Quem os via dançando no pequeno palco do auditório do colégio não imaginaria que estavam em estados de espírito tão distintos. Taehyung, apesar dos inúmeros ensaios, estava se tremendo todo por dentro; o que o impedia de não travar por completo era Jimin. O rapaz estava dando um show de olhos vendados, literalmente, os movimentos tão precisos e feitos com tanta tranquilidade que era difícil piscar os olhos por medo de perder alguma coisa. E ele estava fazendo o papel da personagem feminina, vestido como tal e dançando tão naturalmente e sem o menor receio. Ah… Em Taehyung transbordava admiração pelo amigo; ele era talentoso, ele era corajoso, ele era forte, sem nunca tirar aquele “eye smile” do rosto. Taehyung não só queria manter aquela amizade de desde a pequena infância para sempre, ele queria mais, muito mais do que só poder dançar com ele numa peça de teatro da escola.
— Tae, me ajuda a tirar. — Jimin virou de costas, mostrando o zíper do vestido azul. A peça havia acabado e só restavam os dois ali no vestiário. Taehyung já estava arrumado esperando o colega; pelo visto, ele gastou longos minutos tentando abrir o vestido sozinho e falhando miseravelmente.
— Por que não me chamou antes? — Foi até ele, descendo o zíper.
— Obrigado. — Tirou as mangas, então o vestido escorregou. — Eu adorei usar isso, de verdade, só acho que meus pais não gostaram muito. Você gostou Tae?... Tae?
— A-Ah… Sim… — Taehyung estava ligeiramente em choque, fazia tanto tempo assim que não via Jimin seminu? Seu corpo estava tão… diferente? — Você estava incrível hoje, Jiminnie, em todos os sentidos.
— Você também foi incrível, Tae. — Ele sorriu, vestindo a camisa do uniforme e abotoando. — Sério, se não fosse com você, eu nunca aceitaria dançar de olhos vendados.
— Então… — Taehyung sentiu-se corar, mas não desviou os olhos. — Se você confia tanto em mim, eu posso…
— Pode…? — Taehyung veio se aproximando, mas Jimin não deu nenhum passo atrás, realmente confiava nele.
— Posso beijar você?
— Q-Quê? — Tremeu um pouco. — Beijar? Beijar tipo… tipo quando éramos menores?
— Não Jimin, tipo como namorados se beijam. — Estava impressionado de ouvir sua própria voz tão confiante. De fato, olhar nos olhos de Jimin arrancavam dele algum talento que desconhecia. — Quero beijar sua boca.
Jimin não deu a si mesmo tempo pra pensar, era uma proposta tentadora demais; passou o braço em torno do pescoço do mais alto e fez que sim com a cabeça. Taehyung também nem tomou fôlego, apenas abraçou Jimin pela cintura e tocou os lábios nos que lhe causavam tanta curiosidade, e agora, tamanho prazer que nem conseguia mensurar.
A inexperiência em nada impediu que ficassem ali por longos minutos, se testando, provando, medindo, degustando, sentindo…
Taehyung passou a língua pelos lábios alheios, e foi aceito, suas mãos passeando despretensiosamente por dentro da camisa fina, descendo lenta e suavemente, até que um puxão nos seus cabelos o fez ficar apressado, e a mão direita escorregou, perigosa, para baixo da virilha de Jimin. O garoto o empurrou pra longe de si, corado, os cabelos bagunçados, os olhos cheios de lágrimas.
— Vamos parar por aqui, Taehyung.
— Pa-Parar? Parar por quê? Como assim?
— Eu… — Abraçou os próprios ombros, encolhido. — Tenho medo. — “Medo”. Jimin, com medo. Algo dentro de Taehyung se quebrou em mil pedaços. — Medo de que isso acabe com a nossa amizade.
— Amizade?! — Ele vociferou, ensandecido. — Amizade o meu pau!
— Quê?
— An?
— Taehyung, tá tudo bem?
— É, está… — Ele levantou a cara da carteira, o rosto marcado pela espiral de metal do caderno e um fio de baba escorrendo pelo lado da boca. — Não, não está, o que aconteceu?
— Você dormiu a aula inteira. — Jimin lhe informou, com as mãos nas ancas. — Aí eu vim te acordar e você começou a fazer cara de bravo e murmurar coisas sem sentido.
— Ah, desculpa… —Taehyung limpou a saliva com as costas da mão. — É que essas aulas de Latim são insuportáveis.
— Você precisa aprender Latim se quer cantar gregoriano, não? — Jimin arrumava a mochila do amigo, como se fosse a sua. Taehyung se levantou e se espreguiçou.
— E quem disse que eu quero cantar gregoriano? — Juntou as mãos e
esticou os braços, estalando as juntas.
— Seu currículo, Taehyung. — Ele fechou o zíper da bolsa, estendendo a alça para o amigo. — Vamos? O restaurante deve estar cheio.
— Falando em currículo, quando é mesmo a formatura do Hoseok e do Namjoon?
—Próximo final de semana.
— Sério?!
— Sério, Taehyung. — Riu baixinho. — Aposto que nem comprou um terno ainda.
— E precisa?
— É claro que precisa. Aonde você anda com a cabeça, Taehyung?
— Eu estou preocupado com a peça, você sabe… — Coçou a nuca, bocejando.
— A gente pode… sair amanhã. — Sugeriu. — Para comprar um terno pra você e… sabe, relaxar um pouco, descontrair.
Taehyung mal teve tempo de dar qualquer sinal positivo, ouviu passos pesados vindo correndo e a voz de tenor chamando:
— Jimin hyung!
— Ah, não, lá vem o pirralho.
Jungkook era um dos calouros daquele semestre na faculdade de artes, mais calouro de Jimin do que seu, já que os dois estavam cursando música e dança, e ele música e teatro. Jungkook era aquele típico calouro perdido recém saído das fraldas e Jimin aquele veterano assíduo, monitor, frequentador de centro acadêmico e organizador de acolhida à calourada. Não tinha combinação pior.
— Kookiee!!! — Ele recebeu o rapaz com um sorriso que fez Taehyung enjoar. — Do que você precisa, meu doce? — "Meu doce", sério?
— Minha primeira prova de partitura é na quarta, hyung… — Taehyung revirou os olhos. — Eu estou preparado, mas… tem como você revisar a matéria comigo amanhã?
— Ah, valha-me Deus! — Taehyung não se aguentou. — Não é possível que você precise de ajuda pra uma prova de partitura, isso é o básico.
— Que eu saiba, não estava falando contigo. — Jungkook respondeu-lhe, ríspido.
— Calma, calma, vocês dois… — Jimin pôs-se no meio. — Eu posso te ajudar, Kookie, com certeza, mas é que amanhã eu e o Taehyung íamos…
— Ah, esquece. — Taehyung deu de ombros, saindo. — Pode dar reforço pra esse pirralho, eu não ligo. — "Não é a primeira vez que ele faz isso, também", murmurou.
Puto era pouco para como estava seu estado de espírito naquele momento. Jungkook sempre fazia aquilo, sempre, toda vez que estava com Jimin e mensurava um possível rolê com o amigo o garoto vinha pedir ajuda nisso, naquilo, parecia até que ele saia detrás de uma pilastra de onde ficava ouvindo a conversa dos dois. Mas não parava por aí. Jungkook era simplesmente bonito demais, a ponto de ser um desserviço, tão bonito que ele tinha vontade de jogá-lo contra um armário, segurar pelos cabelos sedosos e beijá-lo até arrancar aquela boquinha bem desenhada dali. Mas Jungkook também era tão bonito que Jimin nem disfarçava o quanto secava aquela bundinha quando o rapaz estava de costas. Taehyung não era idiota de perder a única coisa que tinha com Jimin por causa de um calouro irritante. Se o único fio que tinha com o Park era amizade, então se agarraria a ela de corpo e alma.
(...)
— Ah-Ah… ele ficou puto. — Jimin pensou alto, assim que viu suas mensagens para Taehyung serem lidas porém não respondidas.
— Não liga pra ele, hyung. — Jungkook resmungou. Era a primeira vez que Jimin vinha na sua casa e não parava de olhar no celular. Aquela situação realmente não era a que ele imaginava. — Aqui, terminei. — Descansou a caneta na mesa. Estavam sentados um de frente pro outro, na pequena mesa que havia no quarto de Jungkook, postada ali para que tivesse espaço para estudar.
— Vejamos, vejamos… — Jimin pegou a folha de partitura que Jungkook estava preenchendo. — Escala Cigana, certo?
— Isso.
— Escala Menor…
— Com alteração na quarta e sétima nota.
— Perfeito. — Sorriu, lendo a partitura. — Uau, Kookie… Você transcreveu o tema da “Pantera Cor de Rosa” sem errar nada. Você estava olhando? — Riu.
— Foi só de ouvido, juro. — Jungkook sorriu, orgulhoso.
— Vamos ver o que mais esse seu ouvido absoluto pode fazer… — Jimin puxou uma folha de partitura e um lápis. — Hm... Você gosta de abertura de anime? Vou escrever uma aqui pra você descobrir qual é… eu estudava assim com o Taehyung.
