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História DIABOLIK LOVERS: Dark Moon (HIATUS) - Mantendo os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda - História escrita por leeve - Spirit Fanfics e Histórias
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História DIABOLIK LOVERS: Dark Moon (HIATUS) - Mantendo os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda


Escrita por: leeve

Notas do Autor


Nya, dialovers!~
Então... SOMOS 88 FAVORITOS! É ISSO MESMO, PRODUÇÃO?! Gente... Muito obrigada! Sério! 😭😭😭
E obrigada também pelo apoio no capítulo passado. Não foi um capítulo, apenas um pronunciamento! Mas enfim... Obrigada. :3 Foi muito gentil da parte de quem comentou deixar palavras de apoio e eu me sinto bem por ter leitoras assim. Obrigada, de novo. E eu prometo cuidar do meu bem estar! 😊✋💖
É isso! Aproveitem o capítulo e se puderem deixar um comentário, agradeço mais ainda! 💖💖💖💖💖💖
Boa leitura, meus nya-mores! 😌💖

Capítulo 19 - Mantendo os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda


Fanfic / Fanfiction DIABOLIK LOVERS: Dark Moon (HIATUS) - Mantendo os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda

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D a r k  M o o n 

Capítulo XVIII - "Mantendo os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda"

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[Autora]


                 Era impossível negar… desde a chegada de Kino ao Castelo, o clima estava mesmo estranho. Sem falar na morte dos sete ministros da direita, que deixou todo mundo chocado. Na mesa do café, nenhum som além do tilintar dos talheres. Beatrix cortava seus waffles olhando para Kino, perguntando-se se deveria interpretá-lo como uma ameaça ou não. Ela nunca tivera conhecimento dele, bem como os outros seis irmãos. Saber da existência de mais um filho de Karl era chocante demais. Poderia ser mais um filho concorrendo ao trono!

                 Hitomi, Akame e Andressa não estavam diferentes da Rainha. Pareciam alertas a qualquer movimento dele e esperavam até mais um ataque, igual àquele feito pelo dito cujo "κσ". Reiji, percebendo a aura da mesa, via o tamanho da curiosidade de sua mãe, que logo se manifestou:

— Kino! – Beatrix o chamou um pouco alto, acabando por ganhar o olhar de todos. 

— Pois não? – ele pousou os talheres no prato, meio surpreso.

— Estou um pouco surpresa por termos mais um membro da família à mesa. Um membro desconhecido, até então. – Beatrix sorriu, unindo as mãos na frente do peito. – Diga-me: você tem algum interesse na coroa?

— Mãe! – Reiji olhou para a mulher com reprovação. 

— Ora! Curiosidade! Uma pergunta tão boba… Kino não se importaria de responder, correto? – ela olhou para o rapaz com um brilho nos olhos um tanto quanto suspeito. 

                 Kino, meio cabisbaixo, ria enquanto balançava a cabeça negativamente.

— Não tenho interesse algum na coroa, Majestade. – ele a encarou. – Pelo contrário, acho que esta competição só traz desunião. Sem falar que… Sacrificar pobres jovens como estas é bastante desumano.

                 As meninas se olharam. "O que está acontecendo aqui?", elas pareciam dizer uma à outra.

— Elas estão predestinadas a isso. – Beatrix disse entre os dentes, notavelmente incomodada.

— Que destino cruel, eu diria. – Kino voltou a comer.

                 Respirando fundo e recompondo-se de um "quase ataque", Beatrix também voltava à sua refeição. Desta vez, ela cortava os waffles com raiva e Reiji, de longe, via tudo e encarava o irmão Shu como se dissesse "Está vendo?". Shu resolveu ignorar e também continuava a devorar seus waffles. Ayato, com os olhos fixos em Kino, variava entre encará-lo e olhar para Yuma, que comia bastante.

— Ei! Vai ser difícil ter mais uma boca aqui em casa! – Ayato comentou, chamando a atenção de Kino e Yuma. – Já basta esse fanático por tomates acabando com toda a comida da casa!

