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História Disfarçados - O segredo na floresta - O Ritual de sangue e memórias indejadas - História escrita por EluanaCaroline - Spirit Fanfics e Histórias
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História Disfarçados - O segredo na floresta - O Ritual de sangue e memórias indejadas


Escrita por: EluanaCaroline

Notas do Autor


Aqui estou eu novamente !
Espero que curtam!
Boa leitura ❤

Capítulo 2 - O Ritual de sangue e memórias indejadas


ᴇᴜ sᴏᴜ ᴀ ɢᴀʀᴏᴛᴀ ᴘᴏʀ ϙᴜᴇᴍ ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴍᴏʀʀᴇʀɪᴀ 

ᴇɴᴛᴀ̃ᴏ ᴍᴇ ᴘᴜxᴇ ᴍᴀɪs ᴘᴇʀᴛᴏ ᴇ ᴍᴇ ʙᴇɪᴊᴇ ᴄᴏᴍ ғᴏʀᴄ̧ᴀ


_ ᴍᴀʀɪɴᴀ





Liz


Com minha mão em seu antebraço, sinto o calor emanando do corpo de Thiago enquanto subimos os degraus da longa escadaria, até a porta principal. Irei deixar aquela cena gravada em minha mente para sempre, a cara que ele fez ao me ver, foi simplesmente impagável, Thiago podia até achar que era discreto, mas eu o vi praticamente ajuntar o queixo caído no chão. Não vou negar que amei sua reação, e não há motivos para modéstia agora, eu ESTOU maravilhosa, e ninguém poderia dizer ao contrário, porém assistir o arrongantezinho ter que baixar sua bola foi uma experiência deliciosa,  infelizmente ele já tinha recuperado a pose, mas eu o lembraria desse momento mais tarde. 
Em silêncio alcançamos a porta, ofereço meu melhor sorriso ao segurança, ele me ignora rudemente e se dirige apenas ao Thiago. pedindo por convite e identidades. Acho ridícula a atitude, porém contenho minha indignação, observando ele devolver as identidades, e Thiago as coloca dentro do Smoking com um aceno de cabeça. Acho que nunca senti tanta inveja na minha vida, eu não tinha um único bolso naquele vestido, e ele tinha bolsos ATE DO LADO DE DENTRO? Injusto. Os dois homens trocam algumas palavras, nem chego a prestar atenção, somos liberados e seguimos em frente.


A poucos passos vejo um grande detector de metais, Cesar nos assegurou que as escutas passariam direto, mas isso não impede de um nervosismo subir por meu estômago, se aquilo disparasse seríamos pegos, e se fossemos pegos era o fim. Com certeza nos fariam de seu próximo sacrifício, involuntariamente aperto o braço de meu parceiro, e sinto sua mão pousar sobre a minha, olho para seu rosto e vejo uma tentativa de sorriso reconfortante, mas seus olhos não mentem, ele também temia. Temos que confiar em Cesar, seus passos nunca perderam o ritmo e passamos pelo detector fingindo tranquilidade. 
Nenhum sinal dispara, não há ninguem nos retirando do prédio, acredito que estamos seguros, A mão do jornalista aperta meus dedos, sutilmente, ele também estava aliviado, bom sobrevivemos os primeiros segundos, isso já conta como uma vitória certo? Seguimos até o fim do corredor e adentramos no salão. Todos os meus sentidos são instantâneamente sobrecarregados, o lugar era enorme, e tudo nele brilhava. O teto ficava a vários metros do chão, e retinha alguns  lustres dispostos através do salão, os pilares eram ricamente decorados com gesso e tinta dourada, e consigo ver várias pinturas penduradas ao longo da parede. O som de conversas e da música preenchia o ambiente, e conforme vamos avançando pelo piso sinto algo estranho.


_ Está sentindo esse cheiro?_ sussurro, olhando para baixo  me concentrando em descobrir que fragrância era.


