- Tchau Professora Young! Eu vou treinar essa música hoje à noite, pode deixar. - Disse meu aluno favorito, o Elijah. Ele tinha só nove anos, mas tinha muito talento na música. Sua mãe o havia feito fazer piano quando tinha apenas quatro anos, contra sua vontade, mas graças à isso ele tocava o instrumento magnificamente. Agora ele estava na minha turma de violão, e sem dúvidas era meu melhor e mais dedicado aluno. Também era super educado e parecia gostar bastante de mim. Era um doce de garoto.
- Isso mesmo, Elijah! - Disse para ele com um sorriso enquanto ele punha sua mala com o violão nas costas. - Você é muito bom e tem talento, mas até o Jimi Hendrix precisava treinar!
Ele concordou com a cabeça e saiu, deixando-me sozinha na sala. Eu não tinha muitos alunos, apenas o Elijah e outros quatro, mas me pagavam pela hora de trabalho, não por alunos, então eu não me importava. Se bem que eu adoraria ver mais crianças se interessando nos instrumentos. Bem, era um bom emprego pra quem nunca havia feito faculdade, e eu adorava tocar e ensinar, então eu estava reclamando de barriga cheia.
Eu estava morando em Columbus agora, a capital do estado de Ohio. Ohio ficava do outro lado do país, em comparação com onde eu passei a minha vida inteira, Washington, mais especificamente Seattle. Por que mudei? E por que para Columbus?
Meu falecido pai, Samuel Young, havia nascido e crescido nessa cidade. Eu nem o conheci direito, devido à sua morte em um acidente de carro onde minha mãe dirigia bêbada quando eu tinha apenas dois anos. Eu não estava no carro e, por incrível que pareca, minha mãe saiu do acidente praticamente ilesa. Eu sei, o mundo é injusto. Mas, mesmo sem nem o ter conhecido, decidi vir para cá, recomeçar. Ele deveria ser uma pessoa boa, se conseguiu amar minha mãe mesmo ela sendo uma tremenda de uma irresponsável. E eu gostei muito de Columbus, também. Apesar de ser uma capital, era bem tranquila! Era uma cidade bem espalhada, não se via muitos prédios, apenas bem no centro da cidade, e tinha muita área verde e florestas, o que agradava muito à mim e minha loba. Sempre que precisávamos desestressar, íamos dar uma corrida em meio às árvores.
Eu havia me mudado há apenas dois meses, mas já via essa cidade como sendo minha casa. Lá em Seattle... Não estava dando certo.
Primeiramente eu me juntei a alcateia. A Corrie estava feliz da vida, e quando os lobos ficaram sabendo que eu havia matado o Bernard, eu havia ganhado um pouco de respeito. Mas alcateias são complicadas... Principalmente para as mulheres.
A hierarquia funciona de acordo com a sua dominância. O lobo mais forte e dominante é o Alpha, o segundo mais dominante é o segundo em comando... E assim por diante. Os lobos dominantes protegem os mais submissos, é instintivo. Mas, por algum motivo, as alcateias estão presas na década de 40, mentalmente falando. As lobas da alcateia sempre são as últimas na hierarquia. Estão mais abaixo até do que o macho mais submisso, mesmo se elas forem dominantes. Elas só “sobem” na hierarquia quando acasalam. Quando elas acasalam, elas pegam a hierarquia do seu companheiro. Por exemplo, se uma loba tão dominante quanto o Alpha acasala com o quarto em comando, ela vai ter mais autoridade do que o quinto em comando, mas menos do que seu companheiro e os que estiverem acima. Mesmo ela sendo tão dominante quanto o Alpha.
Como eu disse antes, presos na década de 40.
Porém, para a sorte das fêmeas, são muito poucas as fêmeas dominantes. Não que todas elas sejam submissas, mas a maioria não é dominante ao ponto de ligar muito para toda essa babaquice de hierarquia de alcateia.
Eu, por outro lado...
