História Dois passos para o amor - O primeiro sinal de uma nova vida

_Quem era o homem que você falava, no celular, naquele dia??Me diga quem é ele e eu te aceitarei de volta.(Blefou)

Ino arregalou os olhos, as mãos, que apertavam a calça jeans do ruivo, afrouxaram, a boca abria e fechava. O que dizer? O que fazer??

Os orbes pregados agora piscavam como se não estivesse vendo nada além de um escuro atordoante.

_Gaara...(Começou como em um pedido de clemência).

_Você me ama?? (Ele questionou com um sorriso tímido).

Ino não sabia o que dizer, não que aquela pergunta fosse difícil, não jamais, ela o amava, se necessário gritaria isso para os quatro contos, as favas com seu orgulho, para o inferno quem a visse se humilhar, já fora orgulhosa e egoísta demais. Queria falar, mas o sorriso dele a impedia, ele sorria tão serenamente. Abriu a boca, mas nada saiu, patético concluiu ela consigo mesma.

_Eu sabia... (Agora ele sorria desdenhoso enquanto segurava os pulsos dela retirando as mãos tremulas de sua calça)...não posso confiar em você, suas palavras são vazias.

_Não Gaara...não são...eu só...(Ela tentava falar algo, mas que malditas palavras que não faziam sentido, as frases não se faziam).

O ruivo, liberto das mãos dela, que ainda estava de joelhos no chão gelado, foi de encontro ao sofá onde sentou-se calmamente, ele estava bem, sereno, jogava, era um tabuleiro de xadrez, ele tinha mais peças que ela, estava ciente disso, se valeria disso para arrancar o que queria, um nome, apenas isso que ele queria, alguém para esquartejar, jogar toda sua raiva e frustração.

_O que você quer de mim?(Ela olhava para o nada enquanto ela a fitava, ali ajoelhada, o bumbum descansava na batata da perna, ela não se erguia não tinha forças para isso).

_Apenas um nome! (Exclamou).

_Para quê? (Agora ela encarava o ruivo, que em momento algum desviou os olhos).

_Não farei nada com ele... (Falou movendo mais uma peça)...Quero apenas alivia minha alma.

_Com um nome?(Ela perguntou desdenhosa, em fim parecia que o sangue corria em suas veias).

_Sim...(Falou depois de um sussurro)...o que pensa que senti quando soube que você me traiu...?

_Eu não te trai! (Ela falou entre dentes, segurando as lagrimas).

_Que seja...(Falou massageando a testa, estava com a cabeça doendo, tinha sido um dia longo, desde que tinha se separado da loira, mal parava em casa, vivia no emprego, era ridículo, ele dizia para ela que estava badalando, quando na verdade passava horas e horas trabalhando, ocupando sua mente)...você me magoou muito...(Encarou os orbes azuis, que agora, estavam encharcados)...você sempre foi minha razão de viver, não teve um dia se quer que não pensei em você, sempre me policiei pensando no que faria da minha vida, apenas queria o seu bem, te dá o que tivesse de melhor...

_Eu sei...

_Lambia o chão que você pisava...

_Eu sei...(Ela exclamou novamente implorando, em seu tom, para que ele parasse).

_Sempre fui seu capacho...(Ele estava sendo tão vil, mas aquilo era bom...era revigorante, feri-la o fazia mal, mas ao mesmo tempo lhe fazia sentir-se vivo, percebia que não tinha sangue de barata).

_Pare Gaara...pare...(Ela gritava e espalmava as mãos no chão tentando se erguer).

_O que foi?A verdade dói? (É claro que doía...doía e muito. Parecia que ela tinha uma ferida exposta a qual ele apertava sem piedade).

Ela soluçava e em fim conseguira se erguer, com dificuldade, as costas subiam e desciam com a pressão do choro.

_Quem é ele?

_Não há ninguém Gaara!(Ela falou com tanta convicção que ele sentiu-se, por um momento, desarmado).

