Depois desse acontecimento eu não saia mais do quarto, quando não estava deitada estava no chuveiro, chorar era o que eu mais fazia, não ia mais à escola, não falava com ninguém, e me sentia cada vez mais morta.
-Valentina! Chega de drama saia já desse quarto.
Ele dizia isso todos os dias, já fazia um mês que eu estava nesse estado, eu queria morrer para que ele sentisse que a culpa era dele. Aquele dia se tornou diferente tomei banho me vesti com um vestido branco que minha mãe havia deixado para trás. Depois de horas escutei uma voz e senti meu coração pulsar mais rápido, minhas mãos gelaram e assim veio às palavras dele até mim, ele estava lá atrás da minha porta com uma voz diferente, mas que eu conhecia de longe.
-Você precisa sair. Disse Thomas.
Sem resposta alguma, ele continuou.
-Eu preciso que você saia, eu não posso demorar ele voltará daqui a pouco, preciso saber se você esta bem!
Não respondi mais fiz o que achei que ele havia feito, fui em direção à porta e me sentei no chão.
-Eu estou com saudade. Está todo mundo preocupado com você, com sua saúde.
Escutei um barulho de carro, e com a voz baixa ele disse:
-Eu preciso ir, eu vou voltar. Não faça burrada!Eu te amo.
-Não você não ama.
Minha voz saiu como um grito, e nenhuma resposta obtive, mesmo escutando sua respiração atrás da porta. Fiquei ali por horas seguidas, até a noite surgir e a certeza de morrer também, eu estava pronta!
Andei até o banheiro, e sem pensar peguei uma navalha na qual antes eu cortava meu cabelo, a lavei, e em seguida me sentei perto do Box, me encostei e então passei a lamina em um dos braços, senti a dor me dominar e sem pressa eu fiz o mesmo com o outro. Eu não sentia nada, não me arrependia de nada, eu estava feliz por ter acabado da minha forma, não por uma doença,fui puxada para um sono e então sem pressa eu fechei meus olhos esperando não acordar.
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