No começo eu estava me acostumando. Eu estava bem no final da hierarquia, mas eu não ligava, porque eu era nova na alcateia, eu já esperava estar bem abaixo. E os lobos me tratavam como uma igual, justamente por eu ter matado um vampiro no meu primeiro mês de transformação, mas depois isso foi mudando... O assassinato de Bernard Holland virou “notícia velha” e ninguém mais ligava para isso, e eu continuava no meu lugarzinho na hierarquia. Não me entendam errado, eu não queria liderar ou nada parecido. Eu nunca havia feito parte de uma alcateia, eu não era arrogante ao ponto de achar que eu teria condições de liderar. Mas, mesmo humana, eu odiava seguir ordens dos outros. Eu era demais de orgulhosa, e nunca dava o braço a torcer por nada. Eu sempre fui uma menina... difícil. Na alcateia eu tinha que obedecer todo mundo. Todo mundo. Até as fêmeas mais submissas eu tinha que obedecer, porque eu era a última. E aos poucos isso foi me corroendo, até que chegou num ponto, três anos depois, que eu não aguentava mais. Eu ia acabar matando alguém ali. Eu adorava o pessoal da alcateia, eram todos muito unidos e todos se gostavam, mas eu não aguentava mais aquela situação.
Então eu falei com a Corrie e contei pra ela que iria me mudar. Ela sabia como eu era, meu jeito de ser. Nós crescemos juntas, ela loba, eu humana, então ela não protestou quando eu disse que iria sair da alcateia. Falei com o Alpha, o Joseph, e ele me deixou sair. Eu era bem amiga dele e da Nora, sua companheira. Ela era uma das lobas mais submissas que eu conhecia, mas ela via como eu estava sofrendo na alcateia. Na verdade, acho que se não fosse por ela, o Joe não teria me deixado sair.
Guardei meu próprio violão na mala e o coloquei no ombro. Tranquei a porta da minha sala e fui até a sala dos professores, pegar um cafézinho.
Eu sei, eu pareço uma professorinha de quarenta anos, mas, na verdade, eu havia acabado de fazer vinte anos. Sim, a Corrie me transformou com dezessete.
Peguei o copinho minúsculo de plástico que vem acompanhado de todas as maquininhas de café e o enchi, sentando em uma das mesas para tomá-lo. Eu tinha mais ou menos meia hora até eu ter que sair. Eram sete e meia da noite e eu sempre buscava a Scarlet às oito.
Scarlet Briggs era a minha “vizinha”. Ela morava a uma quadra da minha casa. Ela era cinco anos mais velha que eu, mas isso não fazia a mínima diferença para nós. Ela era alta e tinha cabelos cor de uísque, dependendo da luz ás vezes parecia um ruivo claro, e olhos verde-escuros como esmeraldas. Era ótima companhia.
Levantei para pegar mais uma “amostra grátis” de café, mas parei na hora. Joguei meu copinho fora e peguei minha mala, jogando-a violentamente em minhas costas. Queria sair de lá o mais rápido possível.
Infelizmente, parecia que Deus adorava me ver sofrendo, porque eu não consegui ser rápida o suficiente. David já havia me visto e se aproximava com aquele seu sorriso idiota.
- Becca! - Ele disse, com o familiar entusiasmo que ele sempre carregava em suas palavras quando falava comigo. - Como foi sua aula?
- Ótima David. - Respondi, xingando-me mentalmente por não ter conseguido fugir dele antes.
- Sempre é otima. Também, com uma professora tão boa quanto você... - Revirei meus olhos.
O nome do meu castigo eterno? David Williams. David era, na verdade, meu patrão. Ele era dono da escola de musica onde eu trabalhava, e ele provavelmente me deu esse emprego por que me achou bonita. Ele nem estava prestando atenção quando eu fiz a apresentação, mostrando meu talento. Desde meu primeiro dia de trabalho ele tentou me conquistar de alguma maneira, e eu já havia cansado de dizer ‘não’ quando ele me chamava para um encontro. Pelo visto hoje ele achava que ele estava com sorte.
