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História Dream Man - Lesão - História escrita por bellsmm - Spirit Fanfics e Histórias
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História Dream Man - Lesão


Escrita por: bellsmm

Notas do Autor


Olá ♥

Só pra explicar, essa fic é tipo Sex You (só que sem o sexo overload rs), mas vai ser 4shot no máximo, acredito eu.

Eu queria muito tentar esse plot por motivos de: esses tempos fui no hospital e me veio a ideia.
Também teve um livro que me inspirou, o nome desse livro é: Vai Sonhando!, da Megan Maxwell. O livro é em espanhol, porém li em português mesmo (por que meu espanhol, ao contrário do meu inglês, é uma droga). Ah, e não é yaoi o livro.

Espero que gostem, qualquer coisa que não entendam, vai estar ali embaixo, nas notas finais.

Boa leitura~

Capítulo 1 - Lesão


Fanfic / Fanfiction Dream Man - Lesão

MARÇO DE 2017

HOSPITAL ST. PETERSON — SEUL, COREIA DO SUL

 

 

— Ah, por favor, Hyungwon! Faça isso por mim, hein? — Minhyuk tinha as mãos postas, como se fosse rezar, mas o outro sabia o quão diabólico aquela criatura poderia ser, apesar da carinha adorável de anjo — E é só dessa vez! Eu te juro. Tenho um encontro marcado com um cara, e preciso muito que alguém fique com esse paciente no meu lugar.

Hyungwon suspirou, revirou os olhos e pegou o prontuário que Minhyuk tinha em mãos.

— Você vai ficar com o meu próximo plantão de sexta-feira, entendeu? Não venha com as desculpas esfarrapadas que sempre costuma dar. Nós temos horários a cumprir aqui, doutor Lee — disse debochadamente, frisando o cargo que ambos ocupavam — Eu estou na ala pediátrica agora, já conversamos muito sobre isso. Já não faço mais parte do quadro de médicos fisioterapeutas para adultos.

— Eu sei disso, e peço mil perdões, mas todo mundo desse hospital sabe que você é o melhor em tudo que faz! E Changkyun disse que você sentia falta de ficar na área não pediátrica e...

— Aquele pirralho idiota tem a boca grande demais. Deveria só se preocupar com o próprio trabalho e com o namorado dele — rebateu prontamente.

Minhyuk riu e questionou:

— O que o Jooheon fez?

— Nada. Eu gosto da forma com a qual ele trata as crianças aqui. É um excelente enfermeiro, aliás — disse com um sorriso — Mas Changkyun, apesar de ser meu amigo, é um fofoqueiro. Não sabe manter a boca fechada sobre nada.

— Que grande novidade — ironizou Lee e retirou o estetoscópio dos ombros, arrumando-se para sair do hospital — Leia o prontuário. Ouvi Kihyun dizer que é um paciente extra VIP, alguém que quer total privacidade. Tem até alguns seguranças na porta do quarto.

Hyungwon franziu o cenho.

— Será que é algum político famoso? Um senador talvez? — indagou enquanto sentava-se no beliche de baixo, onde usualmente descansavam por conta dos plantões exaustivos — Pode ser um parente também.

— Eu duvido. Havia milhares de jornalistas lá fora! Tipo um enxame de pessoas com microfones e câmeras disparando flashes o tempo todo, tentando capturar uma foto que seja de alguém relacionado a essa pessoa — Minhyuk respondeu ajeitando suas coisas dentro de sua bolsa-carteiro — Alguém da política, a não ser que fosse o presidente, não chamaria tanta atenção assim.

— Você chegou a abrir o prontuário?

— Não. Como eu disse, tenho que ir a um encontro. Não tive tempo nem de ouvir direito o que Kihyun falava — falou enquanto sorria — O paciente é todo seu Doutor Chae. Boa sorte.

E assim, Lee Minhyuk foi embora, deixando-o sozinho na sala de descanso. Passou os dedos por entre os cabelos castanhos e meio curtos, sentindo o cansaço bater forte. Queria tanto dormir, mas sabia que tinha que ir logo para a área de fisioterapia, caso contrário seu corpo se acomodaria ao colchão levemente duro e iria rumo à terra dos sonhos. Hyungwon ergueu-se da cama de uma vez, pegou a pasta do prontuário e abriu, vendo o nome ali escrito em uma tinta preta viva.

