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História Domain - Primeiro Pedido - História escrita por monecasssa - Spirit Fanfics e Histórias
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História Domain - Primeiro Pedido


Escrita por: monecasssa

Notas do Autor


Mais um. (:
Obrigada aos favoritos. Amo vocês.

Capítulo 5 - Primeiro Pedido


 Depois de Aaron ter ido embora, a minha vontade era me enfiar na cama e ficar lá até semana que vem, no entanto infelizmente eu precisava concluir uma análise e pesquisar sobre os representantes da Nestlê, cuja reunião seria dali a umas horas.

   Peguei na minha maleta e me enrosquei num cobertor no sofá com o computador no colo. As horas passavam e eu digitava com rapidez as teclas do portátil, até que o balanço das exportações e a pesquisa sobre os representantes estava concluída. Aproveitei que estava nos servidores da AAE e dei uma fuçada no cadastro de alguns trabalhadores e de alguns sócios, inclusive Leonard Volker e o filho Aaron. Ambos tinham uma boa influência lá e com certeza era dos sócios mais requeridos de meu pai, John Allen-Evans.

   Bocejei e olhei as horas pelo ecrã do pc, já passava da hora de me deitar, então arrumei tudo direitinho para amanhã, vesti o pijama e mergulhei no meu colchão.

   Quando o dia nasce, o meu corpo briga com a razão para não se levantar. Sorrio ao pensar no que Aaron disse ontem enquanto alisava os meus lençóis, ele fazia aquilo parecer quente.

   -- Deixa de besteira, Jaz. 

   Me critico por pensar nele tão cedo e levanto a bunda dali para me arrumar, ouvindo a porta do apartamento abrir. Sol e James, os meus empregados chegaram.

   -- Bom dia, Sol. --cumprimento a mulher mais velha que eu ao adentrar na cozinha.

   -- Bom dia, Jaz. O café da manhã está servido.

   -- Obrigada. Você veio cedo hoje.

   -- Era o meu dever, a senhorita nos deu um fim de semana prolongado.

   -- De vez em quando não faz mal.

   Me sento na mesa e começo a barrar a manteiga no pão ao mesmo tempo que James entra na divisão com um jornal em mãos.

   -- Bom dia, senhorita.

   -- Bom dia, James. Trouxe o carro?

   -- Sim, senhora. -- ele me passa o jornal. -- Há aqui notícias sobre a empresa do senhor John Evans.

   -- Ah, deve ser da minha tomada de posse de ações. -- peguei o jornal e o li na primeira página com letras gordas. -- " A nova executiva poderosa da empresa holandesa Allen-Evans Enterprises, Jasmine Allen, filha de John Allen-Evans, está no poder dos negócios. A doce Allen ditará contratos  nos mais de vinte países onde AAE tem filial". Blá blá. O que eles não disseram aqui é que a doce Allen foi dormir quase duas horas da manhã trabalhando.

   Sol e James sorriem e se afastam um pouco para me deixar comer sossegada.

   Contratei-os quando decidi morar sozinha; Sol, uma mulher com seus quarenta anos, foi a primeira faz-tudo que eu vi e logo gostei. James, o meu motorista e guarda-costa nas horas vagas é o terceiro homem que trabalha para mim. Encontrar homens 100% disponíveis é difícil, talvez o facto de James ser divorciado o ajudava a manter o emprego.

   Terminei e chamei o meu motorista para irmos. Em menos de vinte minutos eu pisava o chão da filial holandesa da Nestlê; com James em seu impecável terno na minha cola, recebi alguns olhares tanto de mulheres como de homens que me encaravam completamente, eu apenas mantinha a minha expressão vazia de nova executiva.

   -- Senhorita Allen, é um enorme prazer tê-la cá! -- me cumprimentou um homem que pela minha pesquisa de ontem a noite deverá ser o sub diretor. Ele tinha mais ou menos trinta anos, bem apresentável e nada feio. 

   -- Bom dia, senhor Khan. O prazer é meu de estar na Nestlê com o sub diretor.

   Ele sorriu e me apresentou ao resto das pessoas. Diferentemente da AAE, três mulheres faziam parte dos membros da diretoria, tendo as três a idade da minha mãe para cima. E com essa última observação, deu-se o início da reunião.

   Passados duas intermináveis horas, somos liberados e eu faço de tudo para sair dali. Deus!, como essas reuniões podem ser tão chatas?

