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História Eclipse - JenLisa - Cap 41 - História escrita por NManobal - Spirit Fanfics e Histórias
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História Eclipse - JenLisa - Cap 41


Escrita por: NManobal

Capítulo 41 - Cap 41


< Jisoo >

Após um almoço com um clima pesado e alguns olhares gélidos da Jendeukie, me encontrava tensa, ansiosa e nervosa andando de um lado para o outro. Eu deveria ter levado a Rosie.. Não! Eu deveria ter ouvido o que ela tinha para me dizer. Deveria ter sido compreensiva.. Depois do que a Jendeukie e eu conversamos, eu deveria ter sido menos.. eu.

Me jogando no sofá, encarava a televisão como se ela tivesse as respostas que eu precisava, mas isso seria impossível. Mudando os canais automaticamente, me mantive imóvel quando a Lisa se jogou do meu lado e tomou o controle da minha mão. Talvez eu devesse perguntar como a Rosie está.. Ou deva me manter em silêncio e ir conversar com a Rosie depois que estivermos mais calmas?

Brincando com meus dedos, queria muito continuar com o plano B. Conversar com a Rosie quando estivéssemos mais calmas, mas eu me importava com seus sentimentos, e estava preocupada.

- Como ela está? – perguntei hesitante, mas realmente preocupada.

- Quer saber se ela chorou?

Encarando seu rosto surpresa com o quão direta ela podia ser, desviei meu olhar para meus dedos novamente. Eu sem dúvida alguma virei uma idiota.

- Ela está chateada, Sooya.

- Eu sei! Não a culpo. Eu odeio falar sobre sentimentos, mas... – bufando, joguei minha cabeça para trás. – Eu nunca senti essas coisas. Me preocupar com alguém fora você, me preocupar com o sentimento de outra pessoa.. Ciúmes. A vontade que senti de bater no Seong ao saber que ele queria uma segunda chance..

- Tudo que está sentindo, vem no combo.

- Que combo?

- Gostar de alguém. É inevitável, mas como a Jen falou, não pode deixar que esse sentimento atrapalhe seu relacionamento com a Rosé. E cabe a você e sua somente você escolher como irá ligar com isso.

- Eu gosto dela... E isso me assusta.

- Vocês podem dar super certo e ficarem o resto da vida juntas, ou pode dar errado e terminarem em menos de dois meses. – encarando seu sorriso, me perguntava que ajuda era essa. – Quer descobrir vivendo ao lado dela. Demonstrando o quanto gosta dela e deixando-a mostrar o quanto gosta de você, ou desistir. Se lamentar pelo resto da sua vida por ter sido uma covarde.

- Não sou covarde!

- Então para de ter medo. Nem todo mundo irá te magoar. Está na hora de deixar alguém entrar, mas entrar de verdade. Sem medo. Sem barreiras. Sem um pé atrás.

- E se mesmo assim eu acabar machucada?

- Terei diversos potes de sorvete no meu freezer. E posso comprar milhares... Uma doceria para você.

Jogando minha cabeça para trás novamente, pensei em tudo que a Lali falou, mais as noites que passei ao lado da Rosie. Quando declarei gostar de cada coisinha nela. E como estava me acostumando em tê-la dormindo no meu braço e roubando minha coberta. Dando um salto do sofá, deixei um beijo rápido na bochecha da Lali, e peguei a chave do seu carro. Rosie me despertava algo que não iria deixar de lado. Não irei me arrepender por não ter vivido bons momentos ao seu lado.

Encarando sua casa de dentro do carro, peguei meu celular para mandar a décima mensagem em menos de dez minutos. Assim como minhas mensagens não estavam sendo entregues, toda vez que tentava ligar, caía na caixa postal.

Ela não teria bloqueado meu número.. Ou teria?

Nervosa com a demora para atenderem a porta, forcei um sorriso quando o Sr. Park me mediu de cima a baixo. Vestindo uma bermuda, camiseta e um avental, percebi que a Rosie era uma cópia perfeita do pai. Completamente sujo de farinha, franzi o cenho ao vê-lo me dar passagem sem fazer perguntas.

