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História Desolation the vampire - 27 - História escrita por MisaMisaFanfiction - Spirit Fanfics e Histórias
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História Desolation the vampire - 27


Escrita por: MisaMisaFanfiction

Notas do Autor


boa leitura ^^

Capítulo 27 - 27


Fanfic / Fanfiction Desolation the vampire - 27

Eu não conseguia pensar sobre mais nada,mas o fato de ter um pedacinho dele dentro de mim...Eu não sei,sentia como se ele nunca mais pudesse me deixar sozinha.Era um pensamento egoísta eu sei,mas eu não sabia pensar de outra maneira quando se tratava dele,ele me tirou e me deu tudo,era a pior e melhor coisa que já aconteceu na minha vida,uma mistura de sentimentos que eu não sei especificar.

A porta do quarto se abre, e a luz do corredor incomoda minha visão. Deitada sobre a cama levo as mãos aos olhos e pude ver sua silhueta,encostada ao batente da porta me olhando com um sorriso sensual e encantador.Seus cabelos loiros e despenteados lhe serviram como uma moldura para o rosto iluminado e angelical,os ossos de suas bochechas pálidas e finos como marfim aprofundavam seus olhos,esses se estreitaram misteriosos,seus pés descalços sobre o chão frio fizeram menção de se adiantarem quando eu balancei a cabeça negativamente risonha:

—Que coisa feia andar a noite descalço pela casa... — Ele olhou para os próprios pés e seus lábios se abriram num riso inocente, seus dentes e caninos perfeitamente brancos pareciam inofensivos agora, sem toda aquela agressividade. Logo depois olhou para o próprio corpo, vestido de uma camisa de moletom cinza, ele afastou a camisa de mangas longas do corpo:

—Mas eu to vestido... — Admirei seu rosto uma ultima vez antes de me sentar na minha humilde cama de solteiro. Ele parecia cada vez mais jovem a cada dia, e a cada dia era como se eu o visse pela primeira vez. Seus olhos azuis e felinos pareciam impulsionar ao pecado. Não foi a toa que Jaqueline tenha se apaixonado por ele, me surpreende que ele nunca tenha se apaixonado por si mesmo.

—E isso é bom... Eu acho — Ele me estendeu a mão colocando o dedo indicador frente aos lábios,pedindo secretamente para que o acompanhasse,segurei nas mesmas deixando que me guiasse corredor a fora, nossos passos eram cautelosos e seguros, como se estivéssemos prontos para fazer algo muito ruim. Infelizmente nunca fui boa em fazer coisas às escondidas, e na primeira oportunidade que tive por acidente esbarrei em um dos vasos que enfeitavam o corredor, Naruto imediatamente segurou o objeto impedindo que o mesmo se espatifasse no chão, ele mais uma vez levou o dedo indicador a boca me repreendendo risonho:

—Desculpe... — Balancei as mãos freneticamente antes que ele as tomasse novamente entre as suas. Ele me levava em direção ao seu quarto, parecia um adolescente malicioso e eu uma pobre moça inocente que me divertia coma situação.

—Você faz muito barulho senhorita — Sussurrou demonstrando um sorriso matreiro e girando a maçaneta da porta — O que os visinhos iriam pensar se vissem uma moça como você entrando sozinha no meu quarto?Não quer ficar mal falada quer?

Apoiei minhas mãos em seus ombros para me erguer e selar os seus lábios com um beijo rápido e travesso:

—Não temos visinhos...

Quando me deparei novamente com seus olhos os mesmos pareciam atormentados, desorientados de alguma forma, Naruto seguiu para dentro se sentando na cama. O que eu havia feito de errado?Larguei os braços ao lado do corpo. Levantei os ombros, meu rosto pediu por uma explicação:

—Não é você, é só que...

—Eu fiz você se lembrar dela de novo?— Sugeri. Eu sabia que tudo estava muito bom pra ser verdade, mesmo que ele não estivesse sob o efeito do feitiço de Jaqueline eu ainda a lembrava, uma simples palavra, um gesto... — Naruto eu não sei mais o que fazer!

—Eu disse que não é você — apoiou as mãos na beirada da cama, apertando o lençol entre os dedos.

—Eu sei, mas agora que você se libertou eu tenho medo que as coisas ruins que sente por Jaqueline acabem me afetando. Não posso fazer nada por me parecer com ela!

—Não vai acontecer de novo. — Abaixou a cabeça.

