porém, era o calor do momento, não era? Pois Jongin pareceu mais do que satisfeito ao atender aquele pedido. 

E no momento seguinte não eram mais seus dígitos, mas sim seu membro se encaixando e invadindo Kyungsoo que o implorara de maneira tão irresistível. Bem devagar, foi assim que seu membro o invadiu, sentindo com perfeição cada uma das paredes do interior do menor que tensionou todo o corpo no ato. 

– Ei, relaxa – Jongin sussurrou rouco, inebriado pelo próprio tesão, depositando um beijo contra a curvatura de seu pescoço. 

Ficar tenso naquela situação não ia ajudar ao todo no incômodo da penetração, mas o moreno fez tudo ficar mais fácil com suas mãos que pareciam incumbidas de algum tipo de mágica, deslizando calmas por suas costas e seus lábios deslizando por seu pescoço, depositando beijos leves e demorados até que todo o desconforto inicial não se fizesse mais presente. O calor que se transferia do corpo bronzeado até o de Kyungsoo definitivamente também era um calmante poderoso.  

E quando o menor arriscou um rebolar de leve sobre o colo do moreno o gemido uníssono foi inevitável. 

Ainda era dolorido, mas de uma maneira estranhamente gostosa, principalmente quando se focava na sensação de se ter preenchido por completo pelo moreno que se arrepiava por qualquer mero movimento que realizava. E começou bem lento, com ambos os quadris cadenciados ensaiando movimentos e encontrando uma sintonia com facilidade, um vai e vem que fazia a pressão arterial aumentar e todas as sensações experimentadas até então se amplificarem de maneira absurda.

Se Kyungsoo achava que não podia melhorar, quando Jongin roubou toda a guia dos movimentos, com as mãos fortes em sua cintura ditando o ritmo de seu quadril que subia e descia com maestria em seu membro túrgido, tudo conseguiu tomar cores ainda mais escandalosas em sua tela mental. A forma como o moreno arremetia contra seu quadril a cada vez que descia de encontro à sua pélvis, a sensação quente de tê-lo lhe preenchendo, a fricção do membro dele em seu interior, os gemidos roucos que ele derramava contra sua pele vez ou outra, tudo aquilo cooperava para a perdição de sua sanidade de uma vez por todas. 

Todos as sensações estavam à flor de sua pele, como se seu corpo tivesse se desacostumado a sentir tanto prazer daquela maneira. Fazia muito tempo que sexo não era tão bom, tão prazeroso assim para Kyungsoo. 

E um muxoxo completamente manhoso e descontente deixou seus lábios ressequidos ao sentir Jongin parando com todos os movimentos repentinamente, contudo, ao sentir as mãos dele o virando e o guiando em uma troca de posições tudo pareceu se encaixar. Assim como a nova posição se pareceu muito mais confortável.

Jongin o colocou deitado de bruços, com o tronco deitado sobre os lençóis e apenas o quadril empinado em sua direção, fazendo questão de agarrar com força a carne farta das nádegas abaixo de si e as separando apenas para ter uma visão perfeita de seu membro voltando a invadir o corpo menor e submisso, vendo-o sumir por completo na entrada rosada e reaparecendo novamente por entre seus movimentos de vai e vem intensos e frenéticos. 

Kyungsoo o acolhia tão bem. 

E o moreno o fodia tão gostoso.

Aquela nova posição fazia tudo se tornar um pouco mais intenso para Kyungsoo e a fricção de seu membro duro e negligenciado até então com os lençóis abaixo de si só aumentavam aquele borbulhar que começava na boca de seu estômago e se espalhava por todo seu sistema nervoso. Kyungsoo se sentia tonto. 

Aquele suor excessivo, seus músculos se contraindo involuntariamente, os gemidos saindo sem qualquer controle de sua boca. Kyungsoo conhecia todos aqueles sinais. E Jongin também percebera todos eles. 

O moreno se curvou sobre as costas do menor que possuíam um bonito pontilhado de pintinhas distribuídas em sua tez muito branca, colando os lábios na pele alva e os deslizando por sua nuca, com os beijos leves não combinando em nada com os movimentos bruscos de seu quadril e das estocadas no interior do menor. Totalmente contraditório. 

E era tudo tão bom.

– Gostoso – o moreno murmurou contra a pele cálida, pousando um beijo na curvatura de seu pescoço e cravando os dentes na mesma área no instante seguinte, sugando a pele com um só intento. Deixar ali a sua marca impressa. 