— Jimin hyung…
— Hm?
— É… — Coçou a cabeça, nervoso. — O que vocês têm… você e o Taehyung? Digo, o que vocês são? — Finalmente arriscou a pergunta. Mesmo com medo da resposta, precisava muito de dicas sobre certas coisas.
— Eu e o Taehyung?... — Apoiou o lápis na boca, ainda olhando para a partitura. — Somos soulmates, eu diria. — Sorriu pra si, nostálgico. — Desde que eu me entendo por gente, na verdade. Nossos pais eram amigos de trabalho, sabe…
— Nossa, a tanto tempo e vocês são só amigos? — Perguntou, um pouco frustrado. Será que Jimin realmente não era…
— “Só”? — Ele riu. — Bom, ele realmente é uma amizade que eu não quero perder nunca… Mas porquê a pergunta, Kookie? — Jimin franziu o cenho, finalmente percebendo o rumo da conversa.
— Ah, é… — “É que eu quero saber se você curte corpos masculinos, hyung”; céus, por que é tão difícil não ser direto? — É porque, ah… É porque o Taehyung não parece ser só seu amigo, entende?
— Não?
— Não, hyung… ele… se preocupa muito com você, sabe? Não é só amizade.
— Realmente parece isso?
— Tá mais que na cara, hyung, ele não esconde de ninguém.
— Nossa, eu… — Jungkook ficou olhando enquanto Jimin ficou em silêncio pensando, conseguia enxergar engrenagens se movendo por trás dos cabelos acinzentados. — Eu pensei que ele tinha aceitado nosso combinado, que… — Falando sério, Jimin nunca perdeu o interesse em Taehyung, ignoraria o zelo com a amizade se não fosse pela crença de que, depois de rejeitado uma vez, Taehyung já o tivesse descartado como possibilidade. — Nossa, então... — Ele já conseguia visualizar a luz no fim do túnel.
— Então… agora vocês vão ter algo mais que amizade? — Jungkook perguntou baixinho, fazendo um muchocho.
— Talvez… — Sorriu de lado, jogando os cabelos para trás. — Mas isso não vem ao caso agora.
— É-É mesmo, desculpa, eu tô sendo muito intrometido…
— Não está não, Jungkook… Você só é muito observador… — Deitou o tronco na mesa, ficando com o rosto mais perto do dongsaeng. — Então o Taehyung se preocupa comigo… — O encarou de baixo. — Mas e você, Kookie-ah, não se preocupa com o hyung?
— E-Eu… — Engoliu em seco, se afastando um pouco, o que de nada adiantou, já que Jimin se ergueu e avançou para perto dele. — Eu não quero interferir…
— Não quer? — Passou um braço pelo pescoço do mais novo. — Eu posso ser um pouco devagar e não ter percebido nada quanto ao Taehyung, mas eu percebi você, Jungkook. — Colou os lábios na orelha já toda vermelhinha e sussurrou. — Sei que sempre que pode você olha pro meu pau.
— Hy-Hyung!... — Estremeceu fortemente, recebendo de volta uma risada gostosa que o fez apertar os olhos.
— É… você não é bom de disfarçar, Kookie… Já notei o quanto você é inteligente e mesmo assim, vem correndo pedir ajuda pro hyung… — Continuava sussurrando, passando levemente a ponta do indicador na nuca toda arrepiada do garoto. — Mas eu gosto dos seus joguinhos, gosto de ver o quanto você tá louco pra sentar.
— Hyungie… — Choramingou, encolhendo as pernas.
— Já todo manhosinho, Kookie? — Beijou-lhe a orelha com um estalo. — Desse jeito eu vou querer chupar teu pau até ele derreter na minha boca… ou... devo te foder antes? Hm? É isso que imagina quando fica olhando, não é? Conta pro hyung...
— S-se você já me-me viu olhando… — Ofegou. — Então por que não me dá logo ele, hyung?
— Opa! — O barulho de despertador vindo do celular de Jimin fez Jungkook dar um pulinho de susto, mas Jimin parecia já estar esperando. — Nosso horário de aula acabou, Kookie. — Se levantou, arrumando suas coisas como se nada tivesse acontecido.
— M-Mas… o quê? Hyung… — Puxou a blusa de moletom para cima do seu volume.
— Ah, e caso você esteja preocupado… — Ele abaixou para pegar os sapatos, com a bunda empinada intencionalmente voltada na sua direção. — O Taehyung não deve estar muito interessado no meu pau. — Piscou pra ele, jogando a mochila sobre os ombros.
— Q-Quê?
— Até amanhã, Kookie, eu te mando uma mensagem, tá bem?
Jungkook se enganou de pensar que Jimin prometera uma mensagem só por dizer, pois no outro dia a mensagem estava lá, esperando por ele.
Jimin Hyung:
“Vem assistir um filme com o hyung.
Quatro horas, na minha casa...
Ah, e boa prova! ^^ ”
Dizer que o pau bateu na testa é pouco. Terminou a prova de partitura na velocidade da luz e voltou correndo pra casa. Tomou um banho, se preparou, se perfumou todo e pôs uma bela calça jeans apertada. — “Acho que o Jimin vai gostar dessa”. — Olhou para as motocicletas estampadas na camisa branca. Jimin sempre chegava na faculdade numa moto preta… tão bonito. Sorriu, aprovando a si mesmo pelo reflexo no espelho. Respirou fundo e rumou para o apartamento onde Jimin morava, num condomínio perto da faculdade. Uma tarde toda em que ele seria finalmente de Park Jimin, estava até parecendo bom demais pra ser…
— Taehyung??!
— Jungkook???!!
—“Sim, bom demais pra ser verdade”— Taehyung pensou, olhando para Jungkook de cima a baixo, mal percebendo que o outro fazia o mesmo. Qual era a daquela calça? Estava marcando demais as coxas... E que coxas, puta que pariu.
— Por que você tá aqui?
— Não te interessa. E que mané “você”, eu sou seu veterano, seu moleque.
— Olha, é melhor voltar pra casa, o Jimin marcou… marcou uma aula comigo pra agora, então vaza. — Desviou os olhos. Por que Taehyung estava com aquela camisa branca? Estava muito transparente...
— Marcou? Com você? — Ele puxou o celular do bolso. — Mas ele me chamou pra vir assistir um filme, hoje de manhã. — Conferiu a mensagem.
— Q-Quê? — Ele ficou vermelho de imaginar a possibilidade de Jimin ter duplicado e mandado a mesma mensagem para o seu contato por engano. Mas espera… Ele não tinha desejado boa prova?
— Não pensa besteira, idiota. — Viu o rosto do garoto em chamas. Credo, que pirralho transparente. — É só pra me ajudar numa matéria de cênicas. — Taehyung guardou o celular.
— N-Não pensei besteira! — Se defendeu. — Não sou eu que estou com os primeiros quatro botões da camisa abertos!
— Q-Quê? — De fato, estava mais que na cara que ele viera preparado. — I-Isso não tem nada a ver com você! E eu abro quantos botões eu quiser!
— Tá, tá, foda-se. — Ele olhou em torno da porta do apartamento, procurando o botão da campainha.
— Olha como você fala comigo, pirralho! — Taehyung percebeu e se adiantou para tocar a campainha antes do mais novo, que segurou seu pulso e tentou tocar no botão antes, então usou a mão livre para segurar seu pulso, e no fim lá estavam os dois, se encarando com ambas as mãos imobilizadas. — Me solta, moleque. — Rangeu, entre dentes.
— Solta primeiro. — Jungkook rangeu de volta.
— Eu mandei soltar.
— Mandou o cacete. Se não me soltar, quebro o seu pulso.
— Você não tem coragem.
— Ah, não? — Apertou mais o punho.
— Ai! Puta que pariu.
— Não vai soltar? Seu pulso parece fraco...
— Vai se achando o bodybuilder vai, seu moleque cat…
— Ah! Vocês estão aí! — De repente Jimin abriu a porta, fazendo os dois pularem para longe um do outro. — Eu quase ia desmarcando. — Ele mostrou o celular. — Porque, sabem, vou precisar sair; emergência. Mas já que vocês vieram, entrem, eu faço questão.
— Vocês? — Taehyung se exaltou. Jungkook estava em estado de choque. — Que merda é essa, Park Jimin? Por que você convidou nós do-
— Ah, tô sem tempo pra explicar. — Jimin saiu do apartamento, passando pelos dois e os empurrando para dentro logo em seguida. — Porque combinamos de ver um filme antigo e pensei que para o Jungkook também ia agregar, algo assim.
— “Algo assim”? — Jungkook arregalou os olhos, fazendo cara de assustado.
— Aliás, o filme já está na tela, é só dar play, tá, TaeTae? — Ele sorriu para os dois, puxando a maçaneta. — Podem começar sem mim, só não façam pipoca antes de eu voltar. — Falou, fechando a porta na cara deles.