—Mas mesmo assim saber que você pensa nessa mulher acaba me atingindo será que não percebe?!

—O que quer que eu faça?Que tire aquele demônio da minha cabeça?Não vou descansar enquanto não arrancar os olhos dela...

Abracei meu próprio corpo, tinha medo que por detrás de todo aquele ódio pudesse existir algo a mais. Como acreditar que ele não sentia nada alem de ódio?Assim como ele eu estive sob o efeito de algo sobrenatural e mesmo assim estava apaixonada.

Passei a mão pelo rosto exausta de toda aquela situação. Fui até ele e me sentei em seu colo segurando seu rosto em minhas mãos:

—Porque não esquece ela hã? — Beijei seus olhos e seus lábios logo em seguida, distribuindo aqueles carinhos por todo seu rosto. Senti suas mãos firmes apertarem minha cintura e passearem por minhas coxas:

—Eu vou, mas ainda não é a hora.

—Está enganado, a hora é agora, agora que vamos ter o nosso filho. Tem que tirá-la definitivamente de nossas vidas...

Estremeci quando seus olhos felinos e azuis acinzentados se depararam com os meus,era óbvio que não concordava comigo,como também era óbvio que não queria discutir aquilo naquele momento.Seus lábios entreabertos estavam prontos pra contestar algo,róseos e convidativos,a luz da lua que entrava pelo vitral da janela era a única coisa que me permitia ver seu rosto pálido,apagado e anestesiante.

Em um movimento astuto e capcioso me jogou sobre a cama, se colocou sobre mim em um jogo de sedução. Apoiou uma de suas mãos sobre o colchão, enquanto seu dedo indicador deslizava entre meus seios subindo em direção ao pescoço:

—Não vamos discutir isso agora não é?  — Sussurrou em meu ouvido, eu estremeci com aquele gesto. Gemi quando o senti morder minha orelha, sua respiração era quente e controlada. Tentei manter o controle da situação, ou pelo menos não deixar perceptível o modo como estava me afetando — Eu sei que você não quer... —Seu corpo rígido estava sobre o meu, podia sentir cada pulsação e cada toque. Minhas mãos acariciaram suas costas, ele se colocou entre minhas pernas impulsionando seu tronco para cima, insinuava seus lábios de forma mesquinha a ponto de me fazer erguer a cabeça para tentar beijá-lo — Me prometa que vai esquecer isso...

Esquecer?Esquecer o que?

— Está me seduzindo.

—Isso não foi idéia minha...

Seus dedos traçaram um caminho entre meu maxilar até minha boca, testando minha força de vontade quando finalmente seus lábios foram pressionados contra os meus, seu toque foi gélido por alguns segundos,como se quisesse testar novamente os meus sentidos,esperando que eu me aproveitasse daquele momento para aprofundar o beijo,para minha surpresa eu fiz.Senti seu sorriso vitorioso contra meus lábios,ele de alguma forma lia meus pensamentos.

Capturou minhas mãos, ele as levantou acima de minha cabeça e pressionou o seu corpo contra o meu, mais uma vez olhando para meu  pescoço  e passando pelas marcas que havia deixado sobre ele com a ponta da língua. A sua coxa estava pressionada contra o centro de minhas pernas, me fazendo desejá-lo com loucura. Minhas mãos tremiam e procuravam por sua pele, retirei sua camisa desesperada, não tinha com o que me preocupar, não era a primeira vez que aquilo acontecia, mesmo assim reagia como se fosse. Abruptamente ele rolou nossos corpos me colocando sobre ele. Suas mãos leves e suaves atravessaram a barreira imposta pelo vestido de algodão, retirando o mesmo pela minha cabeça descobrindo a lingerie de cor avermelhada. Espalmei a as mãos sobre seu peito nu,sua pele era maravilhosa,translúcida,adquirindo o prateado que vinha da iluminação da janela.Me coloquei a trabalhar com o fecho do sinto,sentia meu corpo arder de desejo:

—Quando vai fazer? — Eu parei imediatamente. Um frio percorreu por minha espinha.

—Fazer o que? — Perguntei desconfiada, até aquele momento não me sentia na obrigação de aceitar nenhuma acusação.

—Ir atrás de Jaqueline. Acha que eu sou idiota?

—Não sei do que está falando — Me preparei para sair de lá,ele não precisava ficar sabendo do acordo com o Sabaku,aquilo complicaria mais as coisas.Naruto segurou meus braços me imobilizando no mesmo lugar.

