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História Dueto Oculto- Tomdaya Oneshot - Capítulo Único - História escrita por biarizzato - Spirit Fanfics e Histórias
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História Dueto Oculto- Tomdaya Oneshot - Capítulo Único


Escrita por: biarizzato

Notas do Autor


Oiiii minha primeira Oneshot por aqui! Essa é do meu ator favorito, o nosso querido Tom Holland, com uma atriz muito querida, (e que particularmente, shippo muito com o Tom) a Zendaya!
Foi escrito com muito carinho, espero que gostem!

*ATENÇÃO: Essa fanfic NÃO PODE ser reescrita, adaptada, postada em outra plataforma ou qualquer outra coisa SEM A MINHA PERMISSÃO e SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS!

*Recomendo que vocês procurem as musicas mencionadas enquanto leem, faz um pouco mais de sentido e deixa mais emocionante. As músicas são "Moon River" (recomendo a versão da série The Flash, acho que combina mais); "City of Stars- LaLaLand" e "Moonlight" da Grace Vanderwaal.

Sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Tom Holland

 

Noite de sexta-feira, apenas uma noite normal sendo desperdiçada assistindo televisão e comendo sanduíche no sofá de casa. Eu estava completamente entediado e sem nada interessante para fazer. Não tinha ninguém em casa, só eu assistindo, na verdade maratonando, a série da Marvel, WandaVision. Estava realmente interessado pelos acontecimentos. No início do segundo episódio, o sanduíche acaba e eu não sei assistir nada sem comer ou beber alguma coisa, então pauso o vídeo e vou até a cozinha buscar limonada ou qualquer bebida que fosse de fruta. Mal me levantei, o celular tocou.
Arregalei os olhos e corri até o aparelho jogado no braço do sofá. Era Harry, meu irmão, me ligando em vídeo.

 

-E aí? –atendi a ligação voltando a me deitar.

 

“-Tudo bem por aí, maninho?” –ele perguntou parecendo segurar um sorriso

 

-É… sim? E por aí?

 

“-Tudo maravilhoso!” –ele respondeu empolgado.

 

-Por que essa animação toda? Está honrado de conversar comigo? –brinquei.

 

“-Não, palhaço. Não é nada…”

 

-Claro que não… –escutei risos abafados atrás dele– Quem está aí?

 

“-Sam, Paddy, papai, mamãe e eu.” –ele virou a câmera mostrando todos.

 

-Oi gente! Saudade de vocês! –Harry riu e eu franzi o cenho– Desembucha, Harry.

 

“-Vamos contar juntos?” –ouvi a voz da minha mãe

 

-Contar o que gente? Vocês vão vir me visitar?

 

“-Presta atenção, filho.” –meu pai chamou

 

-Falem de uma vez! –gritei esfregando o rosto rindo– Estou ficando curioso!

 

“-Você foi convidado para interpretar o protagonista em Cherry!” –eles gritaram em coro.

 

-O que?! Sério? –berrei animado. Aquele era um filme baseado em fatos reais que eu queria muito participar.

 

“-Sim! Acabamos de receber a mensagem! E pode ser que Harry participe também!” –Paddy pulou na frente da câmera

 

-Que demais! Mas por que vocês souberam antes que eu?

 

“-Quiseram que a gente contasse para você.” –Sam respondeu– “Eles disseram que era mais legal a família contar do que diretores.”

 

-Uuuuhhhhuuuulllll! –pulei gritando. Eles sabiam o quanto eu queria esse papel– Eu ia passar a noite assistindo TV se não fosse por isso!

 

“-Então vai comemorar fazendo outra coisa! Vai sair um pouco! –mamãe gritou.

 

-Tá bom! Eu vou me arrumar e vou a algum lugar legal!

 

“-Beleza filho! Te amamos!” –meu pai respondeu– “Se cuide!”

 

“-É vai namorar!” –Sam gritou e todos riram

 

-Tá bom, tchau! Amo vocês! –me despedi e desliguei o celular. Fiquei um tempo parado apenas curtindo o momento, respirando fundo– Caramba! Eu consegui!

 

Corri até meu quarto e fui direto para o banheiro tomar um banho, escutando alguma música animada. Sequei o cabelo e fiz um topete com pouco gel, para que parecesse mais natural. Vesti uma calça jeans preta, uma blusa sem mangas branca e um blazer azul quente, porque o dia estava frio. Coloquei um tênis branco, um relógio metálico discreto e coloquei a carteira dentro do bolso do blazer, que não deixava perceber que havia algo dentro.