— E com o meu jardim também. – Subaru resmungou. – Tsc. Aquele lugar já está virando uma horta! 

                 A risada de alguns foi inevitável. As noivas dos Mukami riam de se acabar, exceto Azuna, vermelha de tão ofendida que se sentiu. Até Christa, que parecia fora de órbita, permitiu-se rir, fazendo com que Subaru e Hitomi ficassem surpresos. Beatrix tinha uma veia pulsando na testa de tamanha irritação.

— Baaaka!~ –  Yuma cantarolou com a boca cheia de comida. – Eu só plantei tomates naquele jardim porque seu cabelo é igualzinho a um!

— Tsc. Idiota. – Ayato cruzou os braços.

— Ayato-kun, não se preocupe. Eu não acabarei com a comida daqui. O Yuma-kun fará isso antes de mim. – Kino comentou, tranquilamente, arrancando gargalhadas da maioria que estava na mesa.

— Até você?! – Yuma esbravejou, pasmo.


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                 Diferentemente da comédia que parecia a sala de refeições, no escritório do Rei, a atmosfera não era nem um pouco agradável. Karl não parava de encarar aquele papel-carta com um ômega enorme pintado de preto. Ele balançava um dos pés, agitado, e seus olhos dourados não saíam daquela folha de papel amarelada. Shin e Carla, sentados nas poltronas dispostas em frente à mesa do Rei, observavam-no quase enlouquecer. Os irmãos Tsukinami se encararam pela quinta vez, suspirando com frustração. 

— O que mais lhe falta saber, Majestade? É mais que óbvio que isso é um aviso. – Carla proferiu, arrancando a folha da mão do Rei.

— Não há mais nada a se fazer além de nos prepararmos para uma possível revolta. – Shin constatou, com ar de preocupação.

— Uma revolta… Uma revolta!… – Karl bateu as mãos na mesa, fazendo os objetos sobre ela tremerem. – Nunca desde quando eu impus este regime, uma revolta aconteceu! No máximo, protestos e passeatas!

— Acontece que esses rebeldes estão fortalecidos. E certamente, o líder deles está no mesmo nível que Vossa Majestade. – Carla dobrou o papel, guardando-o no bolso. – Sete ministros mortos… 

— Reforçamos a segurança aos parlamentares para garantir que nenhum atentado aconteça. Majestade, estaremos reforçando a segurança no castelo também. – Shin garantiu.

— Segurança… Do que adianta?! – Karl levantou-se de sua cadeira, tão exaltado que dava para ver suas presas. – Do que adianta segurança se ontem mesmo aquele verme conseguiu colocar os dele aqui dentro?! Pedimos empregados de suporte e ganhamos assassinos de uniforme!

— Ninguém é confiável agora. Sem empregados de suporte e quanto aos que já estão aqui, colocaremos espiões para garantir que nenhum deles esteja fornecendo informações a rebeldes. – Carla olhou para o irmão, que assentiu com a cabeça. Então, voltou seus olhos felinos dourados aos Rei. – Quanto a Richter…

— Ah… – Karl sentou-se novamente, desanimado. – Ainda não acredito que permiti a volta daquele traidor. Tudo isso porque você precisa da ajuda dele. 

— Richter tem mais experiência em campo de combate. Além disso, preciso dar mais atenção ao Exército Branco e reforçar... 

                 Duas batidas na porta interromperam a conversa. Os três reconheceram o cheiro de quem estava ali e Karl, insatisfeito, disse um "entre" bem desanimado. Logo Richter adentrou no escritório, fazendo uma leve reverência ao irmão. Ele ainda não sabia como agir com Karl… Não depois de tudo.

— Richter. – Carla sorriu para o homem, que fez um aceno de cabeça como se fosse um silencioso "oi". 

— Vá em frente. Diga o que tem pra dizer. – Karl balançou a mão no ar.

— É sobre Kino. Eu não contei, mas ele já está aqui há um tempo. 

