História Doctor Who: Guerra nas Estrelas - Bloqueio Planetário

DOIS DIAS ANTES

 Sargon II estava saindo da órbita de Corellia. Carrie McGregor calculou que tinha combustível o suficiente para chegar à Coruscant, pois já estava na região dos núcleos.

 L4, que fazia leituras no espaço estelar da região, protestou para Carrie.

- O quê?

 O droide projetou algo na tela de navegação do piloto.

- Bloqueio? Bloqueio de quem?

 L4 à respondeu.

- Não é possível. Os separatistas não têm motivo para bloquear o planeta.

 O esclarecimento do droide à fez cair a ficha.

- Por mim? O que os separatistas querem comigo?

 Uma transmissão chegava à nave. Carrie ligou seu comlink e à ouviu.

A voz robótica e esganiçada dos dróides de batalha ecoava pela cabine do cargueiro mandaloriano.

“Atenção. Aqui é a Confederação de Sistemas Independentes. É necessário que nos diga sua carga, destino e propósito para prosseguir.”

McGregor afagou os cabelos de fogo e respondeu após alguns segundos.

- Estou indo para Coruscant, sob ordens de seu lider Conde Dookan. À serviço da Ordem Separatista.

 Olhou para L4 e obteve sua resposta.

- Acha mesmo que querem inspecionar todos os caçadores de Recompensa que se submeteram á isso?

 “ENTENDIDO. Não desvie de sua rota. Você será abordada. Câmbio.”

 A Mandaloriana respirou fundo e preparou suas armas. Seu capacete estava na mesa da Retenção principal, onde receberia os droides. Ninguém conhecia aquele lugar como ela, exceto talvez sua mãe. O lugar era cheio de armadilhas e armas escondidas, caso fosse necessário. Não era um lugar muito grande, mais ou menos do mesmo tamanho de um cargueiro corelliano.

 L4 os avisou da chegada dos droides.

 O cargueiro balançou e atracou à escotilha da nave principal. A porta abriu e droides de batalha entraram marchando. Carrie e L4 estavam à sua espera.

- Bem vindos à Sargon II!! Sou Carrie McGregor e este é L4-T4 – ela apontou para o droide astromecânico.

- SILÊNCIO. Estamos aqui para inspecionar a nave. Iremos lhe fazer algumas perguntas.

 A dicção pausada dos droides à irritava profundamente. Respirou fundo estendeu a mão.

- Fiquem à vontade, é por aqui.

 Alguns droides de destacaram e percorreram a nave, enquanto outros 4 ficaram e a questionaram.

- O que fazia em Corellia? – o droide questionou.

- À trabalho – respondeu, sisuda.

- Para onde está indo?

- Como disse, estou à serviço do Conde Dookan.

- Nosso líder não recruta humanos!

- Não sou sua soldado, estou à trabalho!

 O droide pareceu levar alguns segundos para computar aquilo.

- É uma Caçadora de Recompensa?

 Carrie abriu um sorriso.

- Acha que consegui isto aqui me barbeando? – apontou para a cicatriz que atravessava o rosto.

 Os droides de entreolharam.

Eu costumava ser engraçada, pensou.

 Os outros droides chegaram da inspeção. Não disseram nada. Apenas saíram e a porta se fechou. Carrie respirou fundo e se sentou, aliviada. Se quisesse mesmo trair Conde Dookan precisaria ser mais fria do que isto, pensou.