_Quer que eu acredite nisso?Por favor Ino...(A voz agora alterada)...Eu ouvi quando você falou com ele por telefone, não sou idiota, tenho uma boa audição, não me subestime.

_Eu já fiz muita besteira Gaara...(Ela secava os olhos com as costas das mãos)...mas não quero mais fazer...(Os olhos dele viraram grandes pires, não entendia o que ela queria dizer, ou aonde queria chegar)...não vou acusar um inocente só para que você tenha seu orgulho de macho restaurado...(Ela agora parecia uma leoa, talvez a gravidez fizesse aquilo com ela, fazia com que em um instante ela chorasse e implora-se e no outro apenas desabafa-se sua frustração).

_Orgulho de macho? Pensa que foi apenas isso que você feriu?(Ele agora estava de pé frente á frente com ela).

_SIM...(Ela gritou histérica)...CHEGA GAARA, PARE COM ISSO, VOCÊ JÁ ME PUNIL DEMAIS, NÃO AGUENTO ISSO...CHEGA...CHEGA..

_Não Ino, não lhe puni o bastante...(A voz agora calmamente ameaçadora)...o que você fez não tem perdão, não esquecerei o que me fez.

_Então? O porque disso tudo?(Perguntou com os braços afastados, como se os usa-se para fazer a pergunta também)...Você apenas quer que eu me humilhe?quer pisar em mim, no meu orgulho como fiz com você?pois saiba que eu não ligo, não me importo, o meu orgulho é pouco perto do que sinto por você...(O maxilar dele tremia)...não me importo de ser seu capacho, mas não posso, não mais, não sou apenas eu...(As mãos como que instantaneamente foram parar na barriga assim como os olhos dele que, rápidos, desviaram para outro lugar qualquer)...nosso filho...perdão, meu filho, ele não merece isso.

Sem mais nada a dizer, ela rumou, em passos arrastados, para a porta, talvez aquela fosse a última vez que o veria, que pisaria naquela casa. Não podia mais, não devia suportar aquilo, era melhor sair dali sem olhar para trás, sem olhar para ele, já atingia a porta, as mãos delicadamente, pousaram sobre a fechadura, mas antes que ela a gira-se uma voz soou as suas costas.

_Você o ama tanto assim que se recusa a me dizer seu nome??

Ela gargalhou sem saber o porque, devia está demente.

_Realmente você quer distorcer minhas palavras não é mesmo??

_Era apenas um nome Ino! Apenas isso, era o que eu queria. Que motivo a mais você teria para não me dizer? O único motivo que passa pela minha cabeça é esse, você o ama, ama tanto que não me contaria seu nome.

_Largue de besteiras Gaara...(Ela o mirava agora)...quer mesmo que eu acredite que se eu responder sua pergunta vai voltar para mim, não vai atrás do pobre coitado para matá-lo? Aceitaria essa criança que tantas vezes você renegou?

_S...(Gaguejou se engasgando com a mentira que diria)...Sim eu cuidaria do filho dele.

_Eu sempre disse que você mente muito mal...(Ela sorria tristemente)...sabe eu te amo, e é por isso que sinto pena de você...(Ela dizia enquanto escutava os bufos do ruivo)...sinto pena porque você não verá nosso filho nascer, nem crescer, eu estarei perto dele quando ele disser mamãe, mas você não estará quando ele disser pai, isso é, se algum dia ele aprender a dizer essa palavra...(Ele não sabia explicar o porque nas um no crescia em sua garganta lhe dando vontade de chorar)...eu não vou ensinar ele a dizer pai, afinal ele só vai ter mãe...(Sorriu novamente enquanto uma lagrima escorria).