   -- James, para a AAE, por favor.

   -- Sim, senhorita. -- o segurança/motorista abre a porta do meu Mercedes-Benz A45AMG branco para eu entrar. Contorna o veículo e toma o lugar de condutor. -- Senhorita, recebeu um email do senhor Volker enquanto estava na reunião.

   Volker?

   -- Qual dos Volker?

   -- O filho mais velho.

   -- Oh, obrigada.

   Peguei o meu celular e abri rapidamente a caixa de correio eletrônico; lá estava o email dele, provavelmente falando porcaria. Cliquei e o texto apareceu, para a minha grande surpresa se tratava de um assunto entre os nossos contratos e o lançamento de uma marca nova de comida infantil. Eu amava o negócio da distribuição alimentícia mas as vezes era um saco.

   Sabendo que estava fazendo errado, encolhi ombros, entrei nos servidores a partir do celular e remexi até encontrar novamente o perfil de Aaron, inclusive o seu número de celular privado. De seguida enviei uma mensagem para o mesmo.

   ""Cuidado com o que você pretende, nem sempre os nossos objetivos são coisa boa, moreno.""

   Sorri como se tivesse sido cúmplice de alguma coisa depois saí do carro, pois já tinha chegado na minha empresa.

   -- Você sabe as horas que eu saio, James.

   O homem concordou e eu entrei no edifício. Rapidamente fui para a minha própria sala e chamei Emily.

   -- Bom dia, senhorita Allen. Como foi a reunião com o grupo Nestlê?

   -- Chata mas produtiva. O que eu tenho para hoje?

   -- Apenas as revisões das exportações para Espanha, Itália e Suíça. O senhor Evans aguarda o balanço das exportações por fax na sala dele. A MVC demonstrou interesse em responder a proposta do sub diretor Phil Anael mas a decisão geral será tomada por você ou pelo seu pai.

   -- Ok, Emily. E os meu emails?

   -- O senhor Aaron Volker enviou-lhe um e-mail nessa manhã mas está aqui uma notificação dizendo que este foi lido. -- os olhos da loira encontraram os meus e eu confirmei que tinha visto. -- O restante já respondi.

   -- Perfeito. Chame um dos nossos contabilistas e envie o balanço das exportações, está no ambiente de trabalho do meu computador de mesa.

   Ela obedeceu e me deixou trabalhando sossegada durante toda a tarde.

   Os dias foram passando e a minha rotina era a mesma de sempre: trabalho-casa-trabalho-casa. Às vezes eu tinha um intervalo, que aproveitava para responder as mensagens de Volker que tinha descoberto a minha brincadeira logo no mesmo dia, ou melhor, nos dois minutos a seguir eu ter mandado a primeira mensagem.

   Flashback On

   ""E você é..?""

   ""Alguém que não tem nada para fazer e resolveu te mandar mensagem.""

   ""Acho que o John não vai gostar de saber que a dona de 30% da AAE não tem nada para fazer.""

   ""Idiota.""

   Flashback Off

  Era impossível não rir quando me relembro desses dez minutos. E por incrível que parecesse, ele sabia fazer uma mulher passar um bom tempo sem pensar em qualquer outra coisa a não ser no chato que era.

   Os meus pensamentos são interrompidos quando ouço o meu celular tocar Hands to myself, pego o aparelho vendo que é Louis.

   -- Oi, Louis.

   -- Tudo bem, irmãzinha? -- ele não dá tempo de responder e prossegue. -- Topa ir num jantar na casa do Vince?

   -- Quem vai estar nesse jantar?

   -- Um pessoal que fez faculdade comigo e uns amigos.

   -- Louis, eu não falo com o Vince desde que terminei com Kurt...

   --  Só porque o Vince e o Kurt, seu ex, são irmãos, você não vai se privar disso, não é? A Victoria também vem com o Taylor.

   -- Ok. A que horas?

   -- Depois das oito, a hora quiser aparecer. E se eu fosse você deixava o segurança descansar e vinha de carro, qualquer coisa eu te levo.

   -- Já entendi, vai ter bebida e provavelmente vai acabar tarde.

   -- Aham. -- ele responde todo animado. -- Tenho de ajudar o Vince aqui. Até logo.

   -- Até.

   Desliguei o celular e continuei deitada no meu sofá, comendo um delicioso brigadeiro de colher, acabando por adormecer profundamente.

