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História Discombobulate - Um dia feliz no zoológico - História escrita por maxiel_charlosgasly - Spirit Fanfics e Histórias
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História Discombobulate - Um dia feliz no zoológico


Escrita por: maxiel_charlosgasly

Capítulo 28 - Um dia feliz no zoológico


Melbourne, Austrália

01 de abril de 2023


Ir para o zoológico de Melbourne não era exatamente a programação que Carlos esperava ter depois de uma qualificação. Sendo sincero, ele queria poder ir para o quarto e ficar deitado com sua patroa até o dia seguinte. Infelizmente, ou ele acompanhava Olivia para o zoológico, ou ele ficava em seu quarto enquanto ela passeava com Charles, Lando, Oscar e Lily.


— Vamos logo, Charles!


A alemã gritou, batendo sem delicadeza nenhuma na porta do seu quarto. Eles estavam a, pelo menos, vinte minutos aguardando no corredor, enquanto o monegasco trocava sua roupa. Olivia nunca o deixaria sair com uma camisa néon com uma bermuda verde musgo. Bom, ele poderia sair, se ela não estivesse junto.


— Certo! Você fica então.


E, bum, a porta estava aberta e o Charles estava sem camisa na frente dos quatro. Carlos suspirou, como quem dizia um "Isso é sério?". Olivia, ao contrário do que poderiam pensar, encarou Oscar e Lando, uma pergunta escancarada em sua face ao ver a maneira como os dois encararam o Leclerc. E Lily acabou dando uma cotovelada no estômago do Piastri, apontando de maneira nada discreta a ruiva.


— Vocês três.


A alemã sibilou, negando com a cabeça em seguida.


— Eu não tenho roupa.


Charles interrompeu a resposta do Lando, as mãos para o alto. E Carlos tocou a cintura da ruiva, entregando a chave de seu carro e a dizendo para ir descendo com os três.


— Eu não quero você.


Charles o avisou, a mão tomando a chave da mão de Olivia e entregando ao espanhol, já a puxando para dentro e fechando a porta. Carlos suspirou, como quem busca paciência, apontando o elevador aos mais novos.


— Como funciona esse relacionamento de vocês? — Lily perguntou baixo, parecendo curiosa.


— Que relacionamento?


Carlos a encarou sério, a expressão fechada. Ele não lembrava de Olivia, Lando ou Charles falarem sobre Oscar e Lily saberem de seu namoro com a alemã. A Zneimer tocou o braço do Piastri, como quem pedia ajuda. E a porta voltou a ser aberta, revelando a Bakker e o Leclerc.


— O que tá rolando aqui?


Olivia perguntou, estranhando o fato dos três ainda estarem no corredor. Charles ignorou a todos, indo chamar o elevador, sorrindo como se fosse um modelo com uma camisa jeans.


— Lily perguntou como funciona o nosso relacionamento, perguntei que relacionamento é esse.


— Ela sabe de nós. — Olivia avisou, passando os braços pela lateral do espanhol e o deixando a abraçar — Você contou né Lando?


— Sim, senhora.


— Ótimo! Agora vamos que o Daniel, Heidi e o Max estão nos esperando no estacionamento já. — ela se separou dele, o pegando pela mão e o puxando para onde Charles estava esperando o elevador — Bom garoto!


Charles sorriu para ela, sendo o primeiro a deslizar para a caixa de metal, se escorando no fundo e pescando o celular no bolso.


— O que você acha de um cachorro?


— Charles, você não cuida nem de si. — Olivia contrapôs, sem se dar ao trabalho de olhar para o celular do monegasco.


— Lance adotou um cachorro.


— Parabéns para ele. — ela declarou, sem se importar.


— É um Golden Retriever.


— Eu vi. — Lando comentou — Ele passou por mim, o cachorro estava no colo.


