História Diana: A Princesa Volturi - Conhecendo o Clã Lasombra

A lua brilhava no céu, Diana andava com passos calmos, seus passos ecoavam ao encontro do asfalto. Fazia o possível para não pensar no lobo que tinha acabado de atacar, não gostava de fazer inimigos e nem via o Sam como um. Detalhes como esses era o que a diferenciava de seu pai e do resto do clã.

Absorta em seus pensamentos Diana não percebeu a aproximação do jovem, seus olhos vermelhos brilhavam.

Ele era baixo, cabelos negros, olhos vermelhos, suas roupas estavam todas arrumadinhas, o fazendo parecer um nobre, se apoiava em um guarda-chuva, que tinha uma ponta afiada, sua outra mão estava em sua cintura.

O vampiro viu que a filha de Aro não reparou sua presença, fez um barulho com a garganta, chamando sua atenção.

– Vampiro – disse a filha de Aro parando de andar, pois a mão na cintura.

– Sou Kalisto – se apresentou – Sou do clã Lasombra, de Versalhes – disse Kalisto com orgulho – O Rei Lucian deseja vê-la. – informou

Diana se lembrava de um vampiro chamado Lucian, tinha sido seu companheiro até Aro a trancá-la em um caixão, Será que era o mesmo Lucian? Também tinha que considerar que o nome do rei de Kalisto o ligava aos Lasombra, com certeza estavam falando da mesma pessoa.

– Lucian ainda esta vivo – disse Diana aliviada – Pensei que tivesse morrido á essa altura – Kalisto não falou nada, só observava a vampira a sua frente, não entendia do por que de tanta intimidade com o seu Rei.

Diana Volturi, era tão bela quanto sua Rainha, tinha traços delicados, seus movimentos eram graciosos, mas o que mas chamava a sua atenção era a falta da arrogância e superioridade que os Volturi possuíam. O Rei estava certo, ela não era como os Volturi que conheceu, seus olhos dourados era aprova disso.

*

No subterrâneo do palácio Versalhes, havia outro palácio, nesse morava os vampiros do clã Lasombra. Na sala do trono estavam o Rei e a Rainha do clã, Lucian e Esmeralda.

A sala era linda, bem luxuosa, todos os detalhes eram em ouro, os acolchoados eram feitos dos melhores tecidos, do lado dos dois tronos tinha duas estatuas de leão, feitas de ouro maciço, uma cortina estava presa ao teto, caso o rei e a rainha quisesse privacidade, as cores predominantes na sala era vermelho e dourado.


– Muitas coisas importantes aconteceram nessa sala, e novas iram acontecer – disse a Rainha Esmeralda olhando para a porta da sala.

– Sim - concordou o rei Lucian – Espero que não tenhamos problemas com a Diana, ela é uma boa pessoa, mas creio que ela não vai desistir da sua vingança.

Uma hora depois....

*

Kalisto me levava a um dos quarto do palácio subterrâneo do seu clã, de acordo com ele eu não estava apresentável, para as suas majestades.

Paramos em frente a uma porta dourada, ela tinha vários detalhes entalhados, parecia ouro.

– Informarei as suas majestades de nossa chegada, em quanto isso poderá descansar e se trocar – informou Kalisto abrindo a porta, fiquei deslumbrada com o quarto, era perfeito.

– Kalisto? – chamei antes que ele se vira-se

– Sim? – disse Kalisto

– Eu não me alimento já há um tempo – falei meu acanhada – Eu não quero dar trabalho..

– Não se preocupe em breve a senhorita irá se alimentar – disse dando um leve sorriso

– É que eu não bebo sangue humano – disse, se eu fosse humana estaria corada

– Temos algo melhor que sangue humano – informou Kalisto – Preciso me retirar, peço que a senhorita na saia do quarto, e não passeie pelo palácio, como só as suas majestades e eu sabemos sobre você, pode ser que alguém a ataque.

– Não se preocupe, não pretendo sair do quarto – respondi – Por favor, não se esqueça de trazer o meu jantar – disse dando um meio sorriso

– Devo ir então – disse Kalisto dando uma breve reverencia e saindo.

Vi que ele tinha deixado uma única chave presa na fechadura, a peguei e entrei no quarto, fechei a porta e a tranquei.


O quarto era lindo, tinha uma cama de casal na parede, tinha cortinas envolta dela, para diminuir a claridade, estranho, sendo que somos vampiros, então não precisamos de cama e pelo fato de que estamos no subsolo.

Fui até uma porta que tinha no quarto, ali deveria ser o banheiro, assim que entrei tive a certeza de que era o banheiro, tinha uma banheira cheia de água, com bastante espuma.