- Rosé está no quarto. Pode tentar faze-la comer algo?

Me acompanhando até o pé da escada, assenti. Subindo até seu quarto, que ficava no final do corredor, pensei na possibilidade de bater na porta, mas não queria correr o risco dela me mandar ir embora. Abrindo a porta lentamente, coloquei apenas minha cabeça para ter certeza que não iria voar algo na minha direção. Enrolada no cobertor, parei na sua frente com os braços cruzados.

- O que faz aqui? – com uma voz manhosa, me segurei para não pular em cima dela e arrancar o cobertor.

- Eu te mandei mensagem e liguei, mas você..

Se virando para pegar o celular em cima da mesinha, Rosé continuou debaixo da coberta.

- Está descarregado! - menos mal. – O que você quer?

- Precisamos conversar.

Me assustando, Rosie jogou a coberta para o lado e parou na minha frente. Engolindo em seco ao ver seus olhos intensos, me mantive imóvel e encarando-a com a mesma intensidade. Assentindo, Rosie começou a tirar sua roupa, ficando apenas de calcinha. Eu não era uma tarada ou algo do tipo, mas era realmente difícil me manter longe da Rosie. Seu corpo.. Nossa!

Avisando seu pai que iríamos caminhar, observei a forma carinhosa que envolveu a Rosie num abraço, diferente da Sra. Park, que estava do mesmo jeito. Encarando a televisão, ela não se mexia ou piscava. Estranha.

Caminhando em silêncio, imaginava um jeito de me desculpar sem parecer que a Lisa me forçou, ou que não tenha sentimentos envolvido. Que ela entendesse como realmente me sentia. Mas parando de andar ao ouvi-la bufar irritada e audivelmente, me virei para encarar seu rosto.

- O que foi? – perguntei calma.

- Disse que precisávamos conversar, mas estamos apenas andando. Jisoo, se for me dar um fora, pode falar agora. Não precisa me levar na praça e...

Incrédula. Eu estava incrédula ouvindo as palavras saírem da sua boca. De onde.. Por que... O que.. Eu não conseguia ao menos pensar direito. “se for me dar um fora”..

- Quê?

- Que o que? – com uma sobrancelha erguida, Rosie me encarava confusa. Eu que deveria ficar confusa.

- Da onde você tirou essa ideia? Como chegou a conclusão que eu iria terminar?

Desviando o olhar, Rosie simplesmente deu de ombros e se afastou de mim. Eu estava preocupada, mas agora estava irritada. Irritada por ela pensar que eu queria terminar. Porque havia sido idiota e a tratei daquela forma. Segurando-a pelo braço, assim que a virei, tomei seus lábios em um beijo simples. Nos encarando, Rosie fez menção de se afastar, mas não deixei. Segurando-a pela cintura com as duas mãos, a mantive perto o suficiente para sentir a ponta do seu nariz tocar o meu.

- Eu sinto muito! Eu não deveria ter agido daquela forma quando me falou sobre.. Eu gosto de você, Park. E por isso não soube lidar com o ciúmes.

- Eu disse que gostava de você! E que poderíamos ser amigos caso ele quisesse.

- Eu não pensei que poderia voltar com ele, mas não soube lidar com a ideia dele se declarando. – pincelando seu rosto com a ponta do meu nariz, apertei levemente sua cintura. – Me desculpa, Rosie?

- Promete que não irá se fechar caso algo te incomode? – assenti – Promete que não me dará gelos ou falará friamente comigo? – assenti novamente – Promete que sempre iremos conversar sobre as coisas?

- Eu prometo, Roseanne.

Passando os braços em volta do meu pescoço, Rosie me puxou para selar nossos lábios, em um beijo quente e cheio de desejo. Finalizando com um selinho demorado e uma mordida leve no meu lábio, sorri ao abrir os olhos e ver seu sorriso.

- Eu gosto de você, Chu!