- Com licença David, - Eu disse, tentando sair da sala dos professores, mas ele estava bloqueando a porta. - eu tenho que ir agora. Estou morrendo de fome.
- Ah Becca, quer ir para sua casa jantar, por isso a pressa?
- Exato.
- Eu. Você. Jantar no Noodles & Company. Que tal? - Ele dá um sorriso convencido, como se ele fosse irresistível e como se eu dizer ‘não’ não fosse possível.
- Ah David... - Suspiro. Ainda bem que ele não era o tipo de patrão que iria me mandar embora se eu não aceitasse fazer “coisas” com ele. Nesse ponto o David era um cara legal. Ele apenas era insistente. - Você sabe que não vai dar...
- Por quê, Rebecca? Por que não vai dar? - Ele pergunta um pouco irritado.
- Eu não penso em você dessa maneira, David. Eu já cansei de falar.
- Mas eu estou apenas pedindo por um jantar. Um jantarzinho, Becca, nada mais. Não precisa significar nada. Só eu e você, conversando enquanto comemos um bom prato de macarrão por minha conta. Qual é o mal nisso?
O mal era que, para mim, não ia mesmo significar nada. Eu ia comer comida muito boa, que eu provavelmente não ia conseguir pagar por minha conta, as custas dele e meus sentimentos por ele não iriam mudar. E, para ele, iria significar muita coisa. Eu sabia que ele tinha esperanças que, se eu apenas desse uma chance para ele, eu iria acabar gostando dele e me apaixonando por ele, como ele havia se apaixonado por mim. E daí nós viveríamos felizes para sempre, comendo comida cara e esbanjando dinheiro, algo que ele adorava fazer.
- Não David. Hoje não, okay? - Falei, conseguindo enfim passar pela porta.
Enquanto eu saía pela porta da frente da escola, consegui ouvir com minha audição lupina o suspiro triste dele e suas lamentações.
- Ela sempre fala isso...
Eu até me sentia um pouco mal depois de tantos foras que eu dava nele, mas eu não estava interessada. Não só nele, mas em ninguém, no momento. E, normalmente, depois de, sei lá, três foras, o cara se toca e para de tentar lhe conquistar. Mas o David, nem depois de mil foras, iria se tocar.
Entrei no meu velhinho mas confiável automóvel e dei a partida. Próxima parada: Hot Rods.
-x-
Estacionei na frente da loja de motos onde a Scarlet trabalhava. Ela tinha uma fissuração por motos que eu até achava que era loucura. Não duvido nada que, se ela tivesse o dinheiro, provavelmente teria uma coleção de motos. Desci do carro e entrei na loja, cumprimentando os colegas de trabalho da Scar.
- Becca! Nossa, você se atrasou legal hoje, hein. - Ela disse, limpando sua mão cheia de cera em um pano. A Hot Rods era uma loja que pegava motos velhas e as reformavam completamente, deixando-as novinhas. Pelo visto a Scarlet estava encerando uma das motos quase prontas.
- Adivinhe só o porquê. - Falei, exausta mentalmente por ter que lidar com o David.
- Hm, você ficou com fome no meio do caminho, virou loba e comeu um coelho? - Ela disse rindo, guardando suas coisas no lugar e se aprontando para nós irmos. - Eu faço isso de vez em quando, mas só em casos extremos.
Juntei-me a ela nas risadas. Scarlet era... diferente. Mais diferente até do que eu, que conseguia me transformar em uma loba. A Scarlet era algo que eu nunca havia visto antes. A maioria dos lobos também nunca havia visto nada como ela antes, só os mais antigos, como o Letum.
