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História E Se fosse verdade? 2 - Eu jogo Baseball com as Harpias - História escrita por PerseuJackson - Spirit Fanfics e Histórias
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História E Se fosse verdade? 2 - Eu jogo Baseball com as Harpias


Escrita por: PerseuJackson

Notas do Autor


É... esse capitulo ficou longo. kkk espero q leiam. ^^
Boa leitura o/

Capítulo 8 - Eu jogo Baseball com as Harpias


Aquilo era muito injusto. Eu havia praticamente acabado de chegar ao acampamento e a inspeção dos chalés já ia começar. Mas era assim.

Toda a tarde um dos conselheiros passava com um pergaminho nas mãos observando os chalés. O melhor chalé, aquele que estivesse limpo e bem organizado, seria privilegiado com o primeiro horário do banho, o que significava que teriam direito a água quente. O pior teria que fazer os trabalhos na cozinha após o jantar. Eu não era alguém muito organizado. Minha mãe sempre dizia que a parte mais bagunçada da casa era o meu quarto.

Saí correndo em direção ao chalé 03, uma construção comprida e baixa feita de pedras cinzentas e rústicas de pedaços de conchas do mar. Há alguns minutos atrás eu estava de bom humor. Havia chegado ao acampamento e visto meus amigos. Mas tudo foi por água abaixo quando soube que Igor não estava ali. Eu não podia acreditar naquilo. O que será que aconteceu? Minha mente já pensava o pior.

Cheguei à porta do chalé e a abri. Observei, e vi que não estava muito bagunçado. Havia somente papéis de balas e roupas jogadas na minha cama e no chão. Poderia simplesmente pegar tudo o que era meu e colocar debaixo do meu travesseiro.

Eu ainda estava pensando nisso, quando Percy chegou correndo ofegante:

— A inspeção vai começar! — exclamou ele.

— Eu sei. — falei.

Começamos a pegar as roupas e os papéis de balas da cama e do chão. Tirei a máscara de dentro das minhas calças (Da próxima vez vou pensar duas vezes antes de pôr esse negócio no rosto), e a coloquei em cima da cama.

— Acho que vou jogar tudo embaixo do meu travesseiro. — murmurei.

— Boa ideia. — disse Percy.

— Mas só as minhas coisas.

— Ah, cara! — resmungou.

Ficamos tentando a todo o custo fazer com que o chalé ficasse com uma cara de “oh! Que chalé organizado!” Quando Silena Beauregard, do chalé de Afrodite, pigarreou atrás de nós.

Nos viramos abruptamente.

— Humm... — ela observava o chalé com um olhar crítico. — Até que não está nada mal.

Está um horror! Era o que ela queria dizer, mas achei melhor não discutir.

— Três de cinco. — decretou ela.

— Três? — murmurou Percy. Silena olhou para ele. — Sim, três. Adoro esse número.

Ela olhou para a minha cama.

— O que é aquilo?

Olhei também.

— Ah! Aquilo? — sorri, nervoso. — É... hã... Só uma máscara. Uma simples máscara de madeira.

— Você gosta de máscaras? — perguntou ela.

— Não. É... Eu achei na rua.

— Ah. — ela sorriu. — Tudo bem, então. Até mais garotos.

Suspirei.

— O que foi isso? — perguntou Percy.

— Isso o quê?

— Você ficou todo nervoso quando falou da máscara. Algum problema?

Dei de ombros.

— Nenhum problema... Que você precise saber.

Sentei-me na cama. Percy me olhava cauteloso.

— Hã... Eu contei para Quíron sobre o estranho sujeito da cabeça verde.

— Você... Contou?

— Sim.

— E o que ele disse?

— Bem... Ele disse que havia visto alguns noticiários sobre esse tal cabeção. E que não sabe o que é.

— Ah, que bom. — coloquei a máscara debaixo do meu travesseiro.

— Ei, posso ver ela de novo? — pediu ele.

— Ver o quê?

— A máscara.

— Não! — exclamei. — Quer dizer... Para quê?

Percy sorriu igual a um garoto travesso.

