— Me deixa ler o diário?
— Que diário? — Camus perguntou se fazendo de desentendido.
— O diário de Dégel, ora!
— Sabe que é falta de educação ler o diário alheio.
— Mas você leu!
— É diferente, é do diário do meu antecessor que estamos falando!
— O que tem de tão importante que eu não possa ler?
— Ah Milo, já discutimos sobre isso!
— Camus, o que você está me escondendo? — O escorpiano perguntou em tom ameaçador desconfiando que algo muito errado estaria contido nas páginas daquele diário para que Camus hesitasse em compartilhá-lo consigo..
— N-nada! Nada de importante…
Sem paciência, Milo avançou sobre Camus que tentou correr, mas não conseguiu a tempo. Com habilidade e velocidade da luz, Milo arrancou o diário das mãos do aquariano, e em vão tenta abri-lo.
— Tem senha, Milo, você não vai abrir... — Camus dita vitorioso ao ver Milo tentar abrir o diário usando a força.
— Por favor... vai? Eu nunca te escondi nada, vai? Por favor... — Mudando de tática, Milo faz aquela carinha de cachorro sem dono que derrete até a parede de gelo eterno.
— Tudo bem — Camus concordou se dando por vencido.
Milo esfregou as mãos em ansiedade. Finalmente o tão sonhado diário em suas mãos. Camus destravou o fecho com seu cosmo gelado e entrega o famigerado diário com um sorriso traquino no rosto, e sem perda de tempo, se afastou subitamente do escorpiano.
Milo folheia as páginas com os olhos arregalados, uma expressão de poucos amigos antes de gritar.
— CAMUS! TÁ EM FRANCÊS! ESSA PORRA TODA TÁ EM FRANCÊS! Filho da…
— Milo, não xingue sua sogra! — Camus o repreendeu com uma dose de humor ácido aos risos antes de sair correndo, deixando para trás um furioso escorpião.
— Volta aqui, pinguim de geladeira! Palito de fósforo, picolé de limão, frízer com pernas, cubo de gelo.................. CAMUS!!!!
— Poxa, ao menos me arranje um dicionário...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.