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História Disk me - Capítulo único; Que coragem você tem! - História escrita por fajuta - Spirit Fanfics e Histórias
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História Disk me - Capítulo único; Que coragem você tem!


Escrita por: fajuta

Notas do Autor


Olá, tudo bem?
Essa história foi um "experimento", já que eu tentei escrever com um estilo diferente do que eu estou acostumada. Incrivelmente, ela tem menos de mil palavras, algo que eu acho normalmente muito difícil de se fazer KKK
Enfim, não acho que o enredo tenha algo muito novo ou genial, mas espero que esteja do seu agrado!
Para a leitura, recomendo que escute Disk me, da Pabllo Vittar (versão Lucas Silveira) [vou deixar o link nas notas finais].

Capítulo 1 - Capítulo único; Que coragem você tem!


Depois da segunda garrafa, Sangyeon começou a se sentir diferente. Tinha bebido o suficiente para que tudo parecesse mais alegre, menos sério e completamente distorcido. Ergueu a mão, para pedir um pouco mais de cerveja, mas desistiu. Faria isso no balcão, depois de se aliviar no banheiro.

Olhar para um ponto fixo foi sua estratégia para que não tropeçasse por todo o caminho. Infelizmente, nem mesmo todas as táticas de equilíbrio no mundo seriam capazes de controlar seu corpo. Não conseguiu se manter completamente em pé nem enquanto usava o mictório, tendo que se segurar com força na descarga. 

Sentindo sua cabeça girar, cambaleou até um dos reservados, rezando para que tivesse ido direto ao que ainda possuía uma tampa. Tateou a privada e riu com tamanha sorte. Se jogou sobre o assento de plástico, pouco se importando com higiene ou a imundície em que estava, e sua cabeça pressionou a descarga sem querer. 

Suas mãos pareceram criar vida própria, enquanto engolia a náusea que ameaçava surgir. A luz do celular quase o cegou quando ele o tirou do bolso. Não se preocupou em desbloquear o aparelho, apenas abriu o teclado de emergência e apertou o número um, ouvindo-o discar. A primeira ligação foi recusada, mas isso não importava. Sangyeon não iria desistir.

Sua segunda tentativa pareceu mais promissora.

— Jacob? — Sua voz não passava de um enrolar de língua bêbado e pouco coerente. — Finalmente resolveu me atender — soluçou.

— Você devia parar de beber, Sangyeon.

— Como, se a gente não tem mais volta?

— Não faça disso um vício.

— Jacob, você me escutou? Só consigo te esquecer quando bebo.

— Pare de mentir, Sangyeon. Você só se lembra de mim quando bebe. 

— Isso não é verdade, eu penso em você o tempo inteiro.

— Por favor, pare de me ligar.

— Ei, espera, não desliga. Eu te amo, Jacob.

— Você não ama, Sangyeon, e sabe disso.

— É claro que eu amo!

— Então por que você só me diz isso às quatro da manhã, quando tá completamente bêbado?

— Volta pra mim. 

— Sangyeon, para. Para com isso, porra!

— Eu te amo tanto, Jacob.

— Você só ama a si mesmo.

— Isso não é verdade.

— É a mais pura verdade! Eu já tô cansado de ver você mais preocupado com a porra da sua reputação do que com o que a gente tem.

— Eu juro que se você me aceitar de volta, eu te assumo para todo mundo.

— Você acha que eu sou idiota?

— Eu juro pela minha vida!

— Eu não confio mais em suas promessas vazias, Sangyeon.

— Não são vazias. Eu te amo de verdade, Jacob. Muito.

— Você sempre fala isso, sempre, mas nunca muda. Eu já cansei de ser feito de otário. 

— Dessa vez vai ser diferente, eu prometo!

— Como vai ser diferente se você está fazendo tudo igual? Amanhã você nem vai se lembrar dessa ligação, Sangyeon, e vai me ignorar. 

— Eu nunca esqueço nada sobre você, Jacob. Está tatuado em mim.

— Vou desligar.

— Jacob, eu imploro. Ninguém é como você, ninguém me faz sentir como você faz. Por que você não pode me dar outra chance?

— Porque você não merece. Porque todas as vezes que eu tentei te aceitar de volta, você me fez sentir como lixo.

— Me perdoe, vou fazer diferente. Eu te amo.

— Se isso é verdade, então venha falar comigo sóbrio.

— Mas eu sinto tanto a sua falta, não consigo esperar tanto tempo.

— Está vendo? Você não se importa comigo, você não me ama porra nenhuma! Eu não sou um objeto descartável, Sangyeon, você não pode me usar como se eu fosse um.

— Não fala assim, Jacob, eu te amo.

— Vai se foder.

— Jacob? — Chamou, mas a ligação já havia sido encerrada. 

Sangyeon teve o mesmo resultado quando tentou uma terceira, quarta e quinta vez. Odiou a sensação de não ter controle sobre as coisas, sobre ele. Apelou até a oitava tentativa, mas o número nem sequer discava mais.

Levantando-se, puto da cara, voltou para o salão e pediu mais uma garrafa de cerveja. O barman o encarou com estranheza, mas entregou-a mesmo assim. Quando saiu de casa, sua meta era beber um pouco, só para se divertir. Mas agora, depois de toda a situação, sua mente havia mudado. Iria beber o suficiente para esquecer. Ficaria tão letárgico que não conseguiria ir embora sozinho e então, se desse sorte, poderia ver a carranca de Jacob, enquanto o arrastava até seu carro.

Voltou para sua mesa e colocou seu plano em prática, virando copo atrás de copo. Não se lembrou de quando apagou, mas quando acordou já era dia. Sua cabeça latejava mais que o inferno e tudo o que ele pôde fazer foi choramingar. Seu pescoço doía e sua boca parecia o deserto, de tão seca. Demorou para perceber onde estava, mas quando o fez, decepção nublou seus olhos.

Estava no mesmo lugar, na mesma mesa de bar, sendo acordado pelo dono que pretendia fechar o estabelecimento. Ainda estava bêbado e culpou o álcool pela desilusão. Não havia mais volta para ele e Jacob, já havia ficado claro antes e, mesmo que não pudesse se lembrar da ligação com detalhes, se lembrava de a ter feito.

Iria esquecê-lo. Precisava fazer isso.

 


Notas Finais


{disk me versão emo: https://www.youtube.com/watch?v=YRdP-n9QpVM }

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Obrigado por ler, espero que tenha gostado!


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