O delegado encaminha Eve para sua sala para averiguar seu depoimento para ficar à parte da situação.
- Pode começar Eve... Espero que colabore com a polícia.
- Eu não matei o Niko.
- A polícia vai descobrir...
- Um dia antes do meu aniversário o Niko apareceu em minha casa e disse que me amava, de certa forma eu também o amava. Ele falou que se eu quisesse vê-lo novamente, teria que ir até a casa dele amanhã... O problema não era ir na casa dele, Villanelle de noite me convidou para jantar com ela no mesmo dia, os dois encontros estavam no mesmo horário... Eu tive que escolher um e escolhi o Niko.
- Por que realmente escolheu ele?
- Não queria perder ele para sempre... Eu fui de carro até a casa dele e quando cheguei era uma festa surpresa, eu me senti muito emocionada com aquilo e nós acabamos nos beijando precipitadamente... Então depois disso ficamos ali comemorando, mas teve uma hora que Niko saiu da festa.
- Sabe o motivo?
- Ele disse que ia fazer um pagamento para uma pessoa que o tinha ajudado com a festa, acabou ficando bastante tempo lá fora... Não achei nada de estranho nisso, depois que ele voltou fomos cantar os parabéns e depois deu o problema da energia e ele foi arrumar... Eu ofereci ajuda mas ele não quis, nesse meio tempo a Natália me disse que Niko tinha uma namorada e que estava se aproveitando de mim, me veio um sentimento de raiva, ódio.
- Deu vontade de mata-lo? - Olhando diretamente para os olhos de Eve.
- Senti sim, muita vontade de matar ele... Eu fui no banheiro e depois que sai eu fui lá fora e quando cheguei ele já estava morto e na volta eu encontrei com Natália e ela foi ver o Niko e eu fui lá para fora. A Villanelle chegou na festa, eu estranhei a presença dela ali... Ela foi ver o Niko e foi aí que eu vi o Gustavo, ele saiu em direção dos fundos da casa e entrou em seu carro. Villanelle quando voltou veio me culpar por ter matado ele... Natália chegou depois e começou toda aquela confusão.
- Então você afirma que Gustavo estava lá?
- Sim - Encara o delegado - Você não precisa confiar em mim, mas os peritos vão te dar provas concretas de que Gustavo estava lá.
- Estou vendo que esse caso vai levar tempo... Chama Natália aqui de novo, preciso averiguar algumas coisas - Natália retorna a sala e Eve sai da sala - Vai ser rápido... Niko saiu da festa para fazer um pagamento?
- Bom... Sim, agora me lembrei. Ele disse que ia pagar um homem que o ajudou com a festa.
- Por que não me disse isso antes?
- Desculpe, era muita coisa... Acabei me esquecendo desse detalhe - Os dois saem da sala - Vocês estão liberados, amanhã com mais informações do caso eu talvez precise chamar alguns de vocês.
- Ótimo, já estou exausta de ficar aqui - Diz Villanelle.
- Villanelle - Diz o delegado - Você está afastada de seu cargo como policial até esse caso ser esclarecido - Faz uma cara de que não se conforma com isso.
- Por culpa do Niko eu tenho que ficar sem trabalhar.
- É só por um tempo - Diz o delegado.
- Por isso o Brasil não vai para frente, pessoas querem trabalhar e os outros não deixam... Me dê licença, vou descansar em minha casa, você não vem Eve? - Villanelle pergunta a Eve.
- Prefiro ir para minha casa - Diz Eve.
Todos que estavam ali retornam para sua casa, exceto Gustavo. O delegado quis interroga-lo também.
- Isso é um absurdo! - Diz Gustavo.
- A Eve está acusando você.
- Eu já disse que não deve dar atenção para essa mulher!
- O que fez você sentir tanta raiva dela?
- Não estou com raiva, só não quero que acredite nela... Eu tenho um cargo acima do que o seu, melhor você deixar eu fora disso.
- Isso é uma ameaça? Saiba que eu vou investigar você e se tiver culpa, você será processado e talvez preso.
- Eu tenho mais o que fazer - Se levanta da cadeira e sai da sala do delegado.
O delegado fica o resto da madrugada em sua sala analisando os depoimentos. De manhã cedo, Carolyn vai até a casa de Eve para conversarem.
- Eu sei que queria distância de mim e você tem toda razão.
- Se for tentar falar que você é inocente de alguma coisa... - Carolyn a interrompe.
- Eu queria voltar a trabalhar com você.
- Impossível.
- Por mais que você desconfie de mim, eu sou inocente.
- Então me diz quem é aquele homem que você se encontrou aquele dia!
- É complicado Eve, eu não posso dizer.
- Complicado! Complicado é essa série de assassinatos que estamos investigando e para variar o assassino de Niko agora! - Carolyn não diz nada - Vai embora de minha casa por favor, não estou com cabeça para discussão.
- Eu vou embora... Antes, quero dizer que eu acredito em você, eu sei que você é inocente e não seria capaz de matar ninguém.
Villanelle toma seu café da manhã, fica analisando seu apartamento e pensando em algumas probabilidades.
"Vou ter que adiar a reforma dessa casa"
Chega uma mensagem no celular de Villanelle, ela vê a mensagem.
"Oi Villanelle estou com saudades de você, será que podemos nos encontrar?"
- Será uma boa idéia eu me encontrar com o Higor? - Reflete - Quer saber, preciso me distrair um pouco - Pega o celular e passa o endereço de sua casa.
Uma hora depois, Higor chega ao apartamento de Villanelle. Os dois se encaram e ambos ficam felizes de verem o outro.
- Você está sozinha? - Pergunta Higor.
- Claro que estou.
- As vezes a sua namorada poderia estar aqui.
- Não somos namoradas ainda e por isso te chamei... Estou precisando me divertir um pouco enquanto eu e ela não nos acertamos.
- Divertir no seu caso é...
- Isso mesmo - Higor sorri, Villanelle se aproxima dele e o beija - Vamos pro quarto?
- Claro.
- Você não pode contar para ninguém o que aonteceu aqui.
- Não vou falar nada.
- Bom mesmo, se não eu te mato - Higor fica surpreso e muda de assunto.
- E a reforma no seu apartamento?
- Vou dar uma pausa, não posso investir todo o dinheiro da moto aqui. Preciso comprar roupas da moda.
- Chega de enrolação.
- Ok "baby" - Diz de modo sexy.
Eve em sua casa resolve virar uma detetive, tenta ligar pontos do assassinato de Niko e descobrir quem o matou.
"Esse foi o pior aniversário de toda a minha vida"
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