O Letum era o Alpha dos Alphas. O lobo mais dominante do continente. Cada continente tinha seu próprio Letum, que ajudava a manter a ordem entre os lobos e manter nosso segredo, bem, um segredo. O Letum era muito poderoso e antigo, provavelmente tinha mais de um milênio, e era também muito perigoso. Letum significava em latim Morte, acho que isso explica exatamente o quão perigoso todos eles são.
A Scarlet era uma criatura que, segundo o Letum, chamava-se Selvagem. Os Selvagens são muito parecidos com Lobisomens, mas eles não se transformam em lobos e eles nascem desse jeito, não podem transformar outros em Selvagens, como os lobos podem. A transformação varia de indivíduo para indivíduo. Alguns podem se transformar em gatos selvagens, coyotes, águias, pumas, etc. A Scar conseguia se transformar em uma raposa. Ela não era muito forte, nem de longe tão forte quanto os lobos, mas era rápida, e isso, às vezes, poderia ser perigoso.
Segundo o que o Letum havia contado a ela, os Selvagens haviam sido caçados e extintos pelas bruxas há séculos. Então, a única explicação é que, de alguma forma, algum descendente dela era Selvagem e sobreviveu, pelo menos até ter filhos, e ela herdou esse poder.
Quando a Scar era bem pequena e se transformou pela primeira vez, seus pais ficaram assustados e horrorizados, e decidiram que eles não iriam conseguir criar uma criança assim tão diferente. Com sorte, o pai de Scarlet era amigo do irmão de um dos lobos da alcateia do Letum. Assim, o Letum tomou conhecimento da situação da Scar e a levou para o Maine, o estado onde o Letum e seus lobos moram. Scarlet foi criada pelo Letum e seus três filhos, também lobisomens, do mais velho para o mais novo, Robert, Alexander e Lucius.
- Não, foi algo bem pior. Algo terrível. - Respondi.
- Ah, já sei então. - Ela riu e terminou de pegar suas coisas, já indo para fora da loja. - Você encontrou o terrivelmente gostoso, rico e sedutor David Williams ao sair da sua aula.
- Beeeeh! Responsta errada. - Dei uma gargalhada e entramos no carro. - Eu encontrei o terrivelmente insistente, chato e inconveniente David Williams ao sair da minha aula.
- Por favor, Rebecca. Todo mundo sabe o quão lindo e gostoso o David é. Não sei por que você não sai com ele de uma vez. - Ela revirou os olhos para mim.
- Saia você com o garoto de ouro então.
Parei no drive-thru da Starbucks para pegar uns cafés gelados para nós duas. Enquanto esperávamos nossos pedidos continuamos a discussão.
- Eu até sairia, mas ele obviamente está interessado em você, não em mim. Ele nem me conhece direito, Becca. Ele me viu uma vez ou outra com você no carro.
- Foda-se. Eu quero me livrar dele. Pegue ele logo e me livre dessa maldição, Scarlet!
- Woah, coitado, Becca! - Ela disse quando passei o seu café pra ela e voltei a dirigir para casa.
- Eu sei... - Suspirei. - Mas eu não aguento mais, Scar! Todo dia eu tenho que sair correndo pra ele não me achar. E ele nunca desiste! Se fosse uma vez ou outra só que ele desse em cima de mim ainda vá lá, mas é todo santo dia, pelo amor de Deus.
Minha amiga afagou meu ombro e tomou um gole de seu café.
- Okay, talvez você tenha razão. Mas que ele é gostoso ele é. - Não consegui segurar o riso e nem ela.
- Tá, vamos trocar de assunto. Já passei da minha cota de patrões ricos e insistentes de hoje.
- Como queira, Becca. - Vi que ela virou a cabeça e olhou pela janela. Ela ficou vendo as casas espaçosas e distantes umas das outras de Columbus por um tempão até começar a falar de novo. - Sabe, eu odeio ficar lhe enchendo o saco toda hora, mas...
- Você sempre me enche o saco, involuntariamente até. Você é a coisa mais irritante que já aconteceu comigo, Srta. Briggs. - Interrompi-a.
