- Franja, isso não tem graça!
Cebola reclama por telefone, indignado. Como ele ficaria uma semana preso numa cabana com o DC?
Se ainda fosse com o cascão, ou a Monica, até a Denise, ele iria aturar. Mas o DC? Era como castigar o moreno.
- Cebola, se toca... Fizemos sorteio no intuito de justamente pegar alguém que você não tem afinidade. Eu peguei o Chico, Denise pegou o Nimbus, Mônica o Toni, Magali pegou o cascão e por aí vai, não reclama. Além do que esse trabalho vale nota semestral e ajuda no projeto do meu primeiro emprego, então seja maduro e aceita. Ok?
Desligou o telefone sem esperar uma resposta. Cebola chiou, era o cúmulo. O professor era louco mesmo {eu não sou louco!} , mas era uma chance de conseguir o diploma poe trabalho em equipe e suspirou pegando a mala, socando tudo que tinha lá dentro. Não podia usar celular e nem vídeo game, mas ele levaria mesmo assim.
O fim de semana chegou, era sexta. Acordou cedo, tomou um banho, escovou os dentes e desceu para o café. Passou beijou pra sua mãe e descabelou os poucos fios do pai, ganhou dinheiro da mãe pra usar na cabana além de outra mala com suprimentos.
- Meu filho, espero que fique tudo bem. Aproveita, quando eu tive essa mesma tarefa me diverti muito e eu e seu pai nos apaixonamos. Quem sabe não é sua vez? (Só é capaz de não ser do jeito que a senhora tá pensando) - Falou a mãe sonhadora e Cebola engasgou rindo.
- Minha rainha, só se o chato do DC vira mulher.
E sua mãe levou a xícara aos lábios sentindo o chá de amoras tocar o paladar e falou calma:
- Eu não me importo se for um genro...
E o pai de Cebola mordeu os lábios pra não rir. (Eu tô bem assim agora)
Assustado com o rumo da conversa, o moreno se pôs de pé, ainda com a torrada na boca, pra sair.
- Senta e toma o café, nada de fugir. Filho, eu sempre pensei que você acabaria com o Cascão... - Falou a mãe passando geleia no pão e Cebola não conseguia comer.
- Como é? Cascão? Mãe! Ele e meu melhor amigo. Eu pareço ser gay?
A mãe deu de ombros.
O carro buzinou e Cebola olhou pela janela, era DC no jipe. Voltou pra mãe saindo da mesa.
- Estou indo... E mamã, esqueça isso, é impossível. Amo vocês. (Eu vou printar essa parte e só esperar)
Pegou as mala e saiu. Firmina sorriu vendo da janela DC sair do carro, ajudar com as malas e abri a porta pra Cebola, que entrou e pôs o cinto.
- Senhora Cebola, que tiro foi esse? - O marido perguntou aproveitando que a filha não estava mais na mesa.
- Nada, só acho que está na hora dele acorda pra vida... Ser gay, Bi, Pan, é natural. Lembra quantas vezes o peguei usando maquiagem, roupas, tudo em prol dos planos infalíveis?
O marido confirmou.
- É verdade querida, fora todos os não namoros com a Mônica "Porque tenho que derrotar ela antes". Ele não é gay, é bi, mas não sei quando ele vai acordar. - Falou e abraçou a mulher por trás, ainda cheirando seu pescoço. O carro saiu e ambos voltaram ao café.
No carro...
O pensamento viaja em Cebola. Por que sua mãe disse aquilo? Será mesmo que ele dava pinta?
- Hey, Cê? - Do Contra chama, o moreno olha e por um momento se sentiu estranho. - Você está bem ?
Cebola confirma.
- DC, você me acha estranho?
Não conseguiu perguntar o que realmente estava pensando, e DC nega, ainda dirigindo e parando no local marcado onde todos iam se reunir para pegar as chaves das cabanas.
Professor Rubens estava com a prancheta olhando a lista e chamando os nomes de dois em dois para pegar chave e suprimentos. Na vez de DC e Cebola, o professor uniu os nomes.
