CAPÍTULO 13
Eu estava ficando louca.
Seja sei lá quem que esteja dentro do banheiro, estava demorando muito, e eu aproveitei esse tempo para espiar as coisas. Ao que parecia, ele era algum famosa e coisa do tipo, já que depois chegou ainda mais presentes para ele. A mulher que trazia não me perguntou nada, apenas me ofereceu um carrinho com comida, na qual era inegável. Perguntei sobre onde havia roupas, e mostrei minha situação: fedida a doce, grudenta, e suja. Ela riu enquanto pegava roupas, se escondendo entre elas.
— As roupas do Rivaille estão na Van dele. Creio que terei que pegar mais no armário de... — me engasguei com café que eu estava tomando. Ela saiu detrás das roupas e veio na minha direção. — oh, você está bem?
Soltei um gargalhadão nervoso.
— Eu... — então quase morri asfixiada pelas tosses. — Jesus Cristo... — ela colocou as mãos nas minhas costas. Eu estava rindo e tossindo ao mesmo tempo. — você ta falando sério?! Esse é o... — ela me olhou confusa. Precisei de água.
Ela foi correndo até um filtro d'água, puxou um copo de plástico do saco. Encheu e veio na minha direção estendendo o copo na minha cara. Acenei negativamente, mas peguei o copo no desespero.
— Beba. — ela disse. Eu virei o copo na hora. Tossi mais um pouco só para aliviar a garganta e a olhei perplexa, rindo um pouco.
— Po-Pode repetir o-o-o que... disse?
Ela me olhou desentendida.
— Você é uma fã do Rivaille? — indagou curiosa.
— Não, não! Longe de ser fã dele. Nem qualquer outra coisa! Apenas, quero saber se é ele mesmo. — falei.
— Sim... — ela me respondeu com estranheza. — é ele mesmo.
A surpresa foi tanta, que me engasguei com a minha própria saliva.
— Minha noss...-
Dessa vez eu corri até o filtro de água, peguei outro copo, enchi e virei apressadamente. A mulher me olha espantada.
— Por que a surpresa? — ela me perguntou. Deu dois passos na minha direção, mas eu levantei a mão pra ela parar. Virei outro copo de água. Acertei o lixeiro, como se fosse sesta de basquete.
— O que que ele tá fazendo aqui?! — sussurrei. Ela me olhou sem entender. Logo percebi a pergunta idiota que fiz.
— Bom... é... Hm. Aqui é o camarim dele, senhorita. E o show dele. — falou. Ela entrou no meio das roupas novamente. — acredito que entrou aqui sem querer, sim? Achei que era uma das mulheres do...-
— Não! — a interrompi. Ouvi seu riso abafado. — e eu nem sei direito como vim parar aqui. Foi bem rápido. Aliás, ele me prometeu uma roupa, e agora tá enrolando ali dentro do banheiro.
Na hora que eu terminei de falar, cruzei os braços, emburrada.
A porta do banheiro se abre, e de lá, sai um homem. Não me virei pra trás. Eu estava com uma agonizante cócega na espinha dorsal. Se eu me virasse agora era capaz de eu ter um ataque cardíaco.
Merda. Alguém abre a porta que eu vou sair correndo!
— Estou aqui. — ouvi uma voz. Oooh, céus. Reconheci aquela voz. Uma voz grossa e aveluda, porém, animada e irônica. Rivaille. — desculpe pela demora, senhorita. — ouvi ele dizer, um pouco debochado.
Ainda não me virei. Mas a mulher saiu do meio das roupas sorrindo e me trazendo uma muda de roupas.
— Ah, senhorita Louren! — ele disse pra mulher. Por algum motivo eu me senti totalmente incomodada comigo mesma, com ele atrás de mim.
— Creio que já faltam 30 minutos, Senhor. — disse a ele. Ela estava olhando no relógio. — aqui está. — e colocou as mudas nos meus braços.
—... Obrigada... — sussurrei, apenas. Ela segurou meu ombro e me obrigou a me virar pra ele. A surpresa não foi muita. Ele era do jeito que eu imaginava... Só que... Com brinco, olhos escuros e... Baixinho. O olhei de cima pra baixo. Ele estava apenas de toalha.
— Creio que a... — a mulher incentivou a dizer meu nome.
— Mikasa Ackerman. — falei tão neutra e automática que quase nem escutei o que ela disse.