Deixando vários selinhos nos seus lábios, decidi levá-la ao cinema. Encarando seu rosto, me segurei para não revirar os olhos ao ver que havia escolhido ‘a cinco passos de você'. Em suas palavras, não era todo dia que eu estava de bom humor para um filme de romance, e eu não podia concordar tanto. Enquanto comprava os ingressos, Rosie caminhou calmamente até a fila para comprar pipoca. E vendo-a ficar impaciente com a demora da atendente que parecia uma preguiça, me aproximei e entrelacei nossas mãos. Deixando alguns beijos na sua bochecha, sorri percebendo que estava mais calma e havia esquecido da atendente.

- Chu, gosto desse seu lado carinhoso.

Retribuindo os beijos, Rosie e eu estávamos focadas apenas na gente, quando a atendente gritou pelo próximo. Ao nos aproximarmos, Rosie a mediu e então fez seu pedido; uma pipoca média, um refrigerante grande e alguns chocolates. Eu pedi chocolates e um refrigerante grande. Me encarando, sabia que a Rosie se perguntava o porquê não peguei pipoca, já que eu amava.

- Não gosto da pipoca do cinema.

- Como não? É a mesma coisa de quando fazemos em casa!

- Claro que não! Sem falar que não sei a procedência da higiene desse lugar. - falei olhando em volta. Não parecia sujo, mas também não parecia que se empenhavam para limpar.

- Você é tão fresca, Chu.

Rindo, Rosie entrelaçou nossos braços e saiu me puxando pelo local. Ao entrarmos na sala, franzi o cenho ao perceber que não tinha muitas pessoas. O que eu agradeci. Não teremos choro ou falação.. Eu odiava quando estava prestando atenção e uma criança começava a chorar ou fazer birra, e atrapalhava minha concentração.

Por que existe pessoas que levam crianças para assistir filmes de adulto? Não sei! Não existe filme infantil? Façam uso.

Percebendo que a Rosie iria colocar o copo no braço que ficava entre nós duas, me adiantei em levanta-lo, fazendo-a colocar no outro braço. Assim que pegamos os chocolates e jogamos no nosso colo, peguei sua mão e entrelacei na minha, fazendo-a sorrir.

{...}

Após metade do filme brincando com os dedos da Rosie, finalmente o momento tenso se eles ficariam juntos ou não havia feito com que eu prestasse atenção. Mas não deixei de brincar com seus dedos. Quando chegou o ápice do momento tenso, até mesmo arrumei minha postura. Finalmente o filme havia prendido minha atenção.

Uma cena que havia prendido minha atenção, foi motivo para puxar a Rosie e acariciar seu cabelo. Chorando como uma criança, me perguntava como ela podia ter escolhido um filme que dois jovens tem câncer. Era óbvio que alguém poderia morrer, como o amigo da principal, ou que ela iria sair desidratada de tanto chorar. Como na morte do amigo, na hora do gelo, ou na despedida.

Esse filme havia acabado com ela, e com qualquer pessoa que tenha vindo assistir.

Caminhando até a lanchonete, Rosie e eu comentávamos sobre o filme e outros que ela me faria assistir. Para minha surpresa, Rosie e eu tínhamos gostos parecidos.

- Antes que termine o dia. P.S eu te amo.. E Um amor para recordar.

Falando assim que se sentou, sorri quando estendeu a mão em cima da mesa. Estendendo a minha, entrelacei nossas mãos e deixei um beijo na sua.

- Antes que termine o dia. Um amor para recordar. E melhor de mim.

Após fazermos nossos pedidos, arrumei minha cadeira ao seu lado e encarei seu rosto um pouco hesitante. Nessas horas queria ser como a Lali e conseguir falar sobre meus sentimentos abertamente.

- Chu, tudo bem?

- Eu não fiquei apenas incomodada com o Seong te chamando para conversar, eu odiei. Eu sou péssima em demonstrar carinho ou o que estou sentindo. Eu tenho medo de me machucar, então sempre fico hesitante em quanto devo me doar num relacionamento. Rosie, não quero magoa-la. E me odiei por deixá-la chateada, não quero me sentir assim de novo. 