Retirei minhas vestes e adentrei na banheira, não dava para saber se a água estava quente ou fria, já que a única coisa que eu poderia sentir a temperatura era de um corpo humano e do seu sangue.

Quando terminei o banho, me enrolei em um roupão, e voltei ao quarto. Senti um cheiro diferente do Kalisto no quarto, olhei para todos os lados em alerta, mas não tinha mas ninguém ali,caminhei até a cama,esperando ver as minhas roupas,mas acabei encontrando uma roupa diferente da qual eu cheguei. Era um lindo vestido rosa, cheio de pedrinhas brilhantes, ele ia até aos pés. Também tinha um par de brincos, em formato de uma flor, e uma pulseira entrelaçada.

Toc tok

Alguém batia na porta, de tanto admirar o vestido que nem senti a aproximação.

– Quem esta ai? – perguntei olhando desconfiada para a porta

– Kalisto pediu para que eu viesse auxiliá-la com o vestido e o penteado – disse, era uma mulher pela voz – Sou Ariel Lasombra.

Fui até a porta, cautelosa, e abri. Na minha frente estava uma mulher de uns vinte anos de aparência, sua pele era translúcida, como a de todos os vampiros, seus olhos eram vermelhos. Usava um vestido verde vitoriano, seus cabelos eram negros,destacando a sua pele, estavam presos em um belo penteado.

– Prazer em conhecê-la Ariel – cumprimentei – Eu sou Diana Volturi, convidada de Lucian – disse dando passagem para entrar, assim que ela entrou eu tranquei a porta novamente.

Meia hora depois eu estava vestida, maquiada e com um belo penteado. Olhei-me no espelho da penteadeira.

– Nossa! Eu estou deslumbrante – disse me admirando em frente ao espelho – Agradeço aos seus trabalhos Ariel – disse lhe lançando um sorriso de agradecimento, ela só assentiu agradecida.

*
Saímos do quarto, andamos pelo longo corredor, até ela me indicar um porta, onde eu entrei. Tinha vários vampiros ali, vários com vestes estilo vitorianos. Ariel reparou que eu olhava as vestes deles e me explicou.

– A maioria dos vampiros daqui é de Inglaterra vitoriana, nosso clã viajou muito antes de se estabelecer aqui na França – explicou – siga-me.

Ariel me levou até uma mesa onde eu me sentei, fiquei observando os vampiros que estavam naquela sala, todos estavam sentados nas mesas encostada nas paredes,conversavam em voz baixa,e bebiam algo de tonalidade vermelha,em taças de cristal.

– Aqui esta senhorita – disse Ariel me servindo o mesmo que os outros vampiros, ela me preparou uma taça, e me serviu algo que estava em uma garrafa de vinho. A agradeci e ela se retiraram.

Antes de tocar na bebida reparei que tinha alguns vampiros olhando para mim uns cochichavam, me concentrei em uma única conversa.

– Será que ela é a convidada da vossa majestade?

– Deve ser, todos aqui usam roupas de suas devidas épocas, ela é a única vestida com roupas da moda atual.

– Ela também pode ser uma recém-criada

– recém-criados não tem tanto controle, quanto ela parece ter, mesmo se tivesse sido transformada há um ano.

Parei de ouvir a conversa, vendo que não levaria a lugar algum. Prestei mais atenção na bebida que Ariel tinha me servido, senti o cheiro, parecia ser sangue. Quando dei o primeiro gole fiquei surpresa ao contrario do que parecia não era sangue, era algo mais forte e melhor. Quando terminei a taça, eu estava forte novamente, aquele liquido misterioso, supriu minha fome.

Passos se aproximaram de mim.

– Vejo que gostou – comentou Kalisto sorrindo, em quanto me olhava – Ariel fez um ótimo trabalho – disse

– Tenho que concordar – disse - Nunca me senti tão bonita antes, agora sim eu pareço uma princesa – Kalisto deu um sorriso. – Kalisto eu queria lhe perguntar o que é isso? – perguntei apontando para a minha taça vazia.

– O rei chama de substituto de sangue – respondeu – Tem todos os nutrientes que o sangue humano pode oferecer, só que mais concentrado. Graças ao substituto do sangue, não precisamos matar e nem caçar – completou quando me viu confusa.

– Mas e os olhos? – perguntei curiosa

– O substituto do sangue é bem parecido com sangue humano, por isso nossos olhos ficam vermelhos também – respondeu. Kalisto estendeu a mão – Venha, por favor, o Rei Lucian a aguarda na sala do trono.