— Senhorita Ackerman entrou aqui por engano, sim? — me olhou como se perguntasse se realmente fosse isso. Não falei nada. — bem, então, nos retirarmos. — e ela me puxou pra ir junto. A segui rapidamente.
— Espere. — Rivaille disse, em um tom bem frio e seco, mas logo tossiu. — Pode deixá-la aqui, Louren.
Congelei. Ah, deus...
— Sim? Não tem problema mesmo?
— Não. Não tem. — ele pareceu se corrigir. Ouvi sua risada. — eu cuido da Srta. Ackerman. Não se preocupe. — disse ele. Senti que ele estava se aproximando da gente.
Louren me olhou. E eu automaticamente fechei a cara. Ela ficou com um olhar confuso.
— Tudo bem. Como quiser. Vou pedir para os maquiadores e a estilista vir. Ao que parece você precisa se arrumar novamente. — falou ela, a mão na maçaneta ameaçando sair. Por favor... Não saia...! Não me deixe sozinha com eleeeee!
— Não vejo necessidade. — disse ele. Nesse minuto me virei pra ele. A gente ficou se olhando.
Ouvi a porta abrir. Ela estava saindo mesmo.
— É claro que precisa. Você sempre tem que estar apresentável. Vai querer alguma coisa pra comer, Ackerman Mikasa? — sua voz já dizia que ela já estava do outro lado. Não disse nada.
— Traga o jantar, sim? — respondeu Rivaille no meu lugar. Eu estava tensa. — para nós dois. — com isso a porta foi fechada. E havia apenas nós dois no camarim, completamente sozinhos. Ele deu uma espiada no relógio. — Então, Mikasa Ackerman... Grande coincidência. — ele falou.
Rivaille se apoiou na cadeira, com o cotovelo, jogando todo o peso no encosto. Ele estava me olhando de forma profunda. Logo estava sorrindo pra mim, e eu sentia que era uma forma de me provocar com esse sorriso de deboche.
— Grande azar, você quis dizer. — respondi por impulso. Por incrível que pareça eu consegui falar. Mas falei de uma forma tão fria e com tanto desprezo, que por um segundo tive que desviar o olhar, respirar fundo e o encarar novamente pra não perder a coragem.
— Ah — Rivaille resmungou, encarando minha roupa. Ele soltou um riso e ficou me encarando, como se esperasse algo.
— O que é? — falei seca, ficando incomodada com o olhar dele.
— Bem, tenho quase certeza que essas roupas não são para se trocar na minha frente, não é? — ele me olhava com um super deboche. — já usei o banheiro, sua vez. Pode tomar banho se quiser. Tem sabonete líquido em baixo da pia. — ele estava rindo da minha cara, que audácia! Mas também, eu deveria estar parecendo super otária, em pé, sem fazer nada, o encarando, sem saber o que fazer. Ele deu uns tapinhas na própria coxa, insinuando a toalha.
— Tenho que me trocar também. Vou estar no palco em... — ele olhou no relógio. — em exatamente 28 minutos. Você sabe, não costumo me atrasar para os shows.
Inflei as bochechas, e super envergonhada, fui passar por perto dele, evitando olhar em seu rosto. Logo ele puxa as roupas da minha mão. Não tive muito tempo pra reagir, ele analisava as roupas.
— Que roupas horríveis ela te deu... — disse ele. Observei ele desdobrar a camisa branca comprida. — espera aí. — ele riu. — vou pedir pra estilista te arrumar roupas de verdade. Você estava... — ele olhou para o moletom dobrado, e virou o rosto rapidamente na minha direção. Seus olhos estavam brilhando agora. Por algum motivo, comecei a perceber que ele ficou embaraçado com o que viu. — ...toda arrumadinha. Se-Seria cruel da minha parte n-não... — ele se embolou um pouco. Recuei dois passos, tímida. — é a única coisa que eu posso fazer. Desculpa-me por ter acertado seu rosto. E eu pago pela sua comi...-
— Não precisa! De verdade! — interrompi rapidamente. Coloquei as roupas encima na cadeira.
Ele riu um pouco, sem graça.
Abri a porta pra entrar no banheiro, coloquei um pé pra dentro. Ele me encarava.
— Hmm... Tem alguma toalha? — perguntei baixinho.
— Na gaveta.