— Quero dar um susto na Annabeth. Sabe... Só para chateá-la.

Eu ri.

— Você gosta mesmo de irritar ela, não é?

— Ah, ela sabe que eu a amo. Então, vai me emprestar?

Eu estremeci.

— Não, cara. Desculpe. Você... Não vai querer. Sabe onde essa coisa estava?

Percy balançou a cabeça. Apontei para a minha parte da frente.

— O... O quê? Você está dizendo que...?

— Sim.

— Ah, que nojo cara!

Eu sorri, e me levantei.

— Vou ali treinar um pouco. Você também vem?

— Não. Vou falar com Annabeth sobre o estranho cara da cabeça verde. Pode ser que ela saiba se aquilo é algum monstro da mitologia grega ou sei lá o que.

Assenti, e fui para a área de esgrima treinar um pouco.

***

Durante o treino, eu estava lutando contra alguns filhos de Hefesto. Até que eu estava melhorando na parte da esgrima, porque antes eu deixava a espada cair das minhas mãos sem nenhuma razão aparente, ou a lâmina escapava quando eu estava fazendo algum movimento novo.

Enfim, eu estava lutando contra um garoto de Hefesto, quando em uma hora baixei minha guarda, e ele me atingiu no meu quadril com o cabo da espada. Não sei o que houve comigo, mas nesse momento em que ele me atingiu, uma raiva descontrolável cresceu em meu peito. Olhei para ele e avancei. Tentei lhe dar uma estocada, mas ele bloqueou meu golpe. Eu me agachei e lhe dei um bom corte na coxa. O garoto gemeu. Dei-lhe uma rasteira e ele caiu de costas. Pressionei o meu pé em cima de seu peito e ergui minha espada, os olhos do garoto cheios de medo, e a desci em direção ao seu rosto, pronto para atravessá-lo, mas no exato momento ele desviou sua cabeça para o lado, e a lâmina fincou-se na terra ficando a centímetros de sua cabeça.

Houve um momento de silêncio, quebrado somente pela minha respiração que estava ofegante e pesada. Depois de uns segundos, percebi o que eu havia feito.

Arregalei os olhos.

— O quê...?

Olhei para cima, e vi que os outros me olhavam atentamente. Beckendorf veio em minha direção, me olhando com receio.

— O que você ia fazer com ele Raphael?

— Hã... Eu não sei. — minha voz tremeu. — Eu... Foi sem querer.

— Parecia que você ia mata-lo. — disse um garoto.

— Eu não ia mata-lo! — rosnei.

— Ei. Calma, ai. — Beckendorf deu tapinhas em minhas costas. — O que está acontecendo com você?

Balancei minha cabeça.

— Não sei. — olhei para o garoto no chão e o ajudei a se levantar. — Desculpe. Foi sem querer.

Virei-me e saí, me sentindo mal pelo o que acontecera.

***

Á noite na hora do jantar, eu estava sem fome.

O sr. D anunciou que amanhã haveria duelos entre chalés, e que seria realizado na Arena. Após isso, Quíron ergueu a taça e exclamou:

— Aos deuses!

Os campistas repetiram. Ninfas avançaram com bandejas cheias de comida. Lembrei que era para eu ir á frente e oferecer parte do meu jantar. Cheguei perto do grande braseiro no centro e murmurei sem vontade:

— Poseidon, aceite minha comida, hã, oferenda.

E por favor, pensei, me ajude a descobrir onde está Igor, e como me livrar daquela máscara.

Joguei um morango suculento nas brasas e voltei ao meu lugar. Percy e eu éramos os únicos na mesa de Poseidon.

— Você está estranho hoje. — observou Percy.

— Eu sei. Só estou com dor de cabeça. — menti.

— Eu contei a Annabeth sobre o cara da cabeçona. Ela disse que nunca viu ninguém assim.

— É, ela nunca iria ver mesmo. — murmurei. Nesse momento lembrei-me de uma coisa. — Percy, por favor, me diga que você viu Igor pelo o acampamento.

Ele franziu a testa.

— Não. Não vi. O que há com ele mesmo?