— “TaeTae”... — Taehyung repetiu para si mesmo, abobado. Fazia tempo que Jimin não o chamava de “Tae”, quanto mais “TaeTae”; aliás desde…
— Ei, vai ficar parado aí, ou o quê? — Jungkook chamou, sentado na ponta do sofá, de pernas e braços cruzados. Taehyung teve vontade de rosnar.
— Vou ficar “o quê”. — Respondeu, seco, indo se sentar na outra ponta do sofá. Pegou o controle na mesa de centro e deu play no filme.
“Some like it hot”, “Quanto mais quente melhor”, uma comédia de 1959, com seu merecido status de clássico. A trama simples sobre dois músicos quebrados que precisam fugir da máfia vestidos de mulher não era nada parada, muito pelo contrário, até bastante divertida, mas a nuvem tempestuosa que pairava entre os dois estudantes de música era impenetrável até para o elegante preto e branco daquele filme.
“Droga”, Taehyung pensava a cada três minutos. Tudo o que ele queria era estar abraçado com Jimin naquele sofá àquela hora. Ele viera decidido a tirar uma casquinha do seu precioso hyung, nem que fosse pra levar um tapa depois, mas não, estava sentado que nem uma ostra quase na quina do sofá, rezando para que o pirralho estúpido continuasse calado.
— Era esse filme que o Jimin hyung ia usar pra te ajudar a atuar?
Droga.
— Era, sim, agora cala a boca.
— Hã! — Ele riu, desdenhoso. — Você deve ser muito ruim mesmo, então.
— Como é que é? — Olhou para ele, enfurecido.
— Nada contra o filme, mas olha só, ele é super didático se tratando de atuação. — Descruzou as pernas, apontando para a tevê com um gesto de cabeça. — E se o hyung escolheu algo assim pra te ajudar, deve ser porque você atua super mal e precisa aprender o básico.
— Ah, você acha? — Perguntou, sarcástico. — Então você já conhece o seu “sensei” tão bem a ponto de saber exatamente o como e o porquê exato de tudo o que ele faz. Que pena que o melhor amigo dele não sabe tanto ou mais que você.
— Estou só supondo. — Jungkook revirou os olhos. “Caralho, que apelão”. — E você não tem cara de bom ator. — “Apesar de ser tão bonito quanto um”, pensou, mas tomou o cuidado de não falar.
— E por acaso ator tem cara, espertão? — Ergueu uma sobrancelha. — Nunca nem me viu atuar e fica aí falando asneira.
— Atua aí, então, se você é tão bom quanto diz. — Desafiou, levantando também uma sobrancelha. — Jimin hyung disse que você anda ensaiando para uma peça do festival de artes da faculdade, então vai lá, quero ver o que você sabe fazer.
Taehyung ficou sustentando o olhar do mais novo, sério, então sorriu sádico. O garoto ia se arrepender de o ter desafiado. Lambeu os lábios.
— Maldigo a ira do Cúpido que fez-me desventurado! —
Começou, de uma vez, entoando sem dificuldades a voz, a do personagem, Apolo, pouco mais grossa que a sua.
— A mim, cujas flechas tudo fere, agora encontro-me na medula ferido, e por ti, bela Dafne, me encontro todo em chamas quando vejo os flamejantes astros nos teus olhos. —
Fixou o olhar em Jungkook, que prendeu a respiração.
— E meu peito é feito em brasas pelo rubro dos teus lábios, que tanto anseio por provar em minha boca. —
Suspirou, verdadeiramente apaixonado.
— Adoro teus dedos, mãos, e braços, filha de Peneu. —
Se aproximou de Jungkook, que recuou sutilmente.
— Dá-me a dádiva de cobri-los. —
Escorregou a ponta dos dedos pelo braço do mais novo, subindo até seus ombros. O garoto estremeceu.
— E de seus soltos cabelos, penteá-los. —
Tocou-lhe os cabelos da nuca, levemente. Jungkook mal conseguia reagir, paralisado, atento aos mínimos e precisos movimentos na face do mais velho, que continuava, impassível.
— O que queres, Dafne, quando tua beleza te veda o anseio pela perpétua virgindade? — Se inclinou sobre o outro, forçando-o a se deitar.
—Tua formosa forma nega tuas súplicas e me enche de desejos, então de mim não fujas. — Deitou superficialmente a mão na coxa de Jungkook, se apoiando com a outra mão nas costas do sofá.
— Ó ninfa, para, rogo-te! Não sigo como inimigo, ninfa, para! —
Jungkook engoliu em seco, incapaz de desviar do olhar que penetrava o seu, incansável.
— Assim a ovelha foge ao lobo, o cervo ao leão, a pomba à águia; assim qualquer um foge ao inimigo, mas amor é minha causa, ó ninfa, para! É áspero o local a que te apressas… Que farei se caíres? Se teus pés encontrarem espinhos ao caminho, e eu te causar imerecidas dores? —
Subiu a mão pelo lado do seu corpo, alcançando seu rosto e o acariciando de leve com as costas dos dedos.
— Diminui a corrida e cessa a fuga, pois não sabes? Sou nato de Júpiter, a medicina é meu invento e certeira é a minha flecha; uma, contudo, mais certeira que a minha abriu-me uma ferida, e nem mesmo as ervas curativas ao meu jugo cura nenhuma podem dar a tal amor.—
Sentia o hálito quente próximo à sua pele, o cheiro de menta quase um entorpecente.
— Só tu o podes agora, ninfa, cede ao meu abraço e sacia a paixão que por dentro me consome. —
Findou o texto, e, com os lábios próximos da orelha do seu único ouvinte, acrescentou, num sussurro: — E que está me deixando louco por você...—
Ao contrário de Dafne, que, na história, recusa às investidas de Apolo até chegar ao cume de sua metamorfose que a transformou de mulher para planta, Jungkook sentiu-se derreter todo, a vista completamente turva e a respiração ofegante.
— Hã… Ficou todo vermelhinho, foi? — Desdenhou, se sentando e puxando um Jungkook amolecido pelos braços para cima do seu colo. — Quem não é bom ator agora, hm?
— Vo-Você é bom… — Gaguejou, meio a esmo. As ideias muito confusas na cabeça, o rosto de traços divinamente belos muito perto do seu.
— Sou é? Quer saber em quê mais eu sou bom? — Riu, sádico, apertando as coxas fortes do mais novo, que soltou um gemido mais de prazer que de dor. — Você é fraquinho, hein? Mas, sabe… — Suspirou, com o nariz encostado no pescoço branquinho. — Eu prefiro assim… — Subiu as mãos por suas coxas, numa carícia, parando-as na cintura e segurando firme. — Será que o Jimin deixa eu experimentar essa sua boquinha?
— Nah… — Pôs as mãos nos ombros largos do mais velho, mas só o que conseguiu com aquilo foi fazê-las escorregar pelo peito largo ao invés de o afastar. — Ah… — Suspirou, frustrado. Aquela voz grossa de Taehyung sempre fora seu fraco e ele se odiava por causa disso.
— Hm… Isso era pra ser um “não”? — Riu baixinho, puxando o rapaz pra mais perto, até sentir a bunda durinha do garoto bem encaixada em seu volume e notar que Jungkook, assim como ele, estava excitado. — Não é o que o seu corpo está me dizendo... — Sussurrou, rente à sua orelha.
— A-Ah… — Um arrepio desceu pela sua espinha. Sentir como estava Taehyung bem abaixo de si foi a gota d'água para a sua sanidade. — Hyung…
— Agora eu sou “hyung”, hmm! — Embrenhou os dedos longos nos cabelos da nuca do mais novo e o puxou finalmente para sua boca num beijo afoito.
— Hhmm! — Ele apertou os ombros de Taehyung, recebendo um aperto na bunda como resposta. — Hm!
— Mmh… — Taehyung passou a língua para dentro da boca quentinha sem a menor dificuldade. — Mh… — Explorou ali por alguns segundos, escorregando para fora lentamente, levando o lábio inferior de Jungkook entre os seus na saída. — Hmm... Que delicia de boquinha, Jungkook.
— Ta-Taehy… mmhh…
— Isso, geme… hm… geme pro seu hyung, uh. — Falou entre beijos, apalpando as curvas do mais novo por baixo da camisa. — Mmh… Tão gostoso, Jungkook… mh… é… é por isso que o Jimin é doido por você, não é? — Bateu na bunda durinha com força. — Hm?
— A-Ah...han… — Choramingou, puxando os cabelos do mais velho. Pensar em Jimin o fazia querer parar, mas o beijo de Taehyung era tão… — Gostoso…
— Gostoso? Tá gostoso, tá? — Segurou o rosto de Jungkook nas mãos e intensificou o beijo, dando voltas com a língua dentro de sua boca. — Mmh…
— Nnh… — Jungkook estava pulsando, sem conseguir mais se conter em rebolar de leve no colo de Taehyung.
Plek!
O barulho de chaves caindo no chão os fez paralisar por completo.
— Ooops! — Jimin pôs as mãos livres para frente, num gesto de rendição. — Desculpem, é que eu tava suando, aí a chave escorregou.—
— Jimin!! — Os dois gritaram juntos. Taehyung se levantou do sofá de uma só vez, derrubando o mais novo, que caiu no tapete e bateu leve, por sorte, a cabeça na mesa de centro.
