Não sou santa, nem pretendo ser."
Observo a vida esvair-se do corpo dela a cada instante, e de algum modo, isso me traz alívio. Ela não procurou por isso? Bem, posso ter tido uma pequena influência, mas, de fato, não fui eu. Apenas revelei as mentiras dela, portanto, a única culpada por se encontrar nessa situação é ela, certo?
Estou paralisada. Sei que é errado, mas desejo que ela se vá, que desapareça da minha vida e que Naruto esteja livre para amar alguém de verdade - alguém como eu. Os olhos dela suplicam, mas permaneço imóvel, observando sua vida escapar naquele beco. O líquido carmesim brota de um buraco em seu peito, manchando sua delicada blusa branca e transparente.
As sirenes soam ao longe. Alguém deve ter ouvido os tiros. Rapidamente, busco refúgio atrás de um grande contêiner de lixo metálico. Não quero ser vista. O carro da polícia se aproxima e vejo Naruto. Ele identifica a vítima e corre até o corpo de Shion no chão, segurando-a como se aquele gesto pudesse trazê-la de volta. "Por que tocar na vítima, meu amor?"
"Querido, não seja ingênuo. Ela merecia estar ali."
Naruto fala de maneira atropelada, mas apenas consigo ouvir ele gritar repetidamente o nome dela: "Shionnnnnnnn!" Shikamaru tenta afastá-lo, pois sabe que não se deve interferir no local de um crime. Naruto, contudo, insiste em permanecer ali, até que ela desfalece em seus braços.
Um pequeno sorriso surge em meus lábios, e um sentimento de alívio invade meu coração. Ela se foi, e agora ele pode ser meu.
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