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História Devil - Dez - História escrita por AnnaMooney - Spirit Fanfics e Histórias
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História Devil - Dez


Escrita por: AnnaMooney

Notas do Autor


"Você só vai ficar aí me assistindo queimar?
Está tudo bem, porque gosto do jeito que dói."

— Love the way you lie, Rihanna

Capítulo 11 - Dez


Fanfic / Fanfiction Devil - Dez

Terceira Lei de Newton
“A toda ação sempre há uma reação de mesma intensidade e direção, porém sentidos opostos.”


— E os namoradinhos, Rey? — sua tia Holly perguntou enquanto mexia a pequena xícara de chá.

Rey mal ouviu a pergunta.

Ela seguiu digitando a mensagem no celular.

"Finn, por favor. Me responde!"

Fazia dois dias que Finn não retornava suas ligações ou respondia suas mensagens de texto.

Ele estava magoado. E com razão.

Mesmo sendo tão liberal com relacionamentos, Finn sentia uma enorme atração por Hux.

E ver ele e Rey se beijando, na frente de todo mundo, o feriu.

— Rey, saí dessa droga de celular, e responde a sua tia. — Erin ordenou, já sem paciência.

— Chrissie disse que você tinha arrumado um namoradinho. Um tal de Poe. Ela também me disse que ele era pobre. Que pena! Se ele fosse rico daria pra tirar algum proveito. — tia Holly exprimiu todo seu veneno na frase.

Graças a Deus ela não era sua tia de verdade. Era apenas sua madrinha. Melhor amiga de Erin.

Além de ser a mãe de Chrissie.

Rey encarou a mulher magra e esnobe á sua frente.

Ela já estava de saco cheio daquele papel de boa moça na frente das tias.

— Acho que a Chrissie se enganou, tia Holly. Mas, vindo dela, não me surpreende. Ela tem a inteligência de uma porta! E quanto ao Poe, nós não estamos juntos. — Rey ficou séria. — Eu enfiei meu punho na cara dele!

Suas tias quase cuspiram o chá que bebiam.

Erin lançou um olhar cortante para Rey, que apenas ignorou.

— Como disse? — perguntou outra.

— Isso mesmo! Eu soquei ele. E não me arrependo de forma alguma. Ele é um babaca! — Rey sorriu cínicamente para as três, que estavam constrangidas.

— Bom, pelo menos você se livrou desse pobretão! Um homem não valhe nada se não tiver dinheiro. — disse Holly, com toda sua classe.

Era monstruosa a semelhança de Holly com sua filha Chrissie.

As duas eram ambas metidas e arrogantes, que não pensavam em nada além da própria imagem e do dinheiro.

Superficiais...

Rídiculas e superficiais.

— Sabe com quem eu queria que minha filha Chrissie casasse? — não!, Rey pensou em responder.

— Quem?

— Kylo Ren!

As mulheres pareciam surpresas.

— O herdeiro dos Skywalker?

— Ele mesmo. Esse garoto é riquíssimo. Nasceu em berço de ouro. O avô dele é dono de milhares de empresas pelo país. E ele é herdeiro de TUDO! O velho também é super amigo do Trump. — Holly falou, exibindo a vida de Kylo como se fosse de domínio público.

Como se bastasse digitar Kylo Ren no Google que ali estava toda a vida dele explicada na Wikipédia.

Mas não era tão simples assim. Kylo era muito mais profundo que qualquer boato a seu respeito.

— Esse garoto deve ter uma fortuna na conta bancária!

— É, mas tirem o olho que ele já é da Chrissie! Ela me contou esses dias que ele a chamou pra sair. — Holly se gabou da informação.

Rey não conseguiu evitar, e riu baixinho.

Mas as mulheres a ouviram.

— Por que você esta rindo, Rey? — Holly perguntou, meio ofendida.

— Ah, nada não!

— Sabe, Rey...você devia andar mais com a Chrissie, ela fará bem pro seus modos. — aconselhou Holly.

Rey se levantou decidida e saiu da sala, subindo as escadas até seu quarto.

Assim que fechou a porta, sentiu um tremendo alívio.

Nada melhor do que estar no conforto de seu quarto. Sozinha. Sem a presença daquelas mulheres tóxicas e fúteis.

Ela se sentia melhor e nada podia retirar sua tranquilidade. Rey mal podia esperar pra se jogar em sua cama.

— Aproveitando o paraíso, Rey?

Ela travou.

Simplesmente travou.

Tarde demais...

Foi rápido e veloz como veneno em seu sangue, a deixando atordoada.

