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História Destino Travesso Daryl Dixon - Capítulo 23 - História escrita por HeloxRodrigues_ - Spirit Fanfics e Histórias
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História Destino Travesso Daryl Dixon - Capítulo 23


Escrita por: HeloxRodrigues_

Notas do Autor


Oie meu povo, choraram mto com o capítulo anterior? Espero que sim ksksksksksks
Trouxe mais um pra vocês aqui! Espero que gostem

Capítulo 23 - Capítulo 23


Daryl Dixon P.O.V

Ei caipira, fique vivo. Foi a última coisa que eu escutei da Grimes antes de arrancar a moto até onde os mortos se concentravam. Eu deveria ter respondido, eu queria ter… mas só a ideia de pensar que ela poderia não voltar. Porra, foi agonizante. 


Eu podia ver o desespero nos seus olhos, sua família estava em qualquer lugar naquela enorme fazenda, e ela nem sabia se estavam vivos. Ela tremia tanto que foi impossível, não tentar acalmá-la. 


Eu só escutava os tiros, e os arrancares dos carros, dando volta no celeiro na tentativa de matar a maioria dos zumbis. Quando vi Jimmy com o trailer, a esperança de que Rick tivesse no celeiro aumento, e eu o mandei para lá. Alguém precisava tirar ele de lá, se ele realmente tivesse.

 

Vi que não tinha mais esperança na fazenda quando os carros seguiram caminho para a estrada de terra, onde daria para a saída da mesma. Eu observava o celeiro cair aos pedaços, quando um grito alto soou um pouco mais atrás. Acelerando com a moto, vi Carl correndo em minha direção, os mortos estavam logo atrás. Com ela subindo rápido atrás de mim, perguntei sobre a Sophia. 


— Eu não sei. Ela saiu atrás da Lia, não consegui achar nenhuma das duas. — Ela chorava desesperadamente. 


A angústia voltou, quando pensei na possibilidade da pequena Sophia com Lia, no meio desse caos, completamente sozinhas. Acelerando a moto em direção a estrada, eu torcia para que as duas estivessem seguras dentro de qualquer um daqueles carros que saíram da fazenda. Eu rezava por isso.


[...]


No caminho para a estrada, Carol não parou de chorar um minuto. Eu não tirava sua razão, sua filha estava por aí em qualquer lugar, e ela nem sabia se a pequena estava bem.


Perto da estrada, eu vi os faróis. Comecei a seguir, sabendo que seria algum dos nossos.


Quando chegamos na estrada, o desespero do Rick e Carol sem saber onde suas meninas estavam, assustou o grupo todo. 


— Lia saiu atrás da Sophia e da Carol. Pediu para que esperássemos elas aqui. — T-dog explicou.


— Eu vou voltar. — Falei subindo na moto. 


— Eu vou com você. — Rick disse rápido indo em direção ao carro, mas ele parou quando escutamos a voz. 


— Carol… me desculpa. 


A voz da Grimes estava embargada pelo choro, eu não sabia se ela tinha consciência de como estava, mas imunda era um ótimo adjetivo. Sua blusa branca, estava coberta do que parecia ser sangue e terra, seu rosto manchado pelo mesmo que sua blusa… Era sangue, eu tinha certeza. 

Seu rosto estava inchado, suas mãos tremiam enquanto ela tropeçava nos próprios pés, chorando e pedindo desculpas a Carol. Eu já tinha entendido, todos já tinham. 


Quando Rick e Carl correram na direção da Lia, a abraçando, e perguntando como ela estava, ela abraçou e beijou eles rápido, até se virar para Carol de novo.


 — Eu não cheguei a tempo. Foi tão rápido, mas eu não consegui… —  Ela me olhou pela primeira vez. —  Eu não consegui. 


Ali, a dor no peito foi agonizante. Sophia estava morta, e Lia se culpava por isso. Eu disse que conseguiríamos… 

 

Quando Carol se deu conta de tudo, o grito em meio ao choro dela foi de partir o coração. Ela havia perdido a filha… de novo. Vi quando ela ameaçou cair, então a segurando, deixei que ela desabasse no choro. 


Carl, abraçava forte a sua irmã, enquanto a mesma chorava silenciosamente no pescoço do pai. Estávamos todos em choque, eu estava.


A algumas horas atrás, a pequena Sophia estava me perguntando qual vestido ela deveria usar, e agora… 


“— Qual vestido eu uso hoje, tio Daryl? — Sophia estava tão animada aquela tarde, com a ideia de usar vestidos. 


O vestido amarelo, de fato, era lindo. Mas eu conseguia ver o brilho nos olhos da pequena quando olhava para o azul.


— Acho que você deveria usar o azul garota. Sabe, vai combinar. — Falei gesticulando, para o mesmo. O sorriso que Sophia me deu naquela tarde, provavelmente seria um dos sorrisos mais bonitos que eu já havia visto. Ela estava tão animada…


—  Obrigado Tio Daryl.  —  Ela pulou de alegria, enquanto caminhava até onde eu estava, e antes de sair, deixou um beijo cheio de ternura na minha bochecha. Ela era uma menina de ouro.”


Eu deixei as lembranças de lado, quando ouvi a voz do Rick. 


—  Precisamos continuar andando. 


Com cuidado, levantei Carol do chão, que ainda chorava, e Maggie e Lori botaram a mesma no carro com elas. 


