Falha 0.1.0
Falha genética de múltiplos cromossomos, acarreta em mudanças hormonais e possível aguçamento dos 5 sentidos.
Escalas:
Escala Rubi: Apuramento significativo dos principais sentidos, altas taxas de testosterona, cios perigosos. Máxima atenção aos Alfas.
Escala Safira: Apuramento de no máximo dois sentidos, sensibilidade extrema, crises psicológicas, cios moderados. Atenção mediana aos omegas.
Escala Jasper: Sentidos normais, mutação dos órgãos reprodutores, multiplicação dos óvulos e espermatozóides, cios dolorosos. Atenção mínima aos betas.
Yoongi’s P.O.V:
Refeitório- almoço, 12:54 a.m
Estava almoçando em uma das mesas Rubi, nada diferente do habitual; faltavam seis minutos para os guardas nos arrastarem de volta para nossas tarefas. Mas ouvi certo movimento fora do refeitório, o que de fato não é normal.
Os guardas, que nos vigiavam com afinco, viraram-se e bateram continência ao ver o general entrar.
— SAFIRAS! — Gritou e todos os rapazes e moças com marcas azuis se levantaram. — Tragam o novato. — Falou sorrindo em escárnio.
Devia estar muito feliz, mais uma pobre alma para poder atormentar.
Todos olhamos em direção à porta. Dois guardas apertavam o braços finos do baixinho, – O que devo admitir que foi bem desnecessário, já que se tratava de um ômega. – o rapaz estava bem pálido, suas bochechas cheinhas estavam levemente vermelhas e seus lábios machucados.
O ômega de cabelos rosados – Com certeza Jin vai amá-lo. – estava calado e com os olhos marejados, mordia forte os lábio, e parecia querer sufocar gritos.
É apenas um ômega, deve estar sentindo muita dor.
— Se apresente! — Exigiu-lhe o general de cabelos grisalhos.
— P-park Jimin. — Falou baixinho, e para mim, quase inaudível.
— Se recomponha! — O mais velho Gritou deferindo um forte tapa no menor.
Minhas orelhas se aguçaram ao ouvir um gemido sôfrego do Safira e levantei de súbito, acidentalmente derrubando a cadeira em que estava sentado.
— Rubi, Min! — Ouvi o grisalho sussurrar, mesmo estando do outro lado do refeitório; fechei os olhos com força me repreendendo por meu próprio ato. — Do meu lado! — Falou apontado para a sua direita.
Fui em passos rápidos e parei ao seu lado, como havia solicitado.
O ômega baixinho estava a poucos centímetros de mim, bem a minha frente, porém, de costas para mim. Olhei para seus braços, que estavam vermelhos e logo ficariam roxos.
— Se apresente, Safira! — O general falou enquanto me olhava de soslaio.
— Park Jimin! — O de cabelos rosa falou , agora com mais firmeza na voz.
Meu corpo gelou e todo o calor de meu corpo foi para minhas bochechas; senti um arrepio me percorrer e logo sumir. O general riu nasalado.
— Rubi! — Chamou e virei em sua direção prontamente. — Leve-o para seu quarto! — Falou puxando o braço do mais novo e o entregando para mim.
— Mas, senhor...
— Me obedeça! — Falou entredentes.
— Sim, senhor! — Assenti e puxei o menor junto a mim.
Antes de atravessar a porta o general me avisou:
— Não toque no Safira! — Falou sorrindo cinicamente. — Eu saberei se o fizer.
Saí de lá pisando fundo e bufando. O ômega devia estar morrendo de medo, já que não parava de tremer.
— SERÁ QUE DA ‘PRA PARAR DE TREMER, CARALHO!? — Gritei parando no meio do campo e agarrando-o pelos ombros.
— Estou com frio. — Falou em um fio de voz e uma lágrima sua caiu.
Respirei fundo, enquanto me xinguei mentalmente.
— Vamos! — Voltei a puxa-lo, só que agora com mais rapidez.
Quando chegamos ao quarto mandei-lhe se sentar na cama e fui até meu armário.
— Toma! — Joguei um moletom em sua direção.
O casaco bateu em seu rosto antes d’ele poder ter uma reação; o moletom caiu em seu colo e olhei para seu rosto, seus olhos estavam arregalados e ele olhava para seu colo assustado.
Não pude me segurar e ri; foi a cena mais adorável que vi na vida.
— Obrigado! — Falou sem graça e com as bochechas coradas.
— Sempre que precisar! — Falei sorrindo e fui retribuído.
Um belo sorriso, devo admitir, o mais lindo que já vi.
Balancei a cabeça expulsando meus pensamentos e falei:
— Você fica na cama de cima. — Puxei ele para fora da minha cama.
— Mas e se eu cair? — Falou fazendo um bico.
Fofo!
— Bom, aí o problema é seu! — Falei e ele riu baixinho.
— Okay, obrigada Min Yoongi! — Falou subindo a escadinha para sua cama.
— Aí! — Chamei-o depois de um tempo em silêncio. — Não precisa me chamar de Min Yoongi! — Falei e levei um baita susto quando seu rostinho fofo apareceu de cabeça para baixo bem na minha frente
— Mesmo? — Perguntou sorridente.
— Ei, Safira! Você vai acabar caindo. — Falei me sentando e ficando perigosamente perto dele.
— Bom, aí o problema é meu! — Falou quase em um sussurro.
Seu hálito quente bateu contra meu rosto e me fez sentir embriagado. Seu sorriso infantil aos poucos foi sumindo.
— Aish! — Resmungou e seu rosto sumiu de meu campo de visão.
— O que houve, Safira? — Me levantei e olhei seu rosto todo vermelho.
— Meu sangue foi todo ‘pra cabeça! — Falou fazendo uma careta engraçada.
— Eu disse que ia se machucar! — Falei rindo nasalado.
— Não, você disse que eu ia cair! — Falou sorrindo. — Está errado, hyung.
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