Scarlet me deu um soco no ombro, não tão forte ao ponto de eu me desconcentrar e bater o carro.
- Idiota. - Tive que rir. - Como eu estava dizendo... - Ela me lançou um olhar irritado. - Eu odeio lhe encher o saco voluntariamente, mas tem algo que você anda evitando e deixando de lado como se não fosse nada importante... - Ela deu uma pausa e me olhou séria. - Você tem que falar com o Aidan, Becca. Você tem que.
Revirei meus olhos. Desde que eu cheguei ela estava tentando me convencer a ir falar com o Alpha da alcateia de Columbus porque, se ele descobrisse que eu, uma lobo solitária, estava em seu território sem sua permissão, ele provavelmente me mataria. Mas eu não ia falar com ele. Se eu falasse com ele, ele com certeza iria me forçar a fazer parte de sua alcateia, e voltar para uma alcateia era a última coisa que eu queria.
- Scarlet... Você sabe que eu não posso. Eu sou uma fêmea. Mulheres quase nunca sobrevivem à transformação, somos mais frágeis. Se o Alpha ficar sabendo que não é um lobo solitário, mas sim uma loba solitária em seu território, ele vai me colocar em sua alcateia para me proteger, não que eu precise de proteção. E eu não vou voltar para uma alcateia, de jeito nenhum.
- Eu sei de tudo isso, mas é melhor você ficar na alcateia do que em uma porra de um caixão, Becca! E vai que ele não force você a se juntar a sua alcateia? Ele vai sentir sua dominância. Ele já esteve, em algum momento, em uma posição baixa de alguma alcateia. E ele é o quinto lobo mais dominante do continente, todos sabem disso. Ele vai entender o seu sofrimento, Rebecca.
- Duvido. Ele vai estar cagando e andando para minha dominância. Fêmeas são preciosas para lobisomens, você já esqueceu?
- Eu sei, Rebecca... Eu não sei nem como o Alpha da sua antiga alcateia deixou você sair. Não só sair, mas para viver como loba solitária...
- Eu tive uma ajudinha da Fêmea Alpha. E o Joe é dominante, mas nem de longe tão dominante quanto o Aidan.
Ela suspirou e eu parei o carro, havíamos chegado à casa dela. O Alpha morava na casa atrás da dela, que em comparação com a casinha pequena de um andar da Scar, parecia um castelo.
- Você não quer jantar aqui em casa? - Perguntou-me, mas fiz que não com a cabeça. - Olha, desculpa, mas eu só quero o que é melhor pra você. Você já está há dois meses aqui e eles ainda não lhe descobriram, mas logo eles vão, com certeza. A menos que você siga meu conselho e vá falar com o Aidan. - Ela suspirou ao ver que minha expressão não havia mudado nada. Eu absolutamente não ia falar com o Alpha. - Ele vai se sentir ofendido, Rebecca... E vai ver você como uma ameaça e matá-la.
- Scarlet...
- Tá bom, tá bom. Parei. Mas pense bem. Eu não quero ter que ir levar flores para você nos finais de semana.
Ela fechou a porta do carro e andou até sua porta, abrindo-a. Ao entrar, antes de fechar, ela lançou-me um olhar que claramente dizia “Vá falar com o Aidan!”. Suspirei e pousei minha cabeça no volante por alguns minutos. Era um risco sim eu continuar vivendo escondida bem na cidade do quinto lobo mais dominante do continente, mas eu não iria voltar pra uma alcateia, era a pior tortura para mim. Peguei meu café da Starbucks e o tomei inteiro ali mesmo. Depois, liguei o carro novamente e fui para casa. Eu estava tendo um ótimo dia até o David e esse assunto de alcateia aparecerem.
-x-
Em casa, cheguei e coloquei o pijama, nem jantei. Deitei na minha cama e via as horas passarem pelo meu despertador em minha mesinha de cabeceira. Não adiantava, eu não ia conseguir dormir, não com tantas coisas em minha cabeça.
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