— Não há nada. Olhe, é simples e trágico: Igor estava em minha casa e disse que iria pegar um táxi para vir pra cá.

— Certo.

— Quando eu cheguei aqui, esperava encontrá-lo.

— Ok.

— Mas não o encontrei.

— Ah. Entendi. E o que você acha que aconteceu?

— Sei lá. — resmunguei. — Tantas coisas. Eu disse para ele não ir sozinho, mas ele foi mesmo assim.

— Calma, cara. — disse Percy. — Relaxe.

— Meu amigo está desaparecido. Não dá para relaxar. E para variar, hoje aconteceu uma coisa.

Contei-lhe sobre o estranho momento em que eu perdi o controle e quase matava um campista.

Percy assoviou.

— Cara, é para você ter esse surto psicótico perto de monstros, não da gente.

Dei uma fraca risada.

— Estou falando sério.

— Eu também. Você tendo esses ataques raivosos numa luta real, vai nos oferecer vantagem sobre o inimigo.

— Ah, esquece.

Após o jantar, cumprimentei Stefferson e Marcos. Conversei com Barbara e Beatriz,  brinquei um pouco com a cara de Annabeth, e depois fui falar com Israel. Dandara falou um pouco comigo, mas disse que ia se deitar. Eu concordei com ela. Precisava mesmo dormir um pouco para aliviar minha mente.

Quando todos se recolheram, eu já estava em minha cama tentando dormir. Percy estava na parte de cima de nosso beliche.

— Por favor, não vá me assustar com essa máscara. — pediu ele. Falei que não iria. Fechei os olhos, pensando que iria demorar a dormir, mas não. Dormi instantaneamente. E claro, para completar, eu sonhei.

Sonhei que estava em cima de um monte muito grande. Ao meu redor havia ruínas de um grande palácio. Grandes blocos de pedras pretas estavam aqui e ali. Uma trilha levava para a parte de cima do monte. Andei alguns metros. O ar tinha cheiro de Eucalipto. Olhei para cima e vi algo como um tornado cinzento se originando diretamente das nuvens. Dentro do tornado, relâmpagos cintilavam, e um grito profundo e zangado ecoou vindo de... De onde devia ser o fim do tornado. Ouvi uns sibilos as minhas costas, e quando me virei, vi um dragão enorme com múltiplas cabeças, talvez umas cem, todas sibilando para mim.

Acordei assustado.

Ainda estava de noite. Não pude saber quanto tempo se passou, mas acho que devia ser umas três horas da manhã.

Então, disse uma voz bem atrás de minha cabeça. Vamos achar o seu amigo?

Antes que eu pudesse ficar atordoado, senti algo duro atrás de minha cabeça. Coloquei a mão atrás do travesseiro e puxei. Tentei focalizar o olhar no objeto, por que meus olhos ainda estavam bem embaçados por causa do sono. Quando consegui identificar o que era, fiquei tão surpreso que sem querer eu soltei a máscara.

E o pior aconteceu.

A coisa caiu bem em cima do meu rosto, que por azar, se encaixou direitinho. No mesmo segundo, fiquei apavorado e tentei tirá-la de cima, mas foi tarde demais.

 Nããããoooo! — eu gritava enquanto a máscara se fechava em torno de minha cabeça. Novamente veio os estrondos de trovões e raios, e clarões de relâmpagos.

— Ah! — eu me espreguicei. — Uma boa noite de sono. É tudo o que eu precisava para aproveitar... — me pus de pé e abri os braços. — O resto da noite!

Gargalhei e saí do chalé. Olhei em minha volta.

— Ora, ora. Até que esse lugar não é tão ruim assim.

Saltitei por todo o acampamento.

— Olha, uma quadra de vôlei. — Fui até lá e peguei a bola. — Ah, mas que graça tem brincar sozinho?

Foi quando ao longe ouvi um grunhido agudo. Vozes resmungonas falavam algo.

— Bem... Não tão sozinho.

Olhei e vi que eram as harpias. Umas cinco ao todo. Andei até chegar perto delas. Em vez de eu estremecer de medo, fiquei jogando a bola para cima e para baixo.