- DCebola? (Até o professor já tá fazendo shipp pra gente) - Ambos se olharam, o professor não se tocou e ambos pegarm as coisas pondo no carro. - Bom, as regras estão na parede de cada cabana. É um quarto, mini cozinha e um banheiro. Todo dia terá um inspeção pra ver o local e anotar como estão se virando, lembre-se das suas tarefas. Dúvidas?
Os jovens tinham, mas ninguém se manifestou.
- Agora abram as malas, notebooks e celulares aqui. Somente câmeras digitais ou lanterna.
Uma chuva de murmúrios começou, mas logo todos tiveram seus aparelhos confiscados. Ao chegarem na cabana, os dois carregaram tudo para dentro e estranharam a cama era de casal.
- Que palhaçada é essa? - Cebola reclamou e Do Contra deu de ombros, era sua primeira vez também.
Na parede estava:
Bem vindos(a)
Vocês estão na casa do amor a união. Sorriam e aproveitem.
Regras:
1 - Não riscar a parede.
2 - Não quebrem os móveis.
3 - Não briguem (conversem).
4 - Som alto depois das 22 deixa as galinhas agitadas.
5 - Dividam as tarefas.
6 - Aprendam a dividir.
7 - Não esqueça de curtir.
Ambos olharam sérios um pro outro e suspiraram. DC foi pra cozinha ligar a geladeira e viu que estava ligada, com vinho na dentro e tinha morangos e chocolate. DC guardou as coisas, fechou a porta e foi pro quarto vendo Cebola arrumar a cama e as roupas no guarda roupa.
- Quer ajuda?
DC falou perto de Cebola, que sentiu o corpo estremecer.
*Droga, o houve comigo?* (Bi panic amor, eu tenho vários)
- Sim, eu quero.
Ambos se puseram a arrumar.
- Olha, eu não sei cozinhar... - Cebola falou segurando duas calças dobradas.
- Tudo bem, eu sei. Me diz seus pratos que eu faço.
O tom de voz de DC era diferente. Ambos sorriram e se aproximaram, pondo ao mesmo tempo a roupa no guarda roupa.
- Sabe, Cê... Você não é estranho, é muito interessante. Vou adorar passar esse tempo com você. (Ain minha pressaum)
E com o coração disparado, Cebola viu o sorriso de DC e sentiu borboletas no estômago. Estavam perto, DC deu um passo e beijou a bochecha de Cebola, que deixou as roupas cairem da mão assustado.
- Me desculpa se passei do ponto. - Falou pegando as roupas e Cebola negou agachando também e ambos se encararam. Iam se beijar, quando ouviram a campainha.
- Já vou...
Cebola saiu correndo e DC voltou arrumar as coisas, só que bem confuso.
Cascão estava na porta de Cebola e logo o moreno abriu a porta ofegante.
- Fala careca, já matou o amiguinho? - Cebola não estava ouvindo . - Careca? Hey cara, o que foi ?
Cebola balançou a cabeça.
- Nada, tô com dor de cabeça
Eai? Magali? Na mesma cama? -.Falou mudando o foco e Cascão piscou confuso.
- Mesma cama? Fala sério. A nossa é beliche, mas vou poder espiar...
E Cebola ficou confuso. Beliche? Oxe, a deles era de casal.
Sentados na varanda, logo os outros surgiram decidiram fazer uma fogueira no meio do terreno, já que as casinhas juntas fazia um círculo.
- Trouxe meu violão. - Chico falou e Franja sorriu ele trouxe som, mais era bom ter violão .
- Um absurdo sem celular... Como viver sem internet? - Denise choramingou e todos riram por fora, mas triste sem o mundo externo .
- Na roça o sinal é ruim, então pra mim não vai mudar nada.
E todos entenderam. Se Chico conseguia, eles também.
- Minhas pesquisas vão sofrer atrasos, mas um cientista é cientista em qualquer lugar.
Todos aplaudiram. Cebola notou que DC estava dentro de casa e deixou os outros dizendo ir no banheiro.
- Hey, DC?
Notou o moreno durmindo e fechou a porta atrás de si. Foi até ele, o viu com lápis e papel e sorriu. Tirou o caderno de cama, pôs no criado mudo e sorriu ao notar a lista.
Como agradar o boy...
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