Ela girou a maçaneta enquanto pedia, implorava para que ele a impedisse de alguma forma, nenhum movimente, nenhum sussurrou, ou protesto da parte dele, então era aquilo, aquele era o fim, cada um para o seu lado, pediu, mentalmente, que a vida fosse grata com ele, Gaara merecia, abriu um pouco a porta mas antes de sair girou a cabeça para encará-lo, ele estava com a cabeça baixa.

_A propósito...(Começou em um sussurro audível)...é um menino...é o Kankurou.(Durante uma noite, enquanto estavam na cama, Ino e Gaara discutiam sobre o nome do bebê e ele sugeriu Kankurou o nome de seu falecido irmão)

Ela não disse mais nada, apenas saiu pela porta deixando atrás de si apenas um suspirou desolador, assim que a mulher se retirou, Gaara deixou-se cair, as lagrimas escorriam manchando sua face branca.



3 MESES DEPOIS...



Depois da conversa com Gaara, naquela noite, Ino nunca mais procurou o ruivo, tudo que sabia era por Naruto, que ia com Hinata lhe fazer visitas, era estranho Naruto e Hinata tinham se tornado seus alicerces. Ino ainda morava no apartamento do loiro, ela a sustentava, mas ela jurou, para ele e para si mesma, que pagaria cada tostão que o loiro gastou contigo.

_O que acha desse casaquinho Ino? (Hinata, que estava fazendo uma visita para a loira, questionou).

_É lindo.(Respondeu acariciando a barriga de nove meses).

As duas futuras mães ficavam trocando “figurinhas” sobre bebês, Naruto sempre comprava uma roupinha nova para o bebê e quando fazia isso sempre trazia uma para o de Ino, estranhamente o rapaz estava afeiçoado a criança que se quer tinha nascido. Naruto procurava esquecer o que o esperava após o nascimento de seu filho, estava carinhoso com Hinata, ainda mais cuidadoso, e a morena agradecia por ter uma outra grávida por perto, assim o loiro podia dividir seus cuidados, não que ele fosse admitir a Ino que gostava de seu filho, isso não,era pedir demais.

_Não agüento o Naruto com aquele monte de roupinhas, não sei mais nem onde colocar...(Falou divertida)...O que foi Ino?

Perguntou vendo a morena se contorcendo.

_Não é nada.(Falou da boca pra fora, apertando a barriga enquanto tentava forçar um sorriso).

_Você não me engana...(A morena soltou o casaquinho, que tinha nas mãos, e o deixou no sofá branco, para erguer-se com dificuldade e ir de encontro a loira)...O que ouve?(Depositou a mãos em cima da mão de Ino que ainda estava posta na barriga).

_Não sei!(Falou por fim)...Tive contrações há noite inteira.(Falou respirando devagar).

_Porque não me disse nada?Devia ter me ligado eu...

_Não é nada demais...

_É claro que...(Antes que Hinata completa-se a frase, Ino contorceu a face em uma careta para logo depois soltar um grito abafado)....O que foi?(Perguntou assustada)

_As contrações estão mais fortes.(Falou com medo).

_Ino, você vai ter o bebê! (Hinata exclamou emocionada).

A loira arregalou os olhos, tinha se preparado 9 meses para aquele momento mas, tinha que confessar, estava com medo.

_O que eu faço?(Perguntou bobamente sentindo as contrações mais fortes, parecia cólica e dor de barriga ao mesmo tempo, tanto é que Ino tinha ido ao banheiro uma centena de vezes, durante a noite, pensando que era dor de barriga).

_Calma, eu vou ligar para o Naruto.

Hinata discou o numero do marido e, como já era de costume, antes do segundo chamado ele atendeu.

_Oi amor f...(Hinata o cortou)

_Naruto vem rápido pra cá!(Exclamou).

_Hina, o que foi?(Ele perguntou desesperado)O que aconteceu com você?

_Calma Naruto, não aconteceu nada comigo, mas com a Ino sim...

_Com a Ino?(Questionou).

_Ela vai te o bebê...rápido venha nos buscar.