                 Carla, Shin e Karl se encararam, surpresos. 

— Como que aquele verme saiu do Inferno e veio para cá?! Como eu não soube disso?! – Karl esbugalhou os olhos.

— Também não sei. Acabei de voltar de lá e os empregados responsáveis por cuidar de Kino disseram que ele sempre esteve por lá, estudando em seu quarto. Aparentemente, ele usou magia. No dia do ataque, por exemplo, ele apareceu lá na taberna. – Richter engoliu seco no final, lembrando-se da cena de Kino usufruindo-se de Cordelia.

— Mas que… – Karl balançou a cabeça, sentindo a fúria tomá-lo gradativamente. – Aquele bastardo… Por que não disse ontem, Richter?

— Eu diria… Só não achei que era o momento apropriado. 

                 Mais duas batidas na porta. Karl respirou fundo, podendo sentir o aroma delicado de um das noivas. Ele sorriu, reconhecendo sua noiva predileta dentre as seis e a que ele teve tanto esforço de levar para o Castelo.

— Entre, Hitomi. – o tom de voz dele até mudou.

                 Timidamente, a garota aparecia na sala. Ao ver os Tsukinami, Richter e Karl reunidos, deduziu que a conversa que estavam tendo era realmente séria. Mas também agradeceu por não estar sozinha com o Rei, por medo de ele enforcá-la igual àquela última vez, há um mês atrás. O sorriso discreto de Richter confortou-a em meio ao seu nervosismo.

— O que tem a falar, Hitomi? Algum problema? – Karl sorriu para ela, numa falsa simpatia.

— Talvez tenha… – ela se encolheu entre os ombros. 

— Pois diga.

— Kino-senpai… 

— Ah! Novamente! Esse garoto veio me trazer problemas, pelo que parece. – Karlheinz encostou-se na cadeira, tentando relaxar. – O que foi, agora?

— Serei direta. Lembra-se do bilhete que recebeu no dia do ataque ao Castelo, no mês passado? Pois bem… Kino-senpai e eu nos encontramos antes do baile, na praça, e enquanto ele assinava uma prancheta, notei que sua assinatura é correspondente a do "κσ". – Hitomi retirou o celular do bolso, mostrando uma foto. – Eu e Akame-chan, que estávamos na hora, falamos com Dressa-chan, que ainda estava no Parlamento, e ela tirou uma foto do livro de visitas. Tudo corresponde.

— Além de fugir do Inferno, ele ainda teve a ousadia de ir no Parlamento, assinar no livro de visitas e fazer passeio pela cidade?! Como eu não o vi?! – Karl bradou, arregalando os olhos para os Tsukinami.

— Ele deve ter aparecido depois que o senhor, Vossa Majestade. – Carla olhou para Hitomi por cima do ombro. – Vocês conversaram? Muito estranho você falar que o viu assinando uma prancheta. O que era? Vocês conversaram?

— Ah, isso… – Hitomi coçou a nuca. – Umas pessoas estavam pedindo assinaturas na rua para… Am… Ajuda aos pobres. Eu assinei e Kino-senpai veio logo depois. Conversamos bem pouco, sobre as assinaturas…

                 Carla semicerrou os olhos sobre Hitomi. Suas orbes douradas pareciam brilhar mais naquele instante, como se ele encarasse além do corpo de Hitomi, mas sua alma e espírito. Shin e Richter também notaram a desconfiança do lupino. Ele sabia que Hitomi estava mentindo. Seus olhos voltaram à tonalidade normal, menos intensos.

— Bem a cara dele. – Carla disfarçou, dando de ombros. – Mas… Você tem noção do que está insinuando, não tem? Está sugerindo que Kino é quem está promovendo esses ataques.

— Eu sei. – Hitomi tremeu um pouco. – Eu não queria acusá-lo assim, mas é bem provável que ele seja quem tanto está criando esse grupo de rebeldes! Reparem… ele está no nível de poder que o Rei, podendo dar dinheiro e o que mais os cidadãos exigirem em troca; ele pode dar segurança aos seus aliados; ele é totalmente contra à política do Rei. Ele disse o que pensa para mim, ontem!