— Obrigada — e voei pra dentro do banheiro. Quase escorreguei pelo chão molhado, mas me apoiei na porta, e isso fez barulho.
— Está tudo bem aí? — ele me perguntou. Fechei a porta bruscamente.
— Está! — respondi. Depois disso não ouvi mais nada.
Tirei as roupas, que já estavam me deixando enjoada, joguei em algum canto e comecei a procurar toalha. Quando eu já estava no banho, comecei a ouvir conversas agitadas, as vozes abafadas. Tive que me concentrar pra ouvir.
— Trouxe algumas roupas femininas. Que tal um vestido? — perguntou uma mulher.
— Vestido nesse frio?! — um homem, meio afeminado exclamou. — Claro que não, amor! Outras opções?
— Saia? Com salto ou sapatinho?
— Que diferença faz a saia de vestido?!
— Você sabe que eu odeio saltos. — ouvi o Rivaille dizer, parecia estar desconcentrado.
Parei de ouvir a conversa, e me apressei no banho. Lavei o cabelo com o xampu masculino do Rivaille, e meu cabelo ficou com cheiro de cacau. Ele tinha condicionador também, e eu aproveitei e usei.
Depois do banho, me enxuguei, enrolei a toalha no corpo e recolhi as roupas. Minha maquiagem estava toda borrada, então com o demaquilante que estava tudo em cima da pia, fiquei com a minha cara de sempre.
Abri a porta e apenas coloquei a cabeça pra fora. Os três presentes automaticamente olharam pra mim. Rivaille estava em uma cadeira, enquanto um homem passava o pincel na cara dele. Uma mulher, mexendo no celular se aproximou de mim.
— Mikasa, certo? — parou de frente pra mim, digitando no celular super concentrada. Ela segurava uma calcinha na mão. Jogou em mim. — Toma. Não se preocupa, é nova, tá?
Vi que na calcinha ainda tinha a etiqueta. Agradeço e fecho a porta. Vesti a calcinha, e acabei por ficar sem o sutiã.
Abri a porta e coloquei a cabeça pra fora novamente.
— Hm... Preciso de roupas. — falei, sem ser rude.
— Ah, claro! Por isso estou aqui.
A mulher era um pouco gótica, e tinha vários pircings. Ela não era lá bonita, mas tinha olhos verdes e o cabelo negro em um coque. Ela pegou meu braço e me puxou para fora do banheiro. Rivaille me olhou através do espelho, e o carinha que estava fazendo a maquiagem do Rivaille ficou me encarando.
— Que corpo hein amiga! — o garoto assobiou, me encarando de cima pra baixo. Rivaille o beliscou, repreendendo-o. — Aí! Doeu!
A garota me puxou para ver as roupas que ela tinha trazido no varal.
— Bem... Hm... Que tipo de roupa você mais usa? Tipo, a sua roupa do cotidiano? — perguntou.
— Roupas moletom? — respondi incerta.
— Ah, entendi... — Não entendi bem o seu tom indiferente. Ela, depois de observar as roupas, puxou uma e quase bateu a peça no meu rosto. — O que achou? — perguntou. — gostou?
— Tanto faz. — disse, mas fui educada. — pode ser esse. — nem olhei a roupa direito, apenas falei pra vestir uma roupa de uma vez e ir embora rapidamente. Ela balançou a cabeça negativamente.
— Tanto faz não! Eu perguntei o que você achou. — falou. Logo ouvi o maquiador dizer:
— Eu já disse que vestido não, Jane!
— Mas esse é diferente! — jogou a peça no chão e logo pegou outra. — e com saia?
— Já disse que é a mesma coisa!
Ela bufou, e pegou outra roupa.
— Esse aqui com salto fica maravilhoso! — exclamou. Ficamos em silêncio, e logo ela bufou e jogou a roupa no chão também. — Tá bom! Fique aqui que eu vou buscar mais roupas. Ainda temos 10 minutos. Logo os chatos dos produtores vão aparecer e não vamos ter paz! Já volto! — saiu correndo, deixando apenas nós três no local.
Quando olhei na direção dos dois, vi que o homem estava terminando a sobrancelha dele. Depois pegou as faixas e colocou nos olhos dele. Rivaille me olhou, e eu voltei a me esconder. Fiquei apenas esperando a mulher voltar, quando eu ouvi o barulho do secador de cabelo.
