Quando cheguei fiquei alguns longos minutos sentada no sofá com Lord, enquanto Damon fazia algo na cozinha.
- Como você está? – ele me entregou uma taça de vinho.
- Meu pai morreu, como acha que estou? – dei um longo gole.
- Vem aqui – ele me puxou para seus braços, e ficou me abraçando.
Eu não tive vontade de chorar, apenas aproveitei a sensação momentânea de proteção que eu sentia só de estar em seus braço.
- Onde está sua mãe e sua prima?
- Não sei, havia um bilhete na cozinha falando que elas voltariam mais tarde.
- Ela mudou nossas coisas de lugar – eu ri.
- Sim – ele bufou rindo.
- Vamos colocar de volta.
Ele assentiu, nós colocamos nossos móveis nos devidos lugares, enchi minha taça com vinho e me sentei no sofá, Damon estava ao meu lado, ele puxou minha cabeça, a deixando seu peito, ligou a televisão.
- Vai passar – ele disse alisando meu cabelo – essa sensação de vazio, demora um pouco, mas passa.
- Eu sei – sorri – Uma coisa que eu não entendi, porque meu pai disse para você cuidar da família dele? Vocês nunca se deram bem.
- Não mesmo, mas no dia do nosso casamento nós conversamos, ele me pediu desculpa por tudo, e eu sei que foi de verdade.
- Você vai cuidar da família dele? – perguntei deitando minha cabeça em suas pernas, e olhando em seus olhos.
- Vou, e principalmente da filha dele – ele beijou a ponta do meu nariz.
Nós ficamos ali juntos por algum tempo, até a Lilly e Kate chegarem, Lilly disse que sentia muito, que a dor iria passar e coisas reconfortantes, e depois pediu para falarmos sobre a lua de mel, contamos o básico.
*
Meu ultimo dia de folga, amanhã já voltaria a rotina de ficar o dia todo no hospital, eu nem queria sair da cama, mas Damon ficou me provocando e enchendo até eu me levantar.
- Eu sei que você não está no clima pequena, mas o seu aniversario está chegando, você vai querer fazer algo? – ele perguntou colocando suco de laranja em meu copo.
- Apenas um jantar, com meus amigos e nossa família.
- Estou inclusa? – disse Lilly sorrindo e se sentando ao meu lado, Kate se sentou ao lado de Damon.
- Claro que sim – forcei um sorriso – sogra também é família.
- Ótimo, posso ficar aqui até lá? – Damon engasgou.
- Claro – eu disse, e ele me fuzilou.
- Você não prefere ir para sua casa e voltar depois mãe? Faz quase duas semanas que você não vai para casa.
- Damon se você não quer que eu fique aqui é só dizer.
- Não mãe, não é isso.
- Sou eu tia, o Damon não me quer aqui – disse Kate.
- Isso é verdade? – ela perguntou.
- Não, isso não é verdade – ele suspirou – Elena e eu acabamos de voltar de lua de mel, essa é a nossa casa.
- Damon, está tudo bem – disse o encarando.
- Claro, tudo bem – ele forçou uma risada.
Ficamos em silencio por longos minutos, apenas tomando o café da manhã, Lilly parecia inquieta.
- Então, vocês pretendem ter filhos quando? - dessa vez eu engasguei.
- Não estamos pensando nisso ainda – disse Damon.
- Como não pensaram? Vocês já estão juntos a três anos, quase tiveram um, e além do mais, mês que vem você irá fazer vinte e nove anos filho. – Damon me olhou, esperando que eu dissesse algo.
- Na verdade Lilly, eu pretendo terminar a faculdade antes de ter um bebê.
- Sim, é claro – ela disse a contra gosto, e parecia que havia comido algo amargo.
O restante do café da manhã foi em silencio total.
Algumas horas mais tarde nós dois resolvemos ir ver como minha mãe estava, Jeremy disse que ela só dormia, o dia todo, e ela não quis falar conosco, eu iria ter que respeitar o tempo dela.
*
Eu havia voltado a trabalhar a apenas quatro dias e já queria sumir dali, ficar me lembrando das praias de Barbados não ajudava nem um pouco. Meu dia foi exaustivo, uma das pacientes não parava de me chamar, a cada dois minutos eu tinha que ir até o quarto dela, porque ela sempre encontrava algo para me perguntar, ou queria apenas bater papo.
No caminho de volta para casa peguei chuva, uma chuva bem forte, cheguei em casa ensopada, assim que apareci na sala Damon me encarou e riu.
- Resolveu brincar na chuva?
- Claro, adoro tomar chuva – ele ficou rindo de mim, e então me sentei em seu colo e o abracei.
- Você está me molhando, sai – ele gritava rindo.