— Ai ai ai ai ai… — Resmungou de dor, segurando a nuca com as mãos, como se ela fosse cair. Taehyung não sabia se o ajudava a levantar ou se procurava um buraco pra se esconder, sem nem perceber Jimin ali parado segurando o riso com todas as suas forças.
— Uou, se acalmem… Juro que só estava vendo o filme… Aliás, ele acabou. — Apontou com um dedo a tela da tevê apagada. — Vocês perceberam, ou não estavam assistindo? — Sorriu, mal conseguindo se conter.
— Ma-ah, ah… — Taehyung gaguejou, olhando de Jimin para Jungkook, que de repente se levantou em um salto e passou pelo Park como um raio, murmurando um quase inaudível “Com licença”.
— Ué? — Jimin olhou para trás, ouvindo a porta bater, depois para Taehyung. — Ele não gostou do filme?
— De-de-desde quando? Desde quando você tá aí?
— Acho que desde o “me come por favor, hyung”. — Ele gargalhou, se abaixando para pegar as chaves.
— E-Ele não disse isso!
— E se tivesse dito?
— AAAAAHHHH!!!! — Se jogou no sofá, cobrindo o rosto com as mãos. — Puta que me pariu!!!!!!! Por que você não falou nada, filho da puta?!?
— Ei, relaxa cara. — Falou entre risos, indo se sentar ao lado dele. — Eu não sou purista, não me importo de vocês terem quase transado no meu sofá.
— Uuuuuhhhhh!!!! — Taehyung gritou abafado.
— E você sabe que eu sou voyeur…
— Não, não, não… — Choramingou, abrindo uma fenda entre os dedos para poder olhar para Jimin, que continuava rindo do seu lado. — Não me diz que você fez de propósito.
— Euuu??? — Fez a cara de indignado mais falsa possível. — Pff… Você tá louco, cara.
— Você… — O encarou com os olhos semicerrados. — Viado!!! — Arregalou os olhos. — Viado, miserável!!!
— Viado sim, muito. — Não conseguia parar de rir de nervoso, já que estava tão feliz quanto frustrado pelo fato do susto que os amigos levaram ter sido engraçado a nível de murchar sua ereção. Aliás… — Ah, e sobre o seu problema, eu não presto ajuda a paus que não endureceram por minha causa.
— Ah, cala a boca. — Suspirou, bagunçando os cabelos nervosamente. — Você não me ajudaria nem se fosse… somos só amigos, não?
— Hã… — “Tão lindo ele, nervosinho”. — Pessoas mudam, sabia, TaeTae?
— Quê?
— Que filme vamos ver, então? — Mudou de assunto, pegando o controle da tevê. — Quer um filme infantil, pra você se acalmar… ou um pornô, pra você se aliviar?
— Ha Ha, engraçadão você. — Se levantou. — Põe um shonen de porrada, aí. Eu vou fazer uma pipoca.
— Esperma não é manteiga, viu? Caso você, sabe, se confunda.
— Ah vá se fuder, Jimin!
Era engraçado que Taehyung lhe estivesse desejando algo tão gostoso que, sim, ele ia fazer logo, logo, e não sozinho, pois por mais que negasse, estava claro que Taehyung já havia aceitado sua proposta, e quanto a Jungkook, ele nem precisava especular pra saber que o garoto estava no quarto àquela hora se masturbando pra ele e pro amigo. E realmente estava.
Sapatos no tapete, calças no chão, e na cama um Jungkook deitado de bruços se esfregando inutilmente num travesseiro.
— Taehyung… — Chamou a esmo, acariciando o próprio abdômen suado. — Aahh… — Estremeceu ao tocar no membro extremamente sensível. Rolou pro lado, deitando de costas, subindo e descendo o punho com cuidado, numa auto-provocação, enquanto levava três dedos da mão livre à boca. — Mh… — Fechou os olhos, sem querer visualizando Jimin deitado ali ao seu lado, o tocando.
— Tá gostoso assim, Kookie? — Pôde ouvir a voz manhosa do acinzentado no seu ouvido.
— Uhm… — Ele chorou abafado nos próprios dedos. A saliva escorrendo pelo lado da boca.
— Aw… Kook... — Acariciou a glande inchada com o polegar. — Tão lindo.
— Jimin hyung!... — Tirou os dedos da boca, introduzindo o do meio na entradinha pulsante. — A-Ah… — Fechou os olhos mais uma vez, e lá estava Taehyung, entre suas pernas, o preparando.
— Uah… Que apertado, Jungkook… — A lembrança da voz grossa lhe causando arrepios.
— Ta-Tae… — Introduziu mais um. — Ah…
Ah, como ele queria exatamente aquilo, exatamente daquela forma, porque estava tão bom… As mãos pequenas, cheias de anéis, o acariciando, e os dedos longos ali, o penetrando… Ah! Tão gostoso, tão…
— Aah! Aah! — Gozou forte, a porra quente sujando toda a sua camisa. — An… — Afundou nos travesseiros, aliviado e envergonhado de si mesmo.
"Droga, o que Jimin deve estar pensando de mim agora?" Ele se perguntava, debaixo da ducha gelada.
— O Taehyung tá certo… — Desligou o chuveiro. — Eu sou um pirralho.
Voltou pro quarto, enxugando os cabelos e procurando o celular. Nenhuma mensagem, engoliu em seco, mas respirou fundo. Coragem, Jeon Jungkook...
Eu:
“Hyung, sobre hoje…”
Jimin Hyung:
“Oi meu bem”
Jimin fez o favor de responder só no outro dia. Jungkook mal conseguia abrir os olhos por trás das olheiras, mas fez um esforço.
Eu:
“Oi…”
Jimin Hyung:
“Não se preocupa com o que aconteceu ontem, tá bem?”
Eu:
“Mas…”
Jimin Hyung:
“A culpa foi minha de deixar um coelhinho com um tigre.”
Ficou todo vermelho, não sabia se por ser chamado de coelhinho pelo seu crush ou se pela comparação certeira de Taehyung com um tigre.
Eu:
“Então… você me perdoa, hyung?”
Jimin Hyung:
“Não tem o que perdoar, bebê.”
Eu:
“Então…”
Será que era errado ficar triste por Jimin não estar com ciúmes?
Eu:
“Podemos almoçar juntos hoje?”
Jimin Hyung:
“Não posso, meu amor.”
“ Estou no comitê de organização da festa dos formandos de música
deste semestre, então, sabe como é, sem tempo.”
Eu:
“Certo, me desculpe.”
Jimin Hyung:
“Você vai pra formatura, não é?”
Eu:
“Vou… Hoseok hyung me convidou.”
Jimin Hyung:
“Eu vi seu nome aqui na lista.”
Ia digitar uma resposta, mas levou uma livrada na cabeça.
— Au! A-Ah… Desculpa, professor.
— Sua carinha é muito bonita, mas isso aqui não é um concurso de beleza, sr. Jeon. — O professor ralhou com ele, dando batidinhas com o livro de história da arte no topo de sua cabeça. — Enfia esse celular onde você achar melhor e pega seu livro. Página vinte e três. — A turma inteira choveu de risadinhas, mas uma tosse forçada se sobressaiu e o obrigou a olhar pra porta. Seu queixo por pouco não caiu.
— Vim em má hora, professor? — Taehyung perguntou, na clara esperança de poder cair fora.
— Ah, sr. Kim, entre, por favor.
Merda.
— Isso, venha. Se apresente.
— É… e aí. — Ele fez uma reverência para a turma, evitando olhar para Jungkook, que também estava evitando olhar para ele. — Eu sou o Kim Taehyung, o monitor dessa… turma. — Justo a turma do Jungkook. Obrigado universo.
Mais risadinhas, dessa vez por conta do veterano com fama de ser o “moleque transante” do curso de música. Jungkook riu para si mesmo, já que ele havia constatado a pouco a veracidade daqueles boatos.
— Estava passando da hora de você pegar monitoria, hein, Sr. Kim. — O professor comentou, dando um pedaço de giz branco para Taehyung.
— É que eu odeio jovens, professor. — Respondeu, pegando o giz e começando a anotar no canto do quadro negro. Mais risadinhas. Jungkook revirou os olhos. — Aqui estão meus contatos, telefone e e-mail… para tirar dúvidas e marcar aulas, caso precisem… — Jogou o giz na base do quadro. — É isso. Obrigado, professor. — Saiu da sala o mais rápido possível, atrás de cochichos e com o olhar de Jungkook perfurando suas costas.
Taehyung:
“Jimin, adivinha”
“Em que turma minha monitoria foi cair.”
Jiminnie:
“Na do Jungkook?”
Eu:
“O que eu faço?”
Jiminnie:
“HaHaHa, se ferrou.”
Droga, Jimin estava literalmente se divertindo com aquilo. Qual era a dele? Sinceramente? Taehyung havia se segurado ao máximo para não atacar Jungkook nas primeiras semanas por causa do interesse que Jimin demonstrou por ele, sem falar nos ciúmes que sentia, e agora ele estava achando graça? Era “não vamos nos pegar para manter a amizade, mas pode comer o meu crush”? Tipo, quê? Por quê? Ele não estava com ciúmes? Nem dele nem do Jungkook?