- Também não gostei quando o Matthew te chamou para conversar. Como agiu no carro, e como não pensou na possibilidade de me levar para casa.

- Claro que pensei.. - falei desviando meu olhar. Droga... 

- Chu, porque está me falando isso agora?

- Me fez prometer que sempre iríamos conversar sobre as coisas. Quero que saiba como sou.

Sorrindo, Rosie segurou meu rosto com uma mão e selou nossos lábios, em um beijo que me fez relaxar o corpo completamente, e ficar calma. Eu me sentia mais leve por falar. Não era tudo o que eu sentia, mas era um passo para que déssemos certo.

De mãos dadas, Rosie e eu andávamos em silêncio olhando as pessoas a nossa volta ou apenas aproveitando a noite. Parando em frente ao carro da Lali, encostei meu corpo no capô e mantive a Rosie nos meus braços, deixando alguns beijos no seu rosto, ou fungando seu cheiro de rosas, e que passou a ser meu favorito.

- Acha que eles podem ficar juntos? – abraçando meu pescoço, Rosie tinha um sorriso curvo, enquanto analisava meu rosto.

- Quem?

- Will e Stella.

- Não! – afastando-se alguns centímetros, sorri ao perceber sua expressão confusa. – Ele pode colocar a vida dela em perigo. Eu não arriscaria.

- Se fosse nós duas. Iria abrir mão de mim?

- Naquelas circunstâncias? Sim! Eu iria querer que vivesse. Que tivesse uma segunda chance sem preocupações e em segurança, Rosie.

Puxando meu lábio inferior entre os dentes, apertei sua cintura ao senti-la chupar. Puxando-a pela nuca, selei nossos lábios necessitada e com muito tesão com sua atitude. Rosie sabia exatamente como me atiçar. Nossa despedida estava sendo torturante para nós duas. Eu não queria ir e Rosie não me ajudava a tomar essa decisão.

- Chu.. preciso entrar..

Respondendo com ‘uhum’, aprofundei ainda mais nosso beijo, sentando-a no capô. Minha mão no seu pescoço as vezes deslizava até sua nuca, e puxava seu cabelo. E minha mão na sua cintura, deslizava até suas costas e então voltava para deixar leves apertos, que a fazia gemer baixinho.

Tombando a cabeça para o lado, dei total liberdade para Rosie aproveitar meu pescoço, enquanto subia minha mão por dentro da sua camiseta. Apertando seu peito com vontade, sorri cinicamente quando soltou meu pescoço e tombou a cabeça para trás.

- Você não vai embora hoje!

Pulando do capô, Rosie entrelaçou nossas mãos e saiu me puxando apressadamente para dentro. Assim que passamos pela sala, não contive o incomodo que senti ao ver a Sra. Park do mesmo jeito. Ela sem dúvidas não havia se importado com a nossa presença. Será que ela ao menos se importou em saber quem sou? Ou com quem a Rosie estava saindo?

Ao entrar no seu quarto, me sentei na sua cama e antes que pudesse fazer qualquer coisa, como tirar a roupa, a puxei para sentar no meu colo. Afundando meu rosto no seu pescoço, funguei novamente seu cheiro e envolvi seu corpo com meus braços.

- Sua mãe..

- Ela nunca me deixou faltar nada, mas não presta atenção se estou em casa, com quem eu saio ou deixo de sair.

- Disse que seus pais...

- Eu menti.. Em partes. Meu pai realmente ficou preocupado. Ele é extremamente protetor e gosta de saber com quem eu estava, estarei e quem são meus amigos.

- Sinto muito! Não sabia.

- Jennie é a única que sabe. Para todos a Sra. Park é uma mãe exemplar, protetora e amorosa.