- Vem amor, aproveita que estou molhada – eu ri.
- Engraçadinha – me levantei, ele olhou para a roupa toda molhada e se fingiu de ofendido – você me molhou todo Sra. Salvatore – pegou minha mão e me puxou contra seu peito, mordi o lábio inferior.
No minuto seguinte ele me deitou no sofá, ficando por cima de mim, tirei sua camiseta e ele tirou minhas blusas, com um pouco de dificuldade, eu ria enquanto ele puxava a minha blusa que estava colada em meu corpo. Ele conseguiu se livrar de minhas blusas, tirou meus sapatos e então minha calça, meu corpo queimava por dentro, e ele começou a beijar meu pescoço, meus ombros, eu já estava ofegante, desabotoei sua calça e ele a tirou, ele veio beijando minha clavícula, enquanto suas mãos desciam até meus quadris.
- Meu Deus – ouvi alguém dizer, Damon saiu de cima de mim e Lilly estava ali com a mão nos olhos, Kate segurando uma risada.
- Mãe – ele gritou, puxei a camiseta de Damon que estava próxima e a vesti com pressa, ele colocou a calça – Que merda – ele rosnou.
Eu não sabia onde me esconder, foi muito embaraçoso, enquanto ele conversava com a mãe dele eu subi para nosso quarto, liguei a banheira e quando já estava cheia, coloquei sabão e entrei, enquanto fazia espuma, deitei a cabeça na borda onde havia um acolchoado, tentei me livrar da imagem de Lilly.
- Isso foi – Damon entrou e riu.
- Embaraçoso? Humilhante?
- Isso – ele riu – mas podia ser pior.
- Claro que podia, mas era a sua mãe e a sua prima Damon, nunca mais vou conseguir olhar na cara delas do mesmo jeito. – ele tirou a roupa e entrou na banheira á minha frente, pegou minhas pernas e as puxou, me levando até ele.
- Essa é a nossa casa, não estávamos fazendo nada de errado, quem não vai conseguir te olhar é a minha mãe – ele riu – esquece que isso aconteceu – ele disse passando o indicador na minha testa – onde nós paramos? – ele arqueou a sobrancelha e me puxou para seu colo, me encaixando em seu membro ereto.
*
Após me vestir eu estava faminta, mas não queria ter que ir até la e olhar para Lilly, eu estava morrendo de vergonha.
- É a nossa casa Elena – Damon me puxava pela mão – não fizemos nada de errado.
- Damon – choraminguei, mas não adiantou nada, ele praticamente foi me empurrando escada abaixo.
Quando cheguei na cozinha, Lilly estava lá, ela me olhou e ficou vermelha.
- Elena, eu sinto muito – ela se sentou na banqueta ao meu lado – agora entendi o que o Damon quis dizer aquele dia, eu sinto muito.
- Não tem problema Lilly – menti.
- Tem sim, nós duas vamos embora amanhã, queria ficar até o seu aniversario, mas depois de hoje...
- Se quiser ficar não tem problema, a gente esquece.
- Não vou conseguir esquecer tão cedo – ela me olhou e sorriu – mas obrigada querida, por ter nos recebido tão bem.
- Magina – ela deu um beijo em meu rosto e saiu dali.
Damon se sentou ao meu lado á mesa, e Kate na nossa frente, nós jantamos em silêncio.
- Eu sinto muito também – disse Kate – mas não é nada que eu não tenha visto – Damon engasgou com o suco, eu a encarei perplexa, como ela tem a cara de pau de falar isso?
- Kate – ele disse.
- O que? É verdade Damon, e a Elena já sabe, então não é um problema, ela mesma disse isso.
- Não é um problema, porque isso já faz anos, o problema é você ficar comentando sobre isso na nossa casa. – ele disse a encarando com a testa franzida.
- Só porque é a sua casa tenho que fingir que nada aconteceu?
- Você não tem que comentar nada.
- Ah Damon qual é, já passamos dessa fase.
- Garota se toca por favor – não aguentei ficar quieta – você está na minha casa, não me interessa se você já tenha o visto ou não, independente, você não tem que comentar isso, muito menos aqui, é a minha casa, e o mínimo que você podia fazer é me respeitar.
- Vai deixar ela falar assim comigo Damon? – ela disse ofendida.
- Como é que é? – eu ri – garota, você está na minha casa a mais de duas semanas, está aqui porque a Lilly me pediu, está querendo me provocar, e acha que eu vou ficar quieta? Ou que Damon vai te defender? – ri com sarcasmo e ela me fuzilou.
Ela se levantou e saiu batendo os pés, Damon me olhou e assentiu.
- Estou impressionado.
- Ela estava merecendo.
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