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História Dois garotos se beijam no assalto falso - Solangelo - Aquele em que Will Solace se apaixona por um beijo - História escrita por lizesue - Spirit Fanfics e Histórias
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História Dois garotos se beijam no assalto falso - Solangelo - Aquele em que Will Solace se apaixona por um beijo


Escrita por: lizesue

Notas do Autor


E ai? Como vcs estão?
Tô aqui com essa one. Nem sei de onde peguei a inspiração pra escrever ela, mas espero que vcs gostem, de verdade.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Aquele em que Will Solace se apaixona por um beijo


– Vamos Solace. Você só tem que ir até lá, fingir uma cara de durão, apontar a arminha pro cara e depois sair correndo. Você sabe que não vai precisar roubar nada, né?

Maldita hora que em que eu fui apostar com Leo. Eu tinha total consciência de que sou azarado e que com toda a certeza do mundo eu iria perder. Mas que merda! Agora meu querido amigo quer que eu cometa um assalto de mentirinha.

Respirei fundo e encarei a arma de brinquedo na minha mão. Depois levantei o olhar para a lojinha na esquina, a mesma lojinha que eu teria que "assaltar". Observei melhor e percebi que só havia o cara do caixa lá. E se ele ligasse para a polícia depois? E se ele me desse um soco ou até mesmo um tiro? Nunca se sabe quando alguém tem uma arma.

– E se ele ligar pra polícia, cara? Eu tô fudido! – me sentei na calçada e coloquei o capuz do moletom sobre a minha cabeça.

– Ele não vai. Lá não tem câmeras e eu conheço Nico. Ele provavelmente vai ficar apavorado demais pra fazer qualquer coisa, vai por mim. – Leo se sentou ao meu lado.

– Espera aí – olhei para o meu amigo – você conhece o cara do caixa? 

Leo sorriu de forma travessa e olhou para a lojinha.

– Claro que sim. Ele é meu vizinho. É um cara legal, mas vai ser muito engraçado ver a cara de susto dele.

– Você não presta.

Leo sorriu e deu de ombros. Depois levantou-se e me puxou pela manga do moletom, me fazendo ficar de pé.

– Anda, sunshine. Você perdeu a aposta e agora tem que pagar.

Caminhamos até a lojinha. Observamos um pouco e depois nos escondemos detrás de umas caçambas de lixo. Olhei meu celular e vi que já eram 22:54. Certamente não entraria mais ninguém lá. De onde estávamos, consegui ver mais um pouco do garoto e do interior do estabelecimento.

Nico estava mexendo despreocupadamente no celular e tinha os pés encima da bancada do caixa. Mesmo um pouco longe, pude ver que ele tinha uma pele muito pálida e, por conta da luz do lugar, parecia que ela brilhava. Vez ou outra ele mexia os lábios, talvez cantarolando alguma música.

– Para de secar a nossa vítima, Solace. Você tá babando. – Leo sussurrou, dando um leve empurrão em meu ombro. 

Senti meu rosto esquentando imediatamente. Eu não estava secando o carinha do caixa, não é? 

– Ok. Eu vou indo – sussurrei, me levantando um pouco – Quando eu sair, quero você aqui, entendeu? Nada de fugir, seu cuzão. 

Leo fez um gesto vago com a mão, como se dissesse para eu não me preocupar com isso. Mas eu estava preocupado. 

Mordi o lábio inferior, na tentativa de conter meu nervosismo. Ajeitei o capuz na cabeça e caminhei até a loja. Olhei rapidamente para Leo, que se limitou a fazer um joinha com a mão. Revirei os olhos e parei em frente a porta.

Abri lentamente e entrei, a arma de brinquedo na mão, atrás do meu corpo. Nico não me olhou, e pareceu não perceber minha presença. Andei a passos moderados até o caixa, e finalmente ele me olhou. 

Estava usando uma camiseta preta do Led Zeppelin, os cabelos meio desalinhados caíam um pouco sobre o seu rosto. Os olhos dele eram tão negros que por um momento me perguntei se ele tinha íris. Os lábios finos e vermelhos estavam crispados. Ele se levantou, ficando de pé e me olhando, a sobrancelha esquerda erguida.

– Posso ajudar? – ele perguntou.

Me perguntei se tinha mesmo coragem de fazer aquilo. Se eu não fizesse, Leo jogaria na minha cara por um mês que eu era o maior covarde, mas eu não ia dar esse mérito a ele.

Fingi minha melhor cara de ladrão e tirei a mão com a arma de detrás das minhas costas. Assim que eu apontei ela para Nico, o garoto arregalou os olhos, sua boca abriu-se levemente e ele ficou mais pálido do que já era.

– Quero tudo que tem aí – apontei pro caixa.

– N-não, por favor… – ele falou, claramente agitado e nervoso.

Me aproximei mais e segurei na gola de sua camiseta, com certa violência, fazendo ele ficar cara a cara comigo, próximo o bastante para nossas respirações se misturarem, e olhei irritado para ele. Nico ficou ainda mais pálido, se possível.

– Pega tudo e me entrega – falei, tentando usar um tom ríspido e irritado.

