Planeta Wagan.
– Uuuh?
O cérebro de Buu não conseguiu processar muito bem o que era aquele brilho, mas cada célula do seu corpo alertou-o sobre o perigo iminente. Preocupado, ele se esqueceu de tudo ao seu redor e prontificou-se a atacar Veena antes que a mesma terminasse de concentrar toda sua energia naquela aura. Yohan, percebendo uma oportunidade, disparou um kamehameha deitado no chão. A onda azul atingiu as costas de Buu e fez um grande buraco ao atravessá-lo.
– Ei gordão, eu ainda posso lutar. Hehe! – provocou, sabendo que aquela bola rosa tinha personalidade infantil.
– Você está me aborrecendo, eu te odeio!!
A mão direita de Buu ficou gigante e atacou Yohan afim de esmagá-lo, porém, ele foi enganado novamente pelo zanzoken e golpeou uma miragem. O verdadeiro Yohan estava poucos metros acima dele no ar. Lembrou-se de Marjô numa fração de segundo e decidiu dedicar a ela o ataque que ajudaria-os a salvar o universo.
– LAMPEJO ESTELAR!
Majin Buu agora havia ganhado uma "estrela" no peito graças ao poderoso ki disparado por Yohan. Como o demônio aprendia ataques na base da observação, atreveu-se a disparar contra Yohan um kamehameha com toda a sua fúria. O ataque atingiu o terráqueo e o lançou vários metros no ar, explodindo lá no meio das nuvens. O corpo do jovem caiu lentamente de costas logo atrás da sayajin. Ele sorria, apesar de estar muito ferido. Sentia-se como se tivesse cumprido bem a sua missão.
A aura dourada deixou o corpo de Veena e assumiu uma forma humanoide. Ela perdeu a sua transformação devido ao imenso gasto de energia, mas manteve-se em pé para ordenar o avanço de sua "clone". A "Veena dourada" feita de energia pura atingiu Majin Buu, causando uma estrondosa e destrutiva explosão que foi capaz de desintegrar o corpo do demônio rosa quase que completamente. A sayajin caiu de joelhos no chão e assistiu os efeitos da sua técnica alterarem completamente a paisagem daquela região; tudo ficou desértico. Yohan levantou-se e andou vagarosamente até Veena, incrédulo com o tamanho daquele poder.
As crianças voaram para perto da mãe e a abraçaram. Apesar de ser durona, a sayajin era uma "manteiga derretida" quando se tratava dos seus filhos e deixou escorrer algumas lágrimas de alívio por vê-los bem e, mais importante, por acreditar que agora sim eles terão um futuro.
– Mamãe, isso foi incrível! – Vietz empolgou-se, gesticulando. – Me ensina essa técnica, por favor!
– Foi lindo de contemplar, mamãe! – disse Neena, maravilhada.
– O que é "contemplar"? – indagou Vietz.
– Quem manda fugir das aulas, humf. Vá pesquisar no dicionário. – Neena repreendeu-o, emburrada.
– Não briguem, Neena, Vietz... Guardem essa energia para quando chegarmos em casa E EU BATER EM VOCÊS! – ela encarou Yohan logo em seguida. – E EM VOCÊ TAMBÉM, MOLEQUE! QUE IDEIA FOI ESSA DE TRAZER MEUS FILHOS AQUI, HEIN? HEEEEEEEEEEEEIN?
– Me-mestra, eu posso explicar, eu, eu....
De repente, os quatro olharam na direção de onde emergiu um ki maligno, porém, enfraquecido. O demônio rosa havia se regenerado mais uma vez, apesar de estar quase sem energia. Veena tentou se levantar, mas as suas pernas trêmulas a impediram. Ela rangeu os dentes e abriu os braços de modo a colocar os seus filhos para trás.
– Eu não acredito que esse desgraçado sobreviveu... Uff, uff... Fujam daqui. Neena, se teletransporte junto do Vietz para casa. – falou a sayajin, olhando para o seu discípulo. – Sinto muito, Yohan, mas preciso da sua ajuda por aqui.