_Certo estou indo para aí...Beijo.

Hinata despediu-se do marido e dirigiu-se para Ino.

_O Naruto já vai chegar.

_Tomara que ele não demore!(Ino sorriu tentando esquecer a dor).

_Ele chega rapidinho, só peça para que o Kankurou espere...(Sorriu)...vou pegar sua bolsa e as coisas do bebê, assim quando Naruto chegar está tudo pronto.

_Hinata...(Ino chamou a garota quando ela ia em direção ao quarto).

_O que foi?

_Obrigada! (Agradeceu de coração).


2° CAPITULO
O PEQUENO RUIVO!

Beleza era tudo que faltava, transito naquele momento. Deus porque aquela criança tinha que nascer justo naquele horário? Naruto perguntava-se enquanto apertava o volante. Tinha chegado, ao apartamento, em tempo Record, nem ele mesmo imaginou que conseguiria mas, só pra variar, o transito no trajeto para o hospital estava infernal.

_Nós já estamos chegando Ino.(Hinata tentava acalmar a loira que respirava acelerado tentando, inutilmente, esquecer a dor).

Hinata acalmava Ino, no banco de trás, enquanto Naruto guiava o carro, já estavam a mais de uma hora em meio a carros e mais carros, era impossível sair daquele congestionamento. Momentos antes Naruto escutava o radio quando noticiaram que o trânsito, naquela região, havia superado o dos outros dias, Ino logo entrou em pânico, as contrações estavam fortes demais, ela sentia tanta dor que não conseguia pensar, queria tanto que alguém lhe desse uma pancada na cabeça para que ela pudesse ficar desmaiada e não sentisse as dores do parto, assim que notou, que a loira entrou em pânico, Naruto desligou o radio mas não a tempo suficiente para acalmar seus próprios nervos.

Ora ou outra o loiro olhava pelo retrovisor, pensou que só passaria por aquilo dentro de mais alguns meses.

_Naruto...(Hinata chamou seu nome a fim de obter boas noticias).

O loiro girou a cabeça para fitar a esposa, a morena secava o suor que escorria pela testa de Ino, que a essa altura, estava pálida, Naruto pensou que se colocasse um papel do lado da mulher ela ainda seria mais branca que a folha.

_Como está aí? (Ele perguntou bobamente)

_O espaço de tempo entre as contrações é de um segundo agora.

_O que isso quer dizer?(Ele perguntou com os olhos arregalados).

_Não temos muito tempo! (Exclamou entre os gemidos de dor da loira que ocupava dois bancos com as costas acomodadas no estofado).

_Porra...(Soltou antes que pudesse se conter)...desculpa.(Pediu tapando a boca e olhando para a morena que sorria).

_Hoje, somente hoje não me incomodarei com sua boca suja. (Ela falou divertida).

_Ô meu deus....que dor....(Ino gritava)...não...não agüento mais.

_Naruto o que faremos? (Hinata questionou olhando apreensiva para a outra que apertava a barriga).

_O que...??Hina eu não sei...essa merda de transito, não sei.(Ele estava perdido demais para raciocinar).

_Temos que fazer alguma coisa Naruto.

_Ahhhh...(Ino gritou assustando o loiro que fez uma careta de medo, parecia que aquela mulher estava possuída, ela gritava e se contorcia muito).

_NARUTO...(Hinata gritou o nome dele para que o rapaz fizesse algo).

Bosta o único homem em perfeitas condições, físicas e mentais, levando-se em consideração que Ino não raciocinava e Hinata não podia fazer esforço com aquela barriga imensa, Naruto era o único que não tinha desculpa para não fazer nada, saco, se um homem não servia naquele momento para que eles serviriam? Pensou Hinata emburrada.

_Hina o que você quer que eu faça?

_Não sei Naruto. Só sei que ficar aqui parado não podemos, o bebê já está coronhando.

_Coronhando? O que isso quer dizer? (Perguntou confuso).