Passei um pouco de perfume e me encarei no espelho. Será que era chamativo demais? Ou até sem graça demais? Não, era normal e discreto, e eu estava indo sozinho, sem ninguém para me arrumar demais. Estava bom, não achei que chamaria a atenção de ninguém.

Desci as escadas até a sala novamente, e peguei o celular para reservar uma mesa no restaurante que escolhi. Era um lugar com boa variedade, a comida era boa, o ambiente era agradável e tinham mesas mais escondidas, e o preço era até bom para a qualidade.

 

“-Restaurante Pastic, pois não?” –uma mulher atendeu

 

-Olá, boa noite. Eu gostaria de reservar uma mesa, pode ser uma mais… escondida digamos assim.

 

“-Certo. Que nome devo colocar?”

 

-Pode ser… Thomas Stanley. Vou aí às 21 horas.

 

“-Perfeito, estaremos te esperando. Uma mesa mais escondida, certo?”

 

-Isso. Obrigado e até já. –desliguei– Acho que eu deveria fazer mais alguma coisa além de só sair para jantar.

 

Entrei no Google e pesquisei algum evento ou passeio para a noite de hoje. Tinha uma apresentação de dança às 22, perfeito!
Comprei um ingresso e em seguida peguei as chaves do carro no chaveiro da cozinha. Corri feliz até a garagem e liguei o carro, dirigindo sorridente até o local escolhido. Parei na frente da entrada do restaurante e entreguei as chaves para o motorista estacionar na garagem do lugar. O restaurante não estava cheio, graças a Deus, o que permitiu que eu não enfrentasse fila.

 

-Boa noite. –um atendente cumprimentou– Tem lugar reservado?

 

-Sim. Está no nome Thomas Stanley. –o homem procurou pelo nome no papel em sua prancheta e escreveu algo em uma linha.

 

-Encontrei. Por favor, acompanhe a senhorita Carla até sua mesa. –ele pediu chamando a suposta senhorita Carla e abrindo espaço para que eu passasse– Bom jantar.

 

-Obrigado. –segui a moça de cabelos pretos presos firmemente em um rabo de cavalo, até uma mesa redonda para duas pessoas, em um canto mais afastado de todas as mesas, em que eu poderia ficar de costas para todos e apreciar a vista da cidade, já que meu lugar era no terceiro andar do restaurante, ao lado da enorme janela de vidro. Ela sorriu depois de me mostrar a mesa e saiu, voltando com um cardápio.

 

-Aqui está o nosso cardápio e essa aqui, é nossa carta de vinhos. Temos vários tipos de pratos, as opções são bem variadas, aproveite. –ela explicou, colocando duas taças em frente ao prato– Temos a opção do prato da noite também, se te agradar.

 

-E qual seria esse prato?

 

-Hoje temos salmão assado com risoto de limão siciliano, ratatouille, uma salada de folhas com tomate seco e molho da casa, uma harmonização de vinho branco e de sobremesa, você pode escolher entre salada de frutas, sorvete, pudim de leite, cheesecake ou cookies.

 

-Uau! Que delícia, não? –exclamei e a moça riu– Isso é para dez pessoas ou dá para mim?

 

-É um prato individual, tenho certeza que vai gostar. –ela respondeu rindo.

 

 -Nunca comi risoto de limão siciliano, vou experimentar. Eu peço a sobremesa depois.

 

-Está bem, mais alguma coisa?

 

-Não. Muito obrigado. –respondi enquanto ela assentiu com a cabeça e começou a se afastar, mas parou de repente.

 

-Posso tirar uma foto? –ela perguntou baixo tímida, virando-se de repente.

 

-Claro, venha aqui! –respondi rindo me levantando enquanto ela pegava o celular no bolso.

 

-Obrigada! Posso postar quando você sair? 

 

-Pode, mas só quando eu tiver ido embora. –respondi sorrindo e ela fez que sim com a cabeça, sorrindo e saindo em seguida. Logo peguei o meu celular e comecei a ligar para minha mãe.

 

“-Oi filho! O que foi?”

 

-Nada não, só liguei para mostrar que eu estou no restaurante que vocês mais amam, sem vocês. –mostrei o ambiente.