– He he. – ele sorriu de nervoso, mas concordou com um gesto. – Vai ser uma honra morrer ao seu lado, mestra.
– E quem falou em morrer, moleque? Nós vamos lutar até o fim com todas as nossas forças. – a sayajin o repreendeu com o olhar.
– Mãe! Eu também quero ficar e lutar! – protestou Vietz. – Eu também sou um sayajin, prefiro morrer lutando do que fugir.
– Se vocês tivessem nascido no Planeta Vegeta em uma outra ocasião da minha vida, certamente eu diria para vocês lutarem ao meu lado até a morte. Mas os terráqueos, os monáqueos e os feharianos – lembrou-se da idosa que a ajudou alguns anos atrás. – nos ensinaram a importância de proteger os nossos filhos. Vocês não fazem ideia do quão incríveis serão, do quanto irão orgulhar a mamãe. – sorriu orgulhosa ao se recordar do Vietz e Neena do futuro.
– Mamãe... – Neena soluçou com lágrimas nos olhos.
– Mestra, ele está vindo. – Yohan, com muita dificuldade de se manter em pé, assumiu posição de combate.
– VÃO! – gritou Veena, olhando para as crianças de modo severo.
Antes que Vietz pudesse protestar mais uma vez, Neena o agarrou pelo braço e se teletransportou de volta para a ilha que pertenceu ao Mestre Kame no passado. Lá na Terra, Vietz gritou e socou o chão inúmeras vezes de frustração, pois desejava ter lutado ao lado de sua mãe. Neena sentou-se na areia e abraçou os joelhos, chorando em silêncio ao mesmo tempo que tentava acompanhar o ki de sua mãe para saber se a mesma ainda estava viva.
– EU... ODEIO... VOCÊS.... VOU COMER OS DOIS! – Buu andava lentamente, visivelmente desgastado.
– De novo com esse papinho, amoeba!? – retrucou Yohan, pronto para se defender.
– Eu estou cansada de ouvir a voz dessa bola rosa! – resmungou Veena, levantando-se.
Quando a luta estava prestes a recomeçar, uma aura de energia lilás contornou o corpo de Majin Buu, imobilizando-o totalmente. Esta energia ficou cada vez mais apertada, forçando Buu a se encolher cada vez mais até se tornar literalmente uma bola rosa.
– Arhnkh... Mera... Yon Arkhn mera yon... – uma voz doce e feminina recitou um encanto em algum tipo de idioma antigo. A cada palavra recitada, Buu tornava-se menor por conta da energia que o reprimia.
– O que está acontecendo? – questionou Yohan, observando fixamente aquele fenômeno.
– O destino está agindo, meu querido. – aquela mulher que outrora estava escondida com eles, apareceu de repente ao lado do terráqueo. – Foi divertido brincar com você, garoto, eu adoro homens bonitos e tímidos.
– QUEM É VOCÊ? – gritou Veena, tentando atingi-la com um soco.
– Você é tão bonita, tão linda para uma humana, mas essa agressividade toda acaba tirando a sua feminilidade. – comentou a mulher, encarando a sayajin.
– FEMINILIDADE É O CARALHO! – Veena tentou outro golpe, mas antes foi atingida por alguma força invisível e caiu de costas no chão.
– Eu não vou matar você agora por gratidão, querida. Obrigada por ter enfraquecido Majin Buu para mim. Hu hu hu.
– Ei! O que você vai fazer? – perguntou Yohan, abaixando-se para ajudar Veena.
– Irei absorver os poderes de Majin Buu. – ordenou, com um sinal, que a energia que prendia Buu o levasse até o seu corpo. Ela começou a brilhar intensamente, enquanto o solo sofria com o terremoto provocado. – U HU HU HU HUH HAHAHAHAHAHAHA! VEJAM! ESTOU ME TORNANDO MAIS BELA, MAIS PODEROSA! EU, A MAKAIOSHIN DO SUL, ME TORNAREI A DEUSA DESTE UNIVERSO!