_Quer dizer que o bebê já está saindo!

Ao ouvir isso Naruto ficou ainda mais desesperado, em um momento de loucura, o loiro saiu do carro e começou a gritar.

_Tem algum médico aí...eu preciso de um médico, pelo amor de deus...(Gritava enquanto girava para fitar todos os carros)

_Naruto o que você está fazendo? (Hinata, que saiu do carro para falar com o marido, questionou vendo o quanto ele estava apavorado).

_Hina precisamos de um médico! Não é possível que em mais de 20 km de congestionamento não tenha uma droga de um médico.

_Naruto...(Hinata sorria, apesar do momento não ser para isso, achava bonito o empenho do rapaz em ajudar Ino).

_Já sei! (Exclamou o Uzumaki de repente).

_O que?

_Não tem outro jeito Hina, carro não passa nesse congestionamento.

_Eu sei disso mas...(Antes que ela continua-se ele a interrompeu).

_Temos que ir andando. (Falou por fim).

_Mas a Ino não está em condições de caminhar! (Exclamou dizendo a coisa mais obvia, Ino estava debilitada pela dor, isso era visível e audível já que a loira não parava de gritar dentro do carro).

_Eu sei, mas ela não vai precisar caminhar...(O loiro falou já abrindo a porta do carona)...eu levo ela.

_Mas Naruto, tem certeza?

_Hina não temos outra opção, fazemos isso ou deixamos ela dentro desse carro gritando de dor.

_Tem razão! (Ela, por fim, deu-se por vencida).

O loiro abriu a porta e agachou até que pudesse fitar os olhos da loira que suava, chorava, e fazia caretas.

_Ino, está difícil sair daqui e carro...(Ele anunciou vendo as lagrimas rolarem pelo rosto da mulher com ainda mais intensidade) ...vamos ter que ir andando, eu vou te levar no colo.

Ela não disse nada apenas balançou a cabeça concordando, ela não tinha muitas alternativas. A situação de Naruto era difícil, teria que carregar Ino, no colo, sabe –se lá por quantos quilômetros enquanto Hinata, que também estava grávida, os acompanharia, isso queria dizer que ele não poderia correr, andariam a passos de tartaruga, definitivamente aquela não era a melhor das idéias mas, infelizmente, era a única que tinham.

Sem questionar mais, a si mesmo, Naruto pegou, com dificuldade, Ino no colo, a mulher estava pesada e, fora isso, o rapaz tentava não fazer movimentos bruscos para não machucá-la.

_Hina, por favor, feche o carro.(Pediu)

A morena obedeceu, fechou o veiculo mas antes pegou as coisas de Ino e do bebê. Saíram caminhando entre os carros, o barulho de buzina era irritante, por vezes Naruto sentiu vontade de chutar um daqueles carros, mas não podia fazer aquilo pelo simples fato de estar com a loira no colo, pois se não fosse por isso...estava com tanta raiva, ele estava em um momento de dificuldade e as pessoas a sua volta só sabiam buzinar e xingar.

Hinata caminhava as costas do marido, já sentia suas pernas queimarem, estavam andando a apenas alguns minutos, Naruto não parecia cansado, talvez seu nervosismo fosse tanto que o cansaço ficava de lado. Perfeito, uma garoa fina, porém constante e irritante, começava a embaçar a visão do trio, Ino ainda chorava e gemia de dor.

_Não posso mais!(Ela exclamou por fim descansando a cabeça no peito de Naruto).

_Aguente! já estamos chegando.(Tentou uma mentira piedosa).

_Não...não estamos não!(Ela exclamou se debatendo).

_Ino pare com isso eu vou te derrubar.(Pediu o rapaz tentando se manter de pé enquanto ela se debatia em seus braços)

_O que foi?(Hinata, que estava afastado dos dois, perguntou).

_Ino não pára de se mexer!

_Ino por favor...(Hinata tentou falar com a menina).