—Está proibida de mentir pra mim de novo entendeu? — Pude ver uma decepção disfarçada em seus olhos — Pensou que eu não me lembraria das coisas que aconteceram quando estava inconsciente?

—Que coisas? — Me adiantei. Naruto se ergueu da cama, comigo ainda sentada sobre seu colo senti deslizar seus dedos em uma linha reta em minhas costas.

—O trato, o Akasuna... Tudo — Me agarrei em seus braços como se não pudesse ouvir mais nada do que viesse a dizer, não queria admitir que sentia fraqueza quando Sasori se aproximava ou mesmo quando se declarava,mas agora era diferente,eu estava sendo correspondida e isso me fortalecia.

—Escuta, eu não sei o que você ouviu, mas não importa agora não é mesmo?Não importa porque estamos juntos, e você precisa confiar em mim.

—Não disse que não confiava, foi você quem sugeriu isso. Eu quero que seja sincera...

 —Vou ser...

—Sente alguma coisa pelo Sasori? — Meus ossos congelaram no mesmo instante, o que ele queria com aquilo?Testar minha fidelidade?Não soube responder, meu medo de ser mal interpretada me calou.

Ele pendeu a cabeça para trás e tirou minhas pernas envolta de si se levantando e vestindo a camisa.

—Espera!Não!Mas é claro que não!

—Não precisa se sentir culpada, Jaqueline também sentia, só não esperei que as coisas fossem se repetir de novo. Sasori se apaixonar por você é um problema,estou dentro de um triangulo amoroso denovo...

—Não! — Me recusei me levantando e me colocando a sua frente — É diferente porque você me corresponde, eu não precisei enfeitiçar você pra isso.

Ele se voltou e segurou meus braços apoiados em seu peito:

—Mas não é o suficiente!Acha que não percebo que tem medo de mim? — Riu entristecido — O Naruto que você esperava não existe!Eu existo, e já era assim mesmo antes de você nascer. Não precisa aceitar como eu sou agora, mas não quero que arrisque a vida do meu filho.Eu sei que você sente alguma coisa pelo Akasuna, pode não ser o mesmo que sente por mim, mais ainda sim...

—Eu nunca colocaria a vida do nosso filho em perigo.

Ele pareceu não acreditar em minhas palavras,ignorar o que ele disse sobre Sasori foi a melhor forma de evitar que brigássemos.  

—Que bom, porque você não vai atrás de Jaqueline, eu vou...

Por que ?Pra que? Não precisava se meter naquilo, não tinha nada a ver com ele, o assunto que Jaqueline tivesse que tratar com Gaara só dizia respeito a eles!

—Vai salvar a vida dela?! Depois de tudo o que ela te fez?!

—Então admite que iriam matá-la?!Não Sakura, esse prazer é meu!Eu estava morto por quase 500 anos esperando por isso, por esse momento e por você, então não me faça escolher...

Eu entendi o que estava acontecendo e me odiei por não conseguir fazer nada a respeito. Ele estava preso a ela, eu a ele, e ela a nós dois, mas isso tinha que acabar.

—Já sentiu algo a mais? — Ele me olhou surpreso — Por Jaqueline, antes de ser enfeitiçado — Busquei pelo apoio da cama me sentando em seguida, me coloquei a vestir o vestido amassado.

— Algo a mais?...— Caminhou a passos lentos em minha direção — Acha que eu sinto alguma coisa por ela? — Ele estreitou os olhos incrédulos, como se eu o tivesse insultado. Eu respirei fundo, olhando para os meus próprios pés, balançando-os freneticamente suspensos. Naruto retrocedeu, encostou-se numa parede sentando-se ao chão — Não me lembro de sentir nada por ninguém até agora, mesmo por Jaqueline. — Riu como se lembrasse, tocou uma mecha dos próprios cabelos, enlaçando-os aos dedos — Não tive... — Hesitou vacilante — Não tive nada e nem ninguém que me repreendesse, e que me dissesse que era errado. Você quer muito algo, ninguém te impede de pegar, então você vai lá e pega — Deu de ombros. Deslizei pelo lençol da cama me sentando também ao chão, fitando seu rosto inerte em pensamentos. Continuou:

—Eu só tinha sete anos — Apoiou os braços sobre os joelhos, me pareceu indignado — Meus pais e eu fugíamos da perseguição católica. Me lembro que...Apoiavam a reforma protestante,faziam reuniões nas vielas de Florença.Quando estávamos de partida no porto de San Martinho esperando pelo navio,prontos para irmos a Geórgia eu fui arrancado dos braços da minha mãe,os queimaram vivos bem diante dos meus olhos,mas é claro ninguém diria que foi por causa da igreja,os acusaram de traição a coroa.