 

“-Thomas Stanley Holland! Que crueldade nos fazer uma ligação dessas!”

 

-Psiuuuu! Fala baixo mãe, se não vão saber que eu estou aqui! –sussurrei aproximando a câmera do rosto.

 

“-Tá bom, desculpa. Mas não acredito que me ligou pra me fazer essa invejinha!”

 

-É pra ver se vocês vem prá cá comer comigo… –fiz um biquinho brincalhão.

 

“-Ai filho, você é uma figura! Estamos procurando passagem pra ir te visitar, mas estamos meio ocupados.”

 

-Entendi. –falei sorridente– Tá bom, então venham quando puderem, e tragam a namorada do Paddy.

 

“-Que namorada do Paddy?” –minha mãe perguntou confusa– “Ele tem namorada e não me contou?!”

 

-Não, não mãe! Calma aí! –respondi rindo– Foi brincadeira, calma.

 

“-Ai Tom, você é terrível! Mas vou desligar agora, o Sam resolveu cozinhar um prato japonês novo que aprendeu para comemorar seu papel novo e o estágio do Harry e está precisando de uma ajudinha para encontrar os ingredientes.”

 

-Tá bom mãe! Te amo! – soprei um beijo para ela com a mão livre– E fala pro Sam que ela vai ser obrigado a cozinhar quando vier pra cá!

 

“-Está bem, aproveite seu jantar filho! Beijo!” –ela desligou

 

Esperei mais alguns vinte minutos depois da ligação com minha mãe até a comida chegar, exalando um aroma maravilhoso de limão conforme se aproximava. O garçom serviu a comida e um pouco de vinho na taça maior, saindo em seguida.
Mal coloquei o primeiro pedaço de salmão na boca, suspirei encantado. A comida estava como sempre, deliciosa! E o risoto realmente era bom!

A harmonização do vinho foi a cereja do bolo. Quando estava quase acabando o ratatouille, escutei aplausos vindos do centro do local. Franzi o cenho curioso e deixei o garfo de lado, para tentar enxergar o que estava acontecendo, mas estava longe demais para ver. Decidi esquecer e continuei a apreciar a comida.

De repente uma música começa a ser tocada em um piano, e eu volto a tentar enxergar o espaço distante de mim. Uma voz –e que voz– começou a acompanhar a música.

 

-Moon River, wider than a mile. I’m crossing you with style, some day...

 

Era uma voz feminina, uma voz doce e suave, mas forte ao mesmo tempo. Fiquei encantado e quis muito ver quem era a mulher por trás daquela maravilha.

 

-Oh, dream maker, you heart breaker. Wherever you’re going, I’m going your way…

 

Sem pensar direito, levantei da cadeira e caminhei até o centro do andar, onde vejo um palco pequeno e várias mesas com pessoas na frente, no centro do palco, há uma garota alta, de cabelos castanhos escuros ondulados arrumados em cima do ombro.

 

-Two drifters, off to see the world. There’s such a lot of world to see.

 

Ela vestia um vestido vermelho sem mangas com ondas que ia até os calcanhares, um salto prateado brilhante e uma flor branca nos cabelos. Ela sorria e ficava de olhos fechados enquanto cantava, e parecia realmente sentir a música.
Mas em um instante, ela abriu os olhos e por algum motivo, ela olhou para mim, parado ali no meio do salão assistindo-a. Ela arregalou os olhos e desafinou um pouco e eu, sem saber o que fazer, apenas fiz um gesto para que ela respirasse fundo e continuasse.

 

-My Huckleberry friend. Moon River, and me.

 

A música acabou e eu fiquei apenas encarando-a, enquanto ela sorria e agradecia aos aplausos altos. Quando percebi de verdade que a música havia acabado, já haviam três ou quatro pessoas me fotografando ou filmando, o que fez com que eu desse um sorrisinho tímido para um dos celulares e ficasse nervoso. 

Paparazzis viriam em questão de segundos, mas para minha má sorte já haviam alguns tentando entrar no restaurante. Olhei em volta desesperado a procura de algum lugar para me esconder, mas a cantora fez um sinal com as mãos para que eu a seguisse e desceu do palco correndo. Não perdi tempo e saí correndo por entre as mesas até chegar um pouco mais perto da mulher, que me esperava ao lado do palco.