Carlos bateu a ponta dos dedos no quadril da alemã, fingindo prestar atenção, mesmo que sua mente estivesse mais focada na forma como Oscar estava pendendo para o lado do Norris, do que para a namorada.


— Logan vai ir no zoológico?


Lily perguntou a Oscar, mudando totalmente do assunto. E Olivia levou o corpo mais para trás, escorando suas costas no peito do espanhol, o deixando encostar a cabeça em seu ombro.


— Não que eu saiba, Lil.


— Poderia o chamar né?


Charles, de repente, se move para mais perto de Olivia, o celular espichado a frente do rosto da ruiva.


— O que você acha?


— É uma bela paisagem. — A imagem na tela tinha um cachorrinho amarelo claro, mas Olivia preferiu falar sobre o restante da imagem, da parte dos fundos, tentando não dar o gostinho de satisfação ao monegasco de saber que achou o cachorrinho fofo.


— Sabe que não estou mostrando pela paisagem.


Ele soltou o dedo, o nome em cima mostrando de quem era o status e Olivia suspirou ao ler a frase: "Que penses-tu du fait d'être adopté, bébé ?"  E Carlos segurou em sua cintura ao vê-la suspirar.


— Por que está vendo os status dela?


— Eu disse que éramos amigos.


— Você a desbloqueou quando?


— Como sabe que ela estava bloqueada?


Olivia o encarou, meio cética.


— Pierre disse que ela postou uma foto de uma capa de revista, eu só desbloqueei para ver. Só isso.


— Não poderia apenas perguntar o nome da revista a Pierre?


Olivia não tinha nada contra Charlotte Sine, na verdade, ela até seguia e curtia tudo o que a monegasca postava. Ela quis muito fazer um comentário de fã ao ver a foto da capa de revista que a Sine publicou, apenas para abrir os comentários e ser bombardeada com o nome de Luisinha e Isabel. E então ela não se sentiu a vontade para postar um mísero comentário. De qualquer forma, não era aquilo que estava a fazendo olhar com desconfiança para o Leclerc. Mas o simples fato dele estar demonstrando certo interesse agora que houve um burburinho da Charlotte estar se envolvendo com Elliot Thiry.


As portas se abriram, salvando Charles de precisar responder a ruiva. E Olivia reparou como Lando acabou ficando para trás ao ver Lily e Oscar dando as mãos para saírem. Eles estavam no saguão do hotel, muitos jornalistas do lado de fora estavam aguardando apenas por uma foto. E a alemã se afastou de Carlos, entrelaçando o braço com o do Norris.


— E aí?


— E aí. — ele sibilou mais baixo, um sorriso muito do falso no rosto.


— Eles são um casal fofo né?


Lando a olhou, uma sobrancelha suspensa, antes de apontar de forma discreta para Oscar e Lily. Olivia agradeceu que ele ao menos sabia ser discreto, porque se fosse o Leclerc, duvidar teria perguntado o nome dos dois aos gritos para entender.


— Não acho. — um pequeno bolo surgiu na garganta do britânico — Lily é uma boa garota e Oscar um bom garoto, mas eles não combinam.


— E o que eles precisam?


— O Oscar precisa de alguém que o faça ser mais leve.


— É?


— Você não reparou como ele sempre parece meio travado?


— E você tem uma ideia de quem poderia ajudar?


Lando pareceu analisar o australiano, Oscar colocou a mão na frente do rosto, tentando se livrar dos flash's dos jornalistas. E Lily sorriu para ele, se aconchegando contra sua lateral. E o bolo na garganta do Norris aumentou.


— Talvez ele apenas deve-se ser meu companheiro. — Olivia apertou os lábios — Tipo, de equipe. Não de outra forma. Só... Só ficar solteiro e focar só nas pistas.


