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História Detachment - Voltando para a cidade. - História escrita por AlanVitor1411 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Detachment - Voltando para a cidade.


Escrita por: AlanVitor1411

Notas do Autor


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Capítulo 13 - Voltando para a cidade.


Os tons alaranjados claros do crepúsculo lentamente desaparecem junto com o sol, dando lugar ao luar e o céu negro com nuvens negras se aglomerando em torno do satélite, ocultando seu brilho. Todo esse tempo Romy dirigiu sem nenhum descanso, ele não parou para beber água ou sequer comer, na verdade ele não estava sentindo fome ou sede, o que era estranho visto que ele tinha desaparecido por uma semana, se ele estivesse consciente todo esse tempo por que ele não morreu de desnutrição? Isso era outra questão a se pensar, no entanto o detetive estava preocupado com a chegada da não tinha encontrado nenhuma pousada e nem um posto de gasolina, mas para a sua sorte o carro ainda tinha muito de sobra para a viagem, se ficasse muito tarde ele teria que dormir dentro do carro para descansar.

Mais algumas horas se passaram e nada aconteceu durante o caminho todo, o carro iluminava a estrada escura com seus faróis, era a única fonte de iluminação visto que a lua foi coberta pelas nuvens negras, já estava para dar meia-noite e o detetive suspirou cansado, realmente não queria ter que dormir dentro do carro, mas as suas pálpebras mal se aguentavam abertas então decidiu parar no acostamento próximo do matagal denso em meio à escuridão da noite. Romy acendeu a luz interna do carro e pegou o celular, queria testar se havia sinal naquela área, mas como era de se esperar não tinha, então não adiantava procurar por ajuda o que fez Romy bater o punho no volante como forma de aliviar o estresse. Ele resmunga e se encosta no banco, não acreditava que teria que fazer isso, a situação era estressante por si só apesar de tentar manter a calma, mas botou em mente que amanhã já estaria de volta para a cidade e iria encontrar Lauren e então esse pesadelo momentâneo iria ter um fim, após se tranquilizar com esse pensamento ele sai do carro, iluminando o caminho com a lanterna do celular e vai até o porta-malas o abrindo com a chave do veículo, era exatamente ali que o homem iria dormir, havia espaço o suficiente para caber uma pessoa, ele poderia se deitar um pouco encolhido dado o grande espaço que havia a seu dispor, pode não ser o lugar mais confortável do mundo para se passar uma noite, mas era o que tinha no momento.

Romy se enfia lá dentro e fecha o porta-malas, o mesmo fica encolhido tentando ficar o mais confortável possível, tentou não pensar muito o que estava imaginando durante todo o percurso se não ele não conseguiria dormir, então somente fechou os olhos e espera o sono chegar o que eventualmente acontece depois de vários minutos. No entanto o sono do detetive fora interrompido por um barulho vindo de fora, o som de passos no asfalto e nas folhas, ele sentiu um arrepio na espinha quando ouviu, até considerou que poderia ser algum animal andando pela estrada, já que em áreas como essa era comum algum animal ficar no meio da pista, o que era estranho é que estava muito tarde para ter qualquer coisa no meio da estrada e outra que ele não escutava barulho nenhum, a não ser dos passos do que quer que estivesse lá fora. Mesmo considerando a inconsistência da linha de pensamento de que era só um animal, ele decidiu deixar passar e fechou os olhos novamente tentando ignorar o barulho, não adiantava olhar pelo vidro, por que não tinha uma fonte de luz lá fora que o fizesse enxergar alguma coisa a não ser que usasse a lanterna celular, a lua ainda estava desaparecida em meio as nuvens negras.

Quando o sono estava para chegar novamente, ele abre os olhos só que arregalados ao escutar o som desagradável de algo arranhando o porta-malas do carro, parece que tinha realmente alguém lá fora e que sabia que ele estava lá dentro dormindo, de fato poderia ser uma pessoa e infelizmente o pensamento inconsciente de Romy se concretizou, os ruídos começaram a ficar mais frenéticos e o detetive prendeu a própria respiração para que não pudesse ser ouvido, porém, um incômodo se formou em seu estômago e garganta, achou que devia ser os efeitos do medo e ansiedade, mas a realização veio junto de uma tosse seca e baixa que na mesma hora que saiu de sua boca esta foi tampada com as duas mãos, e para piorar, a vontade quase incontrolável de tossir aumentava cada vez mais, só que ele sentia que se fizesse algum tipo de ruído muito alto seria a sua ruína. Ele não conseguia se mexer, ele estava completamente desarmado para enfrentar o que estivesse ali fora, estava sem uma fonte de luz, somente deitado completamente indefeso e a mercê da escuridão e do ser lá fora. O suor frio escorria de sua testa até que percebeu que os ruídos pararam, o silêncio reinou e logo foi quebrado pelas tosses secas e engasgadas de Romy, sentia que no meio de sua crise de tosse sentiu algo quente escorrendo de sua boca e que foi passada por entre seus dedos na tentativa de abafar a tosse com as mãos. Ele tossiu muito, seus pulmões e estômago chegavam a doer com essa intensidade, eventualmente o detetive não aguentou e desmaiou no mesmo lugar em que dormia.