 

-Venha comigo, vamos para o camarim. –ela segurou minha mão e correu me puxando até uma porta grande de madeira branca.

 

Já havia gente tentando nos seguir. Incrível como paparazzis, fãs e todo mundo chegam em um piscar de olhos se você pisa na bola e mostra pra todos que você está em algum lugar.

Corremos por pouco tempo até alcançar a porta e abri-la, e chegar a uma sala no final do corredor dentro da porta. Entramos e fechamos rapidamente a porta do camarim, nos encostando de costas nela e respirando ofegantes.
Então quando me recuperei, percebi que deveria agradecer.

 

-Me desculpe por isso. –falei me desencostando da porta enquanto ela se sentava em um sofá ao lado de um piano.

 

-Tudo bem, acontece com pessoas famosas. –ela respondeu pegando uma garrafa de água em um frigobar– Quer uma?

 

-Por favor. –agradeci pegando a garrafa e tomando goles necessitados.

 

-Bem, o que nos dá a honra da sua presença, senhor Holland?

 

-Ah não, me chame de Tom por favor. –pedi fechando a garrafinha– Eu vim apreciar a comida maravilhosa daqui, e agora vou ter que vir mais vezes escutar sua voz.

 

-Obrigada! –ela sorriu guardando a garrafinha também.

 

-Qual o seu nome? –perguntei me sentando na poltrona à sua frente.

 

-Zendaya, tenho vinte e quatro anos. E você, como se chama? –ela riu estendendo a mão.

 

-Thomas Stanley Holland, senhorita, muito prazer!. –apertei sua mão brincalhão– Sou um produtor musical de vinte e quatro anos e gostaria muito de gravar um CD com você, o que acha?

 

-Será um prazer gravar com meu ator digo… produtor favorito!

 

-Espera. Eu sou seu ator favorito? –perguntei surpreso.

 

-Sim, Peter Parker. Eu admiro muito o seu trabalho, não só no Homem-aranha como em The Devil All The Time e todos os outros –Zendaya respondeu voltando a se encostar no sofá– Você interpretou eles muito bem. 

 

-Muito obrigado. –respondi sorrindo– Me conte mais sobre você, Zendaya.

 

-Bem, eu descobri que gosto muito de cantar aos doze anos e resolvi seguir meu sonho de ser cantora, e tudo tem seu começo, não é? Mesmo que seja em um restaurante. –ela respondeu sorrindo e olhando para o piano– Eu também toco piano de vez em quando nas apresentações.

 

-Que legal! E por que eu nunca te vi por aqui?

 

-Eu fui contratada para cantar há dois meses, é bem recente. Você deve ter vindo aqui antes de eu ser contratada, só isso.

 

-É, eu vim muito antes, e perdi bastante. Você é muito boa! –elogiei e ela sorriu. Ela era muito bonita, e sorrir apenas me deixava com mais certeza disso.

 

-Fico lisonjeada. 

 

-Você pode cantar mais uma música? Acho que vamos ficar presos aqui por um tempo…

 

-Está bem, mas vou tocar também. Que música você gosta? –Zendaya perguntou se levantando e se sentando no banco do piano.

 

-Ah, tem vários tipos de música que eu gosto…

 

-Pode ser alguma de filme? Você conhece LaLaLand? –ela era decidida e extrovertida, e eu gostei disso nela.

 

-Conheço sim. Eu gostei daquela música... City of Stars, eu acho. –ela sorriu sem mostrar os dentes e baixou a cabeça– O que foi? Não gosta dela? Tudo bem, pode ser outra…

 

-Não! Não é isso é só que… é a única música que eu tenho mais dificuldade para tocar. 

 

-Tudo bem, pode ser outra, ou você nem precisa tocar se não quiser…

 

-Já sei. Eu tento tocar ela, se você cantar ela comigo. –ela  respondeu erguendo a cabeça e me encarando animada– A música é em casal, mesmo.

 

-Ah mas eu vou estragar toda a música com essa minha voz de gralha! –protestei e Zendaya riu. A risada dela era muito agradável de se escutar.

 

-Então, sem música! Se você não cantar comigo, eu não faço nada!

 

-Ah não, você venceu! Eu canto com você, mas não se arrependa depois! –eu ergui as mãos em rendição– Mas eu não sei a letra direito.