— Maldito! – Karl esmurrou a mesa. – Hitomi tem razão. Mas se for realmente ele, é burrice. Ele é um vampiro assim como nós e promover uma rebelião contra mim, é garantir a queda dele!

— Majestade… – Hitomi aproximou-se da mesa. – É aí que o senhor se engana. Se for mesmo o Kino-senpai, ele assina por κσ, não como um Sakamaki. Para "os dele", ele é apenas um vampiro rebelde. Ele poderia promover a rebelião e depois dar uma rasteira nos aliados, tomando o trono.

— Isso é… – Shin estava boquiaberto. – Majestade, isso é insano, mas é bastante coerente!

— Isso é assustador. – Richter comentou, de braços cruzados e cabeça baixa. – Mas se formos analisar, Kino sempre foi o tipo de criança que gostava que fizessem favores para ele e depois ele tirava vantagem dizendo que ele que havia feito. Ele não suja as mãos dele, mas sim a de outros.

— Manter os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda… – Karlheinz resmungou. – Vamos fingir que não tivemos essa conversa. Hitomi, parabéns pela esperteza. Seu pai ficaria orgulhoso. 

— Por nada, Majestade. – Hitomi forçou um sorriso. Por dentro, ela estava assim: "Como ousa falar do meu pai quando, há um mês atrás, ameaçou-me dizendo que ia carbonizá-lo?!"

— Reunião encerrada. – o Rei levantou-se da cadeira. Os Tsukinami fizeram o mesmo.

                 Richter abriu a porta, dando passagem ao Rei, os irmãos e a Hitomi. Os cinco se retiraram do escritório e os soldados que faziam a guarda, viam-se liberados. Enquanto caminhava com tais homens tão poderosos, o coração de Hitomi palpitava fortemente. Ela estava gelada, pois havia acabado de fazer algo muito arriscado. Os Tsukinami e o Rei logo sumiram no corredor e Hitomi parou de andar, ainda com um turbilhão de pensamentos.

— Você fez certo. – Richter comentou, ao lado direito dela.

— Richter-sama… – ela virou-se para ele assim como ele virou-se para ela. Hitomi olhava-o com certo desespero. – Tenho medo de ter feito uma acusação grave dessas e no final, ser mentira. Ao mesmo tempo que tenho certeza de que é ele, eu não quero acreditar pois seria muita burrice ele se arriscar tanto!

— Hitomi… – Richter segurou-a pelos braços, mantendo seu semblante calmo. – Tem pessoas que gostam de correr riscos. Elas ficam ali, no campo minado, pois gostam da adrenalina de serem pegos. Se for mesmo isso, ele nem deve imaginar que você já analisou tudo. Ele se sente seguro pois não está diretamente nos ataques.

— Ele sabe… De certa forma, ele sabe… Tanto que assina por ômega agora! Ele viu como eu olhei para a assinatura dele… viu como Akame encarou… Ele sabe que desconfiamos dele. Ele deve estar desesperado. 

— Ou eufórico. Ele deve estar contente por alguém já desconfiar dele e isso faz com que as coisas fiquem interessantes. – Richter puxou Hitomi para um abraço. 

— Richter-sama… Se houver uma rebelião, morrer no meio do Sacrifício se torna uma possibilidade? – Hitomi o encarou com uma tristeza no olhar.

— Não me faça responder a essa a pergunta, Hitomi. Não pra você, que eu conheço desde pequena. 

— Eu não vou morrer… Não sem conhecer a história dos meus pais, a minha história! – ela bradou, determinada. – Ninguém sai vencedor de uma batalha. Ambas as partes saem prejudicadas, mas… Vamos tentar sair dessa sem tantas perdas assim.

— Vamos sim. – Richter abriu um sorriso discreto.

— Hitomi-chan… – um voz ecoou pelo corredor.