E não, ele não estava, ficou claro nas poucas vezes durante a quinta e sexta-feira que ele conseguiu fugir da organização da festa pra mimar tanto o calouro quanto o colega. As ocasiões em que Jungkook e Taehyung cruzaram pelos corredores eles não se falaram, na verdade mal se olharam, mas ficou óbvio de que compartilhavam da mesma dúvida: “O que estava se passando pela cabeça de Park Jimin?”
Aliás, Jungkook estava tão concentrado nisso no final da sexta-feira que nem notou quando esbarrou nas costas de Taehyung.
— Fo-Foi mal. — Se abaixou para pegar as apostilas caídas.
— De boa… — Taehyung suspirou, se abaixando para ajudar. — Toma. — Juntou todas com as duas mãos num movimento rápido, dando destaque pros seus dedos longos, o que fez Jungkook corar um pouco.
— Obrigado... — Pegou de volta as apostilas, abraçando-as. — Hyung.
— Po-Por nada. — Também ficou vermelho; queria que Jungkook não o chamasse mais de hyung, por conta do contexto da última vez em que o chamou daquela forma. — É… o Jimin tem estado ocupado, não é?
— Si-Sim…
— E… tem ficado tudo bem com você, digo, com as matérias? É que ele sempre te ajuda.
— Ah… sim, sim, por enquanto está tudo bem.
— Se você precisar de ajuda, eu…
— Eu anotei seu número. — Ele comentou, um pouco entusiasmado demais. — Po-Por causa da monitoria… — Se reprimiu, mordendo os lábios
— A-Ah… sério? Que bom, então…
— É, eu vou indo. — Fugiu, envergonhado.
Taehyung esticou a mão e abriu a boca pra falar alguma coisa, mas de fato, não tinham mais o que dizer um pro outro, porque a festa de formatura era no outro dia e o pensamento de ambos estava em Park Jimin.
Taehyung se arrumou da melhor forma possível. Camisa branca, terno, colete e gravata azul marinho, cabelos alinhados, e a mensagem que trocara com Jimin sempre ali no celular para dar sorte:
Eu:
“Jimin, você é meu na festa de formatura.”
Jiminnie:
“Uau, tem como recusar um convite impositivo desses?”
Eu:
“Alguém já te chamou?”
Jiminnie:
“Você é sempre o primeiro a me chamar, Tae,
e sabe que eu não recuso, não sei nem porque se dá ao trabalho”
Foi sorrindo para si mesmo o caminho inteiro. Não fazia ideia do porque, mas desde o incidente com Jungkook as coisas entre ele e Jimin estavam melhorando exponencialmente, parecia até um milagre. Desceu do carro e viu Jimin chegando. Tão lindo, de terno risca de giz, gravata vermelha, os óculos de aro redondo, os cabelos graciosa e levemente ondulados, descendo da moto. Era o momento ideal para focar no seu soulmate e se esquecer de tudo que havia acontecido com Jungkook, se não fosse pelo fato do próprio estar descendo da garupa da mesma moto naquele momento. E, droga, com o terno escuro e a camisa aberta os primeiros botões, o garoto estava lindo.
— TaeTae, você tá lindo! — Jimin veio até ele com Jungkook atrás. — Não que isso seja novidade…
— É… pensei que ninguém mais tinha te convidado. — Reclamou. Jungkook pôs as mãos nos bolsos e olhou para o alto.
— Ah, o Kook só pegou carona comigo. Você tem com quem se encontrar, não tem, Jungkook-ah?
— Bom…
Jungkook havia recusado todos os convites de meninas e meninos para ir à festa de formatura com ele.
Jungkook:
“Hyung, você tem com quem ir pra festa amanhã?”
Ele havia perguntado, como quem não quer nada.
Jimin:
“Vou com o Tae.”
Jimin respondeu, com um emoji de coração do lado.
Jungkook:
“Ah, então… é… você pode me dar carona?”
“O cartão estudantil do ônibus não funciona no sábado.”
Jimin:
“Claro, bebê.”
— Não, na verdade ninguém me convidou. — A esperança é a última que morre.
— Tudo bem então, você curte a festa com a gente. Não é, TaeTae?
— Ah… ok. — A esperança é a única que morre, não é possível…
O salão estava decorado com toda a elegância e aconchego possível, bem a cara de um Park Jimin organizador de festas. Luzes de led brancas, mesas com um requinte impecável, um globo de luzes iluminando a pista, baldes de cerveja em pontos estratégicos e o bar nem parecia improvisado de tão bem disposto. Além de Yoongi e Jin, os formandos do ano anterior e já produtores musicais, cuidando do som. Durante a valsa dos formandos com seus pais, os restantes convidados estavam em animadas conversas, já bebendo e se preparando para as próximas músicas, exceto Jimin, Jungkook e Taehyung, os três sentados lado a lado em banquetas ao balcão do bar no clima mais tenso possível, isso porque Jungkook estava vermelho de sem graça e Taehyung sustentando um muchocho de alguém que está semi-puto; e Jimin, no meio, já não sabia o que fazer para quebrar aquele gelo.
— Olha, não sei vocês… — Ele saltou do banco e se espreguiçou, assim que a valsa terminou e Yoongi pôs uma eletrônica para tocar. — Mas eu quero dançar, com licença.
Jungkook e Taehyung viram Jimin se afastar, se entreolharam, e então foram atrás dele. Taehyung foi quem conseguiu se aproximar primeiro, dançando no ritmo frenético da batida, cada vez mais perto de Jimin, que não se deu ao trabalho de se afastar; não demorou para estar com o peito colado no dele.
— E aí, gatinho? — Perguntou, sorrindo. — Você está sozinho?
— Não. — Riu, jogando a franja para trás. — Estou com o Tae, conhece?
— Hm… ouvi falar. — Pousou as mãos na cintura do mais baixo, encostando a testa na dele. — Será que ele deixa eu dançar com você?
— Mh… não sei. — Virou de costas, ainda colado no amigo. — TaeTae é um pouquinho ciumento. — Falou por cima do ombro, rebolando na virilha de Taehyung, provocativo.
— Hã… sou é? — Subiu um pouco as mãos pelas ancas do mais velho, apertando de leve mas sem limitar seus movimentos. — Ah, Jimin… — Deitou a cabeça na curva de seu pescoço. — Eu só… — Suspirou. — Só cansei de ser um bom garoto pra você…
— Ah, TaeTae… — Virou de frente, passando os braços pelo pescoço do mais alto. — Então me mostra.
Taehyung sorriu com malícia, se sentia livre para fazer o que queria. Os olhinhos por trás dos óculos piscando, esperando por ele, tão diferentes dos olhos chorosos que lhe pediram para parar uma vez, seu Hyung estava lhe dando a liberdade que tanto queria, não poderia perder isso, de jeito nenhum. Aproximou seu rosto, devagar, e chegou a ver Jimin fechar os olhos, mas uma comoção repentina em volta dos dois os fez sair daquele transe. Num primeiro momento o Kim até pensou que fosse por causa dos dois e seu quase beijo, mas não.
Era Jungkook, dançando sozinho no meio da pista com todos os dotes que um dançarino no começo do curso não tem, fazendo todo mundo abrir um círculo todinho pra ele. Por mais que para Taehyung parecesse, o calouro não fizera aquilo de caso pensado, na verdade só estava descontando na dança todo o ciúmes de ver Jimin se derretendo para Taehyung, quando não também descontando a frustração por descobrir que não era bem ciúme, e sim, desejo. Ele queria sentir oque seus hyungs sentiam, queria a atenção deles.
Jimin ficou olhando o dongsaeng, encantado, então deixou Taehyung e foi dançar com o garoto. Jungkook sorriu para ele, lhe oferecendo a mão.
As palmas e assobios dobraram. Agora estavam os dois estudantes de dança mostrando para todo o salão como se faz. Taehyung se juntou aos admiradores num misto de raiva e conformação,porque uau, os dois realmente dançavam bem, juntos então, céus… os abdomens ondulando juntos, as cinturas finas coladas, os ternos escorregando pelos ombros… ele começou a suar, aquilo era insanidade.
— Cansei… — Jimin pôs as mãos nos joelhos assim que a música terminou e a dupla foi ovacionada por uma chuva de palmas. — Vem, vamos beber. — Bateu de leve com as costas da mão no peito de Jungkook.
Ficaram de pé perto do balcão do bar, que já não tinha mais lugares para sentar. Taehyung chegou em seguida, se postando ao lado de Jimin.
— Hyung. — Jungkook chamou perto do ouvido do loiro acinzentado, por conta da música alta. Jimin virou o rosto para que ele lhe falasse. — Como eu fui?
— Perfeito. — Jimin riu, também falando ao ouvido do mais novo. Taehyung viu aquilo e se apressou, passando o braço pelos ombros de Jimin e lhe falando ao ouvido.