Shin Hoseok

24 anos

Entorse no tornozelo esquerdo

Fisioterapia urgente

Ele não conseguia reconhecer o nome daquele indivíduo de jeito nenhum. Que celebridade tinha esse nome? Tudo bem que Chae não era uma pessoa muito ligada em famosos justamente por achar que a maioria era fútil, mas não sabia mesmo quem diabos era Shin Hoseok. Apenas fechou a pasta depois que terminou de ler todas as informações contidas ali. Saiu da sala de descanso em um flash, indo em direção ao elevador, apesar dos músculos que reclamavam.

A área de fisioterapia para crianças era no andar abaixo do de fisioterapia para adultos, então, por isso tinha que subir somente um andar a mais. Resolveu passar pela estação de enfermagem daquele andar, onde geralmente ficava grande parte das enfermeiras e enfermeiros escalados naquele turno.

— Problemas no paraíso? — Kihyun disse de forma irônica e ajeitou a franja que já estava longa demais. O mais velho era um dos enfermeiros que ficavam responsáveis — Deixe-me adivinhar, ele fez aqueles acordos idiotas de novo, não foi? Minhyuk não mudou nada desde o ensino médio, quem dirá a faculdade. Sempre imprevisível e nunca cumprindo com os planos.

— E por que mudaria? — questionou brincalhão, entregando o número de registro do paciente para que Kihyun pudesse protocolar o atendimento do paciente a Hyungwon e não Minhyuk — Você sabe bem como ele é. E além de que aproveitei e o fiz pegar meu plantão de sexta-feira, o que quer dizer que estou livre depois de quinta-feira.

Kihyun riu.

— Perspicaz, eu gosto disso — apontou para o corredor de consultórios — Pode ir. O paciente já está esperando no quarto A-8, e não vai ser difícil de identificar. É justamente onde tem quase que cinco brutamontes na porta — Kihyun o entregou o prontuário com o registro institucional de Hyungwon anexado.

— Obrigado, Kihyun. Até depois, quando eu vier lhe entregar isso — acenou.

O outro assentiu e o fisioterapeuta se afastou, andando em direção ao quarto cujo lhe foi apontado. Minhyuk teria que lhe pagar muito depois, pois além de ficar com seu turno na sexta-feira, também teria que lhe dar uma pizza grande de graça. Hyungwon aproximou-se da porta de forma hesitante e viu os seguranças gigantescos lhe encararem de forma estranha, com semblantes brutos, nada flexíveis e totalmente antipáticos.

— Hm, olá — ele sorriu minimamente, obviamente nervoso com os dois homens do tamanho de armários — Eu gostaria de entrar para avaliar o estado do paciente. Meu nome é Chae Hyungwon, sou fisioterapeuta aqui no St. Peterson, e sou responsável pelo senhor Shin.

— A informação que recebemos é de que o nome do médico era Lee Minhyuk e não Chae Hyungwon — um dos homens disse com uma carraca permanente, que não mudava em segundo algum, nem ao menos enquanto falava. Hyungwon suspirou e lhes entregou o prontuário, para que servisse de prova para suas palavras. Minhyuk iria se ver com ele depois, ah se iria!

— O doutor Lee Minhyuk teve um compromisso urgente fora do hospital, então não tiveram outra opção além de me colocar no lugar dele para atender o senhor Shin — respondeu sem graça — Não é à toa que o paciente está agora registrado sob meus cuidados no sistema daqui.

Um dos homens pareceu duvidar brevemente das palavras alheias e debater internamente se deixava Hyungwon entrar no quarto, mas quando viu o prontuário com o carimbo do médico e com seu registro de medicina, pareceu convencido o suficiente.

— Pode entrar Doutor Chae. O Senhor Shin está o esperando lá dentro — entregou o prontuário a Chae, que assentiu e abriu a porta de correr, dando de cara com quarto cheio de pessoas espalhadas pelo ambiente, além do homem deitado na cama de hospital, no centro do quarto.

Todos ali vestiam roupas esportivas feitas de malha azul-claro, porém o homem na cama vestia uma roupa igual, porém totalmente preta. Calças de moletom preto, um dos pés descalços — o esquerdo, com o tornozelo inchado e roxo —, blusa preta e um casaco de capuz preto por cima. A única coisa diferente eram seus cabelos platinados e os brincos espalhados por toda parte das orelhas, divididos em vários furos.

— Olá, boa tarde. O meu nome é Chae Hyungwon, sou o fisioterapeuta encarregado de cuidar do senhor Shin Hoseok — disse meio desconcertado com todos ali o observando curiosamente, como se ele fosse uma novidade — Apesar de ter lido tudo o que está descrito no prontuário, gostaria que o paciente me contasse como ocorreu a lesão no tornozelo.