Meu coração se despedaçava a cada palavra. Fechei os olhos tentando evitar a amargura na sua face:

—Eu sinto muito...

—E não importava por que... Porque eu não podia fazer nada, eu tive medo e nem ao menos tentei protegê-los, fui tudo quilo que eu sempre odiei, não sou covarde!Eu não sei obedecer a ordens e me curvar diante de ninguém!— Umedeceu os lábios cinzentos — Fui mandado de volta para a Inglaterra, à coroa britânica reclamou os direitos sobre meu nascimento, afinal era sangue azul.Ninguém se importou com o casal morto a sangue frio em Portugal!Mas se importava com o neto bastardo do primeiro ministro! — Levou as mãos aos olhos antes que as lagrimas insistissem em descer.

—Poderia ter me dito... — O consolei, tentei me aproximar e ele se assustou com a menção que fiz de me levantar.

—Dizer o que?Dizer que meu pai deixou tudo o que tinha pra viver uma vida miserável ao lado de uma mulher?! — Sua gargalhada foi gostosa e sádica — Eu não podia cometer o mesmo erro que ele!Eu queria viver!Só precisava de alguém que me libertasse desse medo. E adivinha!Foi o seu amiguinho Akasuna quem fez isso por mim! Eu tinha tudo, juventude, dinheiro, posição... Beleza, Jaqueline foi só um efeito colateral de tudo isso, e não, não sinto nada por ela. Mas agora tenho medo de perder tudo, porque não consigo dizer o mesmo sobre você...

Meu sangue congelou,e uma ponta de alegria alimentou o meu orgulho,afinal eu lutei tanto para que aquilo acontecesse,e ouvir que podia estar apaixonado por mim sustentava ainda mais minha obsessão.

—Não precisa ter medo — Avancei em sua direção a me ajoelhei a sua frente, apoiei sua cabeça em meu peito e deixei que me apertasse num abraço caloroso — Ninguém vai tirar o nosso filho de você, podemos ser uma família agora — Ele ergueu os olhos confusos, como se processasse a idéia por alguns segundos.

—Uma família? — Olhou meus olhos mais uma vez, assustado como um garotinho; Me perguntei onde estava o seu lado monstruoso e Zei de ser,e porque era tão doce algumas vezes e cruel e animalesco em outras,quase não podia reconhecê-lo quando o  fazia.Naruto me surpreendeu com um abraço possessivo — Não se afaste de mim,nunca!E quero que prometa isso.

—Eu prometo que não vou. Mas quero que faça algo por mim...

—Não ir atrás de Jaqueline?

—Gaara prometeu que me mataria se eu não a entregasse, eu preciso dela.

Naruto se levantou sério, me erguendo do chão entrelaçando nossos dedos, exibiu um sorriso demoníaco no rosto, céus... Como podia se transformar de um anjo para um demônio em tão pouco tempo?

—Ele não vai se importar se o pacote vier com alguns dedos a menos — Me puxou para um beijo faminto e devorador, repleto de luxuria e desejo — Espere noticias minhas...

Um vulto negro passou bem diante de meus olhos e parou sobre a janela, se vestiu de uma jaqueta de couro e desapareceu na penumbra que se fazia do lado de fora. Me aliviei por saber que havia entregue aquele fardo em suas mãos.Tateei minha barriga sorridente:

—Vamos ter que ensinar o papai a ser menos agressivo.

-------//------

A presença incomoda o seguia por toda a parte, devia tê-lo impedido quando ainda estavam próximos de casa.Atravessou o estacionamento com as mãos nos bolsos,o sereno e o frio cobria os poucos carros parados ali,a pouca luz que antes vinha de uma rede de supermercados estava se findando,já que essa estava sendo apagada pelos funcionários que saiam cansados.

Olhou para o parque vazio do outro lado da rua, ninguém para impedi-lo e o repreender é claro, exceto Sasori que o seguia cautelosamente a quase quatro quarteirões. Podia muito bem se alimentar antes da caçada, jogaria o corpo no latão de lixo e ninguém saberia o que se passou, simples assim.