Suas mãos formigaram. Seus olhos saltaram. E seus pés emperraram.

Medo.

Pânico.

Desespero.

Ela se virou lentamente. Seu cérebro ainda tentava assimilar o que estava acontecendo.

Só podia ser um delírio. É, ela rezava pra ser.

— Kylo? — a jovem murmurou espantada.

— Gostou da surpresa? — ele apertou os lábios em um sorriso provocante e debochado.

— Como você entrou aqui, porra? — Rey gritou exaltada ao vê-lo sentado em sua cama.

Não era um delírio. Kylo Ren estava mesmo ali. Disposto a ser mais sádico, malvado, e apavorante do que nunca.

— Que boca suja, Rey. Você não era desse jeito... Gostei! — ele sorriu abertamente.

— Já acabou? Saía daqui antes que eu jogue você pela janela!

Kylo se levantou da cama e se aproximou de Rey. Ela deu dois passos para trás, evitando ficar perto demais dele.

Ele estava ali por algum motivo e ela sabia qual era.

Revanche.

— Vamo lá, Rey! Vamos jogar um pouco. — Kylo se avançou em cima dela, e Rey recuou novamente.

— Não tenho tempo pra isso, Ren. Some daqui! — ela pressionou o peito dele com o dedo indicador, como sinal pra ele se afastar.

— Está com medo? Com medo do que eu sou capaz? — sim. Ela estava. Mas preferia engolir vômito de cachorro do que admitir isso pra ele.

Rey não queria entrar no jogo. Não queria ceder. Mas ela não iria aceitar ser oprimida e ridicularizada bem ali em sua casa.

Ela lutaria até o fim. Não era mais a sonsa Rey que acatava suas ofensas.

A garota logo sorriu e respondeu:

— Não sabia que beijar aquele seu amigo rídiculo na frente de todo mundo ia deixar você tão puto. Ciúmes, Kylo?

Rey ergueu as sombrancelhas o desafiando a rebatê-la. Ele fechou a cara, odiando cada segundo daquelas palavras.

Ele detestava quando ela o fazia engolir suas própria palavras.

Não tinha nada mais amargo do que o gosto delas.

— Você não é tão especial assim, Rey.

E você está mentindo descaradamente. — replicou ela. — Foi tão divertido ver a sua reação. Seu queixo caíu. Agora me diz, Kylo: conseguiu pregar os olhos naquela noite?

Uma expressão fechada tomou conta do rosto dele. Ren tinha seus olhos cerrados e mirados em Rey.

Sim. Ele havia passado à noite em claro com aquela cena rondando assustadoramente sua cabeça.

Mas ele não daria o braço a torcer. Seria a última coisa que ele faria.

Havia muito mais em jogo.

Como um anjo. — o rapaz contrapôs.

— De anjo você não tem nada. E pode negar a vontade, mas, as suas olheiras dizem o contrário... — Rey revidou no mesmo instante.

— Sua petulância me irrita! — ele respondeu furioso e entredentes.

— É recíproco, Kylo.

Kylo Ren inflamava de ódio por dentro. Todas as suas investidas estavam fracassando.

Rey não parecia mais se afetar. E isso o enlouquecia.

Ela o enlouquecia.

Aquela maldita cena dela e Hux se beijando, o enlouquecia.

E agora, parecia não haver mais nada que o fizesse virar o jogo a seu favor.

Ela estava ganhando. E ele não aguentava perder o controle daquela forma.

O silêncio no quarto era sufocante. Só se podia ouvir a respiração dos dois.

Ofegante e acelerada.

— Eu posso não ser um anjo, Rey. Mas você também está longe de ser um, e sabe disso.

Ela engoliu a seco. Rey sentiu um bolo desconfortável se formar em sua garganta. Como algo que a impedia de respirar direito.

Seu estômago estava revirado. Seu peito estava carregado de angústia.

Ela queria vomitar nele. Ou bater nele. Ou abraçá-lo.

Merda! Rey se xingou mentalmente por ter ousado querer aquilo.

Não. Não. Jamais!

Não podia se esquecer de quem se tratava.

Era Kylo Ren. Imprevisível, impiedoso e sinistro.

Ela decidiu voltar a tentar revidar.

— Não, eu não sou um anjo, Kylo. Mas você...Você tem um lugar reservado no inferno, Ren.

— Exatamente. Em um trono. E com você sentada no meu colo. Porque claramente também vai pra lá.

Kylo e Rey se olhavam intensamente. O joelho dela tremia de nervosismo. E ele era o responsável por deixá-la assim. 