   O sonho que tive foi estranho, na verdade eu nunca sonho, mas durante a minha soneca da tarde eu ouvia constantemente uns ruídos estranhos, um barulho repetido e alto, que se intensificava e me despertava do mundo da escuridão silenciosa dos meus sonhos. Abri os olhos meia confusa então os sons ecoaram novamente, agora mais vívidos e reais.

   -- Merda, é a campanhia. Hoje é sábado, a Sol não está aqui.

   Levantei com muito custo do sofá e vi pela câmera quem era. Ah, não. O que ela está fazendo aqui? Rodo a chave e puxo a maçaneta, encarando a minha amiga na minha frente toda bonitinha, com o marido ao lado.

   -- Dez minutos pendurado nessa campanhia! Dez minutos! Não ouve não?

   -- Ai, Victoria, não enche, vai? Estava dormindo. O que você está fazendo aqui? 

   -- Viemos te buscar.

   -- Buscar para onde?

   -- Helloo!? Jantar no Vince? Oito da noite? Não se lembra? Ai, será que Louis não te disse?

   -- Porra. Esqueci-me!

   Ela revirou os olhos, se aproximou de Taylor e sorriu melosa.

   -- Anjo, se você quiser, vai indo na frente. Eu fico e vou com a Jasmine.

   -- Está bem. -- ele esboçou um sorriso de dar inveja e Victoria se derreteu toda. -- Até logo, Jasmine. -- o homem beija a sua mulher e sussurra que a ama, depois saiu.

   -- Pouca conversa e muita ação! Vai imediatamente se arrumar, sua dorminhoca de quinta!

   Bati continência e voei para me por bem bonita para esse jantar. Vesti um vestido soltinho e um casaquinho de malha, calcei uma rasteirinha mesmo, passei um batom, rímel e peguei a minha bolsa.

   -- Estou pronta, Tori.

   -- Está linda. Agora vamos que quase todo mundo chegou lá.

   -- Você sabe quem vai?

   -- Para além de nós, Vince e Kurt, sei que a Alysson e a Candice vão estar. O resto não sei, o jantar é do Vince.

   Alysson e Candice fizeram faculdade conosco em Inglaterra mas não ficaram tão unidas quando eu e Victoria.

   Descemos até a garagem e eu peguei num dos meus carros, a minha amiga se sentou ao meu lado na frente e partimos.

   -- Estou tão empolgada! Acho que vou ver gente que não vejo quase três anos atrás.

   -- Mas vê se se controla, moça. Não esquece desse bebê aí dentro.

   -- Não estraga o clima, Jasmine. É óbvio que eu vou cuidar do meu filho. -- ela se mostrou chateada mas abriu um enorme sorriso ao ver a casa iluminada da família Conner. -- Chegamos!

   Estacionei o carro numa vaga livre da rua e saí, ajudando a grávida, que também estava de vestido, sair do carro. Respiramos fundo e caminhamos para o portão da casa que estava aberto, pelo que apenas empurramos e caminhamos até a entrada. O jardim estava enfeitado e nas traseiras da casa podia se sentir o cheiro de carne assada na brasa e ouvir algumas músicas que tocavam.

   Victoria ia na frente toda extasiada enquanto eu a seguia, sorrindo e um pouco nervosa por reencontrar Kurt.

   Flashback On

   -- Eu não quero mais isso, Kurt! -- gritava com as minhas forças. -- Já passou dos limites! Esse ciúme possessivo e grotesco, caralho, quantas vezes tenho que te dizer que não sou sua!?

   -- Você é minha namorada, Jasmine! Porra, era necessário ficar de papo com ele?! -- o meu namorado responde no mesmo tom de voz que eu.

   Me virei de costas para ele. Não, isso não estava acontecendo. Respirei fundo para me acalmar porque se isso continuasse desse jeito, nós iríamos romper brevemente. Logo senti os braços que eu tanto desejei ao meu redor, me abraçando de costas, mas eu não queria. 

   Me soltei do seu abraço e recebi um olhar indignado.

   -- Até dos meus carinhos aquele merda te fez não querer? 

   -- Não chama ele de merda. Daniel é um ótimo professor.

   -- Daniel é um ótimo professor. -- ele repetiu, tentando imitar a minha voz. -- Já que ele é tão ótimo assim, então vai ficar com ele!

   -- Kurt, porra, eu quero você e mais ninguém! Pára com isso!

   -- Sabe, Jasmine. Eu disse que queria te domar... Acho que a oportunidade é essa.