 

-É para isso que serve o Google, para pesquisar coisas, além de ser um ótimo consultor para saber da vida das pessoas. Tipo da vida do Peter Holland.

 

Revirei os olhos sorrindo enquanto ela ria. Pesquisei a letra e coloquei o celular no apoio de partituras do piano, para que ela lesse também. Então Zendaya começou a tocar a introdução do mesmo jeito que cantava: delicadamente, mas forte. Então chegou o momento em que eu começava a cantar.

 

-City of Stars, are you shining just for me? City of stars, there’s so much that I can´t see…

 

Eu ri enquanto ela sorria, sinalizando com a cabeça para que eu continuasse.

 

-Who knows? I felt it from the first embrace I shared with you.

 

-That now, our dreams, they’ve finally come true. City of stars, just one thing everybody wants. There in the bars and through the smokescreen of the crowded restaurants.
It 's love. Yes all we’re looking for is love from someone else.

 

-A rush

 

-A glance

 

-A touch

 

-A dance

 

-To look in somebody’s eyes, to light up the skies, to open the world and send me reeling a voice that says I’ll be here, and you’ll be alright. I don’t care if I know, just where I will go, cause all that I need, this crazy feeling.

 

-A ra-ta-tat of my heart, I think I want it to stay. 

 

-City of stars, are you shining just for me? 

 

-City of stars, never shined so brightly.

 

Ficamos alguns segundos em silêncio, sem querer que todo o poder musical que nos conectava, ser quebrado.

 

-Eu consegui tocar, e você conseguiu cantar…. não foi difícil juntos… –ela comentou baixo.

 

-Formamos uma boa dupla, não? –perguntei me sentando no espaço do banquinho ao seu lado– Eu tenho uma ideia.

 

-Pode falar. –ela respondeu virando-se para mim.

 

-O que você acha de ir assistir uma apresentação de dança comigo?

 

-Agora?

 

-Agora. Na verdade, em meia hora. –respondi olhando o horário em meu relógio.

 

-Meu chefe não vai deixar eu sair sem terminar a apresentação… –ela respondeu triste encarando as teclas do piano.

 

-Eu dou um jeito, assim como dou um jeito de conseguir um ingresso para você. 

 

-Não sei Tom, acho que não. –Zendaya respondeu ainda olhando o instrumento– Pode ser um outro dia…

 

-Não tem como você se apresentar mais hoje, eu baguncei tudo lá fora. –respondi e ela riu– Além de que já vão dar dez horas, e eu sei que seu chefe deixa os cantores irem embora uns quarenta minutos antes das dez.

 

-Tem razão, mas estou sem carro.

 

-Eu te levo, e te deixo em casa também. –sugeri. Zendaya me parecia uma garota especial, e eu queria passar cada segundo com ela.

 

-Então acho que não tem problema. –ela me olhou nos olhos e sorriu– Aonde vamos?

 

-Comprei um ingresso para ver uma apresentação de dança e posso arrumar um para você.

 

-Pode ser. Tem uma saída aqui atrás, acho que é melhor a gente sair por lá. Mas espere eu trocar de roupa primeiro, vou ao banheiro.

 

-Então vamos! –depois que ela colocou uma calça jeans escura, uma blusa preta e um casaco azul escuro, enquanto eu depositava dinheiro parar o restaurante, para pagar a conta, saímos pelos fundos onde não havia ninguém e corremos até o estacionamento, onde havia alguns seguranças– Oi, eu queria pegar meu carro.

 

-Claro, qual a placa? –respondi e eles pegaram a chave em um armário grande, trazendo o carro até nós– Boa noite.

 

-Boa noite! –abri a porta para que Zendaya entrasse e ela acomodou sua bolsa no banco traseiro. Entrei no veículo em seguida e dei a partida até o teatro.

 

Conversamos mais um sobre o outro durante o caminho e rimos bastante das aventuras de cada um. Contamos sobre nossas famílias, viagens, sonhos, trabalho…
Quando chegamos no teatro, estacionei e nós corremos até a entrada para tentar comprar mais um ingresso.

 

-Sinto muito, mas os ingressos estão esgotados. –a atendente afirmou, nos desapontando.

 

Voltamos para o carro e quando o liguei, respirei fundo, olhando nos olhos castanhos de Zendaya, me sentindo culpado.

 

-Desculpe.

 

-Pelo o que? –ela perguntou confusa.

