História Doctor Who: Guerra nas Estrelas - Ossos do Ofício

DOIS DIAS ANTES

Carrie sabia que demoraria um pouco até chegar em Coruscant, sabia que era um trabalho perigoso e sabia que não podia morrer – ainda não, pelo menos.

 Odiava ficar sem ter o que fazer, presa em seus próprios pensamentos. Ultimamente, as ações da Confederção na Guerra dos Clones haviam se tornado cada vez mais feroses e cruéis. Não necessariamente passou a apoiar a República no conflito, mas faria o possível para prejudicar os Separatistas onde pudesse, e por isso decidiu pegar este trabalho.

 Sempre que se deitava para dormir lembrava-se da mulher careca, um sabre em cada mão, assassinando crianças e idosos como se fossem hologramas para treinamento. “Nada de testemunhas” era o lema de Asajj Ventress quando precisava queimar arquivos relacionados aos crimes de guerra cometidos pela Confederação.

 Nunca se arrependeu tanto de ter aceitado aquele maldito convite de emprego feito pelos Separatistas.

 Uma criança Twi’lek verde estava escondida e observava o massacre com água nos olhos. O fitava com medo, fascínio e decepção. O pedido de ajuda nos olhos daquela jovem balançou as estruturas de Carrie, queria sair correndo, atirar na cabeça de Ventress, salvar todas as crianças. Em vez disso fitou a morte de todos, à beira das lagrimas.

 Sua criação Mandoloriana não era muito amigável à apegos. Sua mãe sempre a dizia: “Não existem emoções na caça, apenas a recompensa”. Talvez Carrie não fosse uma boa Caçadora. Ou uma boa Mandaloriana