                 Hitomi olhou para a esquerda, vendo Futaba encarando-a com certa confusão. "O que há com esses dois?", ela se perguntava, estranhando o fato de Hitomi parecer meio triste e meio brava. Abatida. 

— Futaba-sama… –  Hitomi sorriu para a mulher, depois para Richter. – Eu vou indo. Aliás, seja bem-vindo de volta, Richter-sama. E obrigada.

                 Ele assentiu com a cabeça e observou Hitomi correr até a empregada. Futaba o olhou por alguns segundos, mas logo desviou sua atenção inteiramente para a filha dos Nikishima. Se Richter concentrasse-se bem, poderia ver Hitomi pequena — e manca, como na época — andando ao lado de sua babá, Futaba, e mulher que ele sentia que estava apaixonado. Sim… Richter tinha certeza disso há muito tempo, muito embora tenha ficado apegado a Cordelia por muito mais tempo ainda, chegando a se tornar prisioneiro daquele affair cujo destino não poderia ser nada mais nada menos que trágico. Morrer em meio a uma rebelião se tornara sim uma possibilidade, era óbvio. Mas Richter lutaria com unhas, dentes e espada, pois não ficaria em paz se uma espada de prata perfurasse seu coração e desse fim em sua vida, sem ao menos ele ter recebido o perdão daquela mulher.

                 Ele lutaria por ela, que o fizera sentir emoções, algo impensável para um vampiro.


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                 No quarto de Reiji, ele e Akame dividiam a cama. Era uma sensação estranha. Os dois haviam passado um mês com saudade um do outro. Sim… Saudade. Reiji nunca cogitara em sua vida que poderia ter tal sentimento atormentando-lhe a mente todos os dias em que ficara na Alemanha. Mas ele sentiu. E ali, com Akame, ele e ela não sabiam o que fazer, por mais que tenham ficado distantes um do outro. Ela, deitada no peito dele, não fazia nada além de passar o dedo por cima do colete do vampiro, que a abraçava com o braço direito enquanto sua mão esquerda acariciava os fios negros da noiva. 

                 Silêncio… Nada mais que o silêncio entre quatro paredes. Por dentro, Akame sentia-se frustrada por não ter tido sua noite perfeita com Reiji, mas sim um tiroteio no salão de festas. Reiji, pensativo, também refletia sobre a mesmíssima coisa. A preocupação tornava-se companheira pois algo ruim viria. Algo grande e ruim.

— Hitomi-chan já deve ter contado tudo. – ela comentou, olhando para Reiji. – Não há mais volta, Reiji-san.

— Não mesmo. – ele suspirou pesado. – Agora temos que nos preparar para o que vir. 

— Você não tem medo? 

— Não tenho medo por mim, mas por você. E automaticamente pelas outras, afinal de contas, vocês são amigas. – Ele comentou, fazendo Akame sorrir.

— Amigas… Lembro-me de escutá-lo dizer que as abandonei. – Ela riu.

— Abandonou sim, por ganância. Mas voltou para elas quando tirou Hitomi daquela igreja. Você quase morreu envenenada depois, por causa disso. E desde que eu viajei, vocês fizeram um ótimo trabalho nas questões políticas do reino. – Reiji sorriu de lado. – Estou orgulhoso. 

                  Akame deu risada e saiu de cima de Reiji, deitando-se ao lado dele. Calmos, os dois observavam o teto do quarto pouco iluminado por causa das cortinas. 

— Olha só para nós… Antes éramos meras estudantes de um convento e agora somos noivas de vampiros. Vampiros da Família Real Sakamaki! – Akame sorria, contente. – Ainda lembro da viagem para cá. Muita coisa mudou… Até nós mesmas. É estranho que o clima de agora seja de adeus. Quando eu falo assim, parece até uma despedida.

— Vocês não vão morrer… Ninguém vai morrer, se é isso que pensa. – Reiji olhou para Akame, vendo os olhos dela encherem-se de lágrimas.