— Olá! — gritei. — Que tal um bom jogo?

Elas olharam para mim. Se você pegar uma mulher e cruzar com uma galinha, você vai ter uma Harpia.

— Eu sabia! — grunhiu uma. — Campista desobediente fora do chalé. Hora do lanche!

Elas voaram com fervor para cima de mim.

— Eu vou pegar primeiro. — grunhiu uma.

— Não vai. — grunhiu outra.

Quando elas estavam quase em cima de mim, eu gritei:

— Sabem de uma coisa... Acho que vou jogar Baseball!

Girei, e logo eu estava usando o traje adequado para uma boa partida. Peguei um taco e uma bola, e me preparei para o arremesso.

— Preparar... Lá vai bola!

Joguei a bola para cima e bati nela com o taco usando toda a minha força, e a bola voou como um cometa em direção as Harpias. Três se desviaram com grunhidos estridentes, enquanto as outras foram atravessadas pela a bola-cometa e se desintegraram.

— Devorem-no! — gritou uma.

— Devore isso! — arremessei outra bola, que se encaixou perfeitamente na boca da Harpia.

Uma delas veio para cima de mim com suas garras. Peguei uma corda e a girei como que para laçar um touro, e a corda se prendeu nas pernas da Harpia, que caiu no chão.

— Mazóia o que eu peguei. — disse eu, vestido de caipira. — Uma galinha, e das grandi.

A Harpia grunhia e tentava me arranhar.

— É hôji que vô cumer galinha gigante assada.

Dei uma risada, mas nesse momento uma flecha atravessou minhas costas e saiu pelo o meu peito.

— Argh! — gemi. Olhei para a flecha cravada em meu peito, e o sangue que escorria. Virei-me, e me deparei com um bando de campistas, todos armados com arcos e espadas.

— Uh... Olá! — Acenei. — O que estão caçando?

— Quem é você? — perguntou um garoto.

— Quem sou eu?

— Por que não se desintegrou?

Dei de ombros.

— Não sei. Era para eu fazer isso?

De repente Annabeth saiu do meio deles, armada com a sua faca.

— Você? — ela arregalou os olhos. — Percy me contou sobre um cara de cabeça verde. Como entrou aqui?

Nesse instante, meus sentimentos por Annabeth ficaram extremamente intensos. Fui até ela e a coloquei em meus braços.

— Você ser a menina mais bonita deste mundo. Sua beleza me atrrrai. Seus cabelos tão loirros iluminam o meu olhar.

— Me solta! — gritou Annabeth.

— Você não irrá pedir para eu soltar-lhe quando estivermos na cama. — sorri. — Beije-me querrida. E mostrar-te-ei o quanto eu a amo.

— Solte ela, ou vamos abrir fogo. — ameaçou outro garoto.

Soltei Annabeth, e olhei para o restante.

— Ok. Mas permitam-me dar a vocês um conselho. Melhor do que abrir fogo... — um lança-chamas apareceu em minhas costas. — É SOLTAR FOGO!

Arreganhei um sorriso enorme, apontei o bico do cano para eles, e fogo começou a sair, sendo a cada segundo mais forte e mais longo. Todos saíram correndo aos gritos. Alguns foram pegos pelas chamas e caíram no chão se debatendo e gritando de terror.

— HAHAHA! — eu gargalhava insanamente enquanto perseguia os campistas os atingindo nas costas com o fogo que saia.

— Socorro! — eles clamavam.

— AAAHHHH! — gritavam três filhos de Apolo cobertos pelo o fogo.

A grama estava incendiada. Círculos de fogo se formavam pelo o chão, e uma fumaça cinzenta se erguia. Gritos e berros enchiam o ambiente. As luzes da Casa Grande se acenderam. Eu expelia fogo para tudo quanto era lado. Os campistas que estavam dormindo começaram a sair de seus chalés atordoados com o que estava acontecendo.

— Armem-se! — gritou Clarisse empunhando sua lança. Os filhos de Apolo pegaram seus arcos. O restante sacaram suas espadas.