E Kyungsoo sentiu-se arrepiar por vários motivos. Primeiro pela voz rouca do moreno contra sua audição. Segundo por causa de uma das mãos arteiras dele que escorregaram por seu quadril e foram de encontro a seu membro duro e gotejante. 

A partir daquele momento a mente de Kyungsoo tornou-se um borrão indistinguível. Tinha noção do impacto dolorido do próprio quadril ao impulsiona-lo de encontro às estocadas de Jongin, e tinha consciência também do prazer agudo que se espalhava por suas terminações nervosas ao sentir tantos estímulos de uma vez só. Eram os beijos molhados em sua pele, o membro duro o violando da forma mais obscena, a masturbação exigente dos dígitos firmes do moreno em seu membro necessitado. 

E era um nome só que clamava. 

– Jongin! 

Faziam o que? Apenas algumas horas, um punhado de minutos que se conheciam, entretanto, nada daquilo pareceu importar muito conforme o moreno o guiava direto ao epicentro daquele grande tornado de sensações. Eles não passavam de dois desconhecidos um para o outro, porém aquilo não impedia que a química estabelecida entre eles e a sintonia de seus corpos fosse tão harmônica. 

E estavam ambos tão compenetrados no próprio prazer e na busca de saciar aquela necessidade insana que os tomava que sequer se atentaram aos fogos que tomaram conta do céu da cidade, iluminando o quarto além da luz parca que os recobria até então. A comemoração do lado de fora sequer passou pela cabeça de qualquer um do dois naquele instante. 

E para Kyungsoo, cada toque cálido do moreno em sua pele acendia uma reação exagerada em seu interior, tornando tudo meio caótico e bizarro, arrancando qualquer lógica que poderia haver em sua mente até então. Na verdade, não havia mais nenhuma partícula de sanidade e consciência em si quando o ápice o atingiu intenso. 

Um grito agudo se desprendeu de sua garganta ao se derramar contra os dedos ágeis do moreno, sentindo-se incapaz de parar de gemer conforme sentia o pico de prazer se prolongar com as investidas firmes de Jongin em seu interior. Ele queria realmente lhe enlouquecer. 

E quando ele voltou a mudar as posições, dessa vez o virando em seus braços com facilidade por causa de seu torpor pós orgasmo, Kyungsoo pôde ter a visão privilegiada de seu rosto imenso em prazer enquanto o moreno buscava o próprio ápice em estocadas firmes e derradeiras. 

E o menor rebolou, gemendo manhoso ao sentir resquícios do prazer ainda correndo pelas veias e o assaltando novamente conforme ajudava o moreno a encontrar o clímax. 

Uau, ele era lindo até mesmo gozando, mordendo o lábio inferior e o soltando lentamente para então soltar um gemido rouco e curto, com toda a expressão banhada em prazer. E um gemido ecoou da boca do menor também, sentindo com perfeição o moreno se derramar contra seu interior, quente, intenso, molhado. Gostoso, acima de tudo. 

E o sorriso de canto que Jongin abriu depois de tudo, satisfeito, fez o coração de Kyungsoo pular algumas batidas. 

– Feliz ano novo, – ele desejou brincalhão, capturando os lábios cheios que formavam um coração ao sorrir nos seus novamente. 

E só então Kyungsoo se deu conta. Já havia passado da meia noite. 

E o menor até lhe sorriria de volta se não estivesse muito ocupado com a língua dele deslizando insinuante contra a sua. 

Surpreendentemente, Baekhyun estivera certo em sua previsão pervertida e Kyungsoo não podia reclamar ao todo. Aliás, não conseguia imaginar um início de ano melhor do que aquele, com o ritmo cardíaco voltando a acelerar, a respiração a se dificultar e a boca maravilhosa daquele moreno roubando a linha de seus pensamentos. 

Na verdade, nada havia terminado ali, e a forma como os corpos embolados sobre os lençóis voltaram a esquentar, a se encaixar, mostraram que aquilo havia sido apenas um início. 

E Kyungsoo nem mesmo podia imaginar como naquela noite seu destino havia se ligado à Jongin. 

 

 


Notas Finais


Lemon no primeiro capitulo? Bom, foi necessário HAAHAHAHAHH

Espero que tenham gostado, babies!

Amaram? Odiaram? O que acham de uma mpreg vinda de mim? Haha

Beijos e até o próximo! E novamente, feliz ano novo com muita coisa maravilhos em 2017 para todos nós! ✨


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