* * *

No dia seguinte seus olhos se abriram e percebeu a presença de luz dentro do carro, o detetive ergueu sua cabeça sem muita pressa e percebeu o alvorecer do dia, ficou muito aliviado por ver o sol iluminando o carro e se livrando das trevas ao redor, ele não conseguia se lembrar de muita coisa da noite anterior a não ser que havia desmaiado, por um segundo tinha esquecido o que estava fazendo dentro do carro, mas rapidamente havia se lembrado. No entanto ao acordar ele percebeu que suas mãos e boca estavam sujas de sangue seco, sendo resultado da sua crise de tosses na noite anterior, então os limpa com um pano que tem em seu terno e sai do carro para averiguar a parte traseira do automóvel onde teve aqueles ruídos, marcas de arranhões podiam ser vistos e pareciam terem sido feitos com alguma coisa metálica pontiaguda, como um canivete, facão e outros. Ele checou se os papéis ainda estavam no porta-luvas e felizmente ainda estavam lá junto de sua carteira e outros pertences, então suspirou de alívio e entrou dentro do veículo novamente no banco do motorista, ele liga a chave na ignição e retorna novamente para a estrada dirigindo, quanto mais cedo partisse mais rápido chegaria na cidade.

Estava aliviado e não queria estragar esse momento pensando na causa dos arranhões do carro, então só seguiu sem pensar muito. Mais horas se passaram e mais quilômetros foram percorridos até que ele finalmente entrou em uma área que tinha mais atividade humana, ele começou a ver alguns estabelecimentos e decidiu parar em um para almoçar já que estava com fome e a um tempo sem comer. Entrando no local viu que tinha alguns poucos clientes e funcionários, ele já foi direto para o banheiro lavar as mãos e a boca, e depois foi botar o almoço em seu prato para comer, pesando e pagando pela comida, o funcionário que o atendeu foi gentil com ele, mas Romy só o respondeu de maneira seca e levantou a gola do sobretudo para tentar cobrir o rosto, ele estava meio tenso o que não passou despercebido pelo trabalhador que achava ele familiar. O detetive se sentou em seu lugar e começou a comer, estava devorando o prato com voracidade, sua fome estava bem maior em comparação ao dia anterior e até horas atrás.

Eventualmente o prato foi esvaziado e Romy estava encostado em sua cadeira, olhando para a televisão do estabelecimento, ele estava descansando depois de muito tempo sem isso, uma das poucas vezes que ele poderia ter esse momento para ele, seus pensamentos estavam em outro lugar, não estava com pressa para voltar, afinal, ele sentia que estava cada vez mais próximo da cidade… Ele até havia se esquecido do motivo pelo qual estava tão apressado, por mais que esses acontecimentos fossem algo a se preocupar, sua outra parte mais descontraída e menos focada dizia para aproveitar esse momento sozinho, pois felicidade dura pouco e o detetive aprendeu isso conforme sua vida e carreira continuaram em frente, achava chato que o trabalho tenha afetado um pouco de sua personalidade e postura, tinha situações que ele não sabe apreciar esses pequenos momentos leves que tinha, às vezes odiava ser assim, odiava ter de ser tão frio e insensível sem perceber em alguns momentos que isso o afastava de outras pessoas. Sua mudança de temperamento devido ao seu emprego foi o motivo de seu divórcio e a guarda do filho ter ido para a esposa, pensar nisso causava uma tristeza profunda nele, o mesmo não culpava a esposa e o filho por se afastar dele já que nas condições passadas realmente não tinha como as coisas melhorarem, além de aos poucos o homem ter ficado violento. Parando para pensar foi bom ele ter percebido o quanto antes o quão desprezível e temível ele estava se tornando na visão das duas pessoas que antes eram as mais importantes do mundo para ele, antes que as coisas piorassem cada vez mais os dois chegaram em um consenso para o divórcio, claro que não foi fácil ainda mais pelo filho que na época era muito novo.