—  Tem zumbis por todo lado. Aqui não é seguro. —  Ele completou.


—  Tudo bem. Vamos para o leste. —  T-dog disse apoiado na picape. 


—  Isso, fora das estradas principais. Quanto maior a estrada, mais infelizes como esse aí. —  Falei apontando a besta, para o zumbi que caminhava até a gente. 


[...]


Estávamos todos parados perto da estrada, onde iríamos acampar por acabar a gasolina, quando Rick soltou a bomba, depois de perguntarmos o que realmente aconteceu.


—  Estamos infectados. Todos nós. 


Puta que pariu. 


—  Como é que é? —  Perguntei sem entender.


—  No CCD, Jenner me contou. Seja lá o que for, todos nós contraímos.


A Grimes estava mais afastada de todos, encostada em um dos carros, de braços cruzados e a cabeça baixa, quando disse.


— Eu já sabia. —  Todos olhamos para ela. Até Rick pareceu surpreso. —  Eu vi acontecendo… Antes de encontrar vocês. 


—  Porque não disse nada? —  Lori perguntou. O tom claro de acusação, ficou evidente para todos. 


— Eu precisava ter certeza. —  Ela ergueu o olhar para Lori. 


Depois de uma pequena discussão, Rick se afastou do grupo e eu fiz o mesmo. Eu iria tentar caçar. 


Infectados. Todos nós. Querendo ou não, nós viraríamos aquela coisa imunda. Eu precisava esfriar a cabeça. Era muita coisa para pensar... 


—  Você devia se lavar ali no lago. Está imunda. — Provoquei a Grimes, ao passar por ela. Esperei um “Vai à merda caipira.” mas a única coisa que eu recebi foi um aceno de cabeça. Ela nem me olhava. 


Queria dizer que não foi sua culpa, que Carol sabia que ela tentou, e que nenhum de nós a culpava por isso. Mas eu não disse. 


Eu já estava perto da mata, quando ela me chamou. Me virei devagar para ela, esperando ela disser. 


— Ela te amava. Foi uma das últimas coisas que eu disse para ela. Disse que você a amava. —  Ela ergueu o olhar até mim. Ela estava tão diferente, tão sem vida…


Não sabendo o que responder, eu apenas acenei, caminhando de volta para a mata.


[...]


Estávamos em volta da fogueira, assando os esquilos que eu consegui. Lia parecia distante nos pensamentos, assim como Carol. Todos se levantaram no susto quando escutamos um barulho. 


— Ninguém vai a lugar nenhum! —  Rick disse sério, depois de Carol pedir para irmos embora. —  O pior que pode acontecer é sairmos correndo por aí no meio do escuro. Não podemos e não vamos perder mais ninguém!


Quando a falação começou, foi quando Rick perdeu a cabeça. 


— Eu matei meu melhor amigo por causa de vocês! Por Deus! Estou cuidando de vocês, os mantendo vivos desde que cheguei aqui. — Todos ficaram em silêncio esperando a explicação. —  Vocês viram como ele era. Como ele me provocava, nos comprometeu… como nos ameaçou. Ele encenou a coisa toda com o Randall, me afastou para meter uma bala nas minhas costas. Ele não me deu escolhas! Minhas mãos estão limpas. Se quiserem seguir sozinhos… vão, vão em frente! Que Deus os proteja e me mandem um cartão postal. Vocês não podem fazer melhor? Sigam em frente. —  Ele olhou para cada um de nós. Ele havia realmente perdido a paciência. — Ninguém vai? Ótimo. Mas só vou dizer uma coisa. Se ficarem, isso não é mais uma democracia.


[...]

A noite estava passando mais devagar que o normal. Já estava na hora de trocar de ronda, com a Grimes. Quando cheguei perto dos carros, ela estava sentada em cima de um deles, parecia estar imersa nos próprios pensamentos. 


—  Pode voltar Daryl. Eu vigio essa noite. — Fingindo não ouvir, me sentei ao seu lado. — Estou falando sério, Daryl.


—  Eu não disse nada. 


Já estávamos a um tempo em silêncio, Lia olhava freneticamente para a mata, parecia esperar que algo aparecesse.


—  No que tá pensando? —  Perguntei curioso. 


— No que você disse. —  Eu a olhei sem entender. — “Acho que elas têm que ter algum defeito”.  — Ela deu um sorriso de canto, mas não parecia o mesmo daquele dia. 


— Quer conversar sobre? — Perguntei a olhando, não sabendo qual seria sua resposta.


— Ela me contou que escolheu o vestido azul. Ela estava com ele. Provavelmente porque nós dois escolhemos…  


Eu abaixei meu olhar. Eu já sentia falta da mesma aqui. Queria ela correndo me chamando de “Tio Daryl” de novo. Queria a mesma me enchendo de perguntas sem sentido… Queríamos a nossa pequena aqui.


— Eu não consegui. Eu prometi para ela, horas antes de tudo acontecer… — Ela botou a mão no rosto. — Droga, eu não consegui! 


Eu sabia que ela chorava, mas não sabia o que fazer. Eu via seus ombros tremerem, sua respiração mais contida… 


Não sabia qual foi o momento certo que puxei a mesma para meus braços, mas passamos o resto da noite assim, eu afagando suas costas enquanto ela chorava em meu ombro.




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