Os passos apressados de uma mulher loira em direção ao estacionamento chamaram sua atenção, pelo que parecia uma funcionaria do caixa, carregava algumas sacolas e se atrapalhava com um molho de chaves em suas mãos, descuidada a pobre moça deixou que tudo caísse ao chão, e ele seria um péssimo cavalheiro se não lhe fosse oferecer ajuda. Um sorriso macabro brotou em seus lábios, a mulher tentava rapidamente recolher o que podia:

—Posso ajudar? — Os olhos amendoados se levantaram e um sorriso tímido brotou em seus lábios. ”Pobre moça” – pensou. Era ridículo o modo como todos confiavam em alguém de boa aparência, certamente esse fora seu trunfo durante muitos séculos, perdera a conta de quantas mulheres se entregavam apenas por um momento de prazer, e de quantas arrancara da cama de seus maridos, confiança era exigido de empregados e não de quem entrava pela porta da frente:

—Obrigada... — Abaixou-se e em poucos minutos conseguira arrumar as coisas nos braços da loira.

—Está tarde, não devia sair sozinha desse jeito — Demonstrou um sorriso sedutor e carismático, e o mesmo foi recompensado com outro animado:

—Estou acostumada, geralmente saio mais tarde, mas como é sábado. Meu nome é Valerie — Estendeu as mãos desajeitada.

—Cuidado vai cair de novo — Socorreu a moça aproximando seus braços aos dela, juntando tudo novamente antes que pudesse ir ao chão. Ela parou de respirar por alguns segundos, e foi perceptível em como se arrepiou com o seu toque.

—Eu sou tão desajeitada — Exclamou se hipnotizando com os olhos perturbadoramente azuis e misteriosos, sorriu tentando agradar.

—Me chamo Naruto. Quer que eu abra o porta malas?

Ela assentiu com a cabeça, entregou o molho de chaves enquanto ele se dirigia para os fundos do automóvel.

—Você é novo aqui não é? — Fixou seu olhar sobre o rosto indescritível e belo, buscou na memória alguém que pudesse se parecer com ele — Kettering é uma cidade pequena, sabemos quando as pessoas não são daqui. — Depositou as compras no fundo do porta-malas.

—Ah é mesmo? — Quis saber malicioso — Você talvez tenha visto minha irmã, cabelos negros e longos, magra 1,70 de altura.

A mulher refletiu sobre os detalhes e balançou a cabeça negativamente:

—Não, acho que não, muita gente tem essa característica. Escuta, Naruto não é?Talvez possamos tomar um café.

O loiro arfou enfadonho enquanto fechava o porta-malas, mordeu os lábios inferiores em sinal de desagrado. Se ela não servia nem mesmo pra dar uma informação, porque acha que gostaria da sua companhia pra um café?

—Acho que não, prefiro beber outra coisa — Naruto agarrou os cabelos loiros entre os dedos batendo a cabeça da jovem com força contra o carro. O sangue jorrou sobre o chão do estacionamento, mordeu o pescoço fino se alimentando, se virou para o homem encostado a parede do supermercado — Servido?

—Já parou pra pensar que Gaara pode não gostar disso? — Sasori sai das sombras se aproximando dos olhos vermelhos e sangrentos — As pessoas de Kettering morrem de velhice e não de hemorragia cerebral.

—Não concorda que as coisas tenham que mudar por aqui? — Insinuou demonstrando um sorriso diabólico enquanto suas presas ainda estavam fincadas contra o pescoço arroxeado — Quem vai ensinar ao meu querido filho que não se deve brincar com comida?

Sasori estreitou os olhos, ele estava pior agora, suas personalidades juntas o confundia; nada se parecia com o garotinho ingênuo que veio da Inglaterra:

—Se não acharmos Jaqueline nada vai mudar por aqui, porque seu filho pode não nascer.

— Não me lembro de ter deixado nenhum bilhete na geladeira

—E precisava?Não somos parceiros?Fui eu quem te levou pra perder sua virgindade não se lembra? E com uma prostituta das boas!

—Foi a pior transa da minha vida...

—Ah que isso?— Fingiu estar ofendido — Só porque ela tinha dez vezes o seu peso?

—E cinqüenta anos de experiência — O lembrou.