   Olhei com olhos mortais para ele e dei um tapa na sua cara, ouvindo o estalo por todo o apartamento.

   -- Eu não sou mulher para ser mandada. Se me fazem pedir, eu também faço pedir. Não é o seu ciúme que vai me prender, Kurt Conner. Tudo o que vivemos fica por aqui. Adeus.

   Flashback Off.

   As nossas discussões sempre foram violentas mas tudo se resumia ao ciúmes desenfreado de Kurt.

   -- Boa noite, povo! -- ouço Victoria dizer animada para algumas pessoas que estão na sala. Logo esqueço os meus pensamentos e os cumprimento também.

   -- Jaz, agora é toda poderosa! Aparece em jornal e tudo!

   -- Nem fala nada, Alysson! Já fui dormir as duas da manhã logo no primeiro dia de executiva por causa de uma porra de um balanço.

   Tanto ela quanto alguns que eu ainda não conhecia riram com o que eu disse, porém, como não gostava muito de ser o centro das atenções, pedi licença e saí da sala para procurar ou Vince ou o meu irmão. Os Conner tinham uma casa grande mas logo encontrei o anfitrião, alto, musculoso e com cara de mal, Vince.

   Cheguei até perto dele, que estava temporariamente sozinho mexendo no celular e fiz umas cócegas nas costelas, fazendo o gigante pular de susto. Ele olha para mim com raiva mas depois amolece.

   -- Eu já devia saber que era você, Jasmine. É a única que eu não consegui meter na linha.

   -- É, você já sabe como eu sou. -- sorri. -- Foi uma boa ideia juntar esse povo aqui.

   -- Pois é. Eu queria fazer a um tempo atrás mas só agora é que deu. Claro que tive a ajuda do seu irmão e do meu, mas a ideia foi toda minha.

   Estreitei os olhos brincando e ele esboçou um lindo sorriso. Vince era das melhores pessoas que eu conhecia desde a faculdade.

   -- Vem cá, e a Sarah? Vocês acabaram? 

   -- Sim... -- ele suspirou. -- Foi uma semana depois de você e Kurt terem finalizado o namoro.

   -- Ah... Então agora está sozinho?

   -- Porquê? -- a voz maliciosa é audível.

   -- Por nada, seu idiota. -- finjo dar um soco nele, que por sua vez finge estar muito machucado, me fazendo cair na gargalhada.

   -- Que divertida, irmãzinha!

   Vi Louis com um copo de sei lá o que nas mãos mas parecia ser muito bom.

   -- Culpa o Vince! -- o homem levanta as mãos rendido e sorri. -- Vê se não bebe muito, Louis.

   Recebo uma careta mas nem ligo e saio de perto dos dois, procurando Candice que até agora não tinha falado com ela. Só que, ao passar pelo cômodo meio vazio onde estavam as mesas com alguns petiscos, sinto alguém muito atrás de mim, segurando o meu braço de modo a que eu não desse mais nenhum passo. Olho para trás e relembro dois anos da minha vida.

   -- Kurt, me solta.

   -- Então não fuja, eu só quero conversar.

   -- Nós já acabamos a muito tempo, não vamos reviver tudo aquilo porque dói.

   -- Só quero conversar, Jasmine.

   Cruzo os braços debaixo dos seios e olho para ele.

   -- Muito bem, fale.

   -- Você está sendo rude.

   Sorrio sem emoção.

   -- Você me machucou, esperava o quê? Eu te amava!

   Ele fecha os olhos e respira fundo, se aproximando de mim quando volta a observar-me.

   -- Kurt, eu não quero mais, ok? Não adianta.

   Me viro de costas mas ele puxa a ponta do meu casaco de malha.

   -- Eu não quero brigar depois de tanto tempo. -- digo.

   -- Mas estou arrependido, eu peço perdão. A sério! Eu admito o meu erro, Jasmine.

   -- Dois anos depois? Desculpa, tarde de mais.

   O meu ex aproveita a pouca movimentação ali e segura a minha nuca, aproximando o rosto do meu. 

   -- Me solta! -- esbravejei baixo para não chamar a atenção de ninguém. -- Pára, Kurt.

   Eu já estava sentindo a respiração que eu tanto fui viciada bater contra o meu rosto, e toda a sensação de ser dele e dele ser meu caiu como bomba atômica em mim, pelo que fui parando de forçar.