_H...Hinata meu...m...meu bebê quer nascer...ele..ele vai nascer.

_Naruto.(Hinata chamou o nome do marido, em desespero).

Não tinha mais o que fazer, não chegariam no hospital a tempo, não tinha chegado nem na metade do congestionamento, estava tudo parado, as pessoas, nos carros próximos, pareciam ignorar o trio.

_Temos que fazer o parto.(Naruto sentenciou por fim).

_O...o que o parto, mas Naruto como faremos isso?

Naruto nunca tinha feito um parto e nem tinha visto um nem se quer em filmes, mas aquele momento era desesperador, em momento de desespero medidas desesperadas devem ser tomadas.

_Para começar temos que tirá-la dessa garoa.( Agora a idéia de sair do carro lhe parecia idiota demais).

O loiro girou os olhos para fitar um lugar coberto mas naquele viaduto isso era impossível, girou nos calcanhares já a fim de voltar ao seu carro quando fitou um trailer.

_Hina me acompanhe.(Falou seguindo para o veiculo).

_Mas o que ...?(Ela tentou questionar quando percebeu para onde o loiro seguia).

Naruto olhou dentro do trailer mas não tinha ninguém no volante, de certo as pessoas tinham desistido de sair do lugar, com dificuldade bateu na porta, esperou um tempo até que um homem apareceu.

_Oi amigo...(Naruto começou com um cumprimento para depois contar a história para o homem que de imediato abriu a porta e o ajudou a subir com a loira no colo).

Naruto entrou com a loira no colo.

_Pode colocá-la na cama.(O homem disse).

O lugar parecia uma kitnet, era pequeno mas tinha de tudo, cama, fogão, banheiro, armário...era uma casa com rodas.

_Eu posso ajudar em alguma coisa?(Perguntou o homem sendo gentil)

_Não sei...(Naruto não sabia por onde começar apenas fitava Ino contorcer-se na cama).

_Ai meu deus homens...(Hinata bufou deixando as coisas de Ino no chão)...você mesmo disse que temos que fazer o parto Naruto, então é isso que faremos.

_Certo! Mas como se faz isso?(Questionou).

_Pra começar temos que tirar a roupa intima dela.

Naruto arregalou os olhos.

_Eu faço isso.(Hinata foi de encontro a loira agachou-se, com dificuldade, deixando de lado a vergonha, a morena levou as mãos a calcinha da loira e retirou rapidamente, a peça estava encharcada, a bolsa já tinha estourado, pela blusa molhada de Naruto, Hinata percebeu que a bolsa estourara quando ela estava no colo do rapaz).Naruto eu vou tentar ajudar a Ino, você tira o bebê.

_Eu?

_Sim você! Fique onde eu estava.

_Mas Hina eu vou ter que olhar pra...pra...você sabe.

_Não seja bobo Naruto, nesse momento isso é o de menos, ande faça o que estou dizendo, moço...(Falou para o dono do trailer)...tente ligar para os bombeiros, por favor.(O homem maneou a cabeça e saiu para a frente do trailer com o celular na mão, não conseguiria falar ao telefone com os gritos de Ino)

O loiro obedeceu postando-se no mesmo lugar que a morena ocupava á pouco.

_Ino você precisa fazer força, deixe esse meninão sair.(Hinata sorria enquanto estava parada ao lado da loira segurando sua mão)

_Eu estou com medo.

_Eu sei mas não precisa ter medo ele quer apenas conhecer esse mundo, deixe ele vim Ino, faça força, o ajude.

Hinata ficava ao lado da loira lhe dando apoio, enquanto Naruto olhava para as duas mulheres. Ino suava e apertava os dentes enquanto fazia força, uma mão segurava a de Hinata enquanto a outra apertava o lençol. Ô deus como ela queria que Gaara estivesse ao seu lado naquele momento. As pernas se abriam conforme ela fazia força.