Os dois saíram de braços dados, os flash's aumentando e Olivia conseguia vislumbrar os nomes das manchetes. Mas, então, ela cedeu a cabeça na direção de suas costas, virou um pouquinho só, e lá estava Carlos conversando de maneira despreocupada com Charles. Como se os paparazzi's fossem nada e não valessem sua atenção. E ela acabou arrumando a postura, caminhando com Lando para o carro estacionado a frente.


— Você vai levar os dois?


— Parece que sou o responsável pelos pombinhos. — Lando rolou os olhos.


Olivia beijou a bochecha do britânico, ganhando uma careta confusa. E ela pode ter feito de propósito ao dobrar a gola de Lando, um pequeno teste do que aconteceria. E se estava correta.


— Você precisa ficar mais atento aos seus desejos e aos olhares na sua volta, Lando.


Ela sorriu para ele, o deixando seguir para perto de onde Oscar e Lily o esperavam. O Piastri sorrindo para o Norris, arrumando a gola de sua camiseta que Olivia tinha acabado de desarrumar. Carlos logo chegou ao lado dela com Charles, destrancando o carro alugado que a Ferrari tinha cedido. O Leclerc pulou para o banco de trás, sorrindo de maneira preguiçosa na direção de Olivia.


— Toma vergonha na cara, Charles.


— Sou o primeiro filho do casal, tenho minhas regalias.


— Eu duvido que ele saiba soletrar "regalias". — Carlos o provocou ao sentar no banco do motorista, mesmo que sorri-se ao perceber que Charles estava finalmente "aceitando" Lando.


Olivia suspirou, puxando o cinto e fingindo esganar o monegasco antes de prende-lo. Charles tinha um sorriso triunfante na face.


— E é assim que ele quer um cachorro.


Carlos sibilou, a vendo sentar no banco da frente, rindo de sua piadinha e inclinando o corpo na sua direcão. Ele a recebeu com um grande sorriso também, a ouvindo gemer quando tocaram os lábios. E Charles reclamou no banco de trás. 


— Não era você que queria andar no carro com a mamãe e o papai, primogênito?


Carlos o provocou, agradecendo pela Scuderia ter pegado um carro com os vidros escuros, não deixando as pessoas de fora vê-los e levou a mão até a perna descoberta de Olivia, enquanto ela puxava o cinto.


— Normalmente os pais respeitam os filhos.


— Deveria saber que não somos pais normais.


— É! Pais normais dão cachorros para seus filhos.


Olivia suspirou, preferindo ignorar a indireta.


Carlos ligou o carro após a ver colocando o cinto, engatando a primeira marcha e achando o ponto de marcha. Olivia apoiou o braço no console centrar, Charles conectando seu celular no aparelho de som.


Depois de alguns minutos dirigindo, uma música da Taylor Swift tocando, Carlos tirou uma das mãos do volante, colocando o braço próximo ao de Olivia, seus dedos mínimos roçando um no outro. A ruiva se virou para ele, um sorriso preguiçoso nos lábios, o vendo dar uma piscadela a ela, deixando seu coração disparado. E era completamente estúpido ficar tão nervosa com apenas uma iniciativa, ela pensava, porque dar as mãos era uma coisa tão mundano. Mas ela acabou mordendo os lábios assim que Carlos deu o próximo passo e entrelaçou seus dedos.


Charles encarou a interação do casal, um pequeno gosto estranho de saudade se formando em seu corpo. Ele lembrava de quando fazia aquilo com sua própria garota, de como sentia suas bochechas quentes, mesmo os fãs declarando que ele era a pessoa mais sem vergonha do mundo. A maneira como seu coração apertava em saudades. Mas ele tinha feito uma escolha. 


Forza Ferrari Sempre.


O que precisou fazer para que Charlotte entendesse aquilo, não insistisse — ele sabia que não conseguiria focar tendo toda sua atenção nela — o deixava com o coração partido. Mas era o necessário. Ele poderia quebrar o coração dela e o seu próprio para que a equipe prospera.