 

-Por te trazer aqui a toa, já que não vai dar para assistir a apresentação.

 

-E quem disse que isso me deixou chateada? 

 

-Bem, eu só achei que você fosse ficar chateada e…

 

-Tom. –ela colocou a mão em meu rosto, sorrindo– Não tem razão para ficar chateado com isso, tem várias outras coisas para fazer por aqui.

 

-Não está brava? –perguntei confortável com o toque de sua mão.

 

-Não, como eu acabei de dizer. Agora, o que você acha de irmos ao mercado, pegar um pote de sorvete e admirar a vista do parque?

 

-Parece bom. –sorri enquanto ela se encostava no banco.

 

-Então o que estamos esperando? –ela riu.

 

-Nada! Vamos agora! –respondi dirigindo até o mercado.

 

Fomos até o mercado que estava vazio devido ao horário, e pegamos dois potes individuais de sorvete, um de morango e um de chocolate, e um saquinho de colheres descartáveis. Quando fomos ao caixa, tirei a carteira do bolso, mas Zendaya segurou minha mão.

 

-Eu vou pagar. É débito, moça.

 

-Nada disso! Eu vou pagar! –protestei tirando o cartão dela da máquina.

 

-Não, você já está me levando para sair, eu pago.

 

-Exatamente, eu estou te levando para sair, portanto, eu pago! –respondi e coloquei meu cartão na máquina. Ela ficou sem saber o que dizer e apenas mostrou a língua e cruzou os braços, brincalhona.

 

Colocamos os potes de sorvete no porta copos sabendo que não derreteriam por causa do frio, e fomos até o parque central. Quando chegamos, subimos até um morrinho alto do lugar.

 

-Sabe, foi muito bom eu ter dado uma de mané e ter ficado no meio de todo mundo no restaurante. –falei enquanto conversávamos tomando nossos sorvetes– Se não, você não teria me socorrido e eu não teria te conhecido.

 

-Parece que eu sou a heroína de verdade, não é Peter Parker? –ela brincou e nós rimos– Foi bom mesmo, você é um cara legal.

 

-Eu não parecia um cara legal? –provoquei.

 

-Huummm… não. Tinha cara de falso, chato, riquinho, metido...

 

-O que?! Oh, como você pôde?! –respondi dramatizando e nós rimos novamente.

 

-Na verdade, você parecia um cara muito legal e eu queria muito te conhecer.

 

-E ficou feliz com o resultado? 

 

-Bastante! Você consegue ser mais legal ainda. –ela respondeu terminando seu sorvete e deixando o pote de lado, deitando na grama. Terminei meu doce também e me deitei ao seu lado– Você gosta de estrelas?

 

-Gosto. Elas tem um brilho agradável, como a lua.

 

-Eu adoro as estrelas, sempre fui apaixonada por elas, desde que consigo me lembrar.

 

-Sim. É legal como existem pessoas que são como estrelas, não é? –perguntei, sonhador.

 

-Não sei se entendi. –Zendaya respondeu franzindo o cenho.

 

-É que tem gente que não tem nada na vida, ou se sente assim. E então conhecem alguém que ilumina sua vida, como estrelas. –me virei de lado para olhá-la, e ela fez o mesmo.

 

-Por favor não diga que eu sou uma estrela na sua vida. É brega. –ela riu.

 

-Não, eu sou feliz com a minha vida. Só estava só tendo um pensamento. –respondi rindo também, enquanto nos olhávamos nos olhos. Estávamos bem próximos, mas eu me sentia bem com isso, poderia ficar a noite toda desse jeito– Vamos dançar, venha.

 

-O que? –ela perguntou enquanto eu a puxava para se levantar.

 

-Vamos dançar sob à luz do luar e das estrelas, não é romântico?

 

-Você quer que seja romântico? –ela franziu o cenho sorrindo.

 

-Talvez seja legal. –respondi colocando uma música animada para tocar, que desse para dançar em casal e fosse propícia para o momento. Coloquei a música e coloquei o celular em cima de uma pedra próxima.

 

-She always has a smile, from morning to the night.

 

-Eu conheço essa música! Moonlight!

 

-Essa mesma! Venha, vamos dançar! –segurei suas mãos e nós nos balançamos de mãos dadas, no ritmo da música.

 

-Está bem, isso é mesmo legal!