Naruto encarava a intimidade da loira, aquela não era a cena mais agradável do mundo, a cavidade da mulher se abria e agora já era possível ver a cabeça do bebê. Os olhos do loiro se arregalaram e ao mesmo tempo se encheram de lagrimas, como era possível era uma vida, ele estava presenciando o milagre de uma vida.

O rapaz estendeu as mãos segurou delicadamente a cabeça do bebê.

_Ele está saindo Hina.(Comentou emocionado)

_Ótimo...(Ela falou sorrindo)...é isso aí Ino, continue Kankurou está vindo.(Incentivou a outra).

Ino, mesmo sem forças, espremeu-se ao Maximo que pode, o fato de poder em breve ter seu filho em seus braços era algo que lhe dava forças.

Um empurrão forte e um choro, parecia um miado na verdade. Ino deixou a cabeça cair no travesseiro, cansada, mas ainda assim, sorrindo, enquanto o pequeno chorava Ino sorria. Naruto olhava para o menino como se fosse a coisa mais bonita do mundo, apesar da carinha de joelho que ele tinha.

_Quero vê-lo.(Pediu Ino).

Hinata espichou os olhos para fitar o pequeno e sorriu para a loira.

_Hina...(Naruto a chamou assustado).

_O que foi?

_Tem um negócio muito estranho preso no bebê.

_O que tem no meu filho?(Perguntou Ino aterrorizada tentando se erguer mas sendo contida por Hinata).

_Calma Ino não é nada.

_Como nada? O Naruto disse que tem algo preso no meu filho.

Hinata olhou novamente para o bebê e pode ver o que Naruto tinha achado de estanho no pequeno.

_Não se preocupe é apenas a placenta, ele ainda está com o cordão umbilical.

_Me dê ele, quero segurá-lo.

_É bom deixá-lo quietinho né?(Falou Naruto, a criança era tão pequena que ele tinha medo de mexer com ele).

_Consegui contato com os bombeiros...(Disse o dono do trailer que chegou de repente)...parece que ouve uma batida envolvendo 5 carros por isso está tudo parado, mas eles vão chegar daqui a pouco.

_Quero vê-lo...(Ino pediu novamente).

O pequeno não parava de chorar, ela não tinha forças para sentar-se na cama para poder olhá-lo, seu corpo doía, sentia-se exausta, devia estar horrível, os cabelos desgrenhados, as pernas ainda abertas, seu sangue, que tinha sido contido durante 9 meses, agora escorria tingindo os lençóis de vermelho, mas nada disso lhe importava.

_Dê pra ela Naruto.(Pediu Hinata).

O loiro, um pouco receoso, obedeceu, com cuidado pegou o bebê, que ainda estava ligado a placenta, depositou o pequeno nos braços de Ino, como que em um milagre o menino parou de chorar.

_Ele sente seu cheiro. (Comentou Hinata sorrindo).

Ino olhou para o pequeno, sujo de sangue, ele era tão pequeno, as mão e pés enrugados, parecia um velhinho, Ino olhava cada detalhe, cada traço e em todos via Gaara, Kankurou era ruivo, mesmo com a cabeça suja era possível perceber, os olhos eram verdes, como os dele. O que Gaara diria se o visse? Se visse o quanto o pequeno parecia com ele?

Meia hora depois os bombeiros chegaram, cortaram o cordão umbilical do bebê o enrolou em uma manta e, juntamente com Ino, seguiram para a ambulância, Naruto e Hinata puderam acompanhar a loira na ambulância, antes de saírem o trailer agradeceram o dono que muito gentilmente os tinham ajudado cedendo o lugar a chamando ajuda.

_Você foi ótimo.(Falou Hinata, para Naruto, assim que chegaram no hospital)

_Fui é??(Perguntou abraçando-a pelos ombros).

_Uhum foi um herói, o meu herói.(Sorriu ganhando um beijo de recompensa).