No caso de Ren, suas mãos respondiam a tensão palpável entre eles, com um formigamento estranho.

Talvez uma vontade imensa de tocá-la.

— O que você veio fazer aqui?

Ela indagou, já sem forças para persistir naquela conversa que só sugava suas energias.

— Vim devolver uma coisa.

— O quê? — ela perguntou desinteressada.

— Você disse que me deixou surpreso aquele dia que beijou o Hux. Então, eu vim devolver isso, Rey. Vim reverter o jogo. Deixar você de queixo caído.

E assim, mergulhando dentro dos olhos dela,

Kylo Ren a beijou.

Não um beijo calmo e gentil. A língua dele pedia espaço desesperadamente.

Kylo circulou a cintura dela com seus braços grossos e firmes, e as mãos de Rey foram para a nuca dele.

Ela queria parar. Mas seu corpo a traía, correspondendo ao beijo agitado e ardente.

Newton não podia estar mais fodidamente certo.

Aquele era o princípio da ação e reação.

Aquele em que Kylo Ren a beija desesperadamente.

Pra devolver algo que ela começou.

Rey apertou com força os fios macios do cabelo dele. Ele era mais alto. E ela estava na ponta dos pés, podendo se desequilibrar e cair.

Mas ele não deixaria.

A segurava com tanta possessão. Se dependesse dele, não a soltaria jamais.

O gosto dele era tão bom. Sua boca era quente e o cheiro dele invadia Rey com violência.

Eles se engoliam com vontade e necessidade. Sem querer quebrar o contato. Sem querer parar.

Rey o desejava. Ela queimava por dentro com ânsia de ter mais e mais da boca maravilhosa dele.

A lei do retorno era mesmo dolorasamente perversa.

Não!

Kylo Ren era perverso.

A lei do retorno era só a lei do retorno.

Rey e Kylo sentiram tudo sumir. E se negavam, com todas as suas forças, imterromper aquele beijo.

Mas infelizmente...ele foi.

Por uma porta aberta abruptamente.

Seus lábios pararam de se mover. Mas continuavam próximos. Colados e de olhos fechados.

Ela virou para o lado, vendo quem estava na porta.

Chrissie?! — sussurrou ao perceber de quem se tratava.

A loira estava abismada. Ela viu a cena, e a processou por alguns segundo. Até se virar e sair correndo dali.

Ela tinha ido até o quarto para passar um tempo com Rey, pois sua mãe havia mandado, e se deparou com ela e Kylo Ren se beijando.

— Vai embora! — Rey ordenou para Kylo que apenas lhe encarava.

— Não quero.

— Vai embora, Ren! Eu resolvo isso!

Ela saiu correndo atrás de Chrissie e conseguiu segurar o braço da loira antes que ela descesse as escadas e contasse tudo para Erin.

— Chrissie, espera!

— Me solta sua vagabunda! Esse sempre foi o seu plano, não é Rey? Você sempre teve inveja de mim. Sua vaca!

— Chrissie, para com isso! É loucura da sua cabeça!

— Eu te odeio, Rey! Você é uma vadia desgraçada que só queria foder a minha vida. Não se contenta em ser só patética e feia. Precisa ser uma cadela miserável! — Chrissie levantou sua mão para dar um tapa na cara de Rey. 

Ela iria bater na outra sem piedade.

Mas a mão de Chrissie ficou lá, presa no ar.

Porque algo a impedia de continuar o trajeto.

Algo, não.

Ele.

Ele segurava o pulso dela. E mirava nela um olhar cortante e assustador.

— Não! Você não vai bater nela. — Kylo falou ameaçadoramente.

— E o que você vai fazer? Me espancar? — ela questionou, meio desesperada.

— Vou ter dar três segundos pra desaparecer daqui. Não teste a minha paciência, Chrissie. Você não me conhece!

Chrissie recuou para trás, quase chorando.

Rey se sentiu aliviada por ela ter parado de surtar.

— Por que está fazendo isso? Você detesta ela!

— Porque você não se contenta em ser só patética, Chrissie. Precisa ser uma cadela miserável também!

A loira ficou sem reação. Ela saiu dali imediatamente.

Rey estava boquiaberta. Ela olhava para as costas largas de Kylo, esperando ele se virar.

E ele fez isso.

E quando fez, tudo pareceu perder a importância.

E só o que importava agora era que eles haviam bagunçado, tumultuado e desequilibrado o jogo.

E ele tinha se tornardo um delicioso caos.


Notas Finais


Se você leu até aqui,

Obrigada ❤


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