— Nossa, com o cabelo molhado você colocou a per-...— de repente ele ficou quieto.
Ficou secando o cabelo do Rivaille, e eu fui olhar. Ele estava mexendo no cabelo do Rivaille de uma forma estranha, de trás pra frente, ambos olhavam para o espelho. Rivaille me viu e começou a dar tapas na mão do cara da maquiagem.
— Mikasa, querida, vem aqui que eu arrumo o seu cabelo e faço sua maquiagem. — disse o cara, gentilmente, e apontou pra cadeira ao lado do Rivaille, ele mexia no celular, sem se importar. Timidamente, me aproximei e sentei com cuidado na cadeira.
Cuidado pra não mostrar nada. Rivaille me olhou pelo canto dos olhos, e eu devolvo o olhar.
— Certo! Uh, querida, precisamos cortar esse seu cabelo! — falou enquanto deu uma chacoalhada no meu cabelo.
— Ah, não, obrigada. Estou bem assim. — falei.
— Tem certeza? Posso fazer o cabelo mais repicado. O que acha? Ah, e se quiser, seria ótimo fazer uma babyliss nesse seu cabelo! Ia fica mara!
Mara...? E como recusar a essa palavra?
— Bem... Tudo bem então.
Ele começou a cortar as pontas do meu cabelo, deixando a franja mais curta. Passou um creme, penteou, depois secou. Penteou novamente e começou a fazer o babyliss.
A Louren entrou, trazendo um jantar em um carrinho de ferro. Rivaille se levantou, pegou os dois pratos, e começou a pegar a pizza. Dava pra ver que tinha duas caixas com doce e salgada.
— Aqui está — ele me trouxe um dos pratos, trazendo a salgada. Era de quatro queijos. Fiquei quieta, apenas aceitando. — pode comer agora. — ele se jogou na cadeira de novo, mexendo no celular. Digitando com uma mão e usando a outra pra levar a fatia até a boca.
O maquiador tinha a babyliss no meu cabelo, e estava com a mão na cintura. Ele olhou com os olhos estreitos para o cantor jogado na cadeira.
— Rivaille, se você derrubar a comida na roupa e sujar o terno, eu juro que te mato. Mato mesmo!
Rivaille o ignorou e continuou a comer da mesma forma.
— Nossa, garoto atrevido!
— Louren, pode pedir para outro maquiador vir? Kelly já tá fazendo o cabelo da Mikasa, então ela não vai ficar pronta há tempo. — disse Rivaille.
— Claro. — ela saiu, deixando o carrinho. Quando abriu a porta abriu vi um movimento no corredor. A mulher gótica entrou de novo.
— Achei as melhores roupas! Vocês vão amar! É a última moda! Trouxe até uns colares e brincos pra acompanhar!
Ela ficou me mostrando roupas, enquanto um maquiador chegou. Ele nem disse nada, apenas sorriu, beijou minha bochecha e disse.
— Você é muito linda! Vou fazer a make valer à pena! — falou. Fiquei super sem graça. Rivaille parou de mexer no celular pra encarar ele de forma incrédula por um instante. Eu já estava incomodada com tanta gente e eu só de toalha. Logo, a Jane achou uma roupa, que ela disse ser perfeita.
Uma camisa branca manga comprida, meio soltinha, uma calça marrom escuro e uma botinha, marrom claro com decoração de ferros. Olhei incrédula pra ela. Aquelas roupas pareciam ser caras. Ela depois ficou escolhendo brincos e colares.
Quando o Kelly terminou de fazer meu cabelo, passou spray, me jogou perfume, e começou a fazer minha unha. Eles tagarelavam sem parar. Minha cabeça já estava rodando, quando um homem, alto, loiro, junto com uma mulher segurando uma prancheta, abriram a porta e falaram.
— Sete minutos. Os outros já estão prontos. — a mulher falou. Finalmente terminaram minha maquiagem.
O loiro entrou e começou a me olhar estranho. Depois olhou para Rivaille, confuso.
— Quem é essa?
Fiquei super constrangida. Levantei-me pra trocar de roupa.
— Cuidado com o cabelo! Cuidado com o cabelo! — Kelly me avisou, desesperado.