– Não posso, o dono-

– Não quero saber, pega logo a merda do dinheiro e…

Ok, agora as coisas ficaram bastante estranhas. Eu já tinha visto várias maneiras de se escapar de um assalto, mas nunca tinha visto "beije o assaltante".

Mas foi isso que Nico fez. Me beijou. Me beijou mesmo.

Ele colocou a mão na minha nuca e colou nossos lábios. Foi tudo rápido e eu só tive tempo de arregalar os olhos. Eu poderia ter afastado ele, mas não o fiz.

E como se ainda pudesse me surpreender mais, Nico pediu passagem com a língua e eu cedi. Ele explorava minha cavidade bucal e mantinha uma dança sensual entre nossas línguas com uma experiência tão grande que eu me senti um virgem. Minhas pernas começaram a falhar. 

Seus dedos apertaram mais ainda minha nuca. Vez ou outra ele fazia um carinho nos meus cabelos. Eu estava simplesmente tendo o melhor beijo da minha vida. 

Eu estava tão inebriado com aquele beijo que nem senti quando Nico tirou a arma da minha mão. Ele finalizou o beijo com uma mordida um pouco forte no meu lábio inferior e eu tive que fazer um esforço enorme para não gemer. Ele me olhou por dois segundos, para então me empurrar pelos ombros e depois apontar a arma para mim.

– Se você sair agora, eu não chamo a polícia. – Nico disse, ofegante por conta do beijo. Seu rosto estava corado e seus lábios vermelhos e inchados.

Fiquei olhando para ele, meio paralisado. O garoto que eu acabei de beijar está apontando uma arma para mim. Bem-vindos a vida de Will Solace. Cacete, ele estava dez vezes mais lindo do que quando entrei.

Dei dois passos para trás, e depois me virei e corri. Passei pela porta e procurei Leo com os olhos. Ele ainda estava detrás das caçambas e tinha os olhos arregalados e a boca formava um O perfeito. Quando ele me viu, começou a fazer aquela cara de "cara isso foi demais, posso rir de você?"

Corremos até a esquina mais próxima, em uma distância segura da loja. Assim que paramos, Leo começou a rir compulsivamente, com direito a lágrimas.

– Cara, Nico di Angelo te beijou, porra! Eu nem sabia que ele era gay! – ele disse, se recuperando da crise de riso.

– Melhor beijo da minha vida.

– É, foi um puta beijo. Está apaixonado? 

Olhei para ele com cara de tédio. Ele deu de ombros.

–  Não sou do tipo que se apaixona por um beijo.

Leo deu uma risadinha.

– Veremos, Solace.


                                             ***

                              2 semanas depois 

– Você? Quer sair comigo, é isso? – Nico pergunta, a expressão em seu rosto mostra o quando ele está incrédulo diante da minha proposta.

Desde o "assalto", eu não consegui parar de pensar em Nico e no beijo. E acabou que Leo tinha razão. Me apaixonei no primeiro beijo. Fiquei tentando falar com Nico desde aquele dia, mas nunca tive a oportunidade.

Agora estamos aqui, em frente a casa dele, com Leo nos observando da varanda e tentando segurar o riso. 

Respiro fundo e o encaro. Ele quase me matou quando contei que o assalto foi uma brincadeira e depois quase incendiou a casa de Leo, seu vizinho, quando descobriu que tudo foi ideia dele. 

– Sim. Tipo… você sabe… um encontro – nunca pensei que fosse ficar tão constrangido na frente dele.

As bochechas de Nico adquirem um tom rosado leve e ele sorri um pouco. Encaro isso como um bom sinal. Ele cruza os braços em frente o corpo e começa a rir de verdade.

– Olha, eu vou entender se você não quiser mas por favor não ria de mim… 

Nico se aproxima e me dá um selinho, me calando. Meu coração bate como louco depois disso. Mas que merda, ele nunca vai parar de me surpreender? 

– Eu aceito sair com você.

Fico tão surpreso por ele ter aceitado que demoro uns bons segundos para responder e provavelmente minha boca está levemente aberta, fruto da minha descrença. Nico sorri ainda mais.

– Mas só vou se você prometer não assaltar o lugar, ok?

Não consigo segurar uma risada. Uma risada de alívio. 

– Posso vir às 20:00? – pergunto – Juro que não vou assaltar nada.

Ele caminha até o portão de sua casa e depois se vira para mim. Hoje ele está vestindo calça jeans preta, camiseta preta com a logo do Guns N' Roses e all star. Normalmente eu me incomodaria com alguém que se veste inteiramente de preto, mas Nico fica muito bem assim. Ele ergue uma sobrancelha e assente levemente com a cabeça.

– Ótimo. Não posso dar uns amassos em um criminoso. Se bem que seria uma experiência… diferente, talvez? 

É minha vez de erguer uma sobrancelha.

– Se eu assaltar uma loja de verdade, você me dá uns amassos? 

– Não precisa assaltar – ele pisca um olho para mim – Não se atrase, Solace. 

Ele entra na casa e eu não consigo segurar uns pulinhos de alegria.


Notas Finais


Então é isso, espero que tenham gostado.
Comentem o que acharam <3

Link do vídeo que me disseram que se parece com essa fic (vale a pena ver, sério): https://youtu.be/-Sq3A5If3BY

beijos da tia Sue.


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