— Mas parece. Temos um inimigo aqui dentro, que pode promover a rebelião a qualquer momento! – as lágrimas de Akame escorreram. – Não vou parar de pensar que cada dia é um dia a menos até que estejamos todos vivos no final de tudo!

— Todo dia é um dia de vida a menos, Akame. Pelo menos, para vocês, humanas. Já nós… Estamos confinados por toda a eternidade, pelo menos se não tiver uma espada de prata envolvida. 

— São resistentes a sol, alho, cruzes… Mas não são resistentes à prata? – Akame riu. – Ei, Reiji-san… Se ficarmos juntos por toda a eternidade, você vai me amar mesmo até o fim dos tempos?

— Eu irei amá-la até o fim dos tempos, Akame. – Reiji sorriu, acariciando o rosto da garota. – Irei amá-la até que tudo isso acabe, se houver mesmo um fim do mundo. E se existir mesmo esse "lugar melhor", nos encontraremos lá e eu vou fazer de tudo para ficarmos juntos. 

                 Os olhos de Akame brilhavam, ao mesmo tempo que enchiam de lágrimas novamente. Estas escorriam por seu rosto pálido, o qual Reiji enxugava com delicadeza. A alegria que preenchia o peito de Akame por ouvir tais palavras era imensurável! Reiji não conteve-se e ficou por cima dela, apoiando as mãos em cada lado de sua cabeça. Akame tirou o par de óculos do rosto dele, observando-o milimetricamente. Reiji era lindo… Como um príncipe. O que ele de fato era mesmo. Ela acariciou a bochecha dele com o polegar, desejando que aquele momento não acabasse nunca! Que continuasse e permanecesse… Que a paz e a atmosfera agradável continuassem ali, formando aquele mundinho dos dois. Só para os dois.

                 Os olhos de Reiji caíram sobre os lábios de boneca de Akame, levemente róseos. Ele a olhou como se pedisse permissão e com um sorriso discreto dela, teve o seu consentimento. Depois de tanto tempo, os dois beijariam-se novamente. Deitando-se mais sobre ela, Reiji esfregava seus narizes, num beijo de esquimó. Akame ria baixo enquanto passava os braços em torno do pescoço do vampiro. Um selinho tímido foi dado na boca delicada de Akame… Então, vinha um beijo cheio de saudade; um beijo intenso tal como aquele que eles deram na chuva. Um arrepio se espalhava pelo corpo de Akame, sua respiração se alterava ao sentir os lábios de Reiji contra os seus e em um movimento rápido, ele a puxou pela cintura, ficando sentado com a mesma em seu colo. Era como um filme… À medida que se beijavam, ambos ajudavam-se a tirar a roupa, meio desengonçados, mas ainda assim em completa sintonia. 

                    Já estavam completamente nus quando Akame ficou por cima de Reiji, beijando-o de maneira sedenta, como se esperasse por aquilo há mais tempo do que vivia. Por mais que fosse a primeira vez dela, lá estava ela, em cima dele, com seus delicados seios contra o peitoral de Reiji. Os dois se encararam após o beijo, como se duvidassem do que vem depois.

— Tem certeza? Ainda mais assim? – ele perguntou, temendo parecer um pervertido. Akame nunca viu Reiji sendo tão… Fofo.

— Tenho… – ela sorriu, acariciando as madeixas do cabelo escuro dele. – Vai ser ainda mais memorável.

                 Akame era inacreditável, aos olhos de Reiji. Ele a observou, analisou cada canto de seu corpo como se ela fosse a mais bela obra de arte que já tenha visto! Até mais bela que aquelas que viu na Alemanha! Olhando nos olhos dela, Reiji aproximou a mão lentamente de seu rosto como quem hesita, mas ainda assim se arrisca em tocar uma delicada flor. Ele sentiu os fios delicados do cabelo de Akame entre os dedos, apertando-os com delicadeza e puxando a cabeça dela para trás. Um suspiro saiu dos lábios de Akame, cujo pescoço estava totalmente exposto ao rapaz. Reiji respirou fundo, vendo-se excitado e inebriado por aquele aroma, por aquele licor rubro que cada vez mais o enlouquecia… Tanto quanto o belo corpo de Akame. A sensação era de tocar uma nuvem… Macia e delicada. 

