História Devil Lives Next Door - Imagine Lay - Capítulo 04

— Me seguindo, ou gostou da minha lanchonete ? Achou o dono dela muito lindo ? — sorriu convencido, segurando sua prancheta. Puxei de sua mão e joguei no chão. — Como essa menina é má.. Adoro! - disse, abaixando e pegando a mesma.

— Vai logo buscar meu pedido e não enche o saco! — Indaguei sem paciência, sentando em volta de uma mesa. — E, eu só estou aqui porque foi meu amigo quem escolheu.  — Eu disse, logo Baek chegou. 

Lay, sorriu malicioso ao ver ele me dar um selinho rápido, revirei os olhos e logo ele saiu de perto. Baek, olhou com raiva ao lembrar da última vez que viu esse cara que foi no elevador, causando aquela confusão toda que resultou em problemas com o síndico do prédio.

— Eu tinha esquecido, que essa lanchonete foi comprada por ele.  — Bufou de raiva. — Ele parou de pegar no seu pé, né ? — Ergueu uma das sobrancelhas, me encarando.

— Nós é como cão e gato, nunca iremos ter uma trégua nessa briga. — Respondi, fitando as veias da sua mão. — Vamos falar de coisas bonitas, e Lay não se encaixa neste assunto. — O mesmo gargalhou.

Conversamos animados, até Lay trazer nossos pedidos e jogar algumas indiretas para Baek, que não se tocou. Foi atender outras mesas, nos deixando em paz desta vez.

(...)

Saí tarde da faculdade e ainda estava chovendo, não passava nem táxi e a frente do prédio já estava vazia.  Peguei meu celular para ligar pra Baek, mas nada chamava. Então, resolvi encarar a chuva andando até o ponto de ônibus mais próximo.

— Parece castigo do céu. — Reclamei, abraçando meus próprios braços. — Será que irei ter que apelar? 

 Parei de andar. Peguei o celular de novo e tinha o número da lanchonete de Lay, o mesmo estava apenas com 5% e comecei a rezar para todos os deuses de Kpop para ele atender. 

— Oi, Lay...  Sou eu sim, seu idiota! — Ele começou a rir do outro lado. — Lay, me... Me ajud...

Xinguei todos os santos por não ter me ajudado, então, respirei derrotada indo para debaixo de uma cobertura esperando a chuva passar. Depois de horas, um carro escuro parou na minha frente, meu ânus travou por pensar o pior, mas respirei aliviada, ao ver quem era o ser.

— Xiumin! — Ele fez sinal, para mim dar a volta, corri e logo entrei no seu carro. — Como você soube que era eu ? — perguntei, colocando o cinto de segurança.

— Você, eu conheço em qualquer lugar.  — Respondeu, rindo. — Sua cara de maldosa facilita. — Dei um tapa no seu ombro, indignada.

(...)

Xiumin, me deixou no prédio e foi embora. Se não fosse por ele, eu ainda estaria esperando aquele idiota que nem se importou em ajudar o próximo. Nem sei porque perdi meu tempo ligando para ele, é claro que ele não iria aparecer. 

Adentrei meu apartamento, logo tirando a roupa colocando uma toalha em volta do meu corpo, fui na cozinha para preparar um chá contra resfriado.

— Não posso ficar doente, logo na semana de provas. — Neguei com a cabeça, ligando o fogo. — Bem quentinho e gostoso. — Sorri, colocando os ingredientes.

Peguei umas roupas sujas que estavam pelo apartamento, jogando tudo na máquina de lavar, voltei pra cozinha e tirei meu chá do fogo colocando em uma jarra de vidro.  Quando ia dando a primeira golada, minha campainha tocou.

— Mas que inferno! — coloquei o copinho sobre a mesa de volta. — Se for aquela velha do 4B, pedindo para ajudar a procurar o gato dela... eu não respondo por mim. — Falei irritada, indo vê quem era.

Abri a porta com uma certa raiva, me deparando com um ser irritado e também molhado da chuva. Lay, adentrou com tudo meu apartamento, quase me jogando no chão, cruzou os braços na frente do peito, enquanto me encarava sério.

— Isso é algum tipo de brincadeira, é ? — Perguntou ele, com uma certa raiva por algo. — Você me liga pedindo ajuda, eu vou como um idiota e não era nada ? — gritou, me prendendo contra a porta.

— Claro que não! Olha só como meu cabelo está molhado e olha ali meus materiais. — apontei para a mesinha, onde deixei tudo. — E você demorou muito, por sorte um amigo apareceu! 

— Eu demorei, porque eu não fazia idéia de onde você se meteu, mas eu, entrei em todas as ruas tentando achar você! — Ele parecia preocupado. — Quer saber ? Que se foda, você já está aqui mesmo! 

Ficamos nos encarando por um tempo, eu ainda estava perplexa sem acreditar, que ele realmente foi atrás de mim, que ele se importou por uns minutos. Logo nosso contado foi quebrado, quando ele se dirigiu até a saída do meu apartamento. Quando ia saindo, eu lhe dei um abraço por detrás, por gratidão.

— Obrigada, por ter se preocupado comigo e ter ido atrás. — Disse e soltei ele,  o mesmo se virou coçando a nuca sem graça. — Trégua hoje, amanhã a gente volta a se odiar. — Dei de ombros, observando ele sorrir.

— Verdade, pois eu ter ido atrás de você não muda em nada. — Abri a boca sem acreditar, que o diabo voltou. — Espero que tenha uma boa noite, pois hoje será os gritos de duas para suportar. — Avisou, saindo apressado.

Corri até a minha porta, quando olhei para seu apartamento, o mesmo empurrou duas mulheres para dentro dele, ele me olhou e jogou uma piscadela na qual eu devolvi com o dedo do meio. Fechei a porta do meu apartamento, tratando de ir tomar meu chá, antes de ficar resfriada. Coloquei os fontes de ouvidos e fui tentar dormir, só tentar mesmo.