 

-Remember last year when you told me, you would always star here and never leave me? The light from your eyes made it feel like we were dancing in the moonlight.

 

Quando a melodia se animou, nos soltamos e dançamos separados, mas perto um do outro. Fizemos gestos engraçados e rimos várias vezes.

 

-Now she lost her way, she forgets to smile.

 

Estávamos nos divertindo tanto que até chutamos os potes de sorvete no chão, para continuarmos rindo.

 

-I remember last year when I told you I would always stay here and never leave you.

 

Em certo ponto, nos abraçamos e ficamos dançando de mãos dadas, lentamente. No final, girei-a e a segurei inclinada para trás.
Ficamos alguns segundos assim e eu acho que a teria beijado, se ela não voltasse a postura normal devagar, sorrindo sem graça, e se soltasse da mesma forma.

 

-Preciso ir para casa, meus pais vão ficar preocupados. –ela comentou sorrindo e pegando o pote chutado no chão, jogando-o fora em uma lata de lixo próxima.

 

-É claro, vamos. –peguei o celular e o pote, e o joguei no lixo também.

 

Caminhamos em silêncio até o carro e permanecemos da mesma forma durante toda a viagem até sua casa. A única voz que se ouvia, era a do GPS que eu utilizava para chegar a casa da Zendaya. Quando parei em frente ao prédio branco e alto, saí do carro e abri a porta para ela. Ela pegou sua bolsa no banco traseiro e sorriu, saindo do veículo.

 

-Vou te passar meu número. –ela falou pegando o celular, enquanto eu pegava o meu para salvar– Obrigada por hoje.

 

-Foi um prazer. Eu é que agradeço a companhia! –respondi sorrindo– Devíamos fazer isso mais vezes.

 

-Claro! Eu adoraria! –ela respondeu sorrindo sem dentes enquanto eu dava a volta no carro para entrar– Tom, espere!

 

Parei na frente da porta e andei até ela, ficando frente a frente. Ela sorriu e colocou uma mão em meu rosto.

 

-Vamos fazer isso direito! –exclamei e puxei seus braços, apoiando-os em meus ombros, enquanto ela ria tímida. Feito isso, sorri para ela e segurei sua cintura, puxando-a para perto.

 

Nisso, nossos lábios se juntaram em um beijo calmo e carinhoso, e eu senti algo que nunca havia sentido com ninguém mais. Me arrepiei e sorri durante o beijo. Zen fazia o mesmo algumas vezes, até que ela se distanciou o suficiente apenas para falar.

 

-Estou livre amanhã. –ela disse com seu sorriso doce.

 

-Eu também, que tal um filme?

 

-Na sua casa? –ela perguntou e eu arregalei os olhos, surpreso.

 

-Por mim não tem problema, por você tem?

 

-Não, mas tenho que explicar para os meus pais para onde vou.

 

-Diga que vai passar o dia com o seu namorado. –sorri e ela fez o mesmo.

 

-Pode ser, então eu vou ganhar um anel?

 

-Ah vai, um escrito “Tom e Zendaya” no interior.

 

-Anéis de casamento tem isso, não de namoro. –ela riu.

 

-Case comigo, então.

 

-Vamos namorar primeiro e ver no que dá. –ela respondeu me beijando mais uma vez– Boa noite, Peter Parker.

 

-Boa noite Zen.

 

Ela apenas riu e entrou no prédio. Eu sorri realizado e fui para casa.
Aquela noite seria apenas uma comemoração e um tempo para mim, mas havia sido algo mil vezes melhor. Na semana seguinte, oficializamos o nosso namoro com anéis e uma indireta nas redes sociais. 

Alguns podem pensar que é cedo demais e que devíamos nos conhecer melhor, mas quando você ama infinitamente uma pessoa no primeiro olhar, você tem certeza do que quer, e esse é o nosso caso... Algumas vezes, eu acho que a vida vê que você está muito entediado e resolve te animar um pouco, e dessa vez foi muito mais que uma animação.

Foi… amor, por causa de um dueto oculto.

 


Notas Finais


Gostaram? Comentem! É sempre bom receber comentários!
Me acompanhem nas minhas outras histórias, tenho certeza que de alguma delas vocês vão gostar! Me sigam para ficarem sabendo de outros projetos, favoritem a história, divulguem...

É isso! Espero de coração que tenham gostado, eu adorei escrever, confesso!
Tchau tchau!


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