                 Ele beijou o pescoço dela, provocando uma onda de arrepio ainda mais forte que a anterior. Akame apertou os olhos, vulnerável àquela sensação. Reiji beijou seu pescoço novamente, fazendo uma trilha até o busto da garota. Sua mão, antes no cabelo, deslizou para as costas, onde contava com a ajuda da outra para segurar sua noiva. Sem que Akame esperasse, Reiji chupou um dos seus delicados seios, cujos delicados e rosados "biquinhos" já estavam encolhidos pela crescente excitação. Akame prendeu um gemido na garganta, sentindo a língua de Reiji sugar seu mamilo, os lábios chuparem e o processo se repetir com o outro seio. Era incrível… 

                 Reiji queria desfrutar de cada sensação que Akame poderia lhe dar. Ele a puxou para frente, fazendo com que ela o encarasse mais de perto e a beijou com volúpia. Ele apertava a cintura dela, sentindo as mãos delicadas agarrarem seu cabelo com certa raiva. Raiva não… Saudade. Ambos pareciam certificar-se de que aquilo era mesmo real, porque mais parecia um sonho. 

— Reiji-san… – Akame parou de beijá-lo, encarando-o com uma vergonha no olhar. – Eu não quero esperar mais.

— Tudo bem… – ele sorriu, deixando um beijo na testa de Akame. – Como quiser, minha noiva.

                 Aquilo a deixou tão feliz. O coração de Akame poderia flutuar! Cuidadoso, Reiji posicionou-se na entrada tão molhada de Akame, que deixou um gemido escapar. Ele nunca imaginaria que se apaixonaria, e que defloraria a garota a qual também estaria apaixonada por ele. Mas estava acontecendo. Ao mesmo tempo que se sentia realizada, Akame também sentia medo. 

— Quer parar, Akame?… – ele sorria, enigmático.

                 Ela fez que não com a cabeça. Estava convicta de que queria que fosse daquele jeito. Com delicadeza, Akame permitia que Reiji aprofundasse-se nela, preenchendo-a centímetro por centímetro. Um gemido arrastado saiu dele, em meio a um suspiro, e de Akame vinha um gemido baixo, um misto de dor e desconforto. Ela se encolhia, incapaz de mover-se. Reiji a abraçou forte, sentindo as mãos dela em seus braços.

— Shhh… – ele beijou o rosto dela. – Vai passar… 

                 "Permita-se sentir a dor", Reiji sussurrou logo depois, rouco. Mais um outro arrepio corria na pele de Akame, por sentir a respiração dele e a voz tão próximas em seu ouvido. Como se quisesse atiçá-la, Reiji deu uma leve mordida no lóbulo da orelha de Akame. Mais um gemido baixo veio dela, que ruborizou na mais genuína vergonha que, para ele, era adorável e quase como um divertimento. Aos poucos, Reiji começou a erguer Akame para cima, sentindo-a apertá-lo cada vez mais. Ele prendia o ar, tentando resistir e ser o mais delicado possível com ela. Era difícil… Os gemidos dela eram adoráveis, com um quê de dor em meio à tanta delicadeza! Apoiando-se nos ombros de Reiji, Akame movia-se por conta própria, vendo a expressão forte em seu rosto no reflexo dos olhos do rapaz. Ela sentia cada centímetro dele… sentia seu membro pulsar dentro dela. Reiji não aguentou… beijou-a e inverteu os papéis, ficando entre as pernas dela. Ele moveu-se devagar, vendo sua noiva pôr as mãos contra o peito dele e repetir o nome dele diversas vezes, um tanto quanto manhosa. Uma dor tomou conta da garota, que arranhou o peito do vampiro. Ele viu-se obrigado a parar, sentindo que havia acabado de tirar sua virgindade. Akame o apertava ainda mais, chorando um pouco. Reiji a beijou, tentando fazê-la distrair-se daquilo. Ele queria que ela se sentisse bem. Ali mesmo, voltou a mover-se, abafando os gemidos dela com sua língua. "Controle-se", ele dizia a si mesmo por dentro, mas ao mesmo tempo, adorava sentir Akame, seu membro dentro dela, indo e vindo. Ela tinha que sentir… tinha que sentir cada sensação.