— Jimin, dança comigo a próxima música.
— Cla-
— Hyung… — Jungkook o puxou pelo braço. — Vamos dançar a próxima música.
— Eu… — Sentiu ser puxado pela cintura por Taehyung; Jungkook passou o braço pelo seu ombro e pegou sua mão. — É… espe-
— Hyungie…
— Jiminnie…
— Me-Meninos… — Os dois sussurrando ao mesmo tempo nos seus dois ouvidos era um pouco demais.
Jungkook e Taehyung se encararam por cima dos cabelos descoloridos. Não, nenhum dos dois ia arredar pé dali. O mais novo segurou em sua cintura e virou Jimin de frente ao mesmo tempo que o mais velho o abraçava por trás.
— E-Ei, vocês… A-Ah! — Jungkook deslizou a língua no seu pescoço no exato momento em que Taehyung beijava sua nuca. — De-Deus… — Apertou os olhos. Não queria ter um orgasmo ali, mas naquelas condições…
— Eu te levo pra minha casa, Jimin… — Taehyung propôs, lhe acariciando as coxas.
— Vamos pra minha casa, hyung… — Jungkook contra argumentou, escorregando as mãos pelo seu abdômen.
— Os dois na minha cama, ou nada feito. — Falou firme, assustando os outros dois. — Agora! — Mandou, puxando-os pelas mãos para fora do salão. — Eles se entreolharam. Sim, Jimin queria aquilo, e eles não estavam a fim de recusar; melhor dizendo, no fundo eles estavam tão a fim daquilo quanto o mais velho dos três. — Vamos continuar de onde paramos, lá em casa… — Ele disse para Taehyung, quando chegaram no estacionamento. — Então seja um bom garoto uma última vez, hm?
— Última vez, Park Jimin. — Ele entendeu o recado, pegando a chave do carro do bolso e destravando. — Entrem.
Jungkook nem teve tempo para contestar, Jimin o jogou no banco de trás e entrou em seguida, deitando por cima do garoto e o enchendo de selinhos no rosto.
— Jim- Hm! — Os lábios carnudos afundaram nos dele. — Hum...
— Ssh… Quietinho, sim? — Falou, rente à sua boca. — TaeTae está dirigindo…
— Há… filho da puta. — Taehyung riu de desespero, dando ré para sair do estacionamento, olhando para trás e sem querer tendo um vislumbre dos dois se beijando. Puxou o ar entre os dentes.
— Uhm! Mh… — Jimin o beijava com uma avidez absurda, Jungkook mal conseguia raciocinar. Os lábios quentes, macios, se movendo experientes, e as mãos pequenas por dentro da sua camisa, apalpando cada curva com firmeza. — Mmh… Ah!... — Respirou fundo quando Jimin separou o beijo, só então percebendo o quanto estava sem ar. — Hyung...
— Aw, essa boquinha… — Passou a língua sobre os lábios do dongsaeng, as mãos agitadas no peitoral que subia e descia, ofegante. — Deixa o hyung abusar mais dessa boquinha, deixa?
— De-Deixo… — Passou os braços pelos ombros do rapaz mais velho. — Deixo, hyung…
— Hm… — Lhe selou os lábios, um de cada vez. — Hm... delícia. Delícia do hyung…
— Mh…
— Vocês… mas que droga. — As mãos de Taehyung escorregavam pelo couro do volante de tão suadas; a cada gemido de Jungkook atrás ele sentia uma pontada no pênis duro dentro da calça. Parou num sinal vermelho. — Porra!
— Pau batendo no volante, TaeTae? — Jimin perguntou, risonho.
— Na testa. — Riu também. Tinha que rir pra não chorar.
— Hyung… — Jungkook choramingou quando Jimin beliscou despretensiosamente seu mamilo.
— Gemendo assim TaeTae vai bater o carro, amor… — Lambeu os lábios. Mal conseguia se aguentar, se estava divertido ali, que dirá quando chegassem.
De fato, quando chegaram mal trocaram palavras. Ele parou um momento para abrir a porta e percebeu os dongsaengs se olhando. Taehyung olhou para Jungkook de cima a baixo e mordeu a boca; Jungkook ruborizou e desviou o olhar. Jimin riu, entrando e puxando os dois consigo, fechando a porta atrás de Taehyung e o encostando nela. Não precisou dizer nada, apenas pendeu a cabeça pro lado e esperou. Taehyung respirou fundo e então o beijou intensamente, sentindo finalmente a boca gordinha novamente colada na sua.
Jimin suspirou nos seus lábios, tão quentes, ah… tanta saudade…
— Tae… — Entreabriu os lábios, pedindo passagem com a língua.
— Jiminnie… — Suspirou, cedendo espaço.
Jungkook estava estático olhando para o beijo apaixonado dos mais velhos. Não conseguia nem queria parar de olhar, apesar de extremamente envergonhado; o desejo e a noção limitante de intimidade conflitantes dentro dele. Jimin o observava de soslaio, então começou a tirar o cinto de Taehyung, desabotoando e descendo sua calça; ele não reclamou, apenas continuou o beijando, soltando um suspiro leve quando sentiu o membro ereto livre do aperto.
— Vem...hm... Jungkook. — Jimin chamou, mal conseguindo se livrar dos lábios insistentes de Taehyung. — Eu sei que você quer… — Ficou olhando o garoto se ajoelhar entre os dois e aproximar os lábios vermelhinhos da glande inchada.
— Mh… — Taehyung gemeu durante o beijo, uma mão puxando os cabelos da nuca de Jimin e a outra na franja de Jungkook. Jimin sorriu nos lábios alheios, começando a tirar o próprio cinto. Jungkook percebeu e começou a ajudar, libertando o pênis duro. A glande vermelhinha, as veias saltadas, não perdia em nada para Taehyung. Ele salivou, tocando a ponta de ambos com a língua; os dois gemeram, Jimin imitando Taehyung, puxando-lhe os cabelos e os da nuca de Jungkook, que começou a intercalar entre um e outro em sucções discretas.
— A-Ah… isso, chupa os hyungs bem gostoso, chupa… — Jimin incentivou, quando ele e Taehyung já não conseguiam mais seguir com o beijo por conta da falta de ar.
— Que boquinha… Jungkook… — Taehyung apertou os cabelos do rapaz.
— Ele está fazendo bem, não está, TaeTae?
— Muito…
Jungkook apertou os lábios em torno de Jimin, levantando os olhinhos falsamente inocentes para os dois.
— Hã...
— Que putinha…
Eles se entreolharam, sorrindo, então recomeçaram o beijo, um despindo o outro, decididos a provocar Jungkook de volta, e funcionou, o garoto tentava pôr os dois na boca enquanto assistia com interesse as roupas caindo.
— Hyungs… — Choramingou quando Taehyung o puxou de leve pelos cabelos, esticando um fio de saliva e pré gozo nos lábios inchados.
— Vem, Kookie... — Jimin o puxou pela mão. — Vem com os hyungs… — Colou os lábios no pescoço do garoto, tirando seu terno.
— Hy-Hyung… — Gemeu, sentindo os lábios de Taehyung nos seus enquanto Jimin lhe deixava chupões no pescoço. — Hm… no… no pescoço não…
— No pescoço não? — Taehyung perguntou, rindo sádico e descendo os beijos pro pescoço branquinho enquanto continuava a desabotoar sua camisa.
— Nã- ãh… — Os mais velhos tiravam-lhe as roupas, o empurrando às cegas pela casa e abusando do seu pescoço, beijando e lambendo ali, as línguas se encontrando várias vezes. — Pra quê que eu fui falar… aah…
Jimin riu, se afastando quando chegaram no seu quarto; Taehyung mordeu seu pescoço, se jogando por cima dele na cama.
— Taehyung… — Gemeu ao que o mais velho ergueu suas pernas, tirando seus sapatos e suas calças.
— Que foi, Jungkook? — Levantou a perna nua na altura do rosto. — Tava com saudades? — Beijou na parte interna do joelho. Jungkook apertou os olhos, fazendo Taehyung rir contra a pele arrepiada.
— Não maltrata ele, Tae… — Jimin subiu na cama, agradecendo mentalmente por ter uma king size. Jungkook viu a tira de camisinhas em sua mão e arregalou os olhos, Taehyung riu mais. Jimin não aguentou e riu também, pondo as camisinhas e os lubrificantes sobre o lençol. — Calma bebê… não vamos usar tudo isso, é só por-
— Quem disse que não? — Taehyung lambeu os lábios, olhando intensamente para o corpo nu do mais novo. Jungkook corou fortemente. — Eu tô sedento. — Subiu as mãos pelas coxas grossas, terminando num aperto forte.
— Vish. — Jimin olhou para as manchas vermelhas que ficaram na pele branquinha embaixo dos dedos compridos. Queria aquelas manchas também, tanto fazer quanto receber, mas estava curioso para ver os corpos dos dongsaengs interagindo entre si primeiro. — Antes que o Taehyung acabe nos comendo a seco… — Ele olhou para Jungkook. — Porque vocês não fazem um meia nove?