E Carlos o viu pelo vidro do espelho, os olhos perdidos do monegasco pela janela, antes de se virar para a Olivia. Eles haviam acabado de parar em um sinal vermelho e o Sainz se permitiu examinar a feição de sua patroa.


Olivia estava olhando pela janela, visivelmente distraída, a luz do sol entrando de maneira muito discreta pelos vidros e trazendo uma iluminação diferente para seu perfil. Os fios pareciam mais vermelhos, talvez pelo fato dela ter passado a noite anterior com uma toca esperando a tinta secar e rido de todas as vezes em que ele tirou fotos estranhas. Porque Olivia era apaixonante até com uma toca na cabeça e os óculos enormes no rosto.


Ele puxou a mão da mulher para perto, deixando um beijo nas juntas de seus dedos, a vendo se virar com o mesmo sorriso de sempre, os cílios volumosos lançando uma pequena sombra nas suas bochechas e aqueles enormes olhos azuis o deixando meio desorientado.


— Estou adorando o momento casal, mas o sinal abriu.


Charles avisou do banco de trás.


Carlos desviou os olhos de Olivia e voltou para a rua. E na esquina seguinte, o sinal ficou vermelho novamente e Olivia espichou o pescoço ao não ver mais a McLaren que Lando estava dirigindo. E os olhos do espanhol estavam novamente em sua mulher, encarando as bochechas rosadas da Maurer, as sardas nas maçãs do rosto, os lábios contornados e brilhosos que o faziam querer largar Charles no bendito zoológico e a arrastar para o quarto novamente. 


— Carlos... — Charles cantou do banco de trás — O sinal abriu de novoooo...


— O que tá rolando? — Olivia questionou a ele, parecendo curiosa.


— Não consigo prestar atenção no trânsito, porque quero beijar você. E o pior é que possivelmente já vai ter algum bisbilhoteiro no zoológico, porque os outros estão nos esperando e eu nem vou poder te beijar até chegarmos no hotel de novo.


Maurer abriu a boca, meio sem graça pela declaração, enquanto Carlos seguia com o carro, finalmente chegando ao zoológico. E Carlos nunca quis tanto estar errado, mas era óbvio que já existiam paparazzi's na frente.


— Acho que eu nem posso ficar surpreso.


O espanhol sibilou, fazendo a baliza para estacionar entre o carro de Daniel e de Lando. Charles desceu e Olivia foi em segundo. Carlos trancou o carro, vendo sua garota parada na frente do carro. 


Existe uma linha imaginaria entre o querer e o poder fazer algo para os dois. Olivia queria poder abraçar e beijar Carlos como um casal de namorados — que eles eram — mas existia toda a questão de Rebecca Donaldson e mesmo que não gostasse da mulher, seria muito deselegante de sua parte. Ao menos era o que considerava.


— Esqueceu alguma coisa?


— Mais ou menos.


E quebrando de maneira muito invisível a sua própria regra de descrição, ela pegou a mão dele. Não era o beijo que ele queria, mas era uma coisa que, anteriormente, tinha sido negada em seu "contrato de namoro". Porém, tinha partido de Olivia.


— Não estou desrespeitando seu antigo relacionamento com a Rebecca, apenas me senti levemente tonta e preciso de um auxílio no zoológico.


Ela piscou para ele, assoprando uma mecha de cabelo ruivo que surgiu na frente de seu rosto e Carlos queria a beijar ainda mais.


Os dois se aproximaram do pequeno grupo composto por Lando, Oscar, Lily, Charles, Heidi, Daniel, Logan, Max e Pierre. Infelizmente, Kelly e Kika estavam com compromissos demais para conseguir participar do fim de semana.


— Ui! Mãozinha dada. — Heidi provocou os dois, fazendo Olivia rolar os olhos, soltando a mão de Carlos para abraçar a loira, antes de voltar a pegar — Você está me fazendo participar de muitas corridas, Olivia.