   -- Eu pedi para parar. -- falei uma última vez, vendo as forças desaparecem.

   O lindo moreno ignorou e encostou os nossos lábios por dois segundos num selinho calmo. Não, não! Eu não me esqueci de como ele era, eu não queria beijá-lo, estava apenas... Nem sei.

   O empurro um pouco mas não consigo, então reparo que estava presa ao velho truque da sedução. Continuo a tentativa de me afastar, mas então ouço algo que me faz tremer de susto.

   -- Vai demorar muito para soltá-la?

   Os meus olhos encontram a esfera esmeralda assim que o meu ex me solta, surpreendido também.

   -- Quem é você para mandar em mim? 

   -- Uma pessoa que viu uma mulher sendo forçada a beijar.

   Isso vai dar em briga, conhecendo Kurt como conheço... Me apresso para sair dali e procuro Vince e Louis pelo jardim, encontrando os dois. Corro até eles e os peço para me acompanharem.

   -- O que foi, Jasmine?! -- Louis pergunta preocupado.

   -- Kurt tentou me beijar e... Alguém quer tirar satisfações com ele porque me forçou.

   Acabo de falar e um barulho alto, mas abafado pela música, sai de lá de dentro, Vince voa lá para e Louis também; eu chego por último, vendo que o Conner mais velho, o meu amigo, segurava o irmão para trás enquanto Louis entregava uma toalha para Aaron que a colocava debaixo do nariz que sangrava.

   Oh meu Deus! Ando até Aaron mas o mesmo dá de costas, indo em direção a porta de saída.

   -- Aaron. -- Vince chama e o moreno olha para trás. -- Me desculpe por isso.

   Volker apenas balança a cabeça e continua o seu caminho. Porra, eu faço o quê? Ele apanhou por minha causa!

   -- Vince... -- começo.

   -- Pode ir, Jaz. Eu não fico chateado.

   Vou até ele e dou um pequeno beijo na sua bochecha, passando por Kurt mas nem o olhando. Abracei o meu irmão e corri para o exterior da casa, vendo se quem saiu ainda estava lá.

   De longe vejo a silhueta masculina caminhando até um carro escuro.

   -- Aaron.

   Ao ouvir a minha voz ele parou, aproveitei isso e dei uma pequena corrida até onde estava.

   -- Obrigada por ter interrompido. E desculpa pelo soco. -- aproximei até onde ele estava. -- Dói muito?

   -- Agora não dói. O filho da mãe tem boa precisão de força.

   -- Deixa de ser palhaço. Me deixa ver esse nariz de Pinóquio.

   O holandês sorri e retira a toalha da frente, realmente o sangue já estava estancado então não era grave.

   -- Ficou preocupado comigo? Pensei que quisesse que eu morresse.

   -- E quero, Volker, mas você não merece por ter me ajudado.

   -- Como você vai pagar o que eu fiz? 

   -- Pagar? -- repeti sem entender.

   -- Sim, pagar, Allen. Eu aceito qualquer coisa em pagamento.

   -- Nem machucado deixa de ser otário?

   -- É uma dádiva ser como eu, amor.

   Baixei os olhos e contei mentalmente até dez. As terríveis borboletas no meu estômago apareceram mas eu não conseguia me controlar. Ok, Jasmine, faz isso mas depois não se arrependa. Pensei.

   -- Posso fazer uma coisa? -- questionei baixinho com medo da minha própria atitude.

   -- Se não for arrancar o meu...

   Acabei com a curta distância entre nós e o beijei. De início foi só um selinho, porém o calor que emergia daquele simples contato nos aquecia aos poucos em proporções estrondosas; as mãos dele me puxaram mais para si e as minhas agarraram no cabelo da nuca, numa tentativa de o trazer para mais perto. Perdi a noção do espaço e do tempo, só me concentrei nos braços fortes me mantendo junto ao corpo masculino que estava mais que pronto para avançar nesse beijo. Os lábios de Aaron se afastaram dos meus quando os nossos pulmões se esvaziaram, e num segundo de loucura, eu encostei o rosto no seu peito, ouvindo ambos os corações acelerados e sentindo tanto a minha excitação, como a dele que se evidenciava junto a minha barriga.

   Era insano, surreal, inacreditável, mas eu realmente tinha pedido um beijo do cara mais irritante que eu conhecia. E ele mostrou mais uma vez que o fazia perfeitamente.


Notas Finais


Favoritem e digam as vossas opiniões. (:


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