História Destinadas ao amor - Capítulo 2

Emma Swan

Eu andava com meu fusca amarelo tranquilamente pelas ruas de Storybrooke, ainda era cedo então não tinha quase movimento nenhum. 

Estava virando a esquina que levava para o centro da cidade quando um cachorrinho se atravessou na frente do carro, felizmente eu estava a uma velocidade baixa e consegui frear a tempo. Olhei para a janela e o cãozinho estava do outro lado, então estacionei o carro e saí com o coração batendo a mil.

Ao me aproximar pude ver que era um filhote ainda, um filhote de labrador com alguma outra raça, de pelagem escura, parecia ter uns 5 meses.

- Oi amigão, você tá bem? - falei com aquela típica voz de quando se fala com bebês ou cachorro. Passei a mão em sua cabeça e orelhas e ele se deitou revelando que não era um “amigão” e sim uma “amiguinha”. 

- Ei princesa parece estar perdida! - comecei a procurar em seu pescoço alguma coleira de identificação e felizmente achei, seu nome era Lola e tinha um número, mentalmente agradeci. Resolvi então pegar ela e levar até meu apartamento, para ligar para a dona da cachorrinha.

Ao chegar em frente ao apartamento, pego minha bolsa e a Lola, então subo para meu andar, resolvo deixar as malas no carro mesmo, tinha medo da cadelinha fugir de novo. Chego no apartamento, pego a chave e abro a porta, quando entrei pude sentir o cheiro de limpeza, quando fechei a porta atrás de mim, coloquei Lola no chão. Ela não perdeu tempo, foi cheirar cada canto da casa e eu aproveitei e fui averiguar o apê, pois fazia um tempo que eu não vinha aqui. Ganhei o apartamento quando completei 20 anos, meus pais resolveram me dar de presente, e eu mais do que feliz aceitei. Não ficava longe do centro e nem da clínica que eu iria trabalhar. Me deito no sofá esticando o corpo, dirigir de Boston até Storybrooke, sempre me deixava cansada. Quando eu menos espero Lola pulou encima de mim, fazendo com que eu soltasse uma gargalhada, ela era uma cadelinha bem cuidada, tinha um cheirinho de perfume e seus pelos eram sedosos. Sua dona deve estar morrendo de preocupação! Assim como Lola deve estar com saudades da dona. Então peguei meu celular e tirei a coleira da cachorrinha discando o número que estava gravado ali. Chamou, chamou e caiu na caixa postal. Olhei o número que estava na coleira e para o que eu tinha salvado no celular, o número estava certo, então tentei mais uma vez, chamou, uma, duas, três, quatro e caixa postal de novo. Olhei a hora, era cedo ainda, sete e meia da manhã. Então resolvi que tentaria ligar mais tarde.

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SQ

A manhã passou rápido, tinha buscado minhas malas do carro, e as colocado no quarto, na qual já tinha organizando o roupeiro. Só fui me dar conta de um detalhe quando senti meu estômago roncar, eu ainda não tinha comido nada, bem, nem eu e nem Lola. Resolvi ir no mercado resolver esse problema, comprei comidas, verduras, bebidas e algumas bobagens, além de ração para minha nova amiga. Na volta do mercado passei no Restaurante da Vovó e peguei meu almoço. 

Cheguei em casa, descarreguei o carro e coloquei em uma vasilha, ração para a Lola, peguei meu almoço e fui comer no sofá.

Estava terminando de comer quando meu celular começou a tocar, peguei o mesmo e vi que quem me ligava era o suposto dono ou dona de Lola, pois tinha salvado o número com o nome da cachorrinha. 

"Alô, quem fala?" - disse a voz rouca do outro lado da linha

"Olá, sou Emma e bem... estou com a Lola!" - falei de maneira hesitante.

"Como é que é?" - a mulher do outro lado da linha se alterou.

"Como achou ela? O que aconteceu?"

"Calma! Ela estava na rua antes da principal, aqui em Storybrooke" - falei de maneira calma, eu compreendia a preocupação dela, via isso todos os dias devido a minha profissão, o medo de perder um companheiro tão fiel.

"Ai eu não acredito! EU MATO A MINHA IRMÃ!" - afastei o celular do ouvido com o grito que a mulher deu.

"Ei moça, tá tudo bem! Lola está ótima! Em qual endereço eu posso devolver ela a você?"

"É Emma não é?" 

"Isso" 

"Emma muito obrigada por ter pego ela! No momento não estou em Storybrooke e só retorno daqui 3 dias!" 

"Aaa bom" - falei de maneira pensativa. E agora?

"Eu deixei a minha filha...digo a Lola sob os cuidados da minha irmã, que é uma baita de uma irresponsável"

"Olha, eu sou veterinária, posso cuidar dela até você voltar, também não irei trabalhar então…" - me ofereci para ficar com a Lola, o que para mim seria ótimo, ter uma companhia e eu sentia como a cachorrinha era importante para essa mulher, então não custa nada, não é mesmo?

"Você faria isso?" - ela estava hesitante.

" Claro, mas irei entender se preferir que a sua irmã busque ela aqui!" 

"Não, tudo bem! Se ela não for te atrapalhar, eu agradeceria!" - ela respirou aliviada do outro lado da linha.

"Então tá bom! Prometo que não deixarei nada acontecer com a moça" - falei soltando um riso tímido.

"Eu agradeço, de coração" 

"Qual é o seu nome?" - perguntei, afinal ela não tinha dito em nenhum momento da conversa.

"Regina. Agora tenho que ir! Até logo Emma!" - e a linha ficou muda. Quando olhei para baixo Lola me encarava com aquela carinha fofinha e falei para ela "É minha amiga, seremos eu e você, até sua dona Regina voltar" - ao citar "Regina" a cachorrinha mexeu o rabinho como se confirmasse que sim, Regina, era sua dona.