— Mas… — Jungkook se ergueu pelos cotovelos. — E você, hyung?
— Eu vou ajudar o TaeTae a te preparar. — Ele olhou para Taehyung, piscando enquanto fazia um sinal de dupla penetração com as mãos.
— Gostei disso.. — Taehyung concordou na mesma hora, se deitando de costas no meio da cama. — Vem, Jungkook.
Muito ruborizado e tremendo um pouco, o mais novo se posicionou por cima de Taehyung, olhando sem graça por cima dos ombros, estava ansioso, excitado, e curioso pelo que viria a acontecer naquela noite.
— Deita, vai. — O Kim deu um tapa na nádega esquerda do garoto, um pouco impaciente. — Quero sua bunda na minha cara e sua boca no meu pau, Jeon Jungkook.
— Uh-Uhum. — Relaxou os braços e as pernas, sentindo o tronco entrando em contato com o corpo quente debaixo do seu. O membro teso à frente do seu rosto o fez salivar. De fato, não tinha porque ser tímido àquela altura. Escorregou os lábios pelos testículos pesados, enchendo de saliva ali antes de subir pelo membro teso.
— Isso, Jungkookie… — Apertou as nádegas durinhas. — Fica concentradinho aí…
— Bom garoto… — Jimin tirou os óculos e se ajeitou por cima dos dois, de forma que tivesse acesso ao bumbum branquinho que Jungkook empinava com maestria, as coxas de Jimin passaram em volta do pescoço do garoto, fazendo Jungkook gemer com tanto contato, o pênis de Jimin roçava em seu pescoço. Como se não bastasse, os dois passaram a língua entre suas nádegas ao mesmo tempo, se encontrando na sua entrada e se entrelaçando.
— Hm… — Taehyung sorriu, beijando Jimin. — Assim não vão dar certo.
— Mh… vai… — Jimin puxou seu lábio com os dentes, encerrando o beijo. — É só ir intercalando. — Abriu o tubo de lubrificante comestível. — Deixa ele bem abertinho pra mim, TaeTae… — Pediu. Taehyung abriu o espaço ali, deixando a entrada de Jungkook bem exposta para Jimin, que despejou uma boa quantidade de gel sobre ela. — Isso… — Massageou ali com a ponta dos dedos, ouvindo Jungkook gemer abafado com o pau na boca.
— Ah… que delícia… — Taehyung mordeu os lábios. — Tá piscando, Jimin, olha… — Passou a língua ali, deixando Jimin lamber depois.
— Tá sim… — Forçou entrada com a pontinha da língua, colando os lábios em torno e sugando uma vez, se afastando em seguida para Taehyung lamber de novo. — Tá piscando de vontade…
— Mmhh!... — Jungkook sentiu-se lacrimejar quando a língua de Taehyung foi mais fundo, a glande em sua boca derretendo em pré gozo.
— Mh… gostoso. — Deu um tapa forte em sua bunda, Jimin mordendo do outro lado. — Chega, eu preciso logo..
— Tá apressado, TaeTae? — Jimin riu, sádico; lhe puxou pelo pescoço, enfiando a língua em sua boca.
— Hm… Tô… — Os lábios gordinhos lhe chuparam a língua no momento em que Jungkook apertou os lábios em torno da glande já extremamente sensível. — Am… Jimin…
— Tá bem. — Jimin cedeu. — Chega de torturar o TaeTae… — Saiu de cima do meia nove, sentando do lado. — Agora vem cá, Kook. — Deu batidinhas nas próprias coxas. — Vem no colinho do hyung, vem…
Jungkook soltou o membro do Kim com um estalo, engatinhando até ele, obediente.
— Isso, bebê, vem sentar aqui..
— Hyung… — Viu Jimin pegar um pacote de camisinha. — Deixa eu colocar em você?
— Deixo. — Deu a camisinha pro garoto e se apoiou com as mãos no colchão. Jungkook abriu o pacote, desenrolando a camisinha com todo cuidado pela sua extensão. — Será que ele tá bem preparado, Taehyung?
— Só precisa de um pouco mais… — Estava tão concentrado que nem percebeu o movimento de Taehyung atrás dele, de repente a enorme mão puxou sua cintura. — Isso, empina pra mim, Jungkook.
— Ta-Tae… Ah! — Taehyung enfiou um dedo lubrificado na sua entradinha, saindo quase completamente e pondo mais um logo em seguida. — A-Ah… ah… — Seus olhos se encheram de lágrimas.
— Shh… Calma, amor… — Jimin o puxou pelo queixo para um beijo carinhoso, os dedos gordinhos se fechando em torno do seu pênis, começando uma punheta bem gostosa.
— Mmh… — Suspirou, manhoso.
— Tão apertadinho… — Taehyung girou os dedos lá dentro. — Tá esmagando meus dedos…
— Mmhh!... Hyung… nh…
— Vai! — Tirou os dedos, dando um tapa estalado em sua bunda. — Senta no Jimin, senta.
— Uhm… — Abraçou Jimin pelos ombros, olhando-o enquanto se ajeitava sobre seu colo.
— Hu… que carinha mais inocente, Jungkook… — Colocou a mão na cintura fina, apertando, a outra mão na base do próprio pênis, pincelando a glande na entradinha molhada. — Nem parece que tava louco pra rebolar no meu pau. — Sussurrou.
— Eu… eu tô… — Arfou.
— Então vai… — Bateu na bunda durinha. — Desce.
— Ah! — Jungkook obedeceu no mesmo instante, escorregando e se encaixando bem ali. — Ah, hyung! — Mordeu os lábios, sentindo-se cada vez mais preenchido por dentro. — Tão ... tão melhor do que eu imaginei…
— Você imaginou, foi? — Soltou o ar, espalmando as mãos nas coxas tão fortes quanto as suas. — Quantas vezes? — Perguntou, os lábios colados na orelha alheia, a voz arrastada.
— Mu-Muitas… — Se levantou, quase libertando Jimin completamente, então voltou de uma vez. — Ah!... Am…
— A-Ah… — Jimin escorregou as mãos para a bunda durinha, amassando ali com os dedos. — Você também… mh… é mais apertado do que eu imaginei… — Jungkook rebolou com força, esfregando o membro no seu abdômen. — Nah… ah, ah ha… puta que pariu…
— Ah… ah, hyung… — Jungkook jogou a cabeça para trás, sentindo a língua quente de Taehyung subindo pelas suas costas. Jimin aproveitou a deixa para atacar seu pescoço. — Hm! — Ele apertou os ombros do mais velho.
— Tão sensível, Jungkook… — Taehyung sussurrou no seu ouvido, acariciando as costas bonitas do garoto. — Será que você aguenta nós dois? Hm?
— E-Eu aguento… — Respondeu ofegante, as mãos inquietas em idas e vindas pelas costas de Jimin. — Eu aguento, hyung…
— Corajoso, ele... — Taehyung riu na sua orelha, fazendo-o arrepiar. — Eu vou entrar, ok? — Passou o pau coberto pela camisinha entre as nádegas vermelhinhas, forçando entrada ao deslizar pela extensão de Jimin. — Mh…
— Ah! — Jungkook gritou, apertando o abraço em torno do pescoço de Jimin e arqueando as costas, as lágrimas de prazer rolando pelo rosto ao se sentir impiedosamente rasgado. — A-Ah… grande… muito...
— Mmhh!... Uah… — Taehyung gemeu alto, se movendo no interior apertado. — Ah caralho… — As paredes apertadas piscando e o pau de Jimin pulsando contra o seu. Revirou os olhos. — Caralho, que delícia… Ah!...
— Seus gemidos, Taehyung… — Jimin choramingou, deitando a testa suada no ombro de Jungkook. — Assim vai fazer o Kook gozar antes da hora.
— Gosta da minha voz, Jiminnie? — Roçou os lábios na orelha pequena.
— Am… — Sentiu o arrepio descendo pela espinha. — Ai gosto… gosto sim…
— Hyungs… — Ambos suspendiam-no pela cintura, fazendo um vai e vem alternado. — An, an, aah… eu vou… eu…
— Já quer gozar, Kook-ah? — Jimin passou a mão pelo abdômen trincado do dongsaeng. — Mas nós mal começamos…
— Ele não vai… — Taehyung se retirou, com cuidado. — Ainda não... — Jimin riu, empurrando Jungkook até ele cair deitado, ainda conectado entre suas pernas.
— Ah… como eu queria te foder assim. — Jimin olhou fundo nos seus olhos, as mãos escorregando pelos braços fortes até entrelaçar os dedos, as mãos presas acima da cabeça.
— Jimin hyung… — Conseguiu focar nos olhos finos olhando para os seus. Os cabelos claros grudados na testa, os lábios inchadinhos vermelhos, o volume dentro dele pulsando. — Jimin hyung…
— Relaxa meu amor… — Começou a ondular o quadril, entrando e saindo devagar, pra provocar.
— Engraçado… eu tenho a mesma recomendação pra você, Jiminnie…
— Ta-Tae… — Jimin sentiu um dedo comprido escorregando por entre suas nádegas. — O que você… ah! — Taehyung enfiou dois dedos lubrificados sem dó. — Mmh… TaeTae… oh...