Deixando um selinho em seus lábios, sorri curvo quando assentiu e se levantou. Me entregando um pijama de seda rosa bebê, observei cada movimento que fazia. Desde trocar de roupa, até pentear seu cabelo e fazer uma trança, enquanto se olhava no espelho.

Assim que deitamos, arrumei meu braço para que ela fizesse de travesseiro e puxei seu corpo rente ao meu. Arrumando meu rosto no seu ombro, deixei alguns beijos na sua bochecha, e quando fechou os olhos aproveitando meu carinho, funguei seu pescoço.

- Boa noite, Rosie.

Puxando meu braço para abraça-la mais, sorri quando se encolheu no meu corpo e entrelaçou nossas pernas.

- Boa noite, Chu.


< Lisa >

Assim que Jisoo saiu como um vulto, subi para o quarto, mas apenas para achar Jennie e os gêmeos dormindo na cama. Sorrindo, deixei um beijo nos três e caminhei até o quarto da Chloe. Deitada de bruços em cima do tapete, Chloe desenhava animada e cantarolando uma música do Pororo.

- Filha, quer ver uma coisa legal?

Assentindo, sorri quando ergueu os braços para que eu a pegasse no colo. Passando no quarto do Dylan, suspirei ao vê-lo com os olhos vidrados na tela do notebook. Jogando, sem dúvida.

- Dylan, pode me acompanhar? Quero mostrar algo.

Avisando que precisava desligar, Dylan me não reclamou ou fez perguntas, apenas me acompanhou até o jardim. Assim que a Chloe colocou seus olhos na casa da árvore, pulou do meu colo sem nenhum cuidado. Eu havia usado meu mal humor para construi-la, mas não tinha conseguido mostrar como ela havia ficado incrível. E mesmo que nunca tivesse feito, me certifiquei que tudo estaria muito bem construído para a segurança da Chloe.

- Mãe, ficou incrível! – sorrindo, Dylan analisava cada parte com atenção.

- Obrigada! Podem construir o que quiserem aqui.

- Casa da Barbie! – gargalhando, Chloe corria animada pela casa e olhava tudo.

- Essa é a parte mais legal. – puxando a corda perto da porta, sorri ao ver os olhos dos dois brilharem quando o teto se abriu, mostrando um céu limpo e azul. – Eu teria adotado pedir sua mãe em namoro ou casamento aqui olhando as estrelas.

- Seria perfeito...

Encarando seu sorriso, sabia que a ideia havia sido de grande ajuda. Ano passado Dylan quase não falava, muito menos deixava as pessoas se aproximar, agora estava prestes a pedir a Yerin em namoro. Está mais acessível a conversas e para nossa família. Ele mudou tanto.. Cresceu. E eu não poderia sentir mais orgulho do homem que ele iria se tornar.

- Se precisar de ajuda, pode contar comigo.

- Obrigado, mãe.

Deitados olhando o céu, ouvíamos as ideias da Chloe. A cor que ela queria, o que iríamos colocar e onde iríamos colocar. Dylan e eu só concordávamos, e para a Chloe parecia um assunto muito importante e sério. Após mais alguns minutos ouvido seus planos, peguei a Chloe no colo e subi para o nosso quarto. Deitando-a na cama ao lado da Jen, arrumei alguns travesseiros na ponta, e arrumei os gêmeos nos berços.

Avisando o Dylan que iria sair, pedi que me ligasse caso acontecesse algo. Como sempre ele assentiu e voltou sua atenção para a tela do notebook. Pegando a chave da minha moto e meu capacete, sorri lembrando da última vez que a usei. Jen e eu tivemos um intenso primeiro encontro.

Estacionando em frente a casa da Sra. Yun, respirei fundo antes de tocar a campainha. Após pedir que ficasse com seu filho no meio da guerra, Sra. Yun e eu não voltamos a nos ver. E isso era doloroso para mim. Ela me criou como filha. Sempre brigou comigo quando chegava machucada ou deixava roupa jogada pelo quarto. E não tê-la ao meu lado foi difícil.