Peguei as roupas e entrei no banheiro. Coloquei as roupas que Jane tinha separado pra mim, com todo o cuidado do mundo, e logo depois, as botas. Sem meia mesmo. Peguei minhas roupas, conferi se nada estava faltando, mas logo senti falta de alguma coisa, mas não consegui lembrar.
— Está tudo aqui. O moletom está lá. Então, o que falta? Calcinha, calça, camisa, meia, sutiã... Não falta nada.
Deixei isso de lado. Mesmo pressentindo que tinha esquecido mais de apenas uma coisa. Dobrei as roupas. Quando sai do banheiro Jane pegou minhas roupas e disse:
— Nós vamos lavar e depois te enviaremos na sua casa. Endereço? E, aliás, tá gata.
Agradeci e passo meu endereço. Quando olhei por tudo, apenas estava Louren, Jane e eu no local. Os dois maquiadores, o loiro e a mulher, e Rivaille, não estavam mais aqui. Jane pegou "meu" moletom e saiu do lugar, deixando apenas eu e Loren.
— Vamos?
— Hm... Claro. Mas, me deixa terminar a pizza doce.
Comi as últimas duas fatias que tinha, e aí me olhei pela última vez no espelho. Minha maquiagem pesava, e eu sentia meu cabelo bater na minha nuca. Eu estava querendo arrancar aquele batom da boca.
Eu estava cheirosa - até demais -, estranhando uma bota sem salto, e de barriga cheia. Realmente, exageraram no esquisito "apenas vou te dar uma roupa nova." Ao contrário, eu estava inteiramente nova.
Sai do camarim com Louren do meu lado. Ela sorriu, e seguiu o caminho oposto de mim. Logo uma mulher agarrou meu braço, e eu mal tinha dado dois passos.
— Quem é você? E o que está fazendo aqui? — me perguntou friamente. Não consegui responder, o homem loiro e alto de antes, apareceu atrás dela, segurando seu ombro.
— Não se preocupe. Ela está com o Rivaille.
A mulher ficou desconfiada, mas me soltou e foi embora. Acompanhei com o olhar ela se distanciar, e depois parar outro dois guardas que viam na minha direção, depois apontou pra mim. Os homens deram meia volta.
— Erwin Smith, sou o empresário da banda. — ele estendeu a mão para mim. Aceitei o comprimento.
— Mikasa. Eu vim ver o show. — embora meio seca, dei um sorriso.
— Mikasa... — murmurou. — bem, Rivaille, pediu pra mim te levar a um lugar e pediu pra mim te entregar esse dinheiro. — ele colocou cem dólares na minha mão. Ele não me deixou falar, e logo deu as costas. — siga-me, por favor.
DH
— Droga, droga, droga. Que merda, Mikasa! Onde você está sua idiota? — Annie se abraçou, estava com muito frio, já que estava nevando cada vez que anoitecia cada vez mais. Discou o número de Mikasa mais uma vez, ao qual Sasha a passou. Com o telefone na orelha, ela continuou discando, até que alguém atendeu.
— Alô? — ela ouviu a voz de um homem, parecia confuso.
— Você não é a Mikasa. — Annie soou fria. — onde está Mikasa? O que está fazendo com o celular dela, seu pedaço de merda?
— Ei, Ei, calma! Espera um pouco! Mikasa? Uma de cabelos curtos e negros? — ele perguntou, parecendo se lembrar.
— Olha, se você tiver feito algo a ela, eu vou...
— Ela deixou o celular no meu carro, quando estava indo ao show. Eu sou o taxista, estou no meio do trânsito já que as ruas estão lotadas. — Annie bateu na própria testa.
— Garota idiota. Esqueceu o celular?! — o homem se assustou pelo tom da garota. — entendi. Faz o seguinte, joga esse celular no lixo, ou fica pra você. E me desculpe pelo que eu falei, eu vou atrás desse pedaço de mer...-
Annie travou. Estática. Observou o cachecol vermelho que ela conhecia muito bem, um pouco enterrado na neve branca.
— Alô? Ainda está aí?
Annie encerrou a ligação, se agachando e pegando o cachecol, e pra conferir, olhou na ponta do cachecol.
M
Riscado com uma caneta preta.
Ah, não. Mikasa estava sem seu cachecol, e Mikasa NUNCA esqueceria seu precioso cachecol.
Alguma coisa aconteceu com Mikasa! — Annie gritou em pensamentos. — Merda!
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