— Já tá sentindo prazer? — Bateu forte na bunda branquinha, afundando os dedos na carne macia antes de dar mais um tapa estalado. — Entrou fácil demais… — Puxou o ar entre os dentes, introduzindo mais um dedo, que deslizou rápido pela entrada rosinha. — Me diz… andou se preparando pra nós? Estava planejando isso, não é?— Deu mais um tapa na nádega já marcada com seus dedos. — Hm?
— Am!... Tae… — Gemeu manhoso. O aperto de Jungkook e os dedos compridos o acariciando por dentro lhe arrancando lágrimas. — Não faz assim… mh...
— Hã… O que eu faço com você, Park Jimin?... — Tirou seus dedos dali, alcançando um pacote e trocando a camisinha.
— Hyungs… — Jungkook rebolou debaixo de Jimin, excitado demais com as provocações entre os mais velhos.
— Vai, continua fodendo o Jungkook. — Taehyung ordenou, deitando o tronco nas costas de Jimin e alcançando sua orelha com os lábios. — Sem parar… — Sussurrou, entrando nele com fluidez.
— Uhum… — Gemeu baixinho, obediente ao mais novo, voltando a estocar Jungkook enquanto sentia o enorme volume indo e voltando dentro de si. — Mh!... — Suspirou, aflito. — Eu vou, logo...
— Hyungs… a-ah… — O mais jovem soluçava, agora que Jimin o massageava por dentro e que Taehyung o masturbava praticamente na mesmo ritmo, sem falar nos dois gemendo. — Hy-Hyungs!... Hyungs!... — O ar que mal conseguia respirar cheirando a sexo e os estalos molhados contribuíram para que ele praticamente gozasse em dobro. — Ah! Ah! — Ele apertou as mãos de Jimin, o orgasmo fazendo-o se contorcer todo. — Ah…
— Aw, que lindo, Kookie… — Jimin lhe acariciou o rosto, beijando-lhe a mandíbula. — Foi gostoso, foi?
— Delícia… encheu minha mão todinha de porra. — Taehyung saiu de Jimin assim que ele se retirou de Jungkook e se afastou pro lado, deixando-o alcançar o rosto do garoto e beijá-lo também.
— Mh… — Gemeu baixinho, recebendo chupões no pescoço. Eles foram descendo, quentes, para sua clavícula e peitoral. — Hyungs… — Se arrependeu de ter aberto os olhos para olhar. Os dois estavam lambendo seus mamilos, chupando e mordendo. — Ah… — Jogou a cabeça para trás. — Não hyungs… não… assim eu vou… — Taehyung o calou com um beijo, os dedos longos lhe puxando os cabelos suados enquanto Jimin limpava o esperma no seu peitoral com a língua. — Mhm! — Estremeceu todo quando os lábios gordinhos tocaram sua glande super sensível. — Mh, hm… — Chorou.
— Ele já está endurecendo, TaeTae, acredita? — Jimin sorriu de lado, se erguendo enquanto jogava os cabelos para trás, sexy.
— Ah!... Acredito.
— Hyungs… — Respirou fundo quando Taehyung libertou sua boca. — Po-Por favor… e-eu...
— O quê? Tá cansadinho, tá? — Taehyung debochou, se erguendo também. — Diz, Jungkook…
— Eu… — Engoliu em seco. Droga, só olhar para os dois ali, nus, suados, lindos… uma pontada de prazer fisgou seu pênis. Ergueu-se. — O que querem que eu faça?
— Hm… que obediente… — Taehyung o puxou pelo braço, beijando-lhe a orelha.
— Gostoso do hyung. — Jimin se aproximou e beijou a outra orelha. Ele enrubesceu fortemente.
— Vem sentar em mim, agora. — Taehyung sugeriu, tirando a camisinha e abrindo outro pacote. — E você Jimin. — Ele se deitou, batendo na própria boca com o indicador. — Vem foder minha boca.
Como sempre, as propostas de Taehyung eram irrecusáveis. Jungkook se posicionou acima do pênis ereto, segurando-o pela base e se encaixando ali devagar, enquanto Jimin abria as pernas na cara de Taehyung, literalmente. Tirou a camisinha que estava usando, pincelando a glande nos lábios vermelhos, sorrindo pra ele, provocativo. Taehyung sorriu de volta, abrindo a boca e pondo a língua pra fora, incentivando Jimin a deslizar por ela pra dentro da boca quente.
— Taehyung… — Jimin gemeu, movendo o quadril pra frente e para trás, maravilhado com os lábios em torno da sua extensão.
— Taehy… — Jungkook gemeu, quicando no pênis grande pulsando cada vez mais rápido dentro dele.
— Mmh… — Taehyung gemeu. O ânus apertadinho de Jungkook em torno dele, o pênis de Jimin na sua boca, não podia estar mais satisfeito, realizando o desejo que vinha nutrindo a anos, com seu Jiminnie e ainda, Jungkook, o garoto que conheceu e lhe despertou desejos que não imaginava sentir.
— Nh… — Jimin mordeu os lábios, agoniado.
— Mh. — Taehyung libertou seu pênis, lhe chamando atenção. — Vai, vira. — Bateu em sua bunda, apertando e tocando a entrada com o indicador. — Quero tanto te beijar aí…
Jimin não resistiu, girou sem objeções, sentando no rosto de Taehyung e puxando Jungkook pelo pescoço pra um beijo de língua.
— Mmh!... — Jungkook rebolou com ainda mais vontade no pau de Taehyung, excitado com a língua na sua boca. — Mh...mh…
— Mh… — Jimin gemia junto, sentindo as mãos grandes apertando sua bunda e a língua inquieta de Taehyung dando voltas dentro dele. — Mmh… Tae… nh… Kook… — Mordeu os lábios do garoto antes de soltá-los, jogando a cabeça para trás e arqueando as costas. — Eu vou… Ah!... Ah! — Fechou os olhos e gozou forte, o jato alcançando o abdômen de Jungkook e escorrendo pela barriga de Taehyung.
Ver o mais velho gozando foi demais pra Jungkook. Fechou os olhos e abriu a boca num grito mudo, enchendo o abdômen moreno de porra.
— Ah… — Ele suspirou, caindo pro lado, sem forças.
— Ai, porra! — Taehyung reclamou assim que sentiu Jungkook sair dele de repente depois de apertá-lo durante o orgasmo. Jimin se apressou, tirando-lhe a camisinha e pondo a glande inchada na boca. — Ah, isso, Jiminnie…— Taehyung mais gemeu do que falou, cobrindo os olhos com o antebraço. Jungkook, em estado de frenesi, assistia a cena, satisfeito, enquanto sentia o próprio corpo relaxado e cansado.
— Mh… — Ele desceu e voltou os lábios pelo pênis sensível, masturbando o que não cabia na boca. — Mmh. — Sentiu uma pulsação forte e voltou para a glande, se concentrando nela.
— Ah! Ah-Ah assim… Jimin… — Uma sugada forte ali foi o suficiente para fazê-lo gozar finalmente. — Ah! Uah!... Jimin! — Sentiu-se desmanchar na boca quentinha, que recebeu tudo sem nenhuma queixa.
— Uhm… tão gostoso, TaeTae… — Jimin engoliu tudo, dando a volta para beijar Taehyung na boca. — Mh…
— Mmh… — Taehyung o abraçou, retribuindo o beijo e o incentivando a se deitar ali, sobre seu peito. — Ah… isso foi… hm... muito gostoso.
— S-sim, nossa... — Mordeu-lhe os lábios.
Os dois sorriram, então viraram para olhar para Jungkook. O garoto havia apagado, estatelado nos lençóis, então se entreolharam de volta e caíram numa gargalhada gostosa, extasiados.
— Ele é fofo, não é? — Jimin deitou a cabeça no seu peito, admirando a carinha do mais jovem.
— É uma delícia, isso sim.
Os dois tomaram coragem para pelo menos tirar as camisinhas usadas da cama e cuidar de Jungkook, o limpando com uma toalha e o ajeitando confortável nos travesseiros. Eles também se limparam mas não se vestiram, era melhor deitar abraçados ao lado do mais novo enquanto se curtiam mais um pouco.
Os selinhos que trocavam já estavam ficando um pouquinho mais intensos quando Jungkook abriu os olhos e sem que os mais velhos notassem, sorriu com malícia.
— Hyungs… — Chamou cheio de manha, coçando os olhinhos. — Eu quero mais.
— Oh, amor… — Jimin sorriu todo derretido, mas Taehyung ficou indignado.
— Caralho Jeon! Achei que fosse acordar só amanhã. — Ele arregalou os olhos. — Você gozou duas vezes!
— Eu sei, mas… — Ele coçou a cabeça. — Ninguém gozou na minha boquinha. — Fez um biquinho, repetindo aquele olhar de falsa inocência.
— Ai, Jungkookie… — Jimin riu.
Taehyung não aguentou e riu também. — Vem com os hyungs, então… vem.
Jungkook sorriu, vitorioso, engatinhando até eles.
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