Na parte da noite, Villanelle está deitada na cama e bem pensativa, Eve chega no quarto e a observa, se aproxima devagar e senta na cama ao lado dela, passa a mão em seu cabelo e elas se encaram.
— Novamente você me colocou em um beco sem saída — Diz Eve.
— Eu não queria, mas você é a única pessoa que eu posso contar agora — Diz Villanelle e sorri.
— Eu queria te ouvir… Me conta o porquê de ter feito isso tudo — Se encaram.
— Eu não consigo ficar com raiva de você por muito tempo, eu precisava tentar me desculpar com você pelo o tiro que dei, mesmo que você não me perdoasse… Eu montei isso tudo com meu primo, aproveitei a brecha de tempo na Europa, viajei pra cá e montar isso tudo, me sinto muito mal por ter te enganado, mas foi preciso para te ter de volta — Seus olhos começam a se encher de lágrimas — Passei toda minha vida matando pessoas, Konstantin foi um pai pra mim e tudo que eu aprendi foi graças a ele, mas o único jeito de me livrar foi colocar a culpa nele… Eu me arrependo de ter feito tudo isso, estou cansada de tentar levar a minha vida assim e eu só quero acabar com esse serviço e seguir a minha vida… Você é uma pessoa muito boa e eu não te mereço, a gente não deve ficar juntas, apenas amigas…
— Ok — Passa a mão sobre a cabeça — Não vou ficar forçando a barra, mas vou te ajudar.
— Obrigada.
Carolyn e Daniel passam a madrugada inteira resolvendo suas novas identidades, porém eles ainda continuarão tendo acesso às informações da ABIN.
— Por quê eu não confiei na Eve? — Carolyn se pergunta — Ela sempre tem razão.
— Agora não adianta mais — Diz Daniel ao escutá-la.
— Sim, mas não podemos ficar parados… Nós vamos atrás de Natália.
Natália chega em seu destino por volta das 10 da manhã, se adentra no Clube e todos de lá, aparentam que já a conhecem, vai em direção a sala principal onde está Dasha, Eve, Villanelle e a garota.
— Chegou quem estava faltando — Diz Dasha sorrindo e Eve se espanta ao ver Natália.
— Bom dia! — Diz Natália cumprimentando Dasha e Villanelle não tira o olho dela, se levanta do sofá e vai até ela.
— Então é você que vai ficar no meu lugar? — Ela pergunta.
— Provavelmente sim, mas você está muito jovem para se aposentar — Diz Natália.
— Cada um segue o caminho que quer — Diz Eve e se levanta — Só quero ver a cara da Carolyn quando ficar sabendo disso.
— Se ela tivesse viva… — Diz Natália e segue o caminho com Dasha para um escritório.
Eve fica pasma e se senta no sofá e Villanelle fica perto dela, Laura abraça Villanelle e diz:
— A gente vai conseguir sair daqui?
— Vai, a Eve vai ajudar a gente, mas você não pode contar nada do que conversamos — Diz Villanelle e a menina concorda balançando a cabeça.
— Estou preocupada com você agora, Villanelle — Diz Eve e ela se espanta.
— Por quê? — Villanelle pergunta.
— Ela trabalhava na ABIN tendo informações de tudo, agora trabalha com a Organização dos Doze… Só pode ter sido o Konstantin que fez isso, não tem outra opção — Diz Eve.
— Pelo que sabemos, ele ainda está preso e o que ele está ganhando com isso? — Elas se encaram.
— Pode ser tudo por vingança, por mais que vocês tenham construído uma boa relação durante estes anos, ele está magoado com você.
— Se você me perdoou, por que ele não pode fazer o mesmo?
Dasha e Natália estão sentadas em um sofá no escritório, uma ao lado da outra, discutindo sobre como será dali em diante.
— Essa Eve pode atrapalhar muito aqui... — Diz Natália.
— Mas ela não irá conseguir, eu estou acima delas — Diz Dasha se levantando e abrindo o champanhe.
— Até que eu gostei dessa Villanelle, parece que vai ser fácil trazer ela para o nosso lado — Dasha se aproxima e serve a bebida para ela.
— Ela não gostou nem um pouco em saber que temos outra assassina trabalhando para Os Doze.
— Bom pra mim, eu tenho concorrência mas não é nada que me assuste — Sorri.
Enquanto isso, Konstantin consegue uma sentença para cumprir uma prisão domiciliar e ele está muito contente. Em sua casa, ele toma posse de tudo e entra em contato com Dasha, mas a ligação é rejeitada e ele acaba estranhando.
"Contanto que Natália mate Villanelle, está tudo bem para mim"
Carolyn e Daniel estão se arriscando para tentar prender Natália, viajam de ônibus com novas identidades e ficam na mesma cidade onde supunham que Natália está. Com o passar do dia, Dasha reúne Natália, Villanelle e Eve para passar algumas coordenadas do plano.
— Natália ficará encarregada da parte de despistar os seguranças da mansão, Eve ficará de empregada e servir os convidados e dará um jeito de se infiltrar no quarto onde tem total acesso as câmeras de seguranças, Villanelle irá se apossar do roubo do cofre, nos encontramos nos fundos e retornaremos para cá.
— Esse Francisco Borcová faz parte dos Doze? — Eve pergunta.
— Você já está querendo saber de mais Eve — Diz Dasha a encarando.
— Se eu vou participar desse plano, eu preciso saber o motivo, quem é a pessoa que vamos nos encontrar… — Natália a interrompe.
— Ele é um empresário muito bem sucedido, mas tem muitas pessoas que o odeia, a morte dele numa festa não ia fazer um completo sentido e investigações em peso cairia sobre quem o matou — Todos estão atentos e ouvindo — Ele tem grandes relíquias que valem milhões de dólares no exterior, tendo isso em mãos nós podemos ser uma das pessoas mais ricas do mundo.
— Posso conversar com você a sós? — Eve pergunta e Natália aceita, mas Villanelle se sente um pouco intrigada.
Elas caminham pelo clube e param em um quarto, onde estão totalmente sozinhas e certificam que ninguém está às ouvindo.
— Você entrou para esse trabalho só pelo motivo de ganhar muito dinheiro? — Eve pergunta e Natália se aproxima.
— Quem não gosta de dinheiro? — Natália pergunta e se insinuando para Eve e a cheira — Perfume bom — Sorri.
— O que você fez com a Carolyn? — Se mantém séria.
— O que me pediram, tive que eliminar ela e o Daniel antes que fosse tarde demais.
— Eu achava que Villanelle poderia ser a pior pessoa desse mundo, mas agora vendo você… — Eve sente algo pontudo perto de sua barriga.
— Eu não sou que nem ela, sou muito pior — Ameaçando Eve com a faca — Mas eu gostei de você — Sorri e guarda a faca — Nós ainda seremos boas parceiras — Saindo do quarto e deixando Eve sozinha.
Eve senta em uma cadeira e coloca a mão sobre o rosto e recorda de todas suas atitudes de como veio parar ali.
"Eu posso não estar fazendo a coisa certa, mas eu vou fazer de tudo para salvar a Villanelle"
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