                 Reiji parou de beijá-la, vendo a noiva suar tanto quanto ele, embora estivesse praticamente morto. Akame não hesitava em gemer, sensível com todo aquele êxtase. Olhando nos olhos de Reiji, ela parecia ter esquecido da dor, do desconforto. A respiração alterada dela só o fazia querer deixá-la ainda mais sem fôlego, fraca, gemendo sem pudor algum. Olhando para aquele corpo tão belo, a mente de Reiji se desligava de tudo, mantendo-o focado apenas, e somente, nela.

                 Akame o puxou pela nuca, beijando-o. Ela não acreditava que aquilo estava acontecendo, mas também sentia-se feliz. "Eu te amo", ela sussurrou, fazendo sua respiração quente bater contra os lábios de Reiji. Ele sorriu, dizendo que também a amava e deu a ela o seu primeiro orgasmo, anunciado com um gemido entrecortado por mais um beijo. O corpo inteiro de Akame estremecia com a forte sensação, e logo depois Reiji a preencheu com seu líquido, mordendo-a no ato.  Akame gritou, arranhando as costas do vampiro enquanto sentia-se preenchida. Após sugar mais de seu sangue, Reiji finalmente parou, deixando um selinho na noiva. Ela não se importou com o gosto. Ofegantes, os dois riram, e ficaram se observando, fazendo carinho um no outro. 

— Foi memorável? – Ele perguntou, beijando a testa dela logo após.

— B-Baka… – ela ruborizou. – Mas sim… Não poderia ser melhor. 

                 Reiji deitou-se ao lado de Akame e a puxou para perto, deixando a cabeça dela em seu peito, como antes. Não demorou muito para que ela pegasse no sono. Reiji beijou-a na testa e permitiu-se dormir também, embora não fosse uma necessidade dele. 

      





    

 


        






Notas Finais


Gente... Sinceramente...
Kino fugindo do submundo pra fazer turismo no Japão ficou parecendo a avó da minha amiga fugindo de casa pra passear na quarentena! 😂😂😂😂😂
Futaba e Richter... SE BEIJEM! CARAMBA, SE BEIJEM LOGO, TENHAM FILHOS! 😭😭😭😭😭😭
Ayato falando que o Yuma come muito! 😂😂😂😂😂😂 Tadinho do Yuma-kun, até o Kino-senpai fez piada com ele! 😂😂😂😂😂😂😂
Tá... Hitomi virou Sherlock Holmes. Eu tô em choque com o que essa menina se tornou. Aposto que se eu fizesse uma premiação de Dark Moon, Hitomi ia ganhar o prêmio de "Princesa dos Exposed"! 😅💖
Sem falar que Carla viu que Hitoni mentiu sobre o baixo-assinado de caridade. Na verdade na verdade, todo mundo sabe que era um baixo-assinado pra apoiar a luta por justiça! MeoDeos, por que tu assinaste aquilo, Hitomi? 😰😰😰😰😰
Judas traiu Jesus com um beijo. E o Kino? 😅😅😅😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂
GEEEEEEENTE! Quem lembra que eu disse que a música de Reiji e Akame era Senõrita? Ninguém? Ah, ok. Quando Akame falou sobre amor por toda a eternidade, eu só consegui pensar em Young & Beautiful, da Lana del Rey. Mas também pensei em Thousand Years, da Christina Perri. 😭😭😭😭😭😭
E esse "sesgo"? Hm? 😏😏😏😏😏😏😏
Espero que tenha gostado do capítulo, até logo! 💖💖💖💖💖💖💖💖💖💖💖


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