Um dos homens tomou a frente e começou a falar no lugar do paciente na cama:

— Ele estava treinando alguns passes junto com o resto do time e acabou virando o pé e torcendo o tornozelo de uma forma bem feia. Wonho tem reclamado de dor desde então.

Hyungwon franziu o cenho. Primeiro: por que diabos aquele homem havia falado no local da pessoa ferida, sendo que claramente Hyungwon pedira a fala do paciente? E segundo: quem era esse homem que ele citara?

— Espere só um minutinho — fez um gesto com a mão, sinalizando que o outro desse uma pausa em seu discurso — Wonho? Mas quem é Wonho? — indagou completamente confuso.

Os outros riram e finalmente responderam, fitando a expressão vaga do médico:

— Wonho é o Hoseok, o paciente. É que ele tem um apelido — apontou para o cara deitado na cama, que tinha um sorriso levemente debochado nos lábios — Realmente não conhece Shin Wonho, doutor? Ele é atualmente o melhor atacante da liga sul-coreana de futebol. Joga no Red Fighters Football Club de Incheon. É chamado de Dream Man, o homem dos sonhos.

Hyungwon reconhecia vagamente o nome do time de futebol — que provavelmente Jooheon, fã de carteirinha de futebol, havia mencionado antes —, porém, não conhecia o nome de registro e muito menos o apelido do jogador.

— Não, não conheço. Perdão, não sou muito ligado a qualquer tipo de esporte — ele pigarreou, incomodado — Mas voltando ao assunto da entorse, eu precisarei avaliar pessoalmente como irei tratar a lesão e também o grau, apesar de que todos os detalhes estão anotados aqui — ele levantou o prontuário e sorriu de canto.

— Considerando que já leu tudo o que tinha escrito aí... — o rapaz deitado na cama pronunciou-se pela primeira vez, sua voz rouca, porém não tão grave assim — Acha que posso me recuperar em três dias no máximo? Talvez um pouco de gelo, anti-inflamatórios e Kinesio Taping*? É que eu tenho um jogo muito importante contra os Busan Blue Knights, nosso rival mais forte no campeonato coreano.

Uma mulher — provavelmente a fisioterapeuta do clube de futebol, Hyungwon conhecia um dos seus quando via — estalou a língua, irritada. Wonho não se virou para olhá-la, apenas mantivera seu olhar em Hyungwon, que segurou a vontade de rir ironicamente. Esse era o problema de alguns atletas profissionais, eles achavam que lesões eram facilmente curáveis em poucos dias a tempo de suas competições, porém não eram. Algumas precisavam de tempo, cuidado e perseverança — e também de sessões de fisioterapia e remédios para dor. A recuperação era lenta e gradual, não podia ser forçada e rápida, senão poderia piorar a situação.

— Não, não acho. Sou bastante profissional no que afirmo. Do jeito que está, acredito que não seja possível uma recuperação correta e eficiente em três dias, a não ser que queira os seus ligamentos rompidos durante um jogo porque não cumpriu as ordens médicas — Hyungwon ditou com uma sobrancelha levantada.

— Mas se fosse possível fazer a dor e o inchaço irem embora nesses três dias com a medicação e gelo, eu poderia jogar ao menos um tempo da partida, certo? — Wonho indagou em pura teimosia.

O médico suspirou, exausto. Era quase como lidar com as crianças que tratava.

— Me desculpe se vou soar rude ou até sarcástico, Senhor Shin, pode até escolher pedir a minha demissão desse hospital depois, mas eu sou médico e não milagreiro — respondeu seriamente — Se quer ir pelo caminho fácil da teimosia e jogar daqui a três dias com uma entorse que precisa de cuidados fisioterápicos por pelo menos duas semanas, sendo muito esperançoso? Ótimo, jogue. Mas depois não venha chorando com os seus ligamentos rompidos. Algumas lesões são necessárias cirurgias, caso não saiba. O tempo de recuperação é mais longo ainda nesses casos... Se tiver vindo para ter atendimento fisioterápico sério, então eu ficarei feliz em atendê-lo. Mas se quiser que eu o trate durante três dias para que jogue logo em seguida e  acabe ainda mais com seu tornozelo, então me desculpe, não vou fazê-lo — Hyungwon respirou fundo e colocou o prontuário de lado — Aliás, também não entendo o porquê de não aceitar o atendimento da fisioterapeuta do seu time, pois acredito que todos os times tenham uma equipe médica completa ao seu dispor.