Às vezes as pessoas vêem um detetive ou policial como herói e que estão dispostos a arriscar suas vidas para a proteção do povo, mas Romy não tinha a mesma visão, exercer perícia criminal é só você fazer seu trabalho, na visão dele em questão só era mais que sua obrigação, o seu trabalho e somente isso. Quando ingressou nessa carreira de perícia criminal e investigação ele pensava como qualquer um pensava, mas percebeu que só era alguém fazendo seu trabalho e nada mais, só era e ainda é um ser humano que tem defeitos, e quando ele pensa no tanto de corrupção que está presente em Toronto, ainda mais nas regiões periféricas, fez com que essa antiga visão dele mudasse e percebesse que ninguém é um herói completamente honesto, todo mundo tem podres, isso somente fez reforçar sua visão de mundo atual e achava que estava sozinho, até que ele conheceu Lauren que foi a sua melhor amiga e parceira de trabalho que teve desde então, a mulher fez com que essa sensação de vazio e solidão diminuíssem, também apresentou pessoas da força policial que não eram corruptos o que fez com que um raio de esperança surgisse dentro dele.

Pelo o que se lembra tinha conhecido Lauren quando ainda era uma novata na área de investigação, ele serviu como um guia para ela já que na época em que ela entrou o mesmo já era experiente e os dois passaram a trabalhar juntos, Romy não sabia muito do passado de sua parceira, somente informações jogadas de que ela nasceu na Coreia e que ela também é divorciada, esta última informação fez com que eles tivessem algo em comum apesar dos motivos do divórcio serem diferentes, no caso da mulher o marido se divorciou dela por causa do vício dela em cigarros, isso era algo notável da detetive, ela sempre era vista fumando em várias ocasiões sem se preocupar com sua saúde o que torna o motivo do divórcio plausível. E era só isso que Romy sabia de sua parceira e única amiga em anos, relembrar disso faz com que ele temesse ainda mais por onde ela podia estar, mas algo estalou em sua mente… E se ela estivesse morta? Seus olhos se arregalaram ao pensar nessa possibilidade que não era nenhum pouco improvável, mas mesmo assim ele não poderia desistir da vontade de procurar por ela, no fundo ele ainda tinha um pingo de esperança que ela estivesse viva e não queria aceitar a possibilidade de ela estar morta, não podia ser assim.

Seus olhos se fixaram na televisão e novamente e teve uma surpresa desagradável, era uma atualização sobre o caso da "detetive desaparecida" estava falando que fazia exatamente uma semana que Lauren não dava notícia, o apresentador cortou para o repórter que estava entrevistando Smith e Roger, ambos os policiais disseram que estão se esforçando em suas buscas pela mulher e dizem que o principal suspeito pelo desaparecimento dela foi o… Romy? Quando ouviu aquilo foi um soco no estômago para ele que estava assistindo aquilo, qual era o significado disso? Ele não sabia, mas a situação ficou ainda mais crítica do que já estava antes, estão o acusando sem provas e o culpando pelo desaparecimento de Lauren, isso não fazia sentido nenhum, aqueles policiais podiam ser corruptos, mas nunca pensou que eles chegariam até esse ponto. A surpresa e o medo instantâneamente viraram raiva, o detetive saiu do estabelecimento antes que o reconhecessem e deu partida com seu carro, estava dirigindo muito rápido para chegar logo na cidade que já estava próxima, e enquanto isso ele tirou o celular do bolso e viu que obteve sinal e começou a digitar uma sequência de números para fazer uma ligação, tudo isso enquanto estava de olho na pista.

— Vai, vamos logo, atende! — Diz Romy um pouco impaciente, até que ele finalmente recebe uma resposta.

— Alô? Romy? — Diz uma voz conhecida do outro lado, a voz parecia um tanto surpresa pela ligação.

— Alô, Stewart! Eu sei que as coisas parecem confusas agora, mas me encontre na entrada da cidade que eu irei explicar tudo, eu provavelmente vou chegar em meia-hora e eu vi que estão me acusando pelo desaparecimento da Lauren, mas eu também sumi por uma semana. — Diz Romy com a voz alterada e tentando explicar tudo o mais rápido que pode.

— Romy? Como isso é possível, o que quer dizer com isso? Você esteve na cidade durante a semana inteira, é impossível que você tenha desaparecido.

— …. O quê?


Fim.



Notas Finais


Um capítulo focado no Romy, caralho, esse demorou, espero que não se repita.


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