— Você viria para esse GP comigo aqui ou não. É o GP de casa para seu namorado.


— Não gosto quando tem respostinha.


As duas sorriram, como se fossem amigas a anos. E o grupo se moveu para a entrada, Daniel declarando que como estavam na sua casa, iria pagar a entrada de todos, o que foi uma surpresa. E Oscar, mesmo estando na mesma posição que o Ricciardo, fingiu receber uma mensagem no celular, mostrando um meme a Lando, deixando sua namorada conversando com Logan mais a frente.


— Certo! — Daniel começou a distribuir as pulseiras a eles — O moço disse que pode tirar foto e alimentar certos animais mais dóceis, aqueles com a placa verde na frente. Mas é estritamente proibido ficar atiçando aqueles com placa vermelha, isso estressa os animais e pode levar até expulsão do zoológico. Então, por favor, somos todos adultos e podemos curtir um momento como seres civilizados né?


A resposta era "não" e Olivia não sabia o porquê de não ter ficado surpresa assim que viu Charles tentar ensinar algumas palavras em francês para um papagaio. Sendo sincera, ela até achou aquilo normal. Eles estavam todos comportados.


Heidi e Daniel estavam conseguindo focalizar toda a atenção dos paparazzi's, visto que tinham uma relação "privado, mas não secreto" e estavam protagonizando cenas muito fofas juntos. O que disfocava a câmera de cima dela e de Carlos, mesmo os dois apenas estando andando lado a lado. Logan e Lily ainda estavam conversando, ao que parecia, o Sargeant estava muito interessado no curso da menina. Oscar estava de alguma forma sendo um gênio da zoologia, dando praticamente uma aula a Lando e Pierre sobre os animais. E Max tirando muitas fotos para Kelly e a baby P. E sobrava ela com Carlos, comendo uma casquinha de sorvete.


— Nós não deveríamos ter tirado Charles de perto dos papagaios? — Carlos a perguntou, vendo a ruiva levar mais uma colherada de sorvete na boca, lambuzando a bochecha.


— Não. — ela não deu bola — Ele disse que vai ficar apenas lá.


— Ele vai se entediar e procurar a gente, quando não nos encontrar, ele vai fazer drama.


— Não vai, Carlos.


— Cariño... — ele pareceu suspirar, pegando a ponta da camisa e a erguendo, mostrando quase metade do seu peitoral ao passar o tecido na bochecha melecada da namorada — Você tá falando do mesmo Charles que eu?


E Olivia piscou, levemente chocada pela ação delicada do espanhol. E Carlos continuou falando de como Charles provavelmente faria um drama enorme em cima de ter ficado sozinho, sem perceber a feição meio embasbacada da namorada. Parecia tão surreal a Maurer o fato do Sainz apenas ter agido para a "ajudar" com algo tão besta quanto a meleca de sorvete, ao invés de apenas brigar sobre ser um desastre.


— Ah, não! — Carlos soltou parecendo decepcionado, se afastando a passos largos. E Olivia precisou se atentar a situação, mexendo a cabeça de um lado a outro, até perceber a placa vermelha dizendo estritamente sobre não estressar o animal e Lando brincando de um lado para o outro com o leão — Lando!


Olivia sentia como se todos os presentes do zoológico vissem a maneira clara de que Carlos tentava controlar o ex-companheiro de equipe, enquanto Oscar ria do número quatro.


Lando obviamente estava tentando fazer Oscar rir. E tudo parecia tão claro para ela, que ela não conseguia compreender como todos os outros não viam também. Até mesmo Carlos parecia se fazer de cego para o que tava rolando.


— Lando, nós vamos ser expulsos!


Carlos gritou, agarrando a mão do britânico e o puxando para longe ao ver um funcionário se aproximando com o rosto bravo. E Olivia não sabe bem quem gritou, mas houve apenas uma frase:


"Corre!"