_ Sim, mas, O que é isso? _ após um momento de hesitação ele me responde. Levo um segundo para lembrar de onde reconheço o cheiro, inspiro profundamente, e como um soco, a visão de um par de olhos, um verde outro castanho, semicerrados preenche minha memória, emoldurados por uma pele dourada morena, era quase como se sentisse, novamente, seu toque eriçando os pelos dos meus braços, seu aperto fazendo toda minha pele se arrepiar, e o intenso aroma amadeirado invadindo meu nariz pressionado em sua pele. Pisco forçadamente me livrando da lembrança e focando no presente.


_ Cheira como Cravo, Absinto e Avelã  respondo um pouco mais alto do que deveria, buscando ar, mas ninguém presta atenção _ Isso é muito estranho _ volto a sussurrar e Thiago apenas acena com a cabeça concordando comigo, espio-o com o canto do olho e ele parecia perdido nos proprios pensamentos, como se estivesse muito longe, acredito que não tenha nem me ouvido, até algo parece clicar dentro de sua cabeça e ele se impertiga todo e decide engajar em uma conversar com o senhor ao lado dele.


_ Champagne senhorita? _ diz  um rapaz uniformizado, se curvando com uma bandeja em mãos, apesar das mangas compridas consigo notar as pequenas tatuagens de palavras em seu pulso escapando pelo punho da camisa, ele era um valete, e pela quantidade de marcas, já havia participado em vários rituais. Pego uma das taças, sem nenhuma intenção de bebê-la, e agradeço com um simples sorriso. Me volto para Thiago com a taça e enlaço nossos braços com graça, repousando minha mão em seu antebraço,  não deixo de perceber um sobressalto sutil de sua parte e rio internamente. Aproveito a proximidade e deixo meus lábios grudados em sua orelha, como se estivéssemos flertando.


_ Exoterroristas, esse salão está cheio deles_ mumruro com um sorriso, caso alguém estivesse observando, graças a Deus ele é melhor nisso do que eu, e solta uma risadinha que eu poderia jurar que era genuína.


_ Não diga coisas assim aqui Querida _ Ele da tapinhas em minha mão ainda rindo, mas posso ver seus olhos varrerem o salão, confirmando o que eu havia dito-lhe. Eu me cobraria desse tipo de comentário mais tarde, ele não perdia por esperar.


_ Que falta de tato a minha_ ele fala, colocando a mão no peito dramaticamente._ Deixe-me apresentar minha esposa, Victoria, esse gentil senhor é o Isidoro _ Ele libera meu braço do enlaço, e sinto ele se distanciando sutilmente, passando sua mão para a minha cintura.


_ Prazer em conhecê-lo  _ subo minha voz uma boa oitava, na tentativa de soar mais amigável, e estendo minha mão. 
_Ah o prazer é todo meu _ Para o meu desgosto, ele segura minha mão e beija meus dedos. A mão de Thiago se torna mais pesada em minha lombar, me puxando mais para perto dele _ Denise, venha aqui conhecer esse adorável casal _  O senhor diz elevando a voz, havia algo de errado em seu tom, contudo eu não sabia apontar o quê. A poucos passos de nós uma senhora se vira, me assombro levemente com o tamanho do diamante exposto em seu decote também gigante, tenho certeza  que aquilo poderia pagar meu apartamento inteiro, tanto o diamante quanto o que ela segurava no decote.


_ Tudo bom docinhos? _ independente do comentário, ela se dirige apenas a Thiago, a lista de desrespeito não parava de crescer nessa noite. Denise se curva desnecessariamente para cumprimenta-lo, com um sorriso indecente nos labios, e luto contra a vontade de revirar os olhos, aparentemente o comedor de casadas ataca novamente!. Uma sensação estranha toma conta de meu peito, e de repente tenho a necessidade de afasta-lo dessa senhora atrevida.


Estava prestes a  arrasta-lo pelo braço, quando uma mão pousa em meu ombro, como se acordasse de um transe, estranho a impulsividade de meu ato e instintivamente me afasto de Thiago. Olho para o dono de mão e me surpreendo vendo Arthur ali, ergo a taça sutilmente para o senhor com quem conversava anteriormente e peço licença, nos afastamos deles apenas o suficiente para que não nos ouvissem, e olho para o rosto do gaúcho  percebendo algo diferente.