—Detalhes... — Naruto riu sarcástico com o comentário do Akasuna, e lhe ofereceu o corpo, Sasori hesitou, mas não fazia parte dos planos dele se afastar mais ainda do original, conseguir sua confiança novamente seria um pouco difícil, sendo assim aceitou o que lhe foi oferecido, e se aproveitando da dilaceração brutal no pescoço da vitima lhe arrancou um pedaço de carne levando-o a boca. — Carne abatida tem um gosto horrível.

—Devia ter ficado tomando conta dela — Se abaixou para pegar as chaves do carro.

—Por quê? O Uchiha já está fazendo isso, ele é melhor cão de guarda do que eu, já deve ter percebido, e não venha me dizer que está preocupado com ela.Só quer a criança não é?

—É o que você quer que eu queira? — Ele riu de forma gostosa e descontraída, devia se sentir mal em ver que tudo estava se repetindo de novo, no final de tudo ele sempre fora um obstáculo na vida do Akasuna — E se eu disser que vou ficar com o pacote completo?

—Está mentindo...

—Porque eu faria isso?

—Porque eu estou aqui e você quer me fazer pagar pelo que eu fiz a 500 anos,no que eu o transformei... — Talvez sentisse um pouco de culpa, e uma boa parcela de tudo o que estava acontecendo era sua, em querer se divertir com um menino ingênuo e “indefeso”. Mas o que poderia dizer?Era a vida que conhecia, e tê-lo aproximado de Jaqueline não passou de uma conseqüência.

— Não... — Balançou a cabeça negativamente enquanto a frase lhe soara preguiçosa — Se eu quisesse me vingar de você arrancaria sua língua, perfurara seu pulmão e o deixaria se afogar no seu próprio sangue...

—Zei eu... — Seus olhos lacrimejaram, chutou o corpo com os pés e mirou o olhar em outra direção.

—Mas eu quero que você viva... — Trincou os dentes — E veja ela me escolher novamente como aconteceu com Jaqueline há 500 anos.

— Você era como meu irmão Zei, como eu iria saber que ela escolheria você droga?! — Rugiu — Não pode me acusar por ser um demônio, olha pra mim agora! O que acha que eu sou?

—Você teve escolha! — Apontou com o dedo enriste para o peito do ruivo — E também teve escolha quando não me disse que ela era uma cigana! Ela amaldiçoou a minha vida, acabou comigo!

—Você já era um amaldiçoado... — Mordeu os lábios inferiores e passou as costas das mãos pelos olhos transbordantes — Por acaso você se lembra do seu rosto hein? Se lembra?! Você era... — Quis trancar as palavras em sua boca — Perfeitinho demais, quem não idolatrava o rosto angelical do neto do primeiro ministro? — Ergueu os braços e rodopiou o tronco como se esperasse que um fantasma respondesse sua pergunta — Você tinha tudo!E mesmo assim roubou Jaqueline de mim!E eu que nunca tive nada tive que ver você ir embora com ela pra longe!Não vou deixar que você faça o mesmo com a Sakura...

—Eu já fiz... — Sua voz soou rouca e decidida, autoritária. Não tinha medo do Akasuna, na verdade não sentia mais nada a não ser indiferença. Alguém que cooperou para que sua vida se tornasse um verdadeiro inferno mereceria uma punição justa, mas agora tinha a criança, nunca desejou tanto ter a vida que tem — Sempre vai ser eu... Pode ficara aí e passar pela fase de “negação” ou pode me ajudar a achar Jaqueline, só que sem a sua ajuda eu vou demorar mais.

Sasori olhou para os seus próprios pés e mordeu o canto interno da boca. Onde estava o rapaz adorável que ficava admirado sobre quanto vinho ele conseguia beber de uma só vez?No final das contas estava recebendo ordens desse garotinho? Fechou os olhos não acreditando naquilo, olhou para o rosto calmo e sem expressões como uma estatua viva, os olhos felinos se estreitaram. Deu de ombros:

—Eu não tenho outra escolha tenho?

—Não...

—Bom,eu sempre quis dizer umas verdades pra Jaqueline mesmo...

 

 

 

 

 

 

  


Notas Finais


Pessoal,infelizmente não deu pra eu colocar a Jaqueline nesse capitulo,mais é certeza que no próximo ela aparece,desculpe a demora mais com a semana de provas eu acabei me tumultuando,espero que tenham gostado.
ouvindo:Birdy - the a team


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