E ela estava pegando o caminho dos papagaios, porque não existia chance de sair daquele lugar sem Carlos. E talvez ela o desse razão se fosse brigar quanto ao fato de estarem prontos para serem expulsos por conta de Lando. E isso Charles falaria. Como ele falaria, porque o Leclerc era imaturo ao ponto de implicar com o Norris a esse ponto.


O X da questão foi que ela chegou ao lugar das aves esperando encontrar o número dezesseis da Scuderia Ferrari e não o encontrou, apenas uma turma de alunos com seus professores.


— Was zum Teufel, Charles!¹


E ela foi pega de surpresa quando uma criança bateu em seu braço.


— Não pode falar isso, tia. É pecado!


— Que? — ela o olhou sem entender.


— Minha mãe diz que não pode falar palavras inventadas, porque invoca o coisa ruim.


— Eu falei em alemão, não uma palavra inventada.


— E o que você falou então?


— Uma coisa que uma criança não pode saber.


— Então ainda é pecado, porque se uma criança não pode saber, é porque é mau.


E Olivia estreitou os olhos, se perguntando em que momento tinha começado a pagar os pecados das suas vidas passadas ao ponto de estar recebendo sermão de uma criança desconhecida, enquanto a sua criança de vinte e seis anos estava desaparecida.


— Não tenho tempo para isso. — avisou, fugindo de responder, porque não tinha resposta para aquilo — Bom passeio!


A criança muito educada — só que não — girou nos calcanhares, a dando as costas e nem se despedindo. Olivia abriu a boca, meio chocada com a ousadia, quando seu braço foi pego e ela se virou, dando de cara com um funcionário do zoológico.


— Seu grupo foi convidado a se retirar.


Olivia empurrou a língua contra a parte interna da bochecha, pensando em como poderia encontrar Charles não estando dentro do zoológico.


— Acho que o senhor tá se enganando. — ela falou de forma pausada, arrastando as palavras e sorrindo da forma mais inocente que conseguia. O funcionário estreitou os olhos.


— Não, o menino que estava atiçando o leão mostrou até uma foto sua.


— Ich werde Lando töten.² — ela praguejou sobre matar o número quatro.


— Senhora, peço que se mantenha no nosso idioma.


— Sinto muito. — Olivia se sentiu culpada, antes de lembrar o motivo de estar ali — Será que antes de você me expulsar, pode me ajudar a encontrar uma pessoa?


— Senhora, eu não estou para brincadeira agora.


— Aí credo! Toda vez que me chama de "senhora" me sinto com oitenta anos de idade. — ela se benzeu, tirando o braço do aperto do funcionário — Olha, um dos meus meninos estava aqui enquanto eu levava o outro para ver os leões, ele disse que ia ficar aqui, só que quando eu cheguei aqui, ele nao estava. E agora você quer me levar para fora, mas eu preciso achar ele antes. Então será que você pode me ajudar?


— Quantos anos ele tem?


— Teoricamente vinte e seis. — ela viu o funcionário ficar sério — Mas mentalmente uns oito.


— Ele tem algum... Eh... Ele é especial?


Ela sorriu ao pensar em Charles.


— Sim, bem especial para mim. Apesar de eu o conhecer a pouco, ele é bem especial para mim, sim.


E a mente do homem deu um nó.


— Mas ele é... ahm... especial mesmo?


— Olha, a scuderia o chama de "il predestinado" então eu diria que sim e...


— Tia, ele tá perguntando se ele tem problema mental. — a mesma criança de antes falou, a assustando.


— Mein Gott! Como você é intrometido! Juro, espero que se eu tiver um filho, ele não seja intrometido, bisbilhoteiro como você. — ela falou sem papas na língua, antes de se virar para o funcionário — Dá para acreditar? Ele acha que você está perguntando se o Char tem problemas mentais.


— Mas é isso que eu tô perguntando, senhora.


Olivia sentiu o queixo cair, o fechando mais rápido.