— Oh, armas legais. — disse eu.

— Fogo!

Uma saraivada de flechas se amontoou por todo o meu corpo. Duas se fincaram em minha cabeça como antenas. Talvez eles esperassem que eu caísse morto, mas ficaram boquiabertos quando eu permaneci de pé e murmurei:

— Olhem o que vocês fizeram comigo! — murmurei, magoado. Minhas roupas estavam molhadas de sangue. — Pareço um porco-espinho. E essas manchas de sangue não vão sair nunca.

Olhei para eles, com o sangue escorrendo pelo o meu rosto.

— Então vocês atiram flechas, não é? Que legal! Eu atiro CHUMBO!

Peguei uma espingarda.

— Ele vai atirar! — gritou um cara saindo correndo. Mirei nele e disparei um único tiro, que foi o suficiente para abrir um buraco em sua cabeça.

— Como adivinhou? — sorri.

— Fujam!

Todos saíram correndo aos berros e empurrando uns aos outros. Alguns correram de volta para os seus chalés.

BUM!

Eu corria atrás e disparava tiros, formando imensos buracos no corpo de cada um.

— Haha! Isso é melhor do que jogar Couter-Stryker!

Um filho de Hefesto lançou um pote de fogo grego em mim. Meu corpo imediatamente foi envolto por chamas verdes. Eu podia sentir o calor, mas não ficava com nenhum dano.

 Rosnei e avancei sobre ele com uma chave de boca.

— Vamos fazer alguns ajustes!

Montei em suas costas antes de ele perceber, encaixei a chave de boca em cima de seu nariz e a girei. Ouvi um barulho: Creck!

— AAHHHH! — O cara uivou de dor e se debateu.

— Mais pra esquerda. — resmunguei, e girei novamente, entortando o nariz do pobre garoto e fazendo um fio de sangue sair. 

— Paraaa! — berrava ele. Mas eu o calei, quando bati a ferramenta em sua cabeça. Ele caiu de cara no chão.

— Beleza! — sorri. — Vou preparar meu curriculum para ser mecânico. 

Dois garotos avançaram com suas espadas. Um enterrou sua lâmina em meu peito. O outro cortou fora o meu braço. Mais sangue jorrava.

— Cara — gemi. —, desse jeito eu vou ficar sem sangue no meu corpo. — olhei para os garotos que estavam com os olhos arregalados. — Então vocês ainda são da era medieval, não é? Que ótimo! Deixe-me apresentar a vocês as armas da era moderna.

Peguei meu braço do chão e, não sei como sabia disso, mas eu o coloquei de volta e ele ficou. Tirei uma metralhadora de dentro da minha camisa.

— Vai ser uma apresentação empolgante. — sorri.

Eles correram em pânico, mas agarrei um pelos cabelos e coloquei a metralhadora em sua boca.

— Quer saber qual o sabor do chumbo?

— Uuuhhhh... — gemia o garoto.

— Isso é um sim?

— Uuuhhhh...

— Ok.

Apertei o gatilho.

RATATATATATA!

Os tiros atravessaram a sua boca e saíram pela a nuca respingando sangue. O garoto caiu no chão, morto, com a boca cheia de sangue.

— Cara, o sabor devia ser ruim. — murmurei.

Quando virei-me, Annabeth estava no chão com o ombro ferido.

— P-por favor. — ela gemia. Seu rosto estava sujo de fuligem. Os lábios estavam rachados e secos.

Apontei a metralhadora para ela, mas eu hesitei.

— Não posso fazer isso. — sussurrei. Mas depois gritei. — SIM, PODE SIM! MATE-A!

Era como se outra coisa estivesse gritando e lutando dentro de mim. Pisquei várias vezes e olhei em volta, e vi a calamidade em que o acampamento estava. O fogo se espalhava indo em direção aos campos de morangos.

— Meu Deus! — minha voz tremeu. — O que eu fiz? Eu... eu...

Larguei a metralhadora, e saí correndo para a floresta.


Notas Finais


Até o próximo capitulo galera! o/


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