_ O que aconteceu com seus olhos? _ seus olhos antes claros, estavam agora escurecidos, quase como musgo. Minha mão coça para tocar sua face, a curiosidade e preocupação brigam dentro da minha cabeça, contra a lógica que me mandava manter a distância, para não estragar os disfarces.


_ É sobre isso que vim te avisar_ ele abaixa o tom consideravelmente, falando baixo e agitado, sua mão segura meu pulso, e sinto pequenas descargas elétricas percorando meu braço, perco a atenção por um momento, subitamente respirando com mais peso_ Eles planejam algo grande para hoje à noite, eu consigo sentir o ritual já afetando o humor dos convidados, inclusive o meu _ Ele suspira e olha discretamente para os lados._ Muitos já estão com as emoções a flor da pele, seja raiva, felicidade ou, luxúria.


Pela intensidade de seu olhar e como  seus dedos insistiam pressionados em minha pele, eu compreendi o quão sério era o que estávamos nos metendo, ou pelo menos eu achava. Bom isso explicava o ciúmes, que senti mais cedo e o cheiro impregnado em cada canto daquele maldito salão.


Todos sabemos  que pessoas e suas emoções incontroláveis são usadas como energia para rituais, e que isso pode deixar marcas visíveis na aparência, mas nunca tinha visto ser feito em tão grande escala, e isso me assustava profundamente, tínhamos voluntariamente nos oferecido como pólvora para esses terroristas.


_ Tome cuidado okay? _ sussurro, colocando minha mão brevemente sobre a sua e seu aperto se afrouxa, não tínhamos tempo para discutir aquilo, e como estávamos fodidos. Abaixo a cabeça e dou largos passos até estar ao lado de Thiago novamente, que me olha com uma grande interrogação nos olhos, sinalizo "depois" com os lábios e torno a minha atenção ao grupo cujo qual ele havia se juntado.


_ Ah querida, estava contando para eles o quanto você estava animada para vir a esse baile_  A audácia dele em continuar usando aquele apelido me faz querer chutar a sua canela, ofereço o sorriso mais doce que consegui, e me dirigi ao grupo observando seus integrantes.


_ Ah, eu sempre digo como estávamos precisando de uma diversão, diferenciada _ dou ênfase na última palavra e dou uma risadinha entredentes, com o comentário, olho um dos cavalheiros de baixo acima, deixando minhas "intenções" explícitas, é  Thiagão esse é um jogo que ambos podemos brincar.


_ Se vocês nos entendem é claro_ ele completa, com seu melhor sorriso arrogante, colocando a mão na minha cintura, seus dedos quentes pousando na pele exposta, seu polegar traça pequenos círculos na base da minha coluna, sinto o calor irradiar por minhas costas e respiro fundo tentando me concentrar na conversa, não era hora para pensar em coisas inapropriadas. Custa -me admitir, mas estava impressionada com sua performance, de fato, formavamos uma dupla e tanto.


_ Ah não seja por isso, logo a diversão começará _ quem nos  responde é o homem com qual eu trocava olhares, seu tom perverso, faz uma onda fria subir pelo meu estomago, engulo em seco.


_ Fico feliz ouvindo isso_ para minha sorte, meu parceiro me salva de responder essa, mas ele estava muito enganado se achava que não percebi seu tom protetivo, seria isso ciúmes?


Logo todo o grupo tinha se apresentado, trocávamos conversas banais em grupos bem distintos, eu estava com as damas me "gabando" sobre nossa lua de mel nas Maldivas, as perguntas eram ofensivamente específicas, e eu não conseguia me decidir se era estranho ou engraçado  ter que dar detalhes sobre a performance de Thiago, para senhoras que claramente estavam tentando pegá-lo através de mim.


Após uma risada trocada, sinto uma pegada forte em meu braço, sou empurrada um passo longe do grupo, olho assustada para trás e vejo o homem com o qual havia flertado, ainda com aquele sorriso psicótico no rosto, ele vira meu rosto, agora mais sutilmente para um canto específico e sinto sua respiração em meu pescoço.