Majin Buu foi completamente absorvido e sua energia, poder, sabedoria, técnicas e tudo o que pertenceu a este ser foi tomado pela makaioshin do sul, Estherin. Uma nova criatura ainda mais poderosa do que Buu nasceu desta união. O poderoso ki contornou o corpo da makaioshin, que gargalhava para comemorar o seu triunfo. Ela ergueu a mão para os céus e provocou uma explosão que consumiu tudo dentro de uma área equivalente a 20 quilômetros.
Yohan e Veena ficaram muito feridos por causa da explosão e juntaram toda força que restava em seus corpos para se levantar. Diante deles, estava a absoluta, poderosa e imponente makaioshin. Cabelos longos e castanhos, roupas todas negras, pele lilás, olhos rosados, batom vermelho e uma altura considerável.
– Estou bonita? Estou poderosa? Vocês me veneram? – indagou a mulher, olhando-os de cima para baixo exibindo toda sua arrogância. – Me sinto estranhamente poderosa. Há séculos tenho o desejo de absorver Majin Buu, hu hu hu. Nunca esperei que meros humanos fossem capazes de enfraquecê-lo tanto. A sua espécie não cansa de surpreender aos deuses do submundo.
– Você disse que era a makaioshin do sul... O que isso significa? – perguntou Yohan na intenção de ganhar tempo.
– Querido, você é tão bonitinho... Esse seu rostinho tenta esconder as suas verdadeiras intenções, mas não consegue... É incapaz de mentir. – ela sorriu sadicamente. – Eu vou brincar muito com você. Já você, querida, não terá a mesma sorte... Você se atreveu a matar o makaioshin do norte. Ele não passou de uma marionete nas minhas mãos, mas nem todas as marionetes foram tão divertidas quanto ele.
– Foda-se! Onde está o Nietz? O que vocês fizeram com ele? – ignorou a provocação e partiu para a objetividade.
– O sayajin bonitão? Ele está em outra dimensão, em outra linha temporal hu hu hu. Agora... – ela apontou o dedo indicador para Veena. – Transforme-se em um batom!
O lampejo rosado só não atingiu a sayajin por que o Kaioshin surgiu de repente com o teletransporte, agarrou os dois pelos braços e desapareceu com o "kai kai". Ciente de que o Kaioshin havia retornado para o Planeta Supremo, ela só não tomou nenhuma atitude com receio de Beerus estar por perto. Mesmo estando tão poderosa, o deus da destruição a mataria com um dedo. Com o sentimento de missão cumprida, sentindo-se divina, bela e poderosa, a makaioshin do sul explodiu o Planeta Wagan e retornou para o seu mundo.
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Planeta Supremo.
– Merda! Merda, merda, merda, MEEEEEEEEEEEEEEEERRRDA! – Veena socou o chão inúmeras vezes. Havia sido curada a poucos minutos e aguardava o terráqueo terminar de ser tratado.
– Acalme-se, senhorita Veena, não havia nada que você pudesse fazer. – pediu o Kaioshin gentilmente. – Vocês derrotaram o terrível Majin Buu, isso foi brilhante!
– É, mas agora tem aquela makaioshin! – ela apontou o dedo para o nada, como se a makaioshin estivesse ali.
– Os Makaioshins devem seguir regras, assim como os humanos. – explicou o Kaioshin. – Eles não podem fazer o que vem entendem.
– Ai... ai.... Eu não acredito que aquela mulher era do mal. – o jovem terráqueo lembrou-se do momento em beijado e ficou corado.
– Estherin é terrível para os homens. – lamentou Shin, fazendo um gesto com a cabeça.
– Por favor, não conta pra ninguém. – o semblante do jovem era de tensão.
– Ei, Kaioshin, e o Nietz? Hein? Encontrou algo que possa trazê-lo de volta?
– Sim, eu possuo um artefato que pode nos ajudar. O anel do tempo. – mostrou um anel prateado que estava preso ao seu dedo indicador. – Eu irei procurá-lo nas outras linhas do tempo enquanto vocês descansam!
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