Assim que a porta se abriu, seu lindo sorriso se abriu junto. Com os olhos marejados, Sra. Yun não deixou que eu tivesse uma reação, apenas me puxou e me envolveu em seus braços, em um abraço confortável e amoroso. Retribuindo o abraço, pedi que não chorasse, se não eu iria chorar também.

Me puxando para sentar no sofá, Sra. Yun me ofereceu seus deliciosos cookies com gotas de chocolate branco. Após colocarmos os assuntos em dia, e a Sra. Yun me informar que estava morando sozinha desde que voltou para Nightingale, me senti mal por não ter vindo antes.

- O que a trás aqui? Soube que tem feito um bom trabalho como líder. Seu pai ficaria orgulhoso da mulher que está se tornando.

- Eu fico feliz em pensar isso. Sra. Yun, preciso da sua ajuda. É a única pessoa que confio de olhos fechados. – falei meio sem jeito, fazendo-a rir. – Jen e eu voltamos a estudar, mas não confio em ninguém para deixar os gêmeos. Queria saber se gostaria de ser nossa governanta novamente. Terá um pouco mais de trabalho com os gêmeos, Chloe e eu.

- Eu nunca deixei de ser sua governanta, Lisa. É claro que aceito!

Suspirando aliviada, agradeci diversas vezes. Combinando o dia e horário que ela poderia começar, agradeci novamente antes de ir embora. Passando para comprar porções de frango, batata frita e carne, fazia algumas anotações de cabeça. Com a Sra. Yun voltando a trabalhar com a gente, seria mais cômodo e fácil para ela morar em casa. Ou poderia ficar meio período. Mesmo assim quando começássemos a faculdade, seria difícil para a Jen ficar com os três em casa.

Se voltássemos para a casa na floresta, seria ainda mais cômodo para ela morar com a gente. Aquela casa caberia duas famílias. E apesar de ser afastada, seria bom para os gêmeos crescer cheio de contato com a natureza. E seria bom para a Chloe também...

{...}

Assim que entrei em casa, deixei meu capacete no chão ao lado da porta, e minha chave em cima da mesinha de vidro. Deixando as sacolas na cozinha, lavei minha mão e voltei para a sala. Deitada com o Marco sobre seu peito, Jen tinha os olhos na televisão, enquanto balançava o bebê conforto com a dorminhoca da Chae.

Após selar nossos lábios em um beijo demorado, deixei um beijo rápido na Chae, e peguei o Marco. Deixando alguns beijos no seu rosto, sorri quando gargalhou com minhas caretas.

- Tenho uma novidade. – falei fazendo o Marco de aviãozinho, enquanto a Jen pausava sua série. – Encontrei uma ótima enfermeira para ficar com os gêmeos.

- Assim do nada? Quem? – percebendo o quão tenso ficou seu corpo, coloquei o Marco no seu bebê conforto, e me sentei ao seu lado.

- Sra. Yun. Eu pensei sobre tudo que passamos e não confio em mais ninguém para deixá-los. O que acha?

- Acho uma ótima ideia! Ela é incrível.

Relaxando o corpo sobre o meu, usei meu dedo indicador para ergueu seu queixo. Como podia ficar ainda mais bonita? E como eu poderia ser totalmente rendida ao seu olhar? Tomando seus lábios ferozmente, me afastei apenas por falta de ar. Como senti falta da minha noiva.

Se concentra Lisa!

- Temos um detalhe a ser discutido. Podemos pedir que ela fique meio período, mas você ficaria meio período sozinha com os gêmeos e a Chloe. Ou podemos voltar para a casa na floresta e a Sra. Yun ficar o tempo integral conosco, mas estaríamos afastados de todos novamente.

- E os três ficariam sozinhos no período da manhã.

Concordando com a cabeça, sabia exatamente o que a Jen estava pensando. Como ela poderia dar conta, como seria difícil quando começasse a faculdade, como seria perigoso deixá-los tão afastados, ou como ela poderia esperar para fazer a faculdade. E isso era fora de questão.

