Espaço. Nave "Planeta" da Asa Branca.
Todos os subordinados estavam uniformizados. Os trajes espaciais forneciam grande proteção ao corpo dos tripulantes por conta da sua tecnologia de ponta. Ironicamente, os fornecedores dos materiais eram os cientistas do Planeta Mona - comandados por Sieben - que trocavam seus equipamentos por alimentos vindos de outros planetas, já que os monáqueos enfrentavam grandes dificuldades em produzir vegetais nos seus solos rochosos. A relação comercial entre eles era perfeita.
O principal alvo da Asa Branca era a tripulação de Ráo, mas pelo caminho haviam outras presas para caçar em nome da justiça. Pessoas sedentas por justiça não enxergam as contradições dos seus atos. Outrora, o líder Uriel estava brigando pela liberdade de um prisioneiro de alta periculosidade e agora estava caçando prisioneiros fugitivos por considerá-los indignos de permanecerem livres. A pequena nave roubada da patrulha galáctica fora avistada pelos seus pilotos, que enviaram-lhe uma mensagem de vídeo. Sentado em sua mesa, visivelmente entediado, Uriel analisou bem e reconheceu uma das figuras fugitivas.
– Permissão para atirar. – pediu um dos pilotos.
– Permissão negada. – respondeu, levantando-se de sua confortável cadeira. – Aproximem-se deles sem atirar e preparem os escudos para proteger a nave dos disparos inimigos.
– Senhor? – o piloto não entendeu o pedido do líder.
– Preciso me exercitar um pouco. Eu mesmo me encarregarei de executá-los em nome da justiça.
– Sim, senhor!
Uriel caminhou vagarosamente até um dos armários da sala e vestiu as suas roupas de batalha. Andou por diversos corredores e ouviu os sons dos impactos causados pelos tiros da nave inimiga contra o seu poderoso escudo. Uma pequena porta se abriu em uma sala especial, dando-lhe acesso ao espaço. De repente, longas e belas asas brancas se revelaram em suas costas. E as bateu e voou a uma velocidade impressionante na direção da nave dos bandidos. Os tripulantes curiosos observavam das janelas o seu líder elegantemente voar contra o alvo.
Os bandidos viram aquele voar na direção da nave e dispararam contra ele. Uriel sorriu em deboche, colocou as asas na frente do corpo e se protegeu tranquilamente dos disparos. Acelerou o voo e passou a se esquivar categoricamente de cada tiro de raio laser. Quando chegou até a nave inimiga, golpeou o teto da mesma e a destruiu para invadí-la.
– Ora, ora, temos um mitra perdido por aqui? – seus olhos azuis angelicais se fixaram na figura vampiresca, que rosnou e mostrou-lhe os dentes.
– Sangue fresco, hááhhh!
O Mitra saltou na direção do elphojin que, com um balançar de asas, lançou uma rajada de vento que arremessou o corpo do mitra violentamente contra a janela. Ele se perdeu no vazio do espaço. O bandido da raça do Dodória atacou-o com uma rajada de ki, mas novamente a asa branca protegeu o corpo do homem. Já que energia não funcionava, o bandido tentou atacá-lo fisicamente, mas antes de chegar perto, a asa esquerda de Uriel abriu, o tempo congelou e, de repente, decapitou o adversário com a ponta afiada da mesma. Sangue se espalhou e espirrou nos outros bandidos que ficaram ainda mais apavorados.
Entediado, Uriel abandonou a nave inimiga e voou pelo espaço até tomar uma certa distância. Concentrou o seu ki ardente na palma das mãos e disparou uma bola de fogo contra a nave, explodindo-a.
– Receberam a punição que mereceram, inimigos da humanidade. Espero que agora vocês sejam punidos pelos deuses e jogados nas profundezas do inferno.
– URIEL! URIEL É A JUSTIÇA! URIEL! – a tripulação comemorou mais uma vitória.
________
Espaço. Nave do Ráo.
A sala gravitacional estava sendo bastante frequentada ultimamente. O pequeno sayajin precisava aprender a lutar contra humanos, já que no Planeta Vampa ele enfrentou apenas criaturas inumanas. Os seus professores eram vários: Ráo, Szyers e Karl. Os três revesavam o horário e ensinavam-lhe seus estilos na intenção de criar um guerreiro perfeito. Szyers mal podia esperar pelo dia em que Broly se tornaria adulto e um potencial adversário para lhe dar uma batalha divertida como aquelas que teve contra os outros sayajins.
– Senhor Ráo! Senhor Ráo! – Krieger, o homem da raça de Appule, correu desesperadamente pela nave até alcançar o seu líder. – Tenho péssimas notícias, senhor.
– FALA LOGO. – impaciente, o barbário encarou-o de modo agressivo.
– De acordo com os nossos informantes, a Asa Branca está atrás de nós!!!
O sorriso no rosto de Ráo se alargou e seu mau humor desapareceu como num passe de mágica.
– HA HA HA HA HA HA HA! E COMO ISSO PODE SER UMA PÉSSIMA NOTÍCIA? HA HA HA! JÁ FAZ TEMPO QUE EU ESTAVA QUERENDO UMA BRIGA COM ELES!
– Asa Branca? Héh, muito interessante. – a voz de Szyers quase matou Krieger de susto, já que o mitra apareceu silenciosamente.
– JÁ AVISO QUE O LÍDER É MEU! – declarou Ráo, encarando o mitra.
– Náh, é de quem chegar primeiro. He he. – ele manteve o sorriso cínico e inabalável no rosto. Krieger jurava ter visto faíscas saindo daquela encarada.
– TSC. DECIDIREMOS ISSO QUANDO CHEGAR A HORA.
– Aye.
"Eu não entendo esses dois!! Eles não conhecem a Asa Branca? É melhor eu ficar quieto, capaz de me matarem se eu opinar!", pensou o analista, se retirando de fininho do local.
– ESPERE, KINDER!
– É Krieger, senhor.
– QUE SEJA. ENCONTRE UM PLANETA INABITADO, COM UM BOM CLIMA PARA UMA BATALHA! ESPERAREMOS LÁ PELA ASA BRANCA!
– Kettler, procure um planeta sem sol, he he. A minha pele é um pouco sensível. – Szyers lançou um sorriso assustador na direção de Krieger.
– É Krieger, senhor. E sim, como quiser!
O pobre Krieger fez um gesto respeitoso e saiu correndo dali. Morria de medo daquela dupla, principalmente quando estavam empolgados daquele jeito. Ráo e Szyers sorriram, o sangue dos dois estava clamando por uma batalha mortal que há muito não tinham. Uriel era conhecido no universo inteiro por seu poder, justiça e liderança - não existia adversário mais perfeito do que ele.
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