História Dream - Ereri - Doze.

Levi estava lendo alguns papéis concentrado, até ouvir algumas batidas na porta e ele logo respondeu com afirmação para a pessoa do outro lado da porta entrar.

— Desculpe atrapalhar senhor Ackerman. O pai de Petra Ral quer conversar com você, ele está lá fora e exige falar com o senhor. — A secretária falou de modo um pouco nervoso, mas suas mãos denunciavam o nervosismo da ômega.

— Tudo bem, eu irei atende-lo, por favor tome uma água e descanse. — O lúpus acariciou as têmporas. — E só volte quando se sentir melhor.

A secretária juntou as mãos trêmulas e assentiu, deixando a sala depois de uma reverência.

Pouco tempo depois, o pai de Petra entrou na sala em passos pesados, bufando como um touro.

— Como você ousou falar sobre sua separação com a minha filha na frente e todas as pessoas daquele jantar? — O homem bateu às duas mãos na mesa e arreganhou os dentes para o lúpus.

O Ackerman arqueou as sobrancelhas.

— Primeiro, eu gostaria que você agisse como gente, não como um animal. Se bem que animais são mais educados que você. — Levi deu uma pausa e cruzou as mãos se acomodandando na cadeira. — Segundo, se você assustar minha secretaria que está grávida, novamente, eu juro que te expulso desse lugar a pontapés e ainda chamo a imprensa, entendido?

O homem arregalou os olhos e assentiu se sentando e começando a voltar para a razão. A sala ficou em silêncio por um tempo, até Levi falar.

— Olha que bom, dá até para conversar com você quando não está agindo como um troglodita. — O lúpus deu um sorriso cínico.

O homem ficou vermelho de raiva, e começou a falar em um tom controlado, mesmo que estivesse a ponto de explodir, afinal, quem era aquele alfa para o desafiar?

— Eu gostaria de falar sobre o como você ridicularizou minha filha naquele jantar. Eu não aceito isso, e prezo pela reputação dela. E peço para parar essa balela divórcio.

Levi quis rir por um momento por causa da mentira descabida do outro alfa.

— Eu não ridicularizei sua filha, ela quis que eu anunciasse o divórcio publicamente, pois sabia que se não fosse exposto, nós nunca conseguiríamos nos divorciar. E a reputação de Petra continua intacta, um divórcio não é o fim do mundo. — O lúpus revirou os olhos.

— Sobre o divórcio, de nenhum modo eu voltarei, estamos mais felizes separados e logo assinaremos os papéis.

— Isso é ridículo! Tenho certeza que minha filha não quer esse divórcio, você está forçando ela à isso. — O homem rosnou as palavras já perdendo o controle novamente.

— Você não sabe nada sobre sua filha, ela passou a infância e adolescência sendo manipulada pela mãe, e quando entrou na vida adulta, você começou a manipular ela. Petra é um ser humano independente e quer ter sua liberdade. — O Ackerman falou calmamente.

— Eu não aceito isso! — O homem falou.

— Ninguém aqui está pedindo a sua aceitação, passar bem.

O lúpus se levantou, e abriu a porta e apontou para fora, o outra alfa possesso de raiva começou a levantar e quando está passando pela porta, Levi falou:

— Antes que tente algo no futuro, eu gostaria de falar que eu sei seu segredinho, sobre ter um filho fora do casamento, com a irmã da sua esposa.

O homem ficou branco e olhou para Levi trêmulo, e o lúpus lhe ofereceu um sorriso.

— Foi bom conversar com você Senhor Ral.

Ele falou e o homem saiu sem nem se despedir.

[...]

Fazia exatamente uma semana desde que Levi passou aquela noite em sua casa, e Eren se lembrava de tudo, até de como ele saiu no outro dia de manhã.

Naquele dia, quando Eren acordou, o lúpus já estava e pé, e ele já havia realizado o café e esperava Eren, enquanto se divertia com os filhotes que se enroscavam na sua panturrilha, ao ver aquilo, Eren pensou que Levi aparentava ser um membro da família há muito tempo.

Eles tomaram café, juntos e depois o lúpus se despediu com as testas juntas e os narizes se tocando em uma carícia que deixava evidente o carinho entre os alfas.

No decorrer da semana eles conversaram apenas por mensagem, por Levi estar muito ocupado dando entrevistas atrás de entrevistas sobre o divórcio com Petra. Mas, eles marcaram de fazer um jantar na casa de Eren, junto com Petra, que estava animada demais para experimentar a comida de Eren.

Neste exato momento, Eren estava esperando Nico na frente da escola, enquanto conversava com os pais de alguns alunos da mesma classe do loirinho, mas, logo ele se despediu, pois Nico havia saído.

Eren se abaixou e seu um abraço apertado no pequeno, que estava mole pelo cansaço das aulas.

— Eai, como foi as aulas? — Eren perguntou, pegando o garotinho no colo e andando até o carro.

— 'Tamo' indo. — Nico respondeu, fazendo o sinal de paz e amor com a mão.

Eren gargalhou, e passou as mãos pelas costas do filho tentando consolar o garotinho.

— Nenhum problema? — O alfa perguntou colocando o loirinho na cadeirinha.

— Eu só tenho um problema para resolver. — Nico falou sério.

— É algum problema com alguém? Devo me preocupar?

— Relaxa, pai, eu resolvo. — O garotinho falou. — Confia.

Eren que estava ligando o carro, riu novamente e deu partida no carro. Ele confiava no garotinho, se o problema fosse muito grave, ele conversará com a professora ou com a diretora do local, então ele fez um lembre para ficar atento.

— Dirige rápido, pai. Hoje tem visita então a comida é boa. — Nico riu.

Nesta altura do campeonato Eren gargalhava tanto que até lágrimas escorriam de seus olhos.

— Quem te ensinou isso? — O alfa perguntou sem fôlego.

— Isso se chama dedução pai. — O garotinho apontou para a cabeça.

Sem sombra de dúvidas, Nico era um dos amores da vida de Eren.