_ Acredito que você vai querer assistir isso_ aparentemente eu não tinha opção, seus dedos permaneciam em meu queixo, e nenhum de seus colegas parece notar ou se importar com seu ato. Como consequência meu corpo se enrijece com a possível ameaça, mas eu não tinha noção do quão ruim seria. 
Ao lado de um dos pilares, um dos garçons, dispões uma bandeja sobre um pedestal que eu não havia percebido ali,  De um dos bolsos de seu colete ele retira uma faca, toda inscrita com símbolos que eu não reconhecia. Ele percebe que estou olhando e trava contato visual, percebo que ele está sussurrando algumas palavras, ele performava um dos rituais. Gradualmente suas iris passam de um tom azul céu, por um céu de meia noite até um preto sem luz. O aperto em meu braço fica mais forte, eu queria dar-lhe um soco, Mas não podia estragar o disfarce, eu teria que assistir, e bancar a civil desavisada. 
Para meu maior horror assisto o Garçom, levantar sua camisa até a altura dos cotovelos, e ainda olhando para mim, posiciona sua mão sobre a bandeja pressionando a faca em seu dedo mindinho até que ele se separa do resto da mão. Sinto minha garganta fechando de puro terror e nojo, ele não soltou um único barulho enquanto o fazia, nem mesmo mudou sua expressão facial, estava completamente ensandecido. As mãos não me largam, e o assisto repetir o movimento mais quatro vezes, e simplesmente retirar uma toalha de dentro de sua calça e pressionar o ferimento, ele sorri e se curva na minha direção como se estivesse agradecendo uma plateia após o Show.


Vejo as lâmpadas do salão se apagarem uma por uma, até tudo estar em completo breu, minhas pernas se movem por mim, e há um grande peso em minhas costas, empurro o que parece ser uma porta, e a luz de um poste me atinge, a rua estava vazia, apenas meu carro estacionado a alguns metros, a cada passo o peso parece aumentar e só então, percebo que o peso nas minhas costas era o corpo desacordado de Thiago,  ensopando minhas costas  de sangue, enquanto eu o arrastava da melhor maneira que podia, tentando salvá -lo, eu estava revivendo a pior cena da minha vida.


Eu estava quase chegando no carro, quando meus joelhos falham e caio no chão, a queda foi brusca e sinto o asfalto arranhando meu rosto, com dificuldade saio de baixo dele, e o viro no chão vendo que havia sangue demais saindo de seu corpo.


_Calma, estamos quase lá, não me deixe sozinha por favor_ sussuro para ele, e quando tento levantar minhas pernas não respondem, eu estava presa no chão. 
O pânico me ataca, eu tinha se tira-lo dali. Seus olhos subitamente estão abertos, e sua mão se estica na minha direção. Meus olhos estão ensopados de lágrimas, eu sabia que ele não sobreviveria por muito se ficasse ali, mas por mais que eu tentasse, não conseguia me mover corretamente. Coloco sua cabeça em meu colo e acaricio seu cabelo, com a garganta trancada cheia por lágrimas tento dizer que tudo iria dar certo, mas a voz não sai. Seu braço cai no chão inerte, e seus olhos sem vida ainda me encaram, isso não podia estar acontecendo, ele não podia me deixar assim, não ele, não depois de tudo aquilo. 
Quando pisco as luzes estão todas ligadas, e todos os convidados da festa ainda conversam ruidosamente como se nada tivesse acontecido, o  homem estranho me encarava nos olhos,  com um sorriso satisfeito no rosto, seus dedos lentamente soltavam meu queixo, e ainda em choque o vejo se inclinar para frente, deixando os lábios ao lado de minha orelha, o halito quente contrastando com a voz fria e tom nojento.


_ Viu, eu sabia que iria gostar, a sensação não é simplesmente incrivel? Alias a senhorita fica linda com terror nos olhos.




Notas Finais


Espero que tenham gostado !
Até a próxima


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