— Mein Gott! Não! Não! No! No! — ela acabou misturando os idiomas, a cabeça acenando de maneira negativa — Charles não tem problema nenhum, ele só é dramático mesmo. Vai fazer minha vida um inferno se o deixar para trás.


E outro tapa foi dado em seu braço, a fazendo levar um susto e pular para o lado do funcionário, olhando sem entender para o menino.


— É feio falar "inferno", tia.


— Quando eu virei sua tia, moleque?


E, de repente, ela não entendia o porquê de estar sendo arrastada para fora, sendo que estava sendo muito educada o tempo todo. Mas o funcionário estava a acompanhando para fora, um pouco de força em seu braço ao puxa-la. E ela encontrou seu grupo na entrada... Com um Charles emburrado e um Lando envergonhado.


— Por que você tá com a mão no braço dela?


A voz de Carlos saiu mais grossa, abrindo os seus próprios braços para a receber quando Olivia praticamente foi jogada a ele.


— Qual é o Charles? — o homem perguntou, sem paciência.


O monegasco levantou a mão, enquanto os seus amigos apontavam para ele.


— Você é o único que pode retornar.


O funcionário o avisou, virando de costas e deixando o Leclerc com um sorriso grande no rosto ao se virar para Lando.


— Tenta ganhar essa, Landito!


E Carlos não pode continuar questionando o motivo da sua ruiva ter sido arrastada para fora, porque, de repente, Lando estava pronto para se jogar em cima de Charles e Oscar não conseguia o conter.


E Heidi parou ao lado de Olivia.


— As vezes eu agradeço que Max, Checo e Danny nos excluam dessa meia criação que eles tem com Liam. — Olivia a olhou sem entender — Eu não iria aguentar ter um Lando e um Charles.


E Olivia nem conseguia se defender, ou defender os dois, porque precisou erguer o tom de voz ao chamar os dois, pois Charles e Lando estavam gritando um com o outro como duas crianças. E nem seu tempo dentro da parte das aves com as crianças a fez aguentar aquilo.


Notas Finais


TRADUÇÕES:

¹Was zum Teufel, Charles!: Que diabos, Charles!

²Ich werde Lando töten.: Eu vou matar o Lando.



Podemos ver uma pequena evolução da Olivia em questão ao relacionamento deles e em como agir em público...

Ela queria beijar o Carlos, pessoal

Mas ainda não acha justo com a imagem dela e da própria Rebecca, até porque até um GP atrás, a Rebecca estava teoricamente junto com o Carlos

Acho que vocês entendem isso né?

Hum... então, eu sou uma filha de pais divorciados que é o Charles e a Charlotte e eu sou meio que carente quanto a eles... Ou seja, eu quero fazer eles voltarem aqui na fic

Então, espero que vocês gostem disso

Se não, vai ser uma pena

Lando e Oscar são outros, mais pequenas interações dos meninos Piando

Foi fofo vai

E o Carlos sendo bem óbvio quanto a seu amor pela nossa ruivinha

Sei que ele quase não falou ou apareceu, ou vocês podem achar que o capítulo foi meio rápido nos acontecimentos

Mas a ideia era trazer uma coisa mais... lúdico? Não sei dizer bem, era mais para mostrar em ação e não palavras como anda a relação de todos

Tipo, a maneira como Carlos olha a Olivia, fica claro que ele está apaixonado

A maneira como a Olivia tenta arrumar uma forma de encaixar a relação sem revelar tanto e mesmo assim revelando

Mostrar que ela está se aproximando de Lando de pouquinho em pouquinho, até porque ela tem uma relação bem próxima com Charles, mas quase nenhuma interação com o Lando

A maneira como a Heidi acabou puxando a mídia para ela, tentando deixar as coisas mais confortáveis para a Olivia e o Carlos

São pequenos detalhes que quis mostrar

Espero que tenham gostado


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