Wonho tossiu, obviamente contrariado e ainda teimoso, porém finalmente disse:

— Tudo bem, eu aceito ser tratado.

Hyungwon assentiu.

— Preciso que todos saiam do quarto e me deixem avaliar privativamente a situação da lesão, por favor — pediu. Os outros saíram do quarto a contragosto, Hyungwon fingiu que não notou nada do que cochichavam. Porém, assim que a porta foi fechada atrás de si, pôde finalmente falar: — Por que não quis o tratamento da fisioterapeuta do seu time?

Wonho franziu a testa e soltou uma lufada de ar.

— Porque ela disse que eu teria que fazer uma semana e meia de fisioterapia, além da recuperação com remédios e cuidados. Seria mais tempo parado do que eu realmente quero. Queria somente três dias, como lhe falei.

— E por que veio para cá?

Wonho sorriu.

— Achei que fossem me dar uns dois dias de analgésicos e gelo pra diminuir o inchaço — respondeu sem graça — Mas você não vai dar só dois dias, não é?

Hyungwon se aproximou um pouco mais da cama, perto do tornozelo machucado de Wonho, e tocou leve e cautelosamente na área roxa, sendo um mero roçar de seu dígito contra a pele, recebendo um sibilar de dor vindo do jogador.

— Isso responde o que tanto eu quanto você queríamos saber. E não, eu não vou dar só dois dias. Pelo estado da lesão, pelos hematomas espalhados... Acredito que tudo vai dar quase três semanas de tratamento, se você cooperar e responder bem — disse enquanto observava bem o tornozelo de Wonho.

— TRÊS SEMANAS?! Isso é quase um mês inteiro! — Wonho reclamou — Eu não vou ficar um mês parado! De jeito nenhum! Vou embora daqui — ele se levantou e pisou no chão com o pé direito primeiramente, mas assim que botou peso sobre o outro, fez uma careta de dor e mancou um pouco. Hyungwon revirou os olhos, estalou a língua e prontamente segurou o jogador, para que não piorasse a situação do tornozelo.

— Se fizer isso, tudo só vai ficar pior ainda, entende? — falou seriamente, quase como se estivesse falando com uma das crianças que normalmente atendia na ala pediátrica — A lesão vai piorar cada vez mais que forçá-la. Se você quer melhorar, tem que me ouvir, hm?

Wonho balançou a cabeça.

— Por que você está falando comigo como se eu fosse uma criancinha? — questionou curioso — Não preciso que me consolem por estar lesionado. Eu sou um adulto, sabe.

Hyungwon riu.

— Eu sei que você é um adulto, mas eu também trabalho na área pediátrica da fisioterapia. Tendo a falar dessa forma mais doce e infantil quando estou com pacientes, é só algo que tento não fazer com os adultos, mas acabo fazendo — respondeu — Não estou fazendo para consolá-lo, caso tenha dúvidas.

— É bom saber. Não gosto que me tratem como criança.

— Tudo bem, adulto bem resolvido da vida. Vamos, sente-se nessa cama antes que eu decida o largar sozinho no chão — ele sorriu de canto — Não que eu fosse fazer isso, é só pra ver se você obedece a alguém.

— Engraçadinho, doutor Choi.

— É Chae.

— E daí? Parece a mesma coisa.

— Muito maduro da sua parte — Wonho riu, sentou-se na cama de hospital e Hyungwon finalmente pôde escrever algumas coisas sobre o caso do outro no prontuário — Então, resolveu se vai realmente aceitar o tratamento ou não? Só digo uma coisa: quando voltar aos campos de futebol, estará novinho em folha e bem preparado. Sem dores, inchaços ou qualquer hematoma. E também não sentirá desconforto algum.

Wonho respirou fundo.

— Três semanas? — Hyungwon assentiu — Tudo bem. Três semanas. Mas se caso depois do tratamento eu ainda estiver sentindo dores, ganho um favor seu.

— E se não estiver sentindo dores?

— Você ganha um favor meu, simples — ele sorriu — É uma aposta?

Hyungwon abriu um sorriso irônico.

— Pode apostar que sim, campeão.


Notas Finais


*A bandagem funcional é indicada para restabelecer a estabilidade ao tornozelo e para permitir que os atletas retornem o mais rápido possível às competições, também é útil para evitar futuras entorses.
O taping tem uma ação mecânica, analgésica e psicológica, reduz certos movimentos perigosos porque ele “sobrepõe-se” aos ligamentos feridos, reduzindo o risco de recorrência.


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