- Amor, esperar para fazer faculdade não é uma opção. Muito menos você ficar sobrecarregada cuidando dos três. Posso falar com a Jenevivi e trabalhar de casa. E se não der, eu fico com o Marco e você com a Chae, e revezamos.

- Eu posso ajudar também! - parado na escada, Dylan tinha as mãos dentro do bolso da calça, e um sorriso curvo.

- Não precisa se preocupar com isso, filho.

Segurando o riso ao vê-lo revirar os olhos para a Jen, o chamei para sentar no nosso meio. Quando ele havia crescido tanto?

- Somos família. Podem contar comigo também.

- Sabemos disso. – falei passando a mão sobre seu cabelo e deixando um beijo na sua cabeça. – Podemos contratar alguém para ficar com a Sra. Yun. Um motorista. Se escolher morar na reserva.

- Teríamos condições de contratar?

- Jen, não se preocupe com isso. Apenas me diga se quiser morar aqui ou lá. Darei um jeito. Só pense em qual se sentirá mais confortável. – deixando um beijo na sua cabeça, me levantei e espreguicei o corpo. – Irei deixar a Sra. Yun meio período por entanto. Pensa com calma. 

{...}

Enquanto eu trocava os gêmeos, Jen estava encarregada em dar banho em uma Chloe sonolenta. Limpos e trocados, os deixei no berço e caminhei calmamente até o quarto da Chloe. Enrolada na toalha em cima da cama, Chloe me estendeu os braços quando me viu.

- Quer que eu termine aqui?

Perguntei pegando a Chloe. Assentindo, Jen me entregou o pijama e deixou um beijo em nós duas.

- Volto para o beijo de boa noite.

Colocando a Chloe novamente na cama, sequei seu corpo com a toalha, e então a vesti com cuidado. Me deitando com ela sobre meu corpo, acariciei seu cabelo até sentir seu corpo relaxar aos poucos. Lutando contra o sono, Chloe realmente dormiu quando a Jen apareceu para dar o beijo de boa noite.

Me jogando de bruços na cama assim que entrei no quarto, resmunguei quando a Jen me mandou trocar de roupa. Eu precisava apenas de alguns minutos. Me virando de barriga para cima, sorri maliciosa quando tirou minha calça.

- Nada disso! – puxando-a, envolvi seu corpo quando caiu sobre o meu. – Você vai acabar se machucando assim, Lili.

- Me dá um beijinho que passa.

Com seus olhos semicerrados, Jen negava com a cabeça com uma expressão tão sexy. Se inclinando completamente sobre meu corpo, Jen roçou nossos lábios, me fazendo erguer a cabeça em busca de mais contato. Vendo-a sorrir, suspirei quando tirou minhas mãos da sua bunda e ergueu meus braços acima das nossas cabeças.

- Jen...

- Achei que quisesse mais que beijinhos.

Rebolando sobre meu pênis, sorriu quando suspirei com seu contato. Encarando seus lindos olhos, estremeci ao ver tamanho desejo que ela sentia por mim nesse exato momento. Soltando minhas mãos, envolvi meu braço em volta do seu corpo e a virei na cama. Roçando meus lábios no seu pescoço, apertei sua coxa ao sentir suas unhas nas minhas costas.

- Senti sua falta.

Antes que pudesse tirar sua camiseta, afundei o rosto no seu pescoço. Ouvindo seus passos arrastados, esperamos até que a Chloe batesse na porta. Me levantando, corri até o closet para pegar uma calça de moletom, e então abri a porta para pegar a Chloe no colo. Segurando o Pororo e com a Lily ao seu lado, Chloe estava completamente morrendo de sono. 

Arrumando-a no nosso meio, deixei um beijo nas duas antes de me arrumar cama. Sorrindo com a forma que a Jen envolveu a Chloe, passei meu braço por cima das duas e deixei na cintura da Jen.

- Boa noite, meus amores. – falei totalmente rendida ao sono.

- Boa noite, mamães.

- Boa noite, meu amor. Boa noite, Lili.




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