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História E Se fosse verdade? 2 - Revejo minha cidade natal - História escrita por PerseuJackson - Spirit Fanfics e Histórias
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História E Se fosse verdade? 2 - Revejo minha cidade natal


Escrita por: PerseuJackson

Notas do Autor


Volteeiiii pessoal!! \ooo/ Desculpem por demorar a postar, mas é que aconteceu tantas coisas. Tive virose, tarefas de casa e uma viagem. só isso. E desculpem também se a história tiver meio sem graça. É que estava doente, então minha criatividade não estava lá essas coisas.
Mas sem mais delongas, vamos ao que interessa!
(fãs de Maze Runner irão gostar.)
Boa leitura o/

Capítulo 25 - Revejo minha cidade natal


Viajamos naquele trem por cerca de dois dias. Quando a viagem finalmente chegou ao fim, dei graças a Deus. Sim, graças a Deus, por que não foi graças aos deuses (que estavam com raiva de mim.) que havíamos chegado até ali. Além disso, eu não estava mais aguentando ficar sentado naquele trem. Ficava com uma vontade enorme de sair, andar, correr e pular. Hiperatividade é osso.

Nosso trem desembarcou em West Point, Nebraska. Fiquei totalmente surpreso. Era aonde eu havia nascido. Havia morado ali até os meus quinze anos antes de mamãe e eu nos mudarmos para Nova Yorque devido a alguns... problemas mitológicos.

Descemos do trem seguindo os passageiros. A estação ferroviária era impressionante e tranquila. Não me lembrava de ter uma lá. Umas poucas pessoas passavam com suas malas e mochilas. Achei estranho, por que geralmente as estações ferroviárias que eu vira eram todas movimentadas.

Percy olhava ao redor, observando tudo. Seu cabelo estava assanhado para o lado, o que ficava muito engraçado.

— A estação ferroviária. — disse Annabeth, quase para ela mesma. — Eu me lembro vagamente de estar aqui.

Olhei para ela.

— Você já esteve aqui?

Ela assentiu.

— Meu pai me trouxe uma vez. Antes de se mudar para São Francisco ele morava aqui em West Point.

— Sério? — perguntei impressionado.

Ela me olhou.

— Por que tanta surpresa?

— Não, é que antes de me mudar para Nova Yorque eu morava aqui também.

— É... que bom. — murmurou Percy. — Agora vamos em frente?

— Claro. — disse eu. — Já que estamos aqui, vamos ficar na casa de minha tia. Lá podemos comer, tomar banho e dormir um pouco.

Ashley suspirou aliviada.

— Ah! Um banho. Vai ser maravilhoso.

Olhei para Kayro. Ele estava com um olhar distante, como se estivesse ouvindo vozes. Com um arrepio, lembrei que a Máscara estava em sua mochila.

— Ei! — estalei os dedos na sua frente. — Acorde! O que está havendo?

Ele olhou para mim e piscou várias vezes.

— Hã... Ah, sim. Nada. Estava só...

— Olhe, cara. Se você estiver ouvindo alguma coisa, tipo, uma voz dentro da sua mente, por favor, não dê ouvidos a ela.

Ele arqueou as sobrancelhas, perplexo.

— Como você sabe?

— Por que eu já ouvi também. E isso é a Máscara falando com você.

— Uou! — Percy recuou. — Espera. Quer dizer que essa Máscara fala?

— Hã... Não exatamente. — falei. — Mas ela fica insistindo para que quem quer que a tenha, coloque-a.

— Tá certo. — disse Ashley. — Admito. Essa Máscara está começando a me assustar.

— Vamos Raphael. — disse Annabeth. — Nos leve até a casa da sua tia. Lá conversaremos mais.

***

Estão lembrados de que eu havia falado que detestava calor? Pois é. Assim que saímos da estação ferroviária, senti um calor horrível. O sol estava muito, mas muito quente mesmo. A temperatura da cidade devia estar a uns 55° graus. Praticamente não havia quase ninguém nas ruas.

— Pelos deuses. — arfou Kayro. — O que é isso? Estamos no inferno?

— Gente — Ashley se abanava. — Por isso que não há muitas pessoas fora de casa.

Mesmo assim, andamos pela a cidade. A sensação era de estarmos sendo fritos em um micro-ondas. Minha pele começou a ficar vermelha após alguns minutos de caminhada. E não era só isso. Minha blusa estava empapada de suor.

— Ah, cara! — murmurei, enxugando o suor da testa. — Estamos numa sauna em forma de cidade. Só pode.

Percy havia tirado a sua blusa e colocado em seu rosto, como um véu. Seu corpo brilhava com o suor. Annabeth deu uma olhada para o corpo de Percy (Juro. Vi um brilho de safadeza nos olhos dela.), e após dar uma rápida olhada para Ashley, mandou Percy colocar a blusa de volta.

As ruas estavam desertas. O ar tremulava com o calor horrível. Prédios e Hotéis pareciam que não estavam sendo habitados. Uma escola estava destruída, inclusive um Shopping e um McDonalds, assim como também uma igreja e varias casas.

Vendo isso, lembrei-me da cidade devastada e deserta que eu vira no trem. E também do que o homem nos disse lá, que o sol havia queimado o planeta terra por causa das... como ele havia dito? Explosões solares. Isso. E a terrível doença que se alastrou pelo o mundo. Me senti totalmente vulnerável nessa hora.

Annabeth ofegou um pouco e perguntou:

— Estamos perto?

Olhei para ela. Sua cara estava pingando de suor e vermelha. Os cabelos grudavam na testa. Senti pena deles por estar passando por isso.

— Falta só mais um pouco. — disse. Minha língua estava pegajosa e seca. Minha garganta também. Queria desesperadamente beber uma garrafa cheia de água.

— Minha pele está ardendo. — murmurou Kayro, que estava usando sua mochila como sombra.

Dobramos uma esquina e paramos embaixo de uma placa grande que fazia sombra. Respirávamos pesadamente. O ar quente e abafado fazia tudo ficar pior. Ficava me perguntando: Como isso pôde acontecer? Logo aqui, na minha cidade? Esperava que a minha tia e todos os meus velhos amigos estivessem bem.

— Raphael. — Annabeth tocou meu braço. Olhei, e vi duas pessoas vindo em nossa direção totalmente cobertas com panos e roupas, deixando apenas os olhos aparecerem. Pareciam indianos ou árabes.

— Quem serão eles? — perguntou Percy.

Quando as estranhas pessoas chegaram mais perto, elas fixaram seus olhos em nós.

— Quem são vocês? — pela a voz, com certeza era uma mulher.

Kayro abriu a boca para falar.

— Ah... Bem, nós somos... turistas.

Pude ver as sobrancelhas da outra pessoa se juntar.

— Turistas? — era um homem.

— Sim.

Eles se entreolharam.

— O que vocês fazem aqui? — perguntou a mulher.

— Estamos tentando chegar à casa da minha tia. — falei.

— Não sabem que aqui é perigoso?

Eles falavam com calma, mas podia sentir que também estavam segurando a raiva.

— Hã... Estamos sabendo agora. — murmurou Percy.

— Vocês moram aqui? — perguntou Annabeth.

— Moramos. — afirmou o homem. — Infelizmente.

Um silêncio constrangedor.

— Certo. — disse eu. — Hã... então vamos indo. Foi bom conversar com vocês.

— Para onde pensa que vão? — perguntou a mulher. — Vocês tem que vir conosco. O vírus está se espalhando. A cidade está cheia de Cranks.

— Cheia de Crack? — falei, atônito. — Meus deuses. O povo gosta de se drogar, não é?

Cranks seu idiota. — disse o homem. — Os portadores do vírus. Venham conosco. Venham CONOSCO! — ele berrou essa ultima palavra, liberando toda a raiva.

Todos nós recuamos.

— Não, obrigado! — exclamou Percy. — Minha mãe sempre dizia: “Percy, nunca ande com estranhos.” Tenho que obedecer.

— Vocês serão mortos. — rosnavam eles. — Cranks estão por toda a parte. Eles irão destroçar vocês. Arrancar seus membros e devorá-los vivos!

Os dois começaram a gargalhar de repente, erguendo a cabeça para cima. Senti que eles eram loucos de verdade.

— Vamos embora. — disse eu. E corremos, saindo da preciosa sombra, e voltando ao calor infernal. Dobramos esquinas e saímos em uma rua que reconheci na hora. Lá estava a casa da tia. Era uma construção grande agora, feita de mármore. Havia janelas em cima e uma varanda. A porta estava fechada e o telhado estava... destruído. Senti um aperto no coração.

Chegando lá, bati na porta, esperando que ela ainda morasse ali. Minha cabeça estava quente, e meus lábios secos e rachados. Esperamos alguns minutos, quando alguém abriu a porta.

Uma senhora, usando uma camisola florida, nos olhava de cima a baixo... e estava com uma espingarda nas mãos.

— Opa! — ergui as mãos para cima, assim como o resto dos meus amigos. — Calma. Desculpe incomodar, mas queria saber se aqui mora...

— Vão embora! — gritou ela. — Saiam daqui! Sei que vocês são Cranks disfarçados. Querem me comer vivo!

— Não, não!

Ela atirou para cima.

— Saiam!

— Raphael, venha! — Ashley puxou-me.

— Espera — insisti. — Aqui mora Rachel Sullivan?

A senhora arregalou os olhos.

— Como sabe meu nome?

— Sou eu tia. — falei. — Seu sobrinho.

Ela me olhou por alguns segundos.

— Que sobrinho?

— Raphael. — Ela ainda me olhava. — Hã... filho de Katrhyn Miller.

Silêncio.

— Eu me lembro desse nome. — disse ela por fim. — É... a minha irmã.

— Pois é. Eu sou o filho dela.

— Como posso saber se é verdade?

Eu pensei.

— Hã... vai ter que confiar em mim. Eu juro que é verdade.

Ela apontou a espingarda em minha direção.

— Pois entre, meu sobrinho desconhecido. Vou acreditar na sua palavra. Mas